terça-feira, 11 de outubro de 2022

Gâmbia investiga xarope associado à morte de 66 crianças

Por dw.com 11.10.2022

O Ministério da Saúde da Gâmbia colocou centenas de jovens nas ruas para recolher porta-a-porta xarope, associado à morte de 66 crianças. A Organização Mundial de Saúde emitiu um alerta em resposta às mortes.

Os gambianos estão a exigir justiça para as 66 crianças que morreram de lesões renais agudas associadas à toma de xaropes para tosse fabricados na Índia.

A Nova Delhi diz que suspendeu as licenças dos fabricantes de medicamentos e está a investigar a tragédia. Na semana passada a Organização Mundial de Saúde (OMS)alertou que o fármaco poderia ser responsável pelas mortes de dezenas de crianças na Gâmbia.

As autoridades gambianas informam que mais de 81 crianças continuam sob observação médica.

"Acho que isso não deveria acontecer na Gâmbia", disse à DW Alasan Kamaso, que perdeu seu filho Musa, de dois anos.

Os pais temem agora que os filhos fiquem doentes, conforme explica Ebrima Jabbi, da Cruz Vermelha da Gâmbia.

"É um pouco decepcionante para muitos deles ver os funcionários da saúde dizer-lhes que os medicamentos que demos não estão bons. Mas, apesar disso, não querem arriscar a vida dos seus filhos e vão aceitar o que estamos a dizer … Eles vão devolver os medicamentos", afrimou Jabbi.

Protesto na Gâmbia

A OMS emitiu um alerta para uma série de xaropes para tosse e resfriado feitos na Índia

O órgão regulador médico da Índia, a Central Drugs Standard Control Organization (CDSCO) diz que estão a analisar as amostras enviadas às autoridades.

Quando as investigações começaram na Índia, muitos gambianos se reuniram em uma praça em SereKunda, nos arredores da capital Banjul, para lamentar a morte das crianças e orar por aqueles que ainda estão em estado crítico.

"Estamos a fazer a vigília à luz de velas e um culto de oração para exigir a resposta das autoridades pelas 66 crianças que morreram como resultado de negligência", disse a ativista de direitos humanos Madi Jobarteh.

Jobarteh atribuiu a tragédia ao fracasso do Governo em garantir que os sistemas funcionassem de forma a não permitir que drogas nocivas entrassem no país e matassem crianças.


As autoridades da Gâmbia levaram quatro dias para informar sobre as mortes na sequência de lesão renal aguda associada à toma destes fármacos. A Gâmbia não possui equipamentos de teste disponíveis para detectar esses casos, por isso, as amostras foram enviadas para o país vizinho Senegal.

OMS faz alerta

Na semana passada, a OMS emitiu um alerta contra quatro xaropes para tosse e resfriado – Promethazine Oral Solution, Kofexmalin Baby Cough Syrup, Makoff Baby Cough Syrup e Magrip N Cold Syrup – que podem ser responsáveis ​​pela morte das crianças.

"A OMS emitiu um alerta para produto médico sobre quatro medicamentos contaminados identificados na Gâmbia que foram potencialmente associados a lesões renais agudas e a 66 mortes entre crianças", disse o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Como resultado, as autoridades da Gâmbia conseguiram confiscar mais de 16.000 doses de medicamentos recolhidos – incluindo paracetamol e xarope para tosse fabricados pelo fabricante indiano Maiden.

Gambianos exigem justiça pela morte das crianças

De acordo com Kamaso, Governo agiu muito tarde. "Após a morte das primeiras crianças, o Governo deveria ter tomado medidas para descobrir a causa. Em vez disso, permitiu que [ficasse] fora de controle".

O relatório da OMS diz que as crianças desenvolveram lesões renais agudas devido ao envenenamento por dietilenoglicol descoberto nos quatro xaropes. "Os quatro xaropes foram enviados para testes em um laboratório regional de testes de drogas em Chandigarh", disse um funcionário do Ministério da Saúde indiano à DW.

Presidente Barrow criticado por comentário 'irresponsável'

Alguns gambianos criticaram o Presidente Adama Barrow por "minimizar" a morte das crianças. Falando na televisão nacional, Barrow disse que as mortes das crianças não foram tão diferentes da taxa de mortalidade infantil do país no ano passado. No entanto, seu gabinete foi rápido em controlar os danos, dizendo que o Presidente estava a explicar os padrões das doenças e não era insensível à perda de vidas.

