Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos Camará radiosolmansi.net
O Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Água e Luz da Guiné-Bissau (EAGB) anunciou, para o dia 07 a 13 de agosto, mais uma greve para exigir melhoria das condições laborais e a clareza na administração financeira da empresa.
Para a concretização da greve, os funcionários já entregaram um pré-aviso de greve à direção da empresa, onde informam que recorreram a esta via depois de várias tentativas de negociações e diálogos falhados.
Em entrevista à Rádio Sol Mansi, o vice-presidente do sindicatos da EAGB, Erikson Cá, disse ainda que decidiram recorrer por via de greve, porque a empresa deve mudar do atual edifício para as instalações da UDIB, mas o patronato não se dispõe em dar mais detalhes ao sindicato sustentando que o contrato é confidencial.
Ele informa que a situação de mudança das instalações não está clara e por agora o contrato de arrendamento sai de um milhão para quase 6 milhões de francos cfa.
“Mostramos à direção que era necessário um reajuste salarial e ele disse que a empresa não está numa boa situação. Todos os funcionários, neste momento, em regime de contrato e o contrato está por findar, a direção convoca uma reunião para informar que não vai renovar o contrato. Mas se querer reduzir as despesas, como é que se pode mudar de instalações saindo de arrendamento de um milhão para um valor superior aos cinco milhões”, disse o sindicalistas informando que tiveram um encontro com a direção da empresa sugerindo o cancelamento de mudança para as novas instalações, mas “pela nossa surpresa, chegamos aqui e vimos que alguns responsáveis já se mudaram para UDIB”.
Os funcionários denunciam ainda que a empresa depara com falta de equipamentos de proteção individual, fato que motivou inúmeros acidentes de trabalho e que colocam em risco a vida dos técnicos afetos à EAGB.
“Os técnicos sobrem nos postes de transformação sem equipamento, sem luvas e nem botas. Os técnicos sobem com sapatilhas. À noite, os técnicos sobem à noite nos postes com a luz de telemóvel e nesta época chuvosa exigimos a aquisição de capas, mas apesar das exigências nada está a ser feito”, denuncia Erikson que informa que vários técnicos queimaram nos postes de transformação.
Erikson Cá denuncia ainda que a empresa está a perder lucros sendo que a maioria das agências móveis não está a funcionar em pleno. Eles denunciam que o serviço de piquete funciona com enormes dificuldades.
“Neste momento depara com vários problemas e neste momento a empresa está a perder a receita”, denuncia o sindicalista.
O sindicato denuncia também que os funcionários são descontados dinheiros, mas o patronato não paga a segurança social. Ele diz estar preocupado com a situação da administração da empresa, mas, não obstante, diz estar aberto às negociações com o patronato.
Sobre estas denúncias, a Rádio Sol Mansi continua ainda a tentar ouvir a administração da EAGB.
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