segunda-feira, 17 de julho de 2023

ÁFRICA DO SUL: Incêndio destrói bairro pobre em Durban e deixa 3 mil pessoas desalojadas

© Twitter/@IFRCAfrica

Notícias ao Minuto    17/07/23 

O fogo terá começado quando duas pessoas embriagadas começaram a discutir. Muitas das vítimas continuam por retirar dos escombros.

Um incêndio num bairro de lata numa das zonas mais pobres da cidade de Durban, na África do Sul, destruiu cerca de mil casas, deixando milhares de pessoas desalojadas e fazendo pelo menos um morto no domingo de manhã.

Imagens divulgadas nas redes sociais captaram as habitações frágeis completamente queimadas, com o fumo ainda visível a emanar dos destroços.

Até agora, foi registado apenas um morto, mas as autoridades da Cruz Vermelha contaram à BBC que são esperadas mais vítimas mortais que ainda não foram retiradas de debaixo dos escombros.

Através do Twitter, a organização que junta a Cruz Vermelha e Crescente Vermelho (designação nos países muçulmanos) em África descreveu o caso como uma "tragédia", garantindo que está a tentar apoiar com alimentos, mantas e alojamento temporário para as pessoas afetadas. Um porta-voz disse que cerca de 1.000 barracas construídas com materiais frágeis, e cerca de 3.000 pessoas terão ficado desalojadas.

Segundo a emissora britânica, citando testemunhas no local, ainda são desconhecidas as causas do fogo, mas acredita-se que este tenha começado com duas pessoas que estavam a discutir, enquanto estavam embriagadas, com a discussão a causar de alguma maneira o incêndio.


Leia Também: Pelo menos 21 camiões queimados em ações de violência na África do Sul

Sobe para 403 número de vítimas do massacre de Shakahola no Quénia

© Lusa

POR LUSA   17/07/23 

Doze novos corpos foram encontrados hoje na floresta de Shakahola, onde se reunia uma seita evangélica que praticava o jejum extremo, elevando para 403 o número de mortos neste escândalo macabro que abala o Quénia, anunciou um responsável regional.

"A nossa equipa forense conseguiu exumar 12 corpos hoje", disse Rhoda Onyancha, o prefeito da região costeira, numa mensagem enviada à agência AFP, apontando um total de 403 mortos.

As autoridades esperam que o número de mortos aumente ainda mais, à medida que prosseguem as buscas de valas comuns numa vasta área de mato na costa queniana, quase três meses depois de terem sido descobertas as primeiras vítimas do que foi apelidado de "massacre da floresta de Shakahola".

A polícia acredita que a maioria dos corpos exumados é de seguidores da Igreja Internacional da Boa Nova, fundada pelo autoproclamado pastor Paul Nthenge Mackenzie, que defendia o jejum até à morte para "encontrar Jesus".

O antigo motorista de táxi está detido desde 14 de abril e será acusado de "terrorismo".

Outras 16 pessoas são acusadas de fazer parte de um grupo de "capangas" responsáveis por garantir que nenhum seguidor quebrasse o jejum ou escapasse da floresta, perto da cidade costeira de Malindi.

As autópsias efetuadas até agora revelaram que a maior parte das vítimas morreu de fome, provavelmente depois de seguir as suas pregações. No entanto, algumas vítimas, incluindo crianças, foram estranguladas, espancadas ou sufocadas, de acordo com as autópsias.

O massacre causou grande agitação no Quénia e pôs as autoridades debaixo de fogo por não terem conseguido impedir as atividades do pastor Mackenzie, que tinha sido detido várias vezes devido às suas pregações extremistas.

Reacendeu também o debate sobre a regulamentação do culto religioso neste país predominantemente cristão, que conta com 4.000 "igrejas", segundo dados oficiais.

O Presidente William Ruto criou um grupo de trabalho para "rever o quadro legal e regulamentar que rege as organizações religiosas".

O ministro do Interior anunciou que a floresta de Shakahola será transformada num "lugar de memória".


ANTÓNIO GUTERRES: Fim de acordo de cereais? "Centenas de milhões estão a passar fome"

© Lusa

POR LUSA   17/07/23 

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse hoje que centenas de milhões de pessoas vão pagar pela decisão da Rússia de romper com o acordo de exportações de cereais pelo Mar Negro.

"Centenas de milhões de pessoas estão a passar fome e os consumidores estão a enfrentar uma crise global de aumento de custo de vida", disse Guterres em declarações a jornalistas, acrescentando que a decisão russa "vai ser um rude golpe nas pessoas necessitadas em todo o mundo".

"Lamento profundamente a decisão da Federação Russa de encerrar a implementação da Iniciativa do Mar Negro, incluindo a retirada das garantias de segurança russas para a navegação no noroeste do Mar Negro", disse o secretário-geral das Nações Unidas, no dia em que expira a validade do acordo.

Guterres defendeu que a participação neste acordo "é uma escolha", mas lembrou que "as pessoas que lutam em todos os lugares e os países em desenvolvimento não têm escolha".

O secretário-geral da ONU assegura que não desistirá perante esta decisão russa, garantindo que ela "não impedirá os esforços para facilitar o acesso sem entraves aos mercados mundiais de produtos agrícolas e fertilizantes tanto da Ucrânia como da Rússia".

Para Guterres, a segurança alimentar e a estabilidade dos preços dos alimentos vão continuar no centro dos seus esforços, "tendo em conta o aumento do sofrimento humano, consequência inevitável da decisão de hoje".

Guterres também disse estar desapontado com o facto de uma sua carta enviada na semana passada ao Presidente russo, Vladimir Putin, na tentativa de encontrar uma solução para este problema, ter sido ignorada.