Presidente da Gâmbia alvo de críticas

Apesar da declaração oficial do Presidente, alguns gambianos continuaram a criticar Barrow. Por exemplo, a Child Protection Alliance (CPA), um órgão não governamental de bem-estar infantil, descreveu os comentários do Presidente Barrow como "decepcionantes" e "irresponsáveis".

O presidente da Gâmbia, Adama Barrow, prometeu uma investigação, sem falhas, a este caso que está a chocar este país de 2,4 milhões de pessoas.

Os quatro medicamentos suspeitos pela morte destas crianças são xaropes para tosse e constipação produzidos por um laboratório da Índia.

Embora ainda só tenham sido detetados na Gâmbia, os xaropes contaminados poderão ter sido distribuídos noutros países, alertou a organização, que está a investigar a empresa e as autoridades regulatórias na Índia.

Guiné-Bissau: ONG denuncia a invasão à Rádio Pindjiquiti.

© Radio TV Bantaba  Outubro 11, 2022

Imprensa - A Associação Juvenil para Promoção e Defesa dos Direitos Humanos (AJPDH) denunciou na segunda-feira ( 10.10) a invasão à instalação e perseguição aos jornalistas da Rádio Pindjiguite, por um grupo de pessoas fardadas ainda por identificar, hoje por volta de 19 horas “até neste preciso momento”, referiu a organização.

Segundo a fonte citada pela AJPDH “a segurança de todos os Funcionários-Jornalistas estão em risco, até ao momento, a organização não registrou informações sobre sequestros e nem agressão física de nenhum funcionário, contudo houve um que poderia ser apanhado, mas escapou”.

Perante o sucedido, a organização em defesa e promoção dos Diretos Humanos “chama atenção de todos os Guineenses e, principalmento ao Governo sobre este ato que viola grosseiramente o exercício de liberdade de imprensa o que põe em cause o normal funcionamento do Estado do Direito Democrático”.

“ A organização exige a segurança e proteção imediato destes Funcionários”, alertou.

Contatada pela Rádio TV Bantaba um funcionário da Rádio Pindjiquiti ” confirmou o sucedido” e disse que ” “os invasores abandonaram a instalação pelas 23 horas”.


Fonte AJPDH

UCRÂNIA/RÚSSIA: Biden promete a Zelensky sistemas avançados de defesa aérea

© Mark Makela/Getty Images

Por LUSA 11/10/22 

O Presidente dos EUA, Joe Biden, prometeu segunda-feira ao homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, que irá continuar a fornecer à Ucrânia o equipamento necessário para se defender das forças russas, incluindo sistemas avançados de defesa aérea, divulgou a Casa Branca.

Os dois chefes de Estado conversaram esta segunda-feira por telefone, com o norte-americano a expressar a Zelensky as suas "condolências", após os bombardeamentos russos em larga escala contra várias cidades ucranianas, revelou em comunicado a Casa Branca.

Biden destacou ainda o seu compromisso, juntamente com os aliados, para continuar a impor custos à Rússia, responsabilizando Moscovo pelos seus "crimes de guerra e atrocidades".

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também divulgou que discutiu com o homólogo norte-americano a assistência à defesa aérea, na sequência do bombardeamento maciço pelas forças russas de várias cidades da Ucrânia.

"A defesa aérea é atualmente a prioridade número um da nossa cooperação em defesa", apontou o governante ucraniano, através das redes sociais.

Zelensky informou Biden sobre as consequências dos ataques, alertando que os recentes danos em larga escala na infraestrutura de energia crítica representam sérios desafios antes do próximo inverno e o início da temporada de aquecimento, segundo refere uma nota divulgada pela presidência ucraniana.

Ainda durante a conversa telefónica, os dois líderes discutiram a próxima reunião extraordinária do G7, agendada para esta terça-feira e que contará com Zelensky.

O encontro virtual será dedicado à Ucrânia e abordará as medidas mais urgentes de apoio a Kyiv que podem ser adotadas pela comunidade internacional.

Os bombardeamentos russos em larga escala lançados esta segunda-feira contra várias cidades ucranianas, incluindo Kyiv, provocaram numerosas vítimas e a destruição de importantes infraestruturas, enquanto a população procura proteção em abrigos.

Na reação aos bombardeamentos o chefe de Estado ucraniano referiu que os ataques em várias regiões da Ucrânia visam danificar as infraestruturas de energia e provocar baixas entre a população civil.

A Rússia realizou estas iniciativas militares dois dias depois de um ataque numa ponte que liga a Crimeia à Rússia, pelo qual Moscovo acusa Kyiv.

