sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

GUERRA NA UCRÂNIA: Armamento moderno em Kyiv? Ofensiva vitoriosa ou escalada incontrolável

© Lusa

POR LUSA    27/01/23 

O envio de armamento pesado e ofensivo destinado a Kyiv pelos países ocidentais poderá implicar uma nova e vitoriosa ofensiva ucraniana ou uma escalada do conflito caso Moscovo considere ultrapassadas "linhas vermelhas", disseram à Lusa dois analistas militares.

"A questão é saber o que se pretende com este material", considerou o major-general Carlos Branco. "Porque a quantidade anunciada, e o momento em que este armamento vai ser atribuído aos ucranianos, não permitirá que atinjam os seus objetivos - a expulsão das forças russas da Ucrânia, incluindo a Crimeia".

O analista militar considera que não serão os 152 carros de combate (tanques) prometidos, e dos quais apenas 77 estão confirmados até agora, que farão a diferença. "Destes 77, 31 são Abrams (norte-americanos), que só serão atribuídos no final deste ano".

Uma perspetiva diversa é avançada pelo major-general Arnaut Moreira, que destaca a importância deste "segundo grande avanço em termos de patamar tecnológico que o ocidente alargado concede à Ucrânia" após o envio do sistema norte-americano de lançamento de foguetes múltiplos Himars.

"O sistema Himars podia ser sempre encarado como o aumento de uma capacidade de defesa por parte das Forças Armadas ucranianas. Mas o fornecimento de carros de combate nunca pode ser apenas envolvido em questões meramente de salvaguarda do território ou capacidade de defesa das forças ucranianas", considerou.

Números avançados por Carlos Branco indicam que, nos primeiros meses da guerra, os russos destruíram ou incapacitaram cerca de 2.500 carros de combate e viaturas blindadas ucranianas, e que o Exército ucraniano já se afirmava como o segundo mais bem equipado na Europa a seguir ao russo.

A maioria dos carros de combate fornecidos pelos aliados ocidentais à Ucrânia já foi destruído, garante. "O facto de pedirem desesperadamente viaturas e equipamento é significativo de que não estão a prevalecer no campo de batalha".

Arnaut Moreia destaca antes a "natureza ofensiva" e as características dos carros de combate que irão equipar as forças de Kyiv, e que os tornam num " instrumento ideal" para a condução de manobras ofensivas.

"A Ucrânia vai ter de pensar agora uma manobra diferente que a afaste de Bakhmut e Soledar e que permita, como fez em Kharkiv há alguns meses atrás, romper linhas, entrar na profundidade do dispositivo inimigo e desequilibrar o seu sistema defensivo. É isto que estes carros de combate vêm trazer", prognosticou.

Na análise de Carlos Branco, este tipo de equipamento, em particular, vai apenas prolongar o conflito, mas não vai fornecer recursos à Ucrânia para atingir o objetivo pretendido - a retirada das forças russas de todo o seu território.

"Mas em relação às viaturas blindadas, não aos carros de combate (tanques), o número atribuído é muito significativo. Aproxima-se do número que Valerii Zaluzhnyi, comandante em chefe das Forças Armadas ucranianas, pediu na entrevista à revista britânica The Economist", assinalou.

Ainda para Carlos Branco, as grandes divergências residem no número de carros de combate e no número de peças de artilharia.

"Não é provável que um Exército tenha capacidade ofensiva se não tiver capacidade para combate de armas combinadas. Não é um Exército sem artilharia, ou com uma artilharia muito reduzida, sem apoio aéreo, que vai conseguir prevalecer", sustenta.

Carlos Branco insiste que a questão consiste em saber quanto e quando o material será atribuído, enquanto Arnaut Moreira prefere destacar os "modelos de combate cada vez mais antigos" que a Rússia tem vindo a utilizar, recorrendo aos seus depósitos.

"Por outro lado, a capacidade industrial do ocidente tem uma enorme resiliência, estamos a distribuir o esforço da guerra por 50 países desta coligação avançada. A Federação russa é uma pequeníssima economia mundial, e militarizar a sua indústria vai ter reflexos dramáticos na qualidade de vida da sua população", frisou.

Uma perspetiva diferenciada do seu correligionário militar, ao assinalar uma grande desproporção de tanques e com vantagem para Moscovo.

"A Rússia tem 600 tanques T-90. E tem mais umas centenas de T-78 modificados, e em relação aos T-72 têm centenas e com o 'upgrade' que foi feito, sistemas de pontaria computorizada, proteção reativa, capacidade de combate noturno,", diz Carlos Branco.

Em resposta, Arnaut Moreira recorre ao exemplo da designada "Guerra das Estrelas" que na década de 1980 opôs os EUA à então URSS, considerando que o colapso da União Soviética não foi de natureza militar.

"Caiu pela incapacidade de responder ao que eram os anseios da população, que não percebia porque tinha de andar de Wartburg ou Lada em vez de Mercedes ou BMW. E porque o desafio da 'Guerra das Estrelas' obrigou-a um esforço de investimento na indústria de Defesa que fez colapsar todos os outros sistemas", disse à Lusa.

Desta forma, o major-general Arnaut Moreira assinala que, no atual conflito, o ocidente "não baixou a parada", e que militarização da indústria russa vai ser feita à custa da diminuição dos recursos para satisfazer as necessidades básicas da população. "É uma questão de tempo", disse.

Na quarta-feira, o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky pediu o envio de aviões de combate e de mísseis de longo alcance, mas ainda sem qualquer confirmação.