A carta, cujo conteúdo exato não foi divulgado publicamente, propunha que uma subsidiária do principal banco agrícola russo, cujas atividades são prejudicadas pelas sanções, fosse de novo ligada ao sistema bancário global SWIFT, após um acordo nesse sentido com a Comissão Europeia.

Embora a Rússia assegure que não foram cumpridas as condições que estabeleceu para a continuação do acordo sobre os cereais, em particular a parte relativa às suas próprias exportações de alimentos e fertilizantes, a carta de Guterres também insistia na necessidade de avanços nessa matéria.

A Rússia suspendeu hoje o acordo de exportação de cereais pelo Mar Negro a partir de portos ucranianos, argumentando que os compromissos assumidos em relação à parte russa não foram cumpridos.

"O acordo dos cereais está suspenso", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, durante a sua conferência de imprensa diária por telefone.

"Quando a parte do acordo do Mar Negro relacionada à Rússia for cumprida, a Rússia retornará imediatamente à implementação do acordo", afirmou Peskov.

O porta-voz do Kremlin declarou que o ataque das últimas horas contra a principal ponte que liga a Crimeia ao continente russo não foi um fator para a decisão da suspensão do acordo.


Leia Também: Os Estados Unidos acusaram a Rússia de cometer "outro ato de crueldade" ao suspender hoje os acordos do Mar Negro, que permitem a exportação de cereais ucranianos, "dando mais um golpe nos países mais vulneráveis do mundo".


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Eurodeputados pedem condenação do "ataque ilegal" do Kremlin à Ucrânia

© Wikimedia Commons

POR LUSA    17/07/23 

Os eurodeputados apelaram hoje, em dia de cimeira ente a União Europeia (UE) e os países da América Latina e Caraíbas, à solidariedade para com a população ucraniana e à condenação do "ataque ilegal" do Kremlin.

Através de uma declaração conjunta, os eurodeputados dos 27 Estados-membros apelaram "ao cumprimento do direito internacional e declararam a sua solidariedade para com o povo ucraniano".

Em simultâneo, o Parlamento Europeu apelou à condenação do "ataque ilegal, sem provocações e injustificado" da Federação Russa no final de fevereiro do ano passado.

A maioria dos países da América Latina e das Caraíbas tem tido uma posição ambígua em relação à invasão russa e têm evitado condená-la publicamente. É o caso do Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, que tem rejeitado fazê-lo, apesar da insistência, por exemplo, do alto-representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell.

Os países da América Latina, assim como alguns países de África, têm tido uma postura mais cautelosa em relação ao conflito na Ucrânia, entrando em desacordo com aquela a União Europeia vê como a única postura que se pode ter para com Moscovo face à ocupação do território russo.

Os eurodeputados também querem que os 27 mantenham contactos regulares com os países da América Latina e das Caraíbas e exortaram os chefes de Estado e de Governo a fazerem os possíveis para finalizar o acordo do Mercosul.


Forças Armadas - CEMGFA anuncia possibilidades de tropas guineenses voltarem a participar em missões de paz da ONU

Bissau, 17 jul 23 (ANG) – O Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas(CEMGFA), Biaguê Na Ntan disse hoje  que os militares guineenses estão empenhados na preparação visando as futuras participações  em  missões de paz das Nações Unidas.

Na Ntan falava  na abertura do Exercício Militar Conjunto da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa(CPLP), denominado Felino, que decorre durante uma semana no país.

“Recebi das Nações Unidas uma carta a pedir a disponibilização de uma unidade para participar em Missões de  paz”, revelou Nan Ntan.

Referindo ao Felino, disse que o objetivo fundamental  desses exercícios é  preparar os militares da CPLP para participar e competir em qualquer missão de paz das Nações Unidas e de apoio ao salvamento em catástrofes naturais”.

Por sua vez, e em nome dos organizadores do evento, o oficial militar português, Ricardo Cristo disse que  os exercícios da série Felino não são mais  do que uma preparação de uma força conjunta e combinada para poder operar ao nível operacional e tático, nos teatros de operações de paz e de ajuda humanitária.

Cristo acrescentou que o exercício Felino está sob o mandato das  Nações Unidas, frisando que , para não colidir com a doutrina de cada Estado membro da CPLP foi criada um Estado Maior conjunto que irá coordenar toda a operação.

As forças armadas da Guiné-Bissau, na sequência de várias situações golpes de estado, haviam sido suspensas das missões de paz da ONU. 

ANG/ÂC//SG


Reino Unido sanciona Rússia pela deportação de crianças ucranianas

© Reuters

Notícias ao Minuto  17/07/23 

O governo britânico anunciou 14 novos visados esta manhã, incluindo a ministra da Cultura russa, Olga Lyubimova, e o ministro da Educação, Sergey Kravtsov.

Os ministros da Cultura e Educação da Rússia foram visados numa nova série de sanções do Reino Unido. 

“As sanções de hoje responsabilizam aqueles que apoiam o regime de Putin, incluindo aqueles que querem ver a Ucrânia destruída, a sua identidade nacional dissolvida e o seu futuro apagado”, disse James Cleverly, secretário das Relações Externas britânico, citado pelo jornal The Guardian.

O governo britânico anunciou 14 novos visados esta manhã, incluindo a ministra da cultura russa, Olga Lyubimova, e o ministro da educação, Sergey Kravtsov. 

Lyubimova terá fornecido apoio e promovido políticas que "desestabilizam a Ucrânia ou ameaçam a integridade territorial". 