A ponte é vista como um símbolo da anexação da Crimeia pela Rússia, em 2014, e, apesar dos danos sofridos no sábado, parte da infraestrutura continua a ser usada.

Desde o início da guerra em curso, em 24 de fevereiro deste ano, tem sido utilizada no transporte de equipamento militar pesado e no reabastecimento das tropas russas no sul da Ucrânia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou lançar novos ataques, se a Ucrânia insistir em cometer "ataques terroristas" contra a Rússia.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.


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© Reuters

Por LUSA 11/10/22 

As várias delegações diplomáticas que discursaram na segunda-feira numa reunião de emergência da Assembleia-Geral da ONU condenaram as anexações e os ataques perpetrados pela Rússia contra a Ucrânia, enquanto Moscovo defendeu a incorporação dos territórios ucranianos.

Ao longo da reunião - que antecedeu uma resolução que procura condenar a "tentativa de anexação ilegal" de quatro regiões ucranianas e que será votada esta semana -, vários países condenaram os referendos levados a cabo pela Rússia e denunciaram a sua natureza ilegal, deixando claro que essas áreas continuam a pertencer à Ucrânia apesar das anexações feitas por Moscovo.

De fora das declarações dos embaixadores não ficaram os ataques mortais lançados na segunda-feira pela Rússia contra várias cidades ucranianas, que provocaram, pelo menos, 14 mortos e 97 feridos.

Contudo, o foco desta reunião de emergência foram as anexações russas, com vários diplomatas a considerarem ultrajante a ideia de um país realizar um referendo falso em outro país, lançando duras criticas ao Presidente russo, Vladimir Putin.

"Putin está a tentar tirar aos ucranianos as suas terras, os seus recursos, a sua identidade...e ao fazê-lo está a derrubar o princípio mais sagrado no sistema internacional: que as fronteiras não podem ser desenhadas pela força", disse a embaixadora do Reino Unido na ONU, Barbara Woodward.

Em nome dos oito países nórdicos-bálticos (Dinamarca, Finlândia, Islândia, Letónia, Lituânia, Noruega, Suécia e Estónia), o embaixador da Letónia, Andrejs Pildegovics, instou todos os 193 Estados-Membros da ONU a rejeitarem os "falsos referendos" da Rússia, assim como a sua tentativa ilegal de anexar qualquer parte do território ucraniano, e a defender a Carta das Nações Unidas.

"Reiteramos o nosso apoio inabalável à independência, soberania e integridade territorial da Ucrânia dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas. As tentativas ilegais russas de alterar o estatuto das regiões ucranianas não têm validade legal", disse o representante diplomático.

"Sabemos o que é anexação e ocupação. Nós experimentamos isso durante e após a Segunda Guerra Mundial. Portanto, devemos fazer todo o possível para defender a Carta da ONU. Os países nórdicos e bálticos votarão a favor desta resolução e apelarão aos Estados-Membros para que façam o mesmo", exortou Pildegovics.

Além de exigir que a Rússia reverta a anexação de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, a resolução apoiada pelo ocidente declara que as ações de Moscovo violam a soberania e a integridade territorial da Ucrânia e são "inconsistentes" com os princípios da Carta da ONU.

A resolução proposta diz que as anexações também "não têm validade sob o direito internacional e não formam a base para qualquer alternância do estatuto dessas regiões da Ucrânia".

O documento exige que a Rússia "retire imediata, completa e incondicionalmente todas as suas forças militares do território da Ucrânia dentro de suas fronteiras internacionalmente reconhecidas" de forma a permitir a resolução pacífica do conflito, através do "diálogo político, negociações, mediação e outros meios pacíficos".

Por sua vez, o embaixador russo na ONU, Vasily Nebenzya, insistiu que o seu país está a atuar na Ucrânia em defesa de uma população cujos direitos estão a ser pisoteados e garantiu que os referendos foram realizados com todas as garantias.

Nebenzya defendeu ainda que estes movimentos não violam o direito internacional, ao contrário do que afirmou o secretário-geral da ONU, António Guterres.

O representante russo também acusou as potências ocidentais de terem um duplo padrão, por ter aceitado no passado a segregação de Kosovo e agora oporem-se à divisão destas regiões ucranianas e a sua adesão à Rússia.

Além disso Nebenzya, indicou que o Governo de Kiev perdeu toda a legitimidade nessas áreas e entre os habitantes de língua russa do país.