Este novo dado poderá implicar uma escalada, mesmo que Arnaut Moreira considere que a Rússia "tudo fará para não entrar em conflito com a NATO".

Nesse sentido, define o país como uma "pequeníssima economia mundial, só tem 140 milhões de habitantes, é basicamente o que tem a Polónia e a Alemanha". E destes dois países, frisa, "há mais 48 países nesta coligação. Estão aqui as grandes potências industriais, comerciais, de produção de riqueza em todo o mundo".

O "colapso da economia interna russa", motivado pelo esforço de guerra, poderá já perfilhar-se no horizonte, admite.

"Não há nenhuma vitória russa, é absolutamente impossível de acontecer. Mesmo que tenha uma vitória de natureza militar, já toda a gente está preparada para a eventualidade de ser necessário isolar ainda mais a Federação Russa, [que] no longo prazo vai sofrer tremendamente as consequências desta sua ação ofensiva sobre um dos seus vizinhos".

Carlos Branco opta antes por desatacar que, caso a Rússia considere que algum do armamento enviado ultrapasse as suas "linhas vermelhas", haverá uma escalada.

"E o que significa? Por exemplo, a Rússia atacar a Polónia, as oficinas onde esse equipamento é recuperado, as bases onde possam estar estacionados os F-16, e de onde eventualmente lançarão os seus ataques, porque não vejo onde irá a Ucrânia colocar os F-16 no seu próprio território, porque serão atacados".

Desta forma, sintetiza Carlos Branco, a "questão é saber se os russos vão interpretar estas decisões como algo que põe em causa a sua integridade territorial, o que eventualmente pode implicar a sua derrota no conflito, e então a situação entrará numa crescente escalada. E se atacarem um país da NATO, temos o 'caldo entornado'".


Leia Também: Japão anuncia novas sanções contra políticos e militares russos

ANTÓNIO PINHEIRO PEDE A REGULAMENTAÇÃO PARA REALIZAÇÕES DE GRANDES EVENTOS CULTURAIS NO PAÍS

O administrador da empresa Mix Services denunciou que, devido a falta de "preparação" de muitos organizadores de eventos no país, é que motivou a inacessibilidade ao Estádio Nacional 24 de Setembro para realização de espectáculos.

Rádio Jovem Bissau

Portugal apoia Guiné-Bissau para implementar mestrado em português.

Timóteo Saba M'bunde Ministro do Ensino Superior e Investigação Científica da Guiné-Bissau e Francisco Gonçalves Nunes André Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Portugal assinaram memorando de entendimento para implementação do mestrado na área da Língua portuguesa na Unidade escolar TCHICO TÉ.

Radio Voz Do Povo

quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

EUA matam líder do Estado Islâmico e outros dez terroristas na Somália

© iStock

POR LUSA   26/01/23 

As forças de operações especiais dos Estados Unidos mataram um alto responsável do grupo Estado Islâmico e outros dez terroristas no norte da Somália, revelaram esta quinta-feira fontes do governo à agência Associated Press (AP).

A operação teve como alvo Bilal al-Sudani, um importante facilitador financeiro para a organização terrorista em todo o mundo e decorreu num complexo de cavernas montanhosas.

O Presidente norte-americano, Joe Biden, foi informado na semana passada sobre a proposta para a missão, que surgiu após meses de planeamento.

Biden deu a sua aprovação final para a realização desta operação esta semana, de acordo com dois funcionários da sua administração que informaram os jornalistas sob a condição de anonimato.

Al-Sudani, que estava no radar das autoridades de inteligência dos EUA há anos, desempenhou um papel fundamental ajudando a financiar as operações do EI em África, bem como o braço terrorista ISIS-K que opera no Afeganistão, acrescentaram as mesmas fontes.

Este terrorista tinha sido originalmente assinalado pelo Departamento do Tesouro, em 2012, pelo seu papel no Al-Shabab, outra organização terrorista que opera na Somália.

"Dada a localização remota da operação, a avaliação é de que nenhum civil foi ferido ou morto. A proteção de civis continua a ser uma parte vital das operações do comando para promover maior segurança para todos os africanos", destacou, por sua vez, Comando Militar Norte-Americano para África (AFRICOM), em comunicado.

Um norte-americano envolvido na operação foi mordido por um cão militar, mas não ficou gravemente ferido, segundo fonte do governo.

As autoridades norte-americanas forneceram poucos detalhes sobre como a operação foi realizada ou as circunstâncias que envolveram a morte de Al-Sudani.

Um oficial destacou que as forças dos EUA pretendiam capturar Al-Sudani, mas que essa opção não se mostrou "viável" quando a operação foi realizada.

A operação ocorre dias depois do AFRICOM ter anunciado que conduziu um ataque coletivo de autodefesa a nordeste de Mogadíscio, a capital, perto de Galcad.

Nessa ação, as forças do Exército Nacional da Somália estavam envolvidas em combates intensos, após um ataque prolongado e intenso de mais de 100 combatentes do Al-Shabab.

Os EUA estimaram que aproximadamente 30 combatentes do Al-Shabab foram mortos nessa operação.

A ofensiva das forças somalis contra o Al-Shabab foi descrita como a mais significativa em mais de uma década.



Carnaval 2023: COMISSÃO NACIONAL ANUNCIA QUE NÃO HÁ PRÉMIOS

 
JORNAL ODEMOCRATA  26/01/2023  

A Comissão Nacional Organizadora do carnaval 2023 anunciou esta quinta-feira, 26 de janeiro, que não haverá concurso de carnaval nem premiações, apenas far-se-á o desfile nacional com a participação de todas as regiões.