Outros, incluindo Kravtsov, foram punidos por seu envolvimento no que o Reino Unido descreveu como o "programa do governo russo para deportação forçada e reeducação de crianças ucranianas". 

O ministério dos negócios estrangeiras, anunciando as novas sanções, disse que os indivíduos "desempenharam um papel insidioso no programa calculado de deportação da Rússia". 

"Mais de 19.000 crianças ucranianas foram deportadas à força para a Rússia ou território temporariamente controlado pela Rússia pelas autoridades russas", afirmou ainda. 

Em abril, as autoridades ucranianas acusam a Rússia de ter "sequestrado mais de 16.000 crianças" da Ucrânia desde o início da ofensiva, há mais de um ano.

Por seu lado, Moscovo assegurou ter "salvado" essas crianças dos combates e ter criado procedimentos para as reunir com as famílias.


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ASSASSINADO À FACADAS: Um rapaz de mais ou menos 20 anos de idade, residente na aldeia de Curreni, 7 km da cidade de Mansoa, foi assassinado com a faca na aldeia vizinha (Sansanghoto).

Segundo a nossa fonte, tudo começou por causa de discussão sobre uma moça.

Nesse momento de dor e consternação, RTV-NHA FALA almeja conforto a família, para enfrentarmos essa imensurável perda com serenidade.

Por  RTV-Nha Fala


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GABÃO: Ali Bongo concorre a terceiro mandato nas presidenciais do Gabão

© Lusa

POR LUSA   17/07/23 

As presidenciais no Gabão, previstas para 26 de agosto próximo, receberam 27 candidaturas, incluindo apenas duas mulheres, com o Presidente, Ali Bongo, a concorrer novamente contra uma oposição dividida, que não conseguiu escolher um candidato de consenso.

O Centro Eleitoral Gabonês (CGE) anunciou que rejeitou quatro candidaturas por estarem incompletas e confirmou a candidatura de Bongo, assim como as de Paulette Missambo, presidente da União Nacional, e Victoire Lasseni Duboze, líder da União de Alianças para uma Nova África (UANA), as duas únicas mulheres que aspiram à presidência.

Entre os candidatos figuram ainda Jean Boniface Assélé, presidente do Centro de Reformadores Liberais (CLR) e tio de Bongo, bem como Alexandre Barro Chambrier, do Rassemblement pour la Patrie et la Modernité (RPM), que se perspetiva como um dos principais rivais do Presidente nas urnas, segundo o portal noticioso gabonês Gabon Actu.

Jean Ping, figura proeminente da oposição, anunciou na semana passada que não se candidataria, argumentando que os resultados das eleições "são preparados com antecedência".

Ping recusou-se ainda a apoiar outros candidatos da oposição e afirmou não ter "qualquer preferência nestas condições fraudulentas".

Ping, que foi ministro dos Negócios Estrangeiros do Gabão entre 1999 e 2008, concorreu às eleições de 2016 com o apoio de outros partidos e figuras da oposição, numa tentativa de derrotar Bongo, que acabou por vencer por cerca de 5.000 votos, num escrutínio a que apontou fraudes e cuja validade nunca reconheceu.

Bongo, de 64 anos, já tinha indicado que iria concorrer a um terceiro mandato nas eleições de 26 de agosto, que incluirão também eleições legislativas e autárquicas.

Será a primeira vez que o país realizará as três eleições em simultâneo.

O Presidente gabonês chegou ao poder em 2009, na sequência da morte do seu pai, Omar Bongo, que governou o país durante 41 anos, já nessa altura vencendo eleições que foram criticadas pela oposição.

Bongo foi reeleito em 2016, numa eleição cujos resultados não foram reconhecidos por Ping, que considerou "injusta" a decisão do Supremo Tribunal, que confirmou a sua vitória.


Leia Também: Gabão marca eleições presidenciais e gerais para 26 de agosto

Ponte da Crimeia ficou assim após explosões. Veja as imagens


© Reuters

Notícias ao Minuto   17/07/23 

O ataque terá sido realizado no domingo à noite por drones marítimos que se deslocaram à superfície da água e danificaram a estrutura.

O trânsito na ponte da Península da Crimeia, território ucraniano anexado em 2014 pela Rússia, foi suspenso, após parte da ponte ser alvo de explosões.

Ainda assim, as  autoridades locais consideram que é possível que a circulação rodoviária venha a ser reposta ainda hoje. 

De acordo com as mesmas fontes, o ataque terá sido realizado no domingo à noite por drones marítimos que se deslocaram à superfície da água e danificaram a estrutura.

A ponte de 19 quilómetros foi inaugurada em 2018 e é a principal ligação terrestre entre a Rússia e a península da Crimeia.

Veja as imagens dos estragos na galeria. 


Leia Também: Kremlin descarta medidas adicionais após ataque à ponte da Crimeia

CALOR: China registou temperaturas de 52,2ºC este domingo... Há seis meses, país registava 50ºC negativos.

© Reuters/Florence Lo

Notícias ao Minuto   17/07/23 

Uma cidade remota no árido noroeste da China registou temperaturas superiores a 52 graus Celsius, este domingo.

As temperaturas no município de Sanbao, em Xinjiang, atingiram 52,2ºC, valor recorde de temperatura registado no país, informou o jornal estatal Xinjiang Daily na segunda-feira, citado pela Reuters.

As elevadas temperaturas acontecem seis meses depois de o país ter registado 50º Celsius, mas em sentido inverso, ou seja, com temperaturas negativas.

A temperatura de domingo bateu o anterior recorde de 50,3ºC, registado, em 2015, em Ayding, uma vasta bacia de dunas de areia e lagos secos a mais de 150 metros abaixo do nível do mar.