Além disso, Moscovo pediu mais uma vez que a votação da resolução - que deverá ocorrer na quarta-feira, quando a reunião será retomada - seja secreta, mas a sua proposta foi derrotada pela maioria dos Estados-membros.

segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Assembleia-geral da ONU aprova votação pública sobre anexações russas

© Getty Images

Por LUSA  10/10/22 

A Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) decidiu hoje que a votação da resolução que condena a anexação de territórios ucranianos pela Rússia será feita de forma pública e não secreta, após receber 107 votos favoráveis nesse sentido.

Os 193 Estados-membros da ONU reuniram-se na tarde de hoje para discutir a anexação de territórios ucranianos pela Rússia, com o presidente da Assembleia-Geral, Csaba Korosi, a levar a votos um pedido da Albânia para que a votação fosse pública, após terem circulado informações de que a Rússia pretendia que os votos fossem secretos.

Na votação levada a cabo por Korosi, 107 países posicionaram-se a favor do voto público, 13 contra e 39 abstiveram-se, segundo dados da ONU.

A reunião de hoje surge na sequência de um veto imposto por Moscovo numa resolução que foi a votos, no passado dia 30 de setembro, no Conselho de Segurança da ONU e que condenava os referendos organizados nas regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, no leste e sul da Ucrânia, e a sua consequente anexação pela Federação Russa.

Na passada quinta-feira, a Rússia pediu que a votação da resolução na Assembleia-Geral da ONU fosse secreta.

O embaixador da Rússia junto da ONU, Vasily Nebenzya, disse, numa carta de seis páginas enviada a todos os outros embaixadores da ONU e obtida pela agência Associated Press (AP), que o conselho jurídico da ONU confirmou que uma votação secreta pode ser usada "na tomada de decisões".

Aparentemente, a Rússia esperava obter um maior apoio por parte de alguns dos 193 Estados-membros da Assembleia-Geral se os votos não forem públicos.

Após a decisão hoje adotada, os Estados-membros da ONU irão debater o tema, sendo esperada a votação da resolução no final das discussões, o que poderá acontecer na quarta-feira.

A Direção da União Patriótica Guineense (UPG), foi hoje recebida na sede Nacional do MADEM-G15, pelo Coordenador Nacional, Sr. Braima Camará.


 Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15

Biden promete que o presidente russo pagará pelos ataques na Ucrânia

© SAUL LOEB/AFP via Getty Images

Por LUSA  10/10/22 

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, condenou hoje o bombardeamento maciço de várias cidades da Ucrânia e prometeu que o seu homólogo russo, Vladimir Putin, será responsabilizado pelas "atrocidades" cometidas durante a guerra.

"Os Estados Unidos condenam veementemente os ataques de mísseis russos de hoje na Ucrânia, incluindo em Kiev. Esses ataques mataram e feriram civis, além de destruir infraestruturas não militares", criticou Biden, em comunicado.

O líder norte-americano, que transmitiu as condolências aos familiares das vítimas, considerou que esses atentados "demonstram mais uma vez a completa brutalidade da guerra ilegal de Putin contra o povo ucraniano".

"Esses ataques apenas reforçam o nosso compromisso com o povo da Ucrânia. Juntamente com os nossos aliados, continuaremos a impor sanções à Rússia, pela sua agressão, continuaremos a responsabilizar Putin e a Rússia pelas suas atrocidades e crimes de guerra, bem como a fornecer o apoio necessário à Ucrânia", prometeu o Presidente dos EUA.

Pouco antes, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, tinha telefonado ao seu homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba, para expressar o seu apoio, perante os ataques russos de hoje.

Os bombardeamentos russos em larga escala lançados hoje contra várias cidades ucranianas, incluindo Kiev, provocaram numerosas vítimas e a destruição de importantes infraestruturas, enquanto a população procura proteção em abrigos.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, numa mensagem ao povo ucraniano, disse que os ataques em várias regiões da Ucrânia visam danificar as infraestruturas de energia e provocar baixas entre a população civil.

A Rússia realizou estas iniciativas militares dois dias depois de um ataque numa ponte que liga a Crimeia à Rússia, pelo qual Moscovo acusa Kiev.

O Presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou lançar novos ataques, se a Ucrânia insistir em cometer "ataques terroristas" contra a Rússia.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.


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PRESIDENTE DA REPÚBLICA E COMANDANTE SUPREMO DAS FORÇAS ARMADAS, GENERAL ÚMARO SISSOCO EMBALÓ RECEBEU EM AUDIÊNCIA A NOVA DIRECÇÃO NACIONAL COORDENADORA DO MOVIMENTO PARA A ALTERNÂNCIA DEMOCRÁTICA (MADEM-G15).

Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

A Coordenação Nacional do MADEM-G15 chefiada pelo seu lider, Braima Camará foi recebida em audiência pelo Chefe de Estado guineense, General Úmaro Sissoco Embaló e aquém se apresentaram como a nova equipa Coordenadora deste grande partido eleita no decurso do II Congresso Nacional do Movimento para a Alternância Democrática.

O MADEM-G15 pela voz do seu Coordenador Nacional agradeceu não só a audiência concedida como igualmente realçou o trabalho de apaziguamento politico que se regista actualmente no paìs e que são a base para que as próximas eleições legislativas de de 18 de Dezembro decorram num clima de absoluta tranquilidade.

Braima Camará garantiu nesta audiência que o MADEM-G15 encara as próximas eleições legislativas de Dezembro como um grande desafio para o seu futuro e que o partido tem a perspectiva de conquistar mais deputados e de vir a liderar o próximo governo.



Euro cai com aumento da aversão ao risco... O euro caiu hoje e negociava no nível de 0,96 dólares, devido à aversão ao risco associada à escalada da guerra na Ucrânia registada nos últimos dias.

© Global Imagens

Por LUSA  10/10/22 

Às 17:55 (hora de Lisboa), o euro seguia a 0,96950 dólares, quando na sexta-feira à mesma hora negociava a 0,97665 dólares.

O Banco Central Europeu (BCE) fixou o câmbio de referência do euro em 0,9697 dólares

A escalada no conflito afeta negativamente o euro porque representa mais danos económicos para a região e uma fuga de investimentos para ativos considerados refúgio como o dólar.

As forças russas lançaram um ataque com mísseis em grande escala a várias cidades ucranianas hoje de manhã.

De acordo com o Ministério da Defesa ucraniano, a Rússia utilizou 83 mísseis e 17 drones de fabrico iraniano nos bombardeamentos, que tiveram lugar dois dias depois de uma explosão que destruiu parcialmente uma ponte que liga a Crimeia à Rússia, um ataque imputado por Moscovo a Kiev.

Divisas................hoje...............sexta-feira

Euro/dólar............0,96950.................0,97665

Euro/libra............0,87877.................0,87899

Euro/iene.............141,28...................141,84

Dólar/iene............145,73...................145,23


Aumenta o risco de uma recessão mundial, avisa FMI

Por LUSA  10/10/22

"Calculámos que cerca de um terço da economia mundial tenha pelo menos dois trimestres consecutivos de crescimento negativo este ano ou no próximo ano", diz Kristalina Georgieva.

A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, afirmou esta segunda-feira que o risco de uma recessão mundial subiu e que o mundo entrou agora numa época de “fragilidade e volatilidade”. “Calculámos que cerca de um terço da economia mundial tenha pelo menos dois trimestres consecutivos de crescimento negativo este ano ou no próximo ano, e que o valor total perdido com a desaceleração da economia global seja, desde agora e até 2026, de quatro biliões de dólares”, apontou Georgieva.

Georgieva fez estas declarações numa intervenção que marcou o início das reuniões anuais de 2022 do FMI e do Banco Mundial (BM), em Washington, acompanhada pelo presidente do BM, David Malpass. Estas são as primeiras reuniões presenciais em três anos, lembrou Georgieva, assinalando que se registaram “acontecimentos impensáveis que estão a ter consequências importantes”: a pandemia, a invasão da Ucrânia pela Rússia e desastres climáticos em todos os continentes.

“Tudo isto colocou as pessoas numa posição muito difícil. Estão esgotadas e têm que enfrentar uma crise de custo de vida”, indicou a diretora-geral do FMI, considerando que a situação é “particularmente difícil para os países em desenvolvimento”. Malpass explicou que os níveis de dívida destes países “estão a tornar-se cada vez mais pesados” e que a subida das taxas de juro aumenta a gravidade da situação, o mesmo acontecendo com as taxas de inflação elevadas.

Com mais 70 milhões de pobres, segundo a última análise do BM, e uma redução de 4% no rendimento médio, “o nosso objetivo de prosperidade partilhada não está a ocorrer”, “estão a ocorrer reversões no desenvolvimento”, acrescentou Malpass.

Durante os próximos dias, explicou Georgieva, os principais líderes mundiais vão discutir o que pode ser feito para enfrentar este panorama complexo, salientando a necessidade de coordenação entre políticas monetárias e orçamentais. Georgieva também insistiu na necessidade de investir em ações que travem a atual crise climática, sublinhando que é “mau ter inflação” e recessões.