O Carnaval 2023 tem como lema “Carnaval de Reforço e Coesão Nacional e Integração Regional”, e decorre de 17 a 21 de fevereiro.

O anúncio foi tornado público por Leonardo Cardoso, presidente da Comissão, em conferência de imprensa, durante a qual precisou que a Comissão apenas apoiará os grupos que querem participar do desfile.

Cardoso justificou a decisão pela necessidade de assegurar a coesão nacional e não continuar a acumular dívidas que a direção da cultura não consegue pagar.

Apelou aos grupos e às regiões a inscreverem-se quanto antes, para uma melhor organização. 

Leonardo prometeu realizar uma feira de gastronomia e um desfile muito bem organizado e estruturado com a participação de todas as regiões e  associações estrangeiras”. 

Em relação às dívidas de concursos anteriores, a Comissão de carnaval 2023 prometeu encetar diligências junto do governo.

Por: Carolina Djemé

Fotos: CD

Encerramento de Seminário de Informação e Sensibilização aos parlamentares da CEDEAO sobre a Importância do ECO_ as vantagens e desvantagens.


Radio Voz Do Pov

REJUVENESCIMENTO: CEO de 45 anos diz ter ficado mais jovem com programa experimental... Bryan Johnson irá gastar 1,83 milhões de euros para continuar programa de rejuvenescimento.

© Wikimedia Commons

Notícias ao Minuto   26/01/23 

Um empreendedor e CEO na área da biotecnologia de nome Bryan Johnson diz que, apesar de ter 45 anos, foi sujeito a um programa experimental que mostra que tem um coração de 37 anos, pele de 28 anos e os pulmões com a capacidade de alguém de 18 anos.

Diz a Bloomberg que o programa em questão tem o nome Project Blueprint e é liderado por um médico de 29 anos de nome Oliver Zolman -  auto-intitulado como o “médico do rejuvenescimento” - que conta com o auxílio de outros 30 especialistas em saúde.

O programa é descrito como sendo uma dieta diária intensiva que mistura suplementos personalizados, exercício de diversos testes corporais.

Este programa, naturalmente, não é barato e custará a Johnson cerca de 2 milhões de dólares (1,83 milhões de euros) este ano. “O que eu faço pode parecer extremo, mas estou a tentar provar que o declínio não é inevitável”, afirma Johnson, que adianta que quer transformar este programa numa competição de rejuvenescimento.

Os sapatos de Putin têm salto alto? Tire as suas próprias conclusões

© Reuters

Notícias ao Minuto  26/01/23

As mais recentes fotografias de Putin mostram-no a posar ao lado de um grupo de estudantes... calçando o que aparentam ser sapatos com salto alto.

Que o presidente russo, Vladimir Putin, é um homem bastante preocupado com a sua imagem pública, isso já era praticamente certo. Desde posar ao volante de veículos militares às suas variadas demonstrações desportivas, são vários os momentos em que se tem visto o chefe de Estado russo a tentar construir a perceção de que é um líder forte.

As mais recentes fotografias de Putin, captadas durante uma visita ao Grupo de Investigação Lomonosov, em Vorobyovy Gory, Moscovo, mostram-no a posar ao lado de um grupo de estudantes... calçando o que aparentam ser sapatos com salto alto.

As fotografias em causa estão já a circular nas redes sociais, depois de terem sido oficialmente divulgadas pelo Kremlin, reporta a Sky News. E os internautas apressaram-se a concluir que o líder russo conseguiu, assim, uns centímetros a mais na sua altura, com esta estratégia.


Leia Também: Defesas aéreas ucranianas abateram 47 dos 55 mísseis lançados pela Rússia


GUINÉ-BISSAU: Forças Armadas fazem "movimentações normais" de militares em quartéis

© Lusa

POR LUSA  26/01/23 

O Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau está a realizar movimentações de militares entre quartéis, disse hoje à Lusa fonte da instituição militar, considerando a rotação "perfeitamente normal".

Nos últimos dias, tem havido relatos nas redes sociais de guineenses em como estariam em curso mudanças de militares entre os quartéis do interior do país, nomeadamente nos batalhões de Mansoa, no centro do país, Gabu, no leste, e Farim, junto à fronteira com o Senegal.

"São movimentações normais de militares. São servidores públicos, podem ser transferidos de um para outro aquartelamento, como podem ser destacados para missões em qualquer parte do país", observou a fonte, em declarações à Lusa.

A fonte do Estado-Maior General das Forças Armadas não quis precisar que aquartelamentos foram abrangidos pelas mudanças, mas confirmou que militares "de alguns batalhões estão envolvidos nas trocas regulares"

A mesma fonte negou que tenha existido qualquer ordem do Estado-Maior General das Forças Armadas no sentido de impedir que os militares saíssem dos quartéis a partir das 19:00

"Não existe nada disso. Os militares estão a fazer a sua atividade normal, fora e dentro dos quartéis", defendeu a fonte


Dia Mundial das Alfândegas

 Radio Voz Do Povo 

Como o deserto do Saara está se transformando em um oásis de terras agrícolas

Cientistas criaram robot capaz de alternar entre estados sólido e líquido... Os responsáveis acreditam que o robot poderá ser usado em intervenções cirúrgicas ou administrar medicamentos.

© YouTube / ScienceAlert

Notícias ao Minuto   26/01/23

A Universidade Chinesa de Hong Kong conseguiu um avança na área da robótica ao criar um robot capaz de alterar entre o estado sólido e líquido, conseguindo assim deslocar-se em ambientes com obstáculos mais desafiantes.