Prevê-se que o calor deve permanecer no país durante pelo menos mais cinco dias.


Leia Também: Calor abrasador em Itália. Termómetros podem chegar aos 48º C

Rússia suspende acordo de exportação de cereais pelo Mar Negro

© Lusa

POR LUSA    17/07/23 

A Rússia suspendeu hoje o acordo de exportação de cereais pelo Mar Negro a partir de portos ucranianos, argumentando que os compromissos assumidos em relação à parte russa não foram cumpridos.

"O acordo dos cereais está suspenso", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, durante a sua conferência de imprensa diária por telefone.

"Quando a parte do acordo do Mar Negro relacionada à Rússia for cumprida, a Rússia retornará imediatamente à implementação do acordo", afirmou Peskov.

O porta-voz do Kremlin declarou que o ataque a uma ponte que liga a Crimeia ao continente russo não foi um fator para a decisão da suspensão do acordo.

"Não, estes desenvolvimentos não estão ligados", frisou.

"Mesmo antes deste ataque terrorista, o Presidente [da Rússia, Vladimir] Putin tinha declarado a nossa posição" sobre esta questão dos cereais, sublinhou o porta-voz russo.

O acordo inovador que as Nações Unidas e a Turquia negociaram no verão passado permitiu que toneladas de alimentos deixassem a região do Mar Negro, após a Rússia ter invadido a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022.

Um acordo separado facilitou a movimentação de alimentos e fertilizantes russos em meio às sanções dos países ocidentais.

A Rússia e a Ucrânia são grandes fornecedores globais de trigo, cevada, óleo de girassol e outros produtos alimentares.

Os russos queixaram-se que as restrições ao transporte marítimo e os seguros prejudicaram as exportações dos seus alimentos e fertilizantes, também essenciais para a cadeia alimentar global.

Analistas e dados de exportação mostram que a Rússia tem exportado quantidades recordes de trigo e que os seus fertilizantes também estão a ser exportados.

O acordo de exportação de cereais pelo Mar Negro foi renovado por 60 dias em maio, apesar da resistência de Moscovo. A quantidade de alimentos embarcados e o número de navios que partiam da Ucrânia tem caído nos últimos meses. A Rússia está a ser acusada de limitar a utilização de navios adicionais para a exportação de cereais.

Embora os analistas não esperem mais do que um aumento temporário nos preços dos produtos alimentares, porque países como Rússia e Brasil aumentaram as suas exportações de trigo e milho, a insegurança alimentar está a crescer.

A guerra na Ucrânia elevou os preços dos produtos alimentares a recordes no ano passado e contribuiu para uma crise alimentar global também ligada a outros conflitos, aos efeitos prolongados da pandemia da covid-19, secas e outros fatores climáticos.

Os altos custos dos cereais necessários para alimentos básicos em lugares como Egito, Líbano e Nigéria exacerbaram os desafios económicos e ajudaram a empurrar milhões de pessoas para a pobreza ou insegurança alimentar. As pessoas nos países em desenvolvimento estão a gastar mais dinheiro para se conseguirem alimentar.

As nações mais pobres que dependem de alimentos importados com preços em dólares também estão a gastar mais à medida que as suas moedas enfraquecem e são forçadas também a importar mais devido a questões climáticas. Países como Somália, Quénia, Marrocos e Tunísia estão a lutar contra a seca.


Leia Também: Rússia responsabiliza Kyiv por ataque contra ponte da Crimeia

Disputa do espaço," no campo de Afia" poderá estar relacionada com a questão politica, disse Cadi Djalo.


 Radio TV Bantaba

Kyiv reclama reconquista de mais de 10 quilómetros na última semana

© REUTERS/Oleksandr Ratushniak/File Photo

POR LUSA   17/07/23 

O Ministério da Defesa da Ucrânia indicou hoje que a contraofensiva "continua ativa no sul e no leste" e que Kiev reconquistou mais 10,9 quilómetros na zona meridional da frente na última semana. 

"Os território libertados aumentaram em mais 10,9 quilómetros numa semana", escreveu a vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Hanna Maliar, nas redes sociais.

Hanna Maliar acrescentou que no sul, as tropas ucranianas conseguiram "fazer recuar" 9,25 quilómetros as forças ocupantes russas, desde que começou a operação de contraofensiva. 

A vice-ministra da Defesa disse ainda que as operações militares de Kyiv "continuam em direção às cidade ocupadas" de Melitopol e Berdiansk, no sul do país enquanto se mantêm combates nas províncias de Donetsk e Zaporijia.

As informações diárias sobre a contraofensiva não são verificadas por entidades independentes.

A Ucrânia lançou no princípio de junho a contraofensiva militar com ataques na cidade de Bakhmut e na zona sul da frente de combate. 


Leia Também: Tropas ucranianas "avançam todos os dias" perto de Bakhmut

“Rússia utiliza o acordo de cereais como arma”. Acordo para exportação de cereais termina hoje

André Matos, especialista em relações internacionais, analisa o acordo de exportações de cereais no Mar Negro, que expira esta segunda-feira, considerando que tem havido uma “instrumentalização” por parte da Rússia sempre que se aproximam os prazos finais do entendimento, para criar uma “pressão adicional” sobre o ocidente. 

O comentador explica as condições russas para a continuidade do acordo. André Matos destaca uma “reorganização” dos altos comandos russos após a rebelião do grupo Wagner.

Ponte da Crimeia foi atacada por 'drones' marítimos ucranianos

© Lusa

POR LUSA   17/07/23 

'Drones' marítimos ucranianos foram utilizados para o ataque desta madrugada contra a ponte da Crimeia, que teve de ser encerrada depois de ser atingida por várias explosões, avançou a agência de notícias ucraniana Ukrinform.