Mas “sobreviveremos como humanidade”, ao “que não podemos sobreviver é a uma crise climática incessante”, considerou, apontando que é preciso mobilização hoje “para um amanhã mais resiliente”. O FMI e o BM devem “unir forças e garantir que mais capital seja destinado à ação climática”, especialmente “nos mercados emergentes das economias em desenvolvimento”, destacou Georgieva.

Na terça-feira está previsto que o FMI apresente novas previsões de crescimento global e, segundo afirmou Georgieva na semana passada, as previsões para 2023 devem ser revistas em baixa devido à incerteza mundial. A última projeção publicada na primavera passada antecipava que em 2023 a economia mundial crescesse 2,9%.

Guiné-Bissau: Educação - Especialista considera que o sistema de ensino público guineense vai de “mal a pior”


Bissau 10 Out 22 (ANG) – O especialista em educação, Lamine Sonco, considerou hoje de que o sistema do ensino público guineense  vai de “mal a pior”, uma vez que os sucessivos Governos não preocupam com este problema.

Sonco citado pela Rádio Sol Mansi, onde abordava o inicío do ano lectivo e consequente ida a greve de 4 dias  por parte dos Sindicato da Educação e da Saúde, disse que nos últimos 15 anos a sistema educativo nacional tem vindo a deteriorar-se de uma forma progressiva uma vez que esta área não é prioridade para transformar pessoas e o país.

“E como é sabido a escola é o caminho para uma nação que quer consolidar a paz, ter uma sociedade sem violência e outros, mas infelizmente os governantes não têm dado atenção a este sector o que dá muita preocupação”, lamentou.

O também Mestre em Ciências de Educação, disse que as escolas públicas que deviam receber mais atenção, não têm tido esta sorte porque a maioria dos pais e encaregados de educação que colocam os seus filhos nas escolas do Estado são na sua maioria os que não possuem meios financeiros para suportar os estudos dos filhos nas escolas privadas.

Segundo ele, na lógica, as escolas públicas deviam ter mais previlégios em relação as privadas, frisando que o ano lectivo 20022/23 começou com greves e talvéz pode alastrar até Dezembro.

 “No meu ponto de vista, com as negociações entre o Governo e os sindicatos, op ano lectivo pode vir a iniciar só em Janeiro de 2023”, salientou.

O especialista  questionou sobre os conteúdos que os alunos vão receber para poderem estar preparados para avançar para outra fase dos estudos.

“Se passar nas escolas públicas e ver o número de alunos matriculados é imcomparável em relação a anos atrás ou seja uma turma de 30 ou 40 alunos, hoje possuem 5 ou 10 alunos e isso devia merecer a preocupação do próprio Ministério da Educação”, disse.

Lamine Sonco sublinhou que, não podemos continuar com essa indefinição no que concerne a abertura do ano lectivo.

O Governo anunciou no sábado a abertura oficial do ano lectivo 2022/2023 e que devia iniciar hoje, 10 de Outubro e que coincide com a greve de 4 dias decretada pelos  Sindicatos dos Sectores da Educação e Saúde agrupados numa Frente Comum.

ANG/MSC/ÂC

PAÍS REGISTA NESTE ANO 29 CASOS DE TRAFICO DE MENORES

 ©Tuti Victoria Iyere

Radiosolmansi.net 10/10/22

A Procuradoria-Geral da República (PGR) anuncia que no último semestre do ano corrente, registaram-se 108 Casos da violência doméstica, 29 de tráfico de menores e 16 de casamento forçado.

Os dados constam do relatório semestral dos processos de 2022 cujas fontes são os relatórios dos Magistrados que integram o Ministério Público. O documento visa ainda transmitir uma visão global dos factos extraídos dos trabalhos realizados pelos tribunais, à medida da concretização dos objetivos preconizados.

Durante estes 6 meses, o documento revela que foram registados 1300 processos-crime, 136 processos da curadoria da família e menores, bem como 107 dos processos do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas.

O relatório foi apresentado, hoje, durante a celebração do Dia do Ministério Público e onde foram homenageados os antigos PGRs. No seu discurso, o Procurador-Geral da República, Bacari Biai, disse que os seus antecessores trabalharam pela afirmação do poder judicial no país.

Bacari Biai disse ainda que, os trabalhos do Ministério Público obrigam a distanciar-se de certas situações, sendo que o motivo principal desta instituição é fomentar a transformação social.