“Dar aos robots a capacidade de trocarem entre os estados líquido e sólido dá-lhes mais funcionalidade”, notou o engenheiro Chengfeng Pan, apontando para a importância deste avanço nas áreas da produção de dispositivos eletrónicos e até da saúde.

Os engenheiros criaram este robot a partir de gálio, um metal mais macio que entra no estado líquido com uma temperatura de 29 graus celsius. A este metal os engenheiros adicionarem partículas magnéticas, que permitem ao robot não só alternar entre os dois estados como também conferir uma maior mobilidade.

Apesar de animados com este avanço, nota o Science Alert que os engenheiros acreditam que é necessário realizar mais alguns testes.

“O trabalho futuro deve explorar como estes robots podem ser usados dentro de um contexto biomédico”, notou outro engenheiro, de nome Carmel Majidi. “O que estamos a mostrar são demonstração, mas são necessários mais estudos para aprofundar como podem ser de facto utilizados para administrar medicamentos ou remover objetos estranhos".


Robot clears foreign body from stomach   @ScienceAlert ☝

UCRÂNIA: Explosão em Kyiv e 15 mísseis russos abatidos pela Ucrânia

© Lusa

POR LUSA  26/01/23 

Quinze mísseis de cruzeiro russos foram abatidos pela defesa antiaérea da Ucrânia, mas segundo a France Presse foi sentida uma forte explosão em Kiev.

A interceção dos 15 mísseis foi confirmada pelas autoridades ucranianas.

Antes, o porta-voz da Força Aérea da Ucrânia dizia aos jornalistas que estava a ocorrer um ataque de mísseis russos contra a Ucrânia, tendo soado os alertas em várias regiões do país.

Pelo menos seis mísseis foram disparados da região russa de Murmansk, disse o porta-voz. 


Leia Também: Forças Armadas ucranianas explicaram que foram abatidos 24 drones enviados pela Rússia em direção ao país vizinho.


Leia Também: Negociações de paz? Apenas quando houver "novo governo" na Rússia


Leia Também:  Zelensky deixa alerta: "A Ucrânia é só o primeiro passo para Putin. Estou convencido de que está a preparar uma grande guerra"

NASA: Asteroide vai fazer "aproximação extraordinariamente próxima" da Terra

© iStock

POR LUSA   26/01/23 

Um asteroide do tamanho de um camião vai passar "extraordinariamente próximo" da Terra na madrugada de quinta para sexta-feira, num dos encontros mais iminentes já registados, adiantou esta quarta-feira a agência espacial norte-americana (NASA).

A NASA assegurou, no entanto, que este será um 'quase acidente', sendo que não há hipóteses do asteroide atingir o planeta.

Este asteroide recém-descoberto aumentará 3.600 quilómetros acima da ponta sul da América do Sul, ou seja, dez vezes mais perto que os conjuntos de satélites de comunicação que circulam visíveis no céu, destacou ainda a agência espacial.

Mesmo que a rocha espacial chegasse muito mais perto da Terra, os cientistas explicaram que a maior parte desta iria queimar na atmosfera, com alguns dos pedaços maiores provavelmente a caírem como meteoritos.

O sistema de avaliação de risco de impacto da NASA, o Scout, rapidamente descartou um impacto, realçou o responsável pelo desenvolvimento, Davide Farnocchia.

"Mas, apesar das poucas observações, foi capaz de prever que o asteroide fará uma aproximação extraordinariamente próxima da Terra", sublinhou Farnocchia citado num comunicado.

"Na verdade, esta é uma das aproximações mais próximas já registada de um objeto a acercar-se da Terra", acrescentou.

Descoberto no sábado, acredita-se que o asteroide conhecido como 2023 BU tenha entre 3,5 metros e 8,5 metros de diâmetro. Foi descoberto pela primeira vez pelo mesmo astrónomo amador na Crimeia, Gennady Borisov, que descobriu um cometa interestelar em 2019.

Em poucos dias, dezenas de observações foram feitas por astrónomos em todo o mundo, permitindo apurar a órbita do asteroide.

O trajeto do asteroide será drasticamente alterado pela gravidade da Terra assim que passar e, em vez de completar uma volta ao sol a cada 359 dias, mover-se-á numa órbita oval com a duração de 425 dias, de acordo com a NASA.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

AMESTERDÃO: Um mar de bicicletas? Amesterdão inaugura parque subaquático já amanhã

© Gemeente Amsterdam / Twitter

Notícias ao Minuto  25/01/23 

A garagem é o resultado de um projeto de quatro anos e 60 milhões de euros que permitem 'limpar' montes de bicicletas abandonadas e enferrujadas deixadas por passageiros apressados que se acumulam junto à estação central de comboios de Amesterdão.

Amesterdão tem uma resposta à procura de mais estacionamento de bicicletas com a inauguração já amanhã, quinta-feira, de sete mil novos lugares de estacionamento para bicicletas numa garagem subaquática na zona mais movimentada da cidade.

O parque é o resultado de um projeto de quatro anos e 60 milhões de euros que permitem 'limpar' montes de bicicletas abandonadas e enferrujadas deixadas por passageiros apressados que se acumulam junto à estação central de comboios de Amesterdão.

Nas filas​​ (e filas) de lugares limpos e seguras no subsolo, as bicicletas podem ser deixadas gratuitamente durante 24 horas e depois a um custo de 1 euros e 35 cêntimos durante 24 horas.

O projeto, que começou em 2019, consistiu na drenagem de um lago vizinho e, segundo o diretor do Instituto de Ciclismo Urbano da Universidade de Amesterdão, há também espaço para mais quatro mil bicicletas num novo lote do lado do porto.