A agência de notícias estatal cita fontes não identificadas dos serviços secretos ucranianos (SBU) e da Marinha do país, duas componentes das forças de segurança ucranianas.

"Foi difícil chegar à ponte, mas acabámos por conseguir", disse um representante dos SBU citado pela Ukrinform, que salientou que a ponte é um alvo legítimo para a Ucrânia, uma vez que foi construída em território ucraniano ocupado.

De acordo com as mesmas fontes, o ataque terá sido realizado no domingo à noite por drones marítimos que se deslocaram à superfície da água e danificaram a estrutura

As autoridades russas reconheceram a existência de uma "emergência" na ponte e comunicaram a morte de dois civis.

A ponte, a mais longa da Europa, com 19 quilómetros, foi construída depois de a Rússia ter anexado a Crimeia, em 2014, e liga esta península do Mar Negro à Rússia.

Também com circulação ferroviária, a ligação é uma importante artéria de abastecimento para a guerra da Rússia na Ucrânia.

Em outubro do ano passado, um camião armadilhado explodiu nesta ponte, causando cinco mortos.


Leia Também: Duas pessoas morreram e uma criança ficou ferida, após relatos de explosões na principal ponte que liga a península da Crimeia à Rússia, disseram as autoridades russas citadas pela Reuters. A circulação foi interrompida.

UNIÃO EUROPEIA: Bruxelas acolhe hoje primeira cimeira da UE e América Latina em oito anos

© Lusa

POR LUSA   17/07/23 

A capital belga, Bruxelas, acolhe hoje e terça-feira a primeira cimeira em oito anos da União Europeia (UE) com os países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), marcada por divergências sobre a declaração final.

Nesta cimeira de dois dias para reforçar os laços diplomáticos entre as duas regiões, Portugal estará representado pelo primeiro-ministro, António Costa, que, segundo a informação enviada à agência Lusa, tem encontros à margem marcados com os Presidentes da Argentina, Brasil, Costa Rica, Chile e Colômbia e com o primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves, que lidera atualmente a CELAC.

Também presente na cimeira estará o Presidente brasileiro, Lula da Silva, que chegou no domingo à tarde a Bruxelas, segundo a informação dada à Lusa por fonte da Presidência, e que já disse que espera "um aprofundamento das relações" entre as regiões.

Esta que é a terceira cimeira da UE com a CELAC, oito depois da reunião de 2015, vai focar-se no reforço da parceria entre as duas regiões para as preparar para novos desafios, como as consequências da covid-19 e da guerra da Ucrânia causada pela invasão russa, as transições ecológicas e digitais e a retoma da ordem internacional baseada em regras.

O regresso ao poder do Presidente brasileiro, Lula da Silva, com uma posição pró-europeia também faz com que este seja o momento propício para reforçar os laços diplomáticos entre a UE e a CELAC, segundo fontes diplomáticas comunitárias.

Ainda assim, apesar da vontade comum de estreitar laços entre as regiões, a declaração final da cimeira está a causar divergências entre o bloco europeu e latino-americano, com negociações ainda a decorrer, após oito rascunhos e de o texto ter passado de 13 páginas para sete na versão mais recente, consultada pela Lusa no domingo.

A causar maior fricção está a referência ao acordo da UE-Mercosul - o Mercado Comum do Sul, formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai - por haver países que no bloco comunitário (como França e Áustria) contestam essa menção por razões comerciais e ambientais.

Apesar da ambição de salientar o trabalho em curso, segundo a mais recente versão à qual a Lusa teve acesso, não é certo que esta menção esteja na declaração final, embora a atual a presidência espanhola da UE espere que a cimeira seja um ponto de partida para desenvolvimentos na conclusão do acordo UE-Mercosul, que abrange 25% da economia global e 780 milhões de pessoas, quase 10% da população mundial.

Outro dos pontos divergentes é referente à inclusão de uma menção à guerra da Ucrânia na declaração final, dadas as diferentes posições no bloco latino-americano (nomeadamente por parte do Brasil), estando para já apenas prevista a condenação, em termos gerais, do conflito.

Na versão a que a Lusa teve acesso no domingo, apenas era manifestada preocupação com a guerra em curso na Ucrânia, sem qualquer menção à Rússia.

A gerar consenso entre os dois blocos está a intenção de fazer cimeiras com mais regularidade, de dois em dois anos, estando a próxima prevista para a Colômbia em 2025, e de criar um mecanismo de cooperação permanente para reuniões regulares.

Em termos mundiais, a UE e a CELAC representam quase 60 países, cerca de um terço do território, 14% da população (mil milhões de pessoas) e 21% do Produto Interno Bruto.


Leia Também: A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou hoje um grande investimento da União Europeia (UE) nos países da América Latina e das Caraíbas, no arranque da primeira cimeira entre os dois blocos em oito anos.

COREIA DO SUL: Seul mobiliza todos os recursos após chuvas que mataram 40 pessoas

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POR LUSA   17/07/23 

O Presidente da Coreia do Sul ordenou hoje a mobilização de todos os recursos disponíveis para a resposta de emergência às fortes chuvas que já causaram pelo menos 40 mortos e uma dezena de desaparecidos no país.

Amobilização inclui a designação de zonas especiais de catástrofe, disse Yoon Suk-yeol, durante uma reunião na sede de Segurança e Desastres, informou a agência de notícias sul-coreana Yonhap.

O último balanço das autoridades sul-coreanas registava 35 mortos, dez desaparecidos e mais de 7.800 pessoas retiradas das suas casas.