Um dos homenageados, Juliano Fernandes, insta a classe política a nunca serem tentados a fazer a utilização dos tribunais para a satisfação dos interesses políticos subjetivos.

No dia que se comemora o Dia do Ministério Públicos, o actual titular da pasta de PGR, revela que foram notificados 227 casos de Burla e Burla Qualificada, 49 casos de abuso sexual e 20 de violência doméstica.

No mesmo relatório especifica-se que foram relatados 02 casos de rapto, 22 de sequestros, 29 de tráfico de menores, 09 de queimadura intencional, 11 casos de infanticídio, 34 casos do tráfico de droga e 44 casos do homicídio.

Por: Bíbia Mariza Pereira

PM | ENCONTRO COM A DELEGAÇÃO DA EMPRESA CHINESA HUNAN CONSTRUCTION... 1️⃣0️⃣ 1️⃣0️⃣ 2️⃣0️⃣2️⃣2️⃣

 Nuno Gomes Nabiam- Primeiro Ministro da República da Guiné-Bissau

Uma delegação da Empresa estatal Chinesa Hanan Construction Investment Group. Co, Ltd, foi recebida hoje na Primatura para um encontro de cortesia e de contactos exploratórios sobre um eventual acordo de investimento com o Governo da Guiné-Bissau.

A Hanan Construction, é uma empresa cuja a atividade se centra no desenvolvimento de construções industriais e civis, projectos de rodovias, pontes municipais e terminais portuários, mercado imobiliário, prestação de serviço de sondagem geotécnica, consultoria e concepção de projetos de construção. 

A grande mais valia desta Empresa é o fato de possuir uma vasta experiência em investimentos fora da China e com grande relevo em África, sendo do nosso interesse a sua capacidade técnica profissional e a abundante experiência em projectos internacionais de investimento, construção, gestão e comércio.

A delegação da Hunan Construction que visita o País pela primeira vez, íntegra o Delegado do Governo da Guiné-Bissau junto do Secretariado Permanente do Fórum Macau, Eng. abdú Jaquite.

Governo angolano proíbe importação e venda de xaropes fabricados na Índia

© DR

Por LUSA  10/10/22 

O Ministério da Saúde de Angola proibiu a importação e venda de quatro lotes de xaropes fabricados pela indiana Maiden Pharmaceuticals Limited, devido à presença de substâncias contaminantes.

Num comunicado, a Agência Reguladora de Medicamentos e Tecnologias de Saúde alerta para a existência de lotes de produtos em solução oral de baixa qualidade, contendo elevadas quantidades das substâncias contaminantes, nomeadamente dietileno glico e etileno glicol.

Determinou, por isso, a retirada do mercado e a proibição do uso pelo Sistema Nacional de Saúde de quatro lotes dos xaropes Promethazine Oral Solution BP(ML21-202), Kofexmalin Baby Cough Syrup (ML21-199), Makoff Baby Cough Syrup (ML21-203) e Magrip NCold Syrup (ML21-198).

Apela ainda aos utentes que tiverem estes produtos na sua posse para que suspendam a medicação e contactem o seu médico ou farmacêutico.

"Todos os outros lotes dos produtos identificados devem permanecer em quarentena até nova orientação", acrescenta a nota.

MADEM G15: Uma visita de cortesia e manifesto de disponibilidade por parte dos órgãos do nosso grande partido à sua Exª. Presidente da República da Guiné-Bissau, Comandante em Chefe, General Umaro Sissoco Embaló, com o objetivo de alcançar o melhor para a Guiné-Bissau.


Uma visita de cortesia e manifesto de disponibilidade por parte deste grande partido com o objetivo de alcançar o bem comum.

Hoje, sensivelmente uma semana depois de ter sido reconduzido à liderança do MOVIMENTO PARA ALTERNÂNCIA DEMOCRÁTICA (MADEM-G15) bem como o elenco que compõe a nova direção do partido, fomos recebidos por sua Exa. o Presidente da República da Guiné-Bissau, Comandante em Chefe, General Umaro Sissoco Embaló, numa visita de cortesia. 

Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15 / Braima Camará 


Guterres "profundamente chocado" com ataques russos com mísseis

© Lusa

Por LUSA  10/10/22 

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, manifestou-se "profundamente chocado com os ataques de mísseis em larga escala" lançados hoje pela Rússia contra cidades ucranianas, segundo o seu porta-voz, Stéphane Dujarric.