Há luzes vermelhas e verdes para mostrar se há vagas disponíveis e, a partir de abril, um sistema dinâmico começará a mostrar aos passageiros qual parque de bicicletas tem espaço e quantas vagas estão livres.

“A estação central é um dos locais mais movimentados de Amsterdão”, referiu o diretor do projeto de bicicletas do município de Amsterdão, Pieter Visser, acrescentando que "muitos ciclistas usam esse precioso espaço público para pedalar e estacionar".

De acordo com Visser, "a autarquia optou por facilitar o estacionamento (neste caso, debaixo de água) para devolver o espaço público aos peões, turistas e pessoas com deficiência".

Todos os dias, mais de um terço das viagens são feitas de bicicleta em Amesterdão, e a estação central é o lar de cerca de 200 mil viagens diárias.


Mensagem de Condolências do Movimento para Alternância Democrática Madem G15, a PRS.


Mustafa Cassamá


ONU: O Produto Interno Bruto (PIB) do continente africano deverá crescer 4% este ano e 3,8% em 2024, previu a Organização das Nações Unidas (ONU) num relatório hoje divulgado.

© iStock

POR LUSA  25/01/23 

ONU estima que PIB de África cresça 4% em 2023 e 3,8% em 2024

O Produto Interno Bruto (PIB) do continente africano deverá crescer 4% este ano e 3,8% em 2024, previu a Organização das Nações Unidas (ONU) num relatório hoje divulgado.

Depois de o crescimento no continente se ter fixado em 3,7% em 2022, os países africanos registarão uma ligeira aceleração do PIB nos próximos dois anos, e uma queda na inflação, que, no entanto, permanecerá nos dois dígitos em 2023 (14,4%) e ficará em 9,6% em 2024.

Entre as várias regiões africanas, as que registarão uma maior inflação no corrente ano são o Norte de África (16%), África Ocidental (15,1%), África Austral (14,6%).

Ainda com uma inflação na casa dos dois dígitos surge a África Oriental, com 11%, e, com a menor percentagem, a região da África Central, com 3,6% de inflação em 2023.

Estas projeções integram o principal relatório económico da ONU, o 'World Economic Situation and Prospects Report 2023', que aponta ainda que o maior crescimento do PIB este ano será registado na África Oriental (5,1%), sendo seguida pelo Norte de África (4,8%), África Ocidental (3,8%), África Central (3,4%) e, por fim, a África Austral (2,3%).

Num panorama mais geral, a inflação global deverá permanecer elevada em 2023, em 6,5%, e a produção mundial desacelerará face a 2022, fixando-se em 1,9%, anunciou a ONU, pedindo aos governos que evitem a austeridade.

Segundo o relatório, uma série de choques graves reforçaram-se em 2022 - como a pandemia de covid-19, a guerra na Ucrânia e consequentes crises alimentar e energética, aumento da inflação, aperto da dívida, assim como a emergência climática -, e que continuarão a ter impacto na economia mundial em 2023.

As perspetivas económicas apresentadas pelas Nações Unidas são "sombrias" quer para as economias desenvolvidas, quer para as em desenvolvimento, onde dominam as perspetivas de recessão para este ano.

"O ímpeto de crescimento enfraqueceu significativamente nos Estados Unidos, na União Europeia e em outras economias desenvolvidas em 2022, impactando negativamente o restante da economia global através de vários canais. O aperto das condições financeiras globais, juntamente com um dólar forte, exacerbou as vulnerabilidades fiscais e de dívida nos países em desenvolvimento", analisa o texto.

Em relação a África, o relatório frisa que o continente foi atingido por uma confluência de choques, como a guerra na Ucrânia, que enfraqueceu ainda mais as perspetivas de crescimento das economias africanas, uma vez que ocorreu num momento em que os países estavam ainda a recuperar-se dos impactos da pandemia de covid-19, dos choques climáticos e de crises de segurança em alguns países.

"A parcela de países africanos com inflação de dois dígitos disparou para 40% em 2022, impulsionada principalmente por interrupções na cadeia de suprimentos e pelas consequências da guerra na Ucrânia, que encareceu os alimentos essenciais e os produtos energéticos", aponta o relatório.

Apesar de prever que os preços de exportação favoráveis beneficiarão os exportadores de 'commodities' africanos, as Nações Unidas realçam que uma desaceleração na procura global representará desafios para o continente.

"Espera-se que as pressões inflacionárias diminuam em 2023, com o aperto da política monetária em todo o continente. No entanto, os custos de empréstimos em rápido crescimento e os encargos do serviço da dívida representam riscos significativos, juntamente com a instabilidade eleitoral e a insegurança alimentar", avaliou a ONU.

ESPANHA: Homem ataca padre e sacristão com catana em Cádis. Há 1 morto e 4 feridos

© Eduardo Sanz/Europa Press via Getty Images

Notícias ao Minuto  25/01/23 

O homem de origem marroquina, que foi detido pelas autoridades espanholas, terá esfaqueado o padre depois de uma discussão. Seguiu, depois, para a igreja, onde colocou termo à vida do sacristão.

Pelo menos uma pessoa morreu e outras quatro ficaram feridas na sequência de um ataque com uma catana numa igreja de San Isidro de Algeciras, na cidade espanhola de Cádis, esta quarta-feira.

Segundo as informações preliminares, a vítima mortal é o sacristão da igreja de Nossa Senhora de La Palma, ao passo que um dos feridos, que está em estado grave, é um padre da capela de San Isidro, diz o El Mundo.

O homem de origem marroquina, que foi detido pelas autoridades espanholas, terá esfaqueado o padre depois de uma discussão, de acordo com o mesmo meio.

Depois, já na igreja de Nossa Senhora de La Palma, colocou termo à vida do sacristão Diego Valencia, naquilo que as autoridades consideram tratar-se de um ataque terrorista

De momento, desconhece-se o motivo por detrás do ataque.


Leia Também:  A presidente Tsai Ing-wen disse, numa carta ao Papa Francisco, que a guerra com a China "não é uma opção", preferindo dialogar com Pequim, que não reconhece Taiwan como um território independente.

Noruega junta-se a países fornecedores de tanques Leopard 2 à Ucrânia

© Lusa

POR LUSA  25/01/23 

A Noruega vai juntar-se ao grupo de países aliados que preparam o envio de tanques de fabrico alemão Leopard 2 para a Ucrânia, como forma de apoiar a resistência à invasão russa, anunciou hoje o ministro da Defesa norueguês.

"A Noruega e o Governo apoiam a doação de tanques de guerra para a Ucrânia. A Noruega participará", afirmou Bjørn Arild Gram em entrevista à televisão estatal NRK, sem precisar o número destes carros pesados de combate a serem fornecidos.

A Alemanha autorizou o envio de carros de combate Leopard 2 para as forças ucranianas combaterem a invasão russa e aprovou os pedidos de outros países no mesmo sentido, de acordo com um porta-voz do executivo de Berlim.

"Esta decisão segue a nossa linha conhecida de apoiar a Ucrânia da melhor maneira possível. Atuamos internacionalmente de maneira altamente coordenada", declarou o chanceler alemão, Olaf Scholz, citado pelo seu porta-voz, Steffen Hebestreit.

Num comunicado, o Governo alemão declarou que, inicialmente, fornecerá à Ucrânia 14 dos seus tanques Leopard 2 A6. A Alemanha e os seus aliados deverão fornecer aos ucranianos um total de 88 tanques.

A decisão surgiu após as autoridades dos Estados Unidos anunciarem que foi fechado um acordo preliminar para enviar tanques M1 Abrams a Kyiv, para ajudar a repelir as forças russas entrincheiradas no leste da Ucrânia.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e quase oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.068 civis mortos e 11.415 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


Leia Também: Um por todos e todos por Leopard. Afinal, quem vai dar tanques à Ucrânia?


AUSCHWITZ: Rússia excluída de comemorações da libertação de Auschwitz

©Shutterstock

 POR LUSA  25/01/23

A Rússia não foi convidada para as comemorações do 78.º aniversário da libertação, pelo Exército Vermelho, do campo de morte nazi de Auschwitz-Birkenau, devido à invasão e guerra russas na Ucrânia, anunciou hoje o museu do local.

"Tendo em conta a agressão a uma Ucrânia livre e independente, os representantes da Federação da Rússia não foram convidados para participar na comemoração do aniversário da libertação de Auschwitz deste ano", que decorrerá na próxima sexta-feira, disse o porta-voz do museu, Piotr Sawicki, citado pela agência de notícias francesa AFP.

Até agora, a Rússia sempre participou nas cerimónias que se realizam anualmente a 27 de janeiro, discursando o seu representante sempre na cerimónia principal.

O diretor do museu, Piotr Cywinski, considerou "evidente" que não podia "assinar qualquer carta ao embaixador russo em tom de convite" no contexto da guerra russa na Ucrânia, iniciada a 24 de fevereiro de 2022, há quase um ano.

"Espero que isso mude no futuro, mas temos um longo caminho a percorrer (...). A Rússia precisará de um período extremamente longo e de uma introspeção muito profunda após este conflito, para voltar aos salões do mundo civilizado", declarou, citado pela agência polaca PAP.

No dia da invasão da Ucrânia pela Rússia, 24 de fevereiro do ano passado, o museu classificou a ofensiva russa como "um ato de barbárie".

"Este ato de barbárie será julgado pela história, e os seus autores -- assim se espera -- pelo Tribunal Internacional de Justiça", indicou o museu na rede social Twitter.

Construído na Polónia ocupada durante a Segunda Guerra Mundial, Auschwitz-Birkenau é o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi de seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais foi morto naquele campo entre 1940 e 1945, juntamente com mais de 100 mil não-judeus.

Este campo onde cerca de 80 mil polacos não-judeus, 25 mil ciganos e 20 mil soldados soviéticos foram também mortos foi libertado pelo Exército Vermelho a 27 de janeiro de 1945.


Leia Também: "Unidos". Biden anuncia envio de tanques e diz que Putin estava errado

Assembleia Nacional Popular_ANP através do seu presidente Cipriano Cassama reage a morte do Presidente do PRS, Alberto Mbunhe Nambeia, líder da terceira maior força política no parlamento já dissolvido.


Radio Voz Do Povo

CIMEIRA DAKAR-2 SOBRE AGRICULTURA

Abertura hoje da cimeira Dakar 2 na qual participa o Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas e actual Presidente em Exercício da CEDEAO, General Umaro Sissoco Embalo, acompanhado de uma importante delegação governamental.

Fotos que ilustram o primeiro dia da Cimeira no Centro Internacional de Conferência "Abdou Diouf".

 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

Guiné-Bissau junta parceiros para angariar financiamento para pesca

© Lusa

POR LUSA  25/01/23

O ministro das Pescas da Guiné-Bissau, Orlando Viegas, disse hoje que o Governo vai organizar brevemente uma mesa-redonda com os parceiros para apresentar a visão para as pescas e angariar financiamento para desenvolver o setor.

O governante guineense falava no ato da apresentação pública do plano estratégico do setor das pescas, elaborado pelo Governo, para o horizonte entre 2023 a 2027.

Orlando Viegas afirmou que o plano "vai dar continuidade a muitas das ações" previstas no documento produzido para o período entre 2015 e 2020 e que não foram executadas por falta de meios financeiros.

Referiu, no entanto, que entre as diretrizes do último plano estratégico "deve ser destacada a coragem política do Governo" em decretar, desde 2021, um período de repouso biológico e de toda a atividade de pesca na Guiné-Bissau.

O repouso biológico ocorre durante todo o mês de janeiro.

O ministro das Pescas sublinhou também que, nos últimos anos, o Governo adquiriu "mais meios" de fiscalização das águas territoriais, facto que está a ajudar o desenvolvimento do setor.

O plano estratégico apresentado promete, entre outras ações, uma atenção especial aos subsetores da pesca artesanal e industrial, bem como à aquacultura, apontada como componente que poderá gerar empregos e ajudar na segurança alimentar da população.

Por ser um país costeiro, a Guiné-Bissau "tem condições favoráveis para a aquacultura", refere o documento apresentado por um técnico do Ministério das Pescas no Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas (IBAP).

No documento, é ainda referido que o país já conta com algumas experiências-piloto em aquacultura, financiadas pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, em sigla em inglês), mas que é preciso elaborar um quadro legal para esta componente.

Joe Biden vai enviar 31 tanques M1 Abrams para a Ucrânia

© EPA/Chris Kleponis / POOL

Por:  DN  25 Janeiro 2023

O anúncio acontece no mesmo dia em que a Alemanha informou ter autorizado o envio de tanques Leopard 2, de fabrico alemão, para Kiev.

Joe Biden anunciou esta quarta-feira que o governo norte-americano aprovou a entrega às forças armadas da Ucrânia de 31 tanques M1 Abrams.

"Os tanques são a prova do compromisso à Ucrânia. A Europa e os Estados Unidos estão unidos na ajuda à Ucrânia. Putin estava errado, estamos todos unidos", afirmou na Casa Branca, numa declaração sem direito a perguntas dos jornalistas.

O envio dos carros blindados será acompanhado de outras medidas, como o treino das tropas ucranianas, com o objetivo de "melhorar a sua capacidade de manobra em campo aberto" e as suas capacidades militares a longo prazo, segundo o chefe de Estado norte-americano.

Durante a comunicação, Biden aproveitou para agradecer ao chanceler alemão, Olaf Scholz, pelo envio de tanques Leopard 2 (de fabrico alemão) para a Ucrânia e garantiu que esta medida "não é uma ameaça ofensiva para a Rússia".

A decisão representa uma mudança de planos por parte da administração de Joe Biden sobre estes tanques de guerra de fabrico norte-americano, embora possa levar meses ou anos até que os M1 Abrams sejam entregues, noticiou esta terça-feira a agência Associated Press (AP).

Este anúncio acontece no mesmo dia em que a Alemanha informou ter autorizado o envio dos tanques Leopard 2 para Kiev.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e quase oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

em atualização


Crocodilo 'carrega' menino afogado e 'entrega-o' a equipa de resgate... A história inacreditável aconteceu na Indonésia. Corpo estava intacto, sem marcas de dentes.

© All Rights Reserved/Youtube/Caters Clips

Notícias ao Minuto  25/01/23 

Um crocodilo carregou o corpo intacto de um menino de quatro anos, 'entregando-o' à equipa de resgate, a cerca de um quilómetro de distância de onde ele se terá afogado.

O caso deu-se na Indonésia e está a suscitar atenção. 

O menino – identificado localmente como Muhammad Ziyad Wijaya – tinha desaparecido dois dias antes, perto do estuário de Jawa, na província de Kalimantan Oriental. 

Decorriam já as buscas pelo seu corpo quando o animal surge, com a criança 'em cima' do seu corpo.

Alguns pescadores presenciaram o momento e avistaram o réptil de 3 metros enquanto este nadava em direção ao barco, onde largou o corpo.

No vídeo - filmado por uma testemunha - que circula nas redes sociais e que o Notícias ao Minuto escolheu não publicar, pode ver-se dois homens a resgatar o corpo da água. 

Extraordinary Moment: Crocodile Carries Intact Body Of Boy, 4, Rescuers, Drowned In Indonesian River... @News-360-HD

Melkanius Kotta, líder da equipa de resgate, disse aos meios locais que acreditam que o animal "ajudou na busca pela vítima", e que o corpo estava intacto, sem marcas de mordidas. 

Ainda não se sabe o que causou o afogamento de Muhammad ou se os crocodilos no rio terão sido causa da sua morte, mas as primeiras informações são conta de que o menino caiu acidentalmente no rio enquanto brincava.


Leia Também: Túmulo egípcio com dez múmias de crocodilos causa surpresa em Assuão

BURKINA FASO: Soldados franceses saem do Burkina Faso "dentro de um mês"

© Reuters

POR LUSA  25/01/23 

A França recebeu na terça-feira o pedido da junta militar no poder no Burkina Faso para retirar as suas tropas e respeitará o prazo de um mês exigido, disse hoje uma porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês.

"Na terça-feira (...) recebemos formalmente a denúncia, por parte do governo burquinabê, do acordo de 2018 relativo ao estatuto das forças francesas presentes neste país. De acordo com os termos do acordo, a denúncia produz efeitos um mês após o recebimento da notificação por escrito. Respeitaremos os termos deste acordo ao dar seguimento a este pedido", disse a porta-voz.

Na passada segunda-feira, o Quai d'Orsay tinha anunciado que aguardava esclarecimentos do Presidente do governo de transição do Burkina Faso sobre o pedido do seu Ministério dos Negócios Estrangeiros para a saída das tropas francesas no prazo de um mês.

"Recebemos a nota verbal [do ministério do Burkina Faso] transmitida à nossa embaixada", disse a porta-voz do Quai d'Orsay, Anne-Claire Legendre, à agência AFP, através de uma declaração escrita.

"Como o Presidente da República [Emmanuel Macron] afirmou ontem [domingo], estamos à espera que o Presidente da transição no Burkina Faso, Ibrahim Traore, esclareça o alcance desta nota", acrescentou.

O porta-voz do governo do Burquina Faso, Jean-Emmanuel Ouédraogo, tinha afirmado, numa entrevista à Radio-Télévision du Burkina (RTB), que o que estava a ser denunciado era "o acordo que permite que as forças francesas estejam presentes no Burkina Faso".

"Isto não é o fim das relações diplomáticas entre o Burkina Faso e a França", disse.

O Burkina Faso acolhe atualmente um contingente de cerca de 400 forças especiais francesas, a força Sabre.

África. Presidente da União Africana defende fim da dependência alimentar

@Macky_Sall

POR LUSA    25/01/23

O chefe de Estado senegalês e presidente rotativo da União Africana (UA), Macky Sall, descreveu hoje a crise alimentar mundial que afeta África como algo "da maior urgência" e defendeu o fim da dependência alimentar do continente.

"É evidente que esta prioridade se tornou um assunto da maior urgência, uma vez que os nossos países estão a experimentar toda a força das alterações climáticas, a pandemia de covid-19 e uma grande guerra (Rússia-Ucrânia)", disse Sall no seu discurso de abertura na Cimeira Africana da Alimentação de Dacar 2, que está a ser realizada em Diamniadio, uma cidade em construção a cerca de 36 quilómetros da capital senegalesa.

"Se acrescentarmos a escassez de fertilizantes e o aumento dos preços (...), esta crise sem precedentes desafia-nos sobre a urgência de o nosso continente acabar com a sua dependência alimentar do mundo exterior", acrescentou.

Durante o seu discurso, Sall salientou que "a África deve aprender a alimentar-se a si própria e a contribuir para alimentar o mundo".

A este respeito, recordou o potencial agrícola do continente africano, com mais de 65% das terras aráveis inexploradas do mundo.

"É o paradoxo de um continente que continua a importar a maior parte dos seus produtos alimentares", advertiu.

Sall recordou o "compromisso voluntário" exigido na sequência do acordo dos chefes de Estado e de Governo africanos na Declaração de Maputo de julho de 2003, de consagrar pelo menos 10% do orçamento nacional ao setor agrícola.

"Face a uma crise sem precedentes, encontramo-nos numa encruzilhada. Há o caminho da 'África dos problemas', que nos mantém no 'status quo' de uma agricultura que continuará a expor-nos à insegurança alimentar altamente dependente dos riscos climáticos", indicou Sall.

"Mas há, por outro lado, o caminho da 'África das soluções' que nos coloca na perspetiva de uma agricultura moderna e nos leva para além da resiliência em direção à sobriedade alimentar", acrescentou, referindo que espera que esta cimeira de alto nível entre na dinâmica da "África das soluções".

Por seu lado, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, sublinhou hoje a necessidade de se concentrar na transformação do sistema alimentar no continente africano.

"A transformação do sistema alimentar é fundamental para aliviar a pobreza, promover a segurança alimentar, promover o desenvolvimento sustentável e criar empregos produtivos, especialmente para mulheres e jovens", disse Guterres através de uma declaração lida por um porta-voz da ONU, uma vez que não pode estar presente.

Guterres apelou à "plena implementação da Área de Comércio Livre Continental Africana (AfCFTA), com o seu enorme potencial para aumentar a produtividade agrícola, criar cadeias de valor agrícola e expandir o comércio, incluindo o comércio intra-africano".

Também salientou a necessidade de trabalhar para resolver "urgentemente" a crise no mercado global de fertilizantes.

"A escassez global de fertilizantes transformar-se-á rapidamente numa escassez global de alimentos este ano", advertiu Guterres.

Sob o tema "Alimentar África: Soberania e Resiliência Alimentar", este fórum decorre até sexta-feira e reunirá mais de 20 chefes de Estado e de Governo, bem como o setor privado, agências da ONU e ONG no Centro Internacional de Conferências Abdou Diouf (CICAD), em Diamniadio.

Esta cimeira de alto nível foi organizada pelo Senegal e pelo Grupo do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) para procurar soluções para o desafio da segurança alimentar em África e para reforçar a resistência a futuras crises.

Esta é a segunda edição da cimeira, a seguir à que se realizou em Dacar em 2015, que adotou a estratégia do BAD "Feed Africa: Strategy for the Transformation of Agriculture in Africa (2016-2025)".

O continente africano tem 65% das terras mais aráveis do mundo e recursos hídricos abundantes, com potencial para alimentar 9 mil milhões de pessoas no mundo até 2050, de acordo com o BAD.

Só as suas vastas áreas de savana estão estimadas em 400 milhões de hectares, dos quais apenas 10% são cultivados.

No entanto, com 249 milhões de pessoas, representa um terço da atual população mundial faminta.

Segundo o BAD, com a eliminação dos obstáculos ao desenvolvimento agrícola e a ajuda de novos investimentos, a produção agrícola africana poderia aumentar de 280 mil milhões de dólares por ano para 1 bilião de dólares até 2030.