As autoridades indicaram que o número de mortos pode aumentar à medida que os serviços de resgate prosseguem as operações de drenagem de um túnel subterrâneo, de 700 metros de comprimento, no qual se acredita que estejam submersos cerca de dez veículos.

A passagem, na cidade de Osong, no centro do país, ficou inundada no sábado, depois de um rio da zona ter rompido os diques devido às cheias causadas pelas chuvas torrenciais.

Horas antes, o primeiro-ministro sul-coreano, Han Duck-soo, tinha prometido acelerar as operações de busca e socorro dos desaparecidos, antes de apelar às autoridades para fazerem todos os esforços de forma a garantir a segurança da população.

A província de Gyeongsang do Norte (centro) é a mais afetada, com pelo menos 2.300 pessoas retiradas de casa devido às chuvas, que levaram ao encerramento ao trânsito de cerca de 220 estradas e à suspensão da circulação na linha ferroviária.

Mais de 10.500 pessoas tiveram de abandonar as casas devido às chuvas em todo o país, onde mais de 300 propriedades privadas e 600 instalações públicas ficaram danificadas.

Cerca de 30 mil casas ficaram sem eletricidade nos últimos dias, embora a maioria tenha recuperado hoje o fornecimento.


COLIGAÇÃO “PAI TERRA RANKA” PROMETE UM GOVERNO DE INCLUSÃO

 O DEMOCRATA  16/07/2023  

O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e da Coligação “PAI-Terra Ranka”, Domingos Simões Pereira, disse que a coligação vai formar um governo de inclusão para dirigir o país nos próximos quatro anos com o propósito de garantir a paz e estabilidade social e governativa aos guineenses.

“Defendemos um governo de inclusão como forma de garantir a paz, a estabilidade social e governativa, por isso, os partidos declarados perdedores vão ser convidados para a governação do país, porque são guineenses que igualmente aspiram o desenvolvimento da Guiné-Bissau”, afirmou. 

O político falava no sábado, 15 de julho de 2023, em Luxemburgo, à diáspora guineense na Europa em gesto de agradecimento aos eleitores pela vitória eleitoral da Coligação.

A Coligação da Plataforma Inclusiva – “Terra RANKA” formada por cinco partidos políticos, PAIGC, UM, PCD, PSD e MDG, foi o vencedor das eleições legislativas realizadas a 04 de junho do ano em curso, com a maioria absoluta, ou seja, conseguiu 54 mandatos, do total de 102, que constituem o hemiciclo da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau.

O MADEM ficou na segunda posição com 29 mandatos, PRS 12 mandatos, PTG 6 mandatos e APU-PDGB tem apenas um (01) mandato.

Falando para os apoiantes da coligação na diáspora, Simões Pereira aproveitou a ocasião para responder algumas questões levantadas nos bastidores sobre a sua participação no governo ou do lugar que vai ocupar no futuro Parlamento. 

Pereira explicou que qualquer função que venha a desempenhar no futuro governo ou mesmo estando fora do mesmo, será ele politicamente responsável pela governação do país nos próximos quatro anos.

“A questão frequente que circula neste momento entre os guineenses é saber se Domingos vai ser primeiro-ministro, se vai presidir o Parlamento? Ou se fará ou não, parte do governo? Prefere a Presidência da República, entre outras imaginações… Perante todo esse exercício de ideias, o que me interessa, em primeiro lugar, é corresponder às expetativas do povo guineense”, assegurou, sem avançar pormenores sobre o assunto.

“Fomos vítimas de maus tratos na governação deles! Não podemos fazer o mesmo para com eles”, assegurou o político.

Domingos Simões Pereira afirmou que está disposto a ser-lhe exigido pelos guineenses se desviar das ideias que convenceram os eleitores a votarem no programa eleitoral da Coligação PAI “TERRA RANKA”.

Refira-se que as autoridades nacionais agendaram a investidura de novos deputados para o dia 27 de julho. 

Entretanto, a formação do governo será depois da posse dos deputados.

Por: Assana Sambú

domingo, 16 de julho de 2023

Moscovo acusa Kyiv de ataque mortal na cidade russa de Shebekino

© Getty Images

Notícias ao Minuto    16/07/23 

Não houve comentários imediatos da Ucrânia, que raramente reivindica publicamente a responsabilidade em território da Rússia, na sequência destas alegações.

O governador da região russa de Belgorod disse, este domingo, que as forças ucranianas terão bombardeado a cidade russa de Shebekino, perto da fronteira ucraniana, com mísseis Grad, matando uma mulher que andava de bicicleta, reporta a Reuters.

Não houve comentários imediatos da Ucrânia, que raramente reivindica publicamente a responsabilidade em território da Rússia, na sequência destas alegações.

Vyacheslav Gladkov, governador de Belgorod, referiu que os mísseis Grad atingiram uma área de mercado, danificando um edifício e dois carros.

"Para grande tristeza, uma pessoa foi morta - uma mulher que estava a andar de bicicleta no passeio na altura do bombardeamento. Os ferimentos causados pelos estilhaços eram incompatíveis com a vida", explicou a fonte citada na rede social Telegram.

Segundo Gladkov, o alegado bombardeamento ucraniano de duas outras povoações na região de Belgorod este domingo não causou vítimas, mas danificou três casas em Gorkovsky e armazéns, uma vedação, uma torre de água e uma linha elétrica numa empresa agrícola em Ilek-Penkovka.

O sistema de armas Grad (Hail) é um lançador múltiplo de foguetes montado em camião, utilizado pelas forças ucranianas, mas também pelas russas. A sua utilização contra zonas civis é considerada um crime de guerra pelos ativistas dos direitos humanos.

A cidade de Shebekino, situada a cerca de cinco quilómetros da fronteira ucraniana, tem sido repetidamente alvo de bombardeamentos indiscriminados por parte das forças armadas ucranianas, segundo a Rússia.

Kyiv também tem acusado as forças russas de bombardear indiscriminadamente as zonas civis no país. Ambas as partes negam ter como alvo, ainda assim, infraestruturas civis.

A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que a guerra na Ucrânia, que começou a 24 de fevereiro do ano passado, tenha causado um número muito superior às nove mil vítimas mortais documentadas até ao momento.


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Global: "Se o que Putin queria era enfraquecer a NATO, o Ocidente e a Europa, conseguiu exatamente o contrário"

O Global deste domingo arranca com a análise de Paulo Portas à cimeira da NATO em Vilnius, na Lituânia, e à entrada da Suécia na aliança. 

O comentador observa que, um ano e meio depois da invasão da Ucrânia, o que Vladimir Putin conseguiu "foi que houvesse mais NATO, mais países na NATO, mais orçamento na NATO, mais peso do leste na Europa e na NATO e um maior vínculo entre os americanos e os europeus".

Serve-se ainda do exemplo dos mais de 100 mil soldados americanos nas fronteiras do leste europeu, "a proteger os países que estão próximos da Rússia". 

Centenas de de mercenários da Wagner chegaram à República Centro-Africana

Retirados emblemas do grupo Wagner, em São PetersburgoANTON VAGANOV
Por   sicnoticias.pt

Num comunicado de imprensa publicado no domingo, o COSI declarou que os seus instrutores estavam a treinar as forças de segurança centro-africanas há "mais de cinco anos" e que tinham assim ajudado a "melhorar o nível geral de segurança" no país.

Várias centenas de "experientes" combatentes do grupo de mercenários russo Wagner chegaram à República Centro-Africana para "garantir a segurança" antes do referendo de 30 de julho, anunciou este domingo um grupo ligado àquela formação paramilitar.

"Um outro avião chegou a Bangui com instrutores para trabalhar na República Centro-Africana (RCA). A rotação prevista prossegue. Várias centenas de profissionais experientes da companhia Wagner juntam-se à equipa que trabalha no país", declarou a Comunidade de Oficiais para a Segurança Internacional (COSI) na rede social Telegram.

"Os instrutores russos continuarão a ajudar os militares das Forças Armadas Centro-Africanas e as forças da ordem da RCA a garantir a segurança durante a preparação do referendo constitucional previsto para 30 de julho", lê-se no comunicado.

Juntamente com o comunicado, o COSI publicou uma fotografia que mostra pelo menos trinta pessoas mascaradas e com uniforme militar em fila, no que parece ser uma pista de aterragem de um aeroporto.

Segundo os Estados Unidos, a COSI é uma empresa de fachada do grupo Wagner na República Centro-Africana. É dirigida por um russo, Alexandre Ivanov, que se encontra sob sanções americanas desde janeiro.

Num comunicado de imprensa publicado no domingo, o COSI declarou que os seus instrutores estavam a treinar as forças de segurança centro-africanas há "mais de cinco anos" e que tinham assim ajudado a "melhorar o nível geral de segurança" no país.

No início de julho, várias fontes estrangeiras afirmaram que um número desconhecido de mercenários da Wagner estava a deixar a República Centro-Africana, uma afirmação firmemente negada pelo governo do país africano.

O estatuto da empresa paramilitar privada e a continuação das suas operações são incertos desde o seu motim abortado na Rússia, a 23 e 24 de junho.

Mas as suas intervenções no estrangeiro, nomeadamente na Síria e em vários países africanos (Sudão, República Centro-Africana, Mali), não foram até agora publicamente postas em causa.

Logo que foi anunciado o fim do motim, Bangui declarou que as atividades da Wagner "continuariam".

Putin diz que forças russas estão a anular a contraofensiva ucraniana

© ALEXEI BABUSHKIN/SPUTNIK/AFP via Getty Images

POR LUSA    16/07/23 

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou hoje que a contraofensiva do exército ucraniano, lançada em junho, não foi bem sucedida face à resistência das defesas russas no leste e no sul da Ucrânia.

"Todas as tentativas do inimigo para romper as nossas defesas (...), em particular através da utilização de reservas estratégicas, foram infrutíferas durante todo o período da ofensiva. O inimigo não teve sucesso", afirmou Putin.

Numa entrevista a um canal de televisão transmitida hoje, Putin descreveu a situação como "positiva" para as forças russas na frente.

"As nossas tropas estão a comportar-se de forma heroica. Inesperadamente para o inimigo, estão até a passar à ofensiva em certos setores e a capturar posições mais vantajosas", disse o líder russo.

Vladimir Putin acrescentou que os especialistas russos vão estudar o equipamento moderno capturado na Ucrânia para ver se "têm algo que possa ser utilizado" na produção nacional, sem deixar de enfatizar que o equipamento militar russo é "muito eficaz" e que o seu tanque T-90 é "o melhor do mundo".

Esta semana, o presidente russo salientou também que os tanques ocidentais ardem melhor do que os tanques do seu país e argumentou que, desde que a contraofensiva ucraniana começou, o exército russo destruiu centenas de tanques produzidos no Ocidente, incluindo os Leopard alemães.

Na sexta-feira, o chefe da administração presidencial ucraniana, Andriï Iermak, admitiu que a contraofensiva de Kyiv "não estava a progredir tão rapidamente", mas assegurou que os aliados ocidentais não estavam a pressionar Kyiv sobre esta questão.

Iniciada em junho com o apoio de armas pesadas fornecidas pelo Ocidente, a contraofensiva da Ucrânia está a progredir lentamente contra as tropas russas, que tiveram tempo para construir defesas sólidas, incluindo campos de minas, e que ainda têm poder de fogo para atacar as forças ucranianas.

No domingo, o Estado-Maior ucraniano declarou que as operações ofensivas em direção a Melitopol e Berdiansk, duas cidades ocupadas pela Rússia no sul da Ucrânia, estavam a prosseguir.

No início desta semana, na terça-feira, o Ministro da Defesa russo afirmou que as tropas russas tinham conseguido romper 1,5 km de profundidade numa secção da frente perto de Lyman, na região de Donetsk, no leste da Ucrânia.


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Papa recorda bombardeamento de Roma na II Guerra e compara-o a Ucrânia

© Grzegorz Galazka/Archivio Grzegorz Galazka/Mondadori Portfolio via Getty Images

POR LUSA   16/07/23 

O Papa Francisco lembrou hoje que se completam, por estes dias, 80 anos sobre o bombardeamento de alguns bairros de Roma na Segunda Guerra Mundial e lamentou que estas tragédias ainda se repitam, aludindo ao sofrimento dos ucranianos.

"Passaram 80 anos desde o bombardeamento de alguns bairros de Roma, especialmente o de San Lorenzo. O Papa, o venerável Pio XII, quis ir ao encontro das pessoas perturbadas", recordou Francisco durante a oração do Angelus, na Praça de São Pedro, em Roma.

Francisco afirmou ainda que o bombardeamento 19 de julho de 1943, realizado por aviões norte-americanos, causou mais de 3.000 mortos em Roma e arrasou áreas inteiras da cidade.

"Infelizmente, estas tragédias ainda hoje se repetem. Como é possível? Perdemos a memória. Que o Senhor tenha piedade de nós e liberte a família humana do flagelo da guerra. Em particular, rezemos pelo querido povo ucraniano, que está a sofrer tanto", disse o Papa Francisco.

Nas últimas semanas, o Papa Francisco enviou o cardeal Matteo Zuppi a Kiev, na Ucrânia, e Moscovo, na Rússia, para abrir uma via de diálogo para a paz e mediar o regresso das crianças ucranianas deportadas para a Rússia, sem resultados até agora.


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A demolição de cacifes no Campo de futebol de Afia terminou no confronto entre forças de ordem e populares desse bairro periférico de Bissau este domingo, 16 de julho.

 Radio TV Bantaba

Rússia denuncia forte ataque de 'drones' ucranianos a Sebastopol

© Getty Imagens

POR LUSA     16/07/23 

O ministério da Defesa da Rússia denunciou hoje um forte ataque de 'drones' (aparelhos voadores não tripulados) ucranianos contra a cidade de Sebastopol, na Crimeia, base da frota russa do Mar Negro, e afirmou que todos foram "neutralizados".

"Uma tentativa do regime de Kyiv de realizar um ataque terrorista com sete veículos aéreos não tripulados e dois semi-submersíveis não tripulados contra alvos no território da península da Crimeia, perto da cidade de Sebastopol, foi frustrada hoje de manhã", disse o departamento governamental russo, num comunicado.

Segundo a nota, dois 'drones' foram destruídos pela defesa aérea e cinco outros neutralizados por meios eletrónicos sem atingir os seus alvos.

Além disso, na parte norte do Mar Negro, duas embarcações não tripuladas das Forças Armadas ucranianas foram descobertas e eliminadas.

"Como resultado do ataque terrorista frustrado, não houve vítimas ou danos", disse o ministério russo.

Anteriormente, o governador de Sebastopol, Mikhail Razvozhaev, também já tinha dado conta do ataque, que descreveu como "maciço e prolongado".

Desde o ataque de outubro passado que danificou a ponte de Kerch, que liga a Crimeia à Rússia, a península anexada tem sido alvo de frequentes ataques com 'drones' e mísseis.

A ofensiva militar lançada pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de quase 15 milhões de pessoas -- internamente e para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Atualmente, pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão, justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para Kyiv e com a imposição de sanções políticas e económicas a Moscovo.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra mais de 8.000 civis mortos e cerca de 14.000 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


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Azerbaijão acusa Rússia de não cumprir obrigações sobre Nagorno-Karabakh

© ALEXANDER NEMENOV/AFP via Getty Images

POR LUSA   16/07/23 

O Azerbaijão acusou hoje a Rússia de não cumprir as suas obrigações ao abrigo do acordo de cessar-fogo de 2020 que Moscovo patrocinou para pôr fim ao conflito pelo controlo da região de Nagorno-Karabakh.

"O lado russo não garantiu a implementação total do acordo no âmbito das suas obrigações", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Azerbaijão, acrescentando que Moscovo "não fez nada para impedir" a Arménia de entregar equipamento militar às forças separatistas no enclave.

No outono de 2020, Moscovo patrocinou um acordo de cessar-fogo após uma guerra de seis semanas, com a derrota das forças arménias, forçadas a ceder o território que controlavam há décadas.

A Rússia comprometeu-se a enviar soldados para garantir a livre circulação entre a Arménia e o Nagorno-Karabakh através do corredor de Latchine, a única estrada que liga a Arménia ao enclave separatista.

O corredor foi encerrado na terça-feira pelo Azerbaijão.

No sábado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo instou o Azerbaijão a reabrir o corredor.

O Presidente do Azerbaijão, Ilham Aliev, e o primeiro-ministro arménio, Nikol Pachinian, reuniram-se em Bruxelas no sábado para conversações mediadas pela União Europeia.


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