"O secretário-geral está profundamente chocado com os ataques de mísseis em larga escala de hoje das forças armadas da Federação Russa em cidades da Ucrânia que terão resultado em danos generalizados em áreas civis e levaram a dezenas de pessoas mortas e feridas", disse Dujarric em comunicado.

Para António Guterres, esses ataques "constituem outra escalada inaceitável da guerra e, como sempre, os civis estão a pagar o preço mais alto".

A Rússia bombardeou hoje várias regiões ucranianas, como Kiev (a capital), Lviv, Khmelnytskiy, Dnipro, Vinnitsia, Zaporijia, Sumy, Kharkiv e Jitomir, desencadeando "uma manhã muito dura" no país, como afirmou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Segundo Zelensky, os ataques foram feitos com recurso a armamento iraniano.

O último balanço dos bombardeamentos dá conta de pelo menos dez mortos e 60 feridos.

Segundo o Ministério da Defesa ucraniano, a Rússia utilizou 83 mísseis e 17 drones de fabrico iraniano nos bombardeamentos.

De acordo com um porta-voz da força aérea ucraniana, citado pelo jornal Kyviv Independent, 43 dos mísseis lançados foram abatidos pelas defesas anti-aéreas ucranianas.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.114 civis mortos e 9.132 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


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SINJOTECS ESPERA UMA RELAÇÃO SAUDÁVEL ENTRE OS JORNALISTAS E FORÇAS DE SEGURANÇAS

Por: Alison Cabral Rádio Jovem  outubro 10, 2022

A presidente do Sindicato de Jornalistas e Técnicos de Comunicação Social da Guiné-Bissau (SINJOTECS), Indira Correia Baldé, disse que espera uma relação “saudável” entre os profissionais da comunicação social e a forças das seguranças no sentido de promover a liberdade de imprensa no país.

“Sabemos que nos últimos tempos houve choques entre os profissionais da comunicação social e a força de defesa e segurança, que não é desejável e queremos remediar esta situação. A força de seguranças deve proteger-nos quando estamos no terreno, porque não somos inimigos”, disse.

“Penso que doravante, com esta ação de formação, vamos melhorar as nossas formas de estar no terreno entre os jornalistas e a forças de seguranças”, declarou Indira Correia Baldé.

Correia Baldé falava hoje na cerimónia de abertura do seminário de capacitação dos Atores Estatais, sobre Direitos Humanos, Media e Liberdade de Expressão, num dos hotéis em Bissau.

Presidindo a cerimónia, o presidente do Instituto de Defesa, Ibraima Papa Camará, disse que esta ação de capacitação é de extrema importância, uma vez que vai permitir aos profissionais da comunicação social e atores estatais visualizarem novos horizontes e conhecimentos.

Papa Camará, que representou o ministro de Defesa no ato, afirma que o executivo está empenhado em defender a legalidade democrática e garantir a segurança interna e os direitos dos cidadãos na promoção da liberdade de imprensa positivo e no acesso da informação de qualidade.

A seção, que vai terminar no dia 14 do mês em curso, é organizada pela Fundação dos Media para África (MFWA) em colaboração com a SINJOTECS e com o apoio financeiro da União Europeia.

As formações fazem parte de atividades no âmbito do projeto de três anos da MFWA intitulado: “Promover a Liberdade dos Medias e Acesso a Informação de Qualidade na Guiné-Bissau”.

O projeto tem como objetivo geral assegurar que os jornalistas e outros atores da comunicação social estejam seguros e protegidos. Além disso, o projeto visa ajudar os jornalistas a produzir conteúdos jornalísticos eticamente apropriados, oportunos e baseados em factos.


Consulado alemão em Kyiv atingido por mísseis russos... Fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Alemanha esclareceu, no entanto, que não existiam funcionários presentes no edifício.

© Getty Images

Notícias ao Minuto 10/10/22 

O edifício que alberga o consulado alemão em Kyiv foi atingido pelos ataques que assolaram, esta segunda-feira, a capital ucraniana, segundo avançado por um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Alemanha num briefing, aqui citado pela Reuters.

No entanto, a mesma fonte esclareceu que não existiam funcionários presentes no edifício, visto que os mesmos já não trabalham presencialmente neste consulado desde o início deste conflito, a 24 de fevereiro.

"Há meses que não se trabalha no edifício", disse o funcionário governamental, que acrescentou que o Governo alemão estava em contacto com os seus funcionários em Kyiv para avaliar a extensão dos danos no local.

No mesmo briefing, este porta-voz acrescentou ainda que a Alemanha esperava entregar um sistema de defesa aérea à Ucrânia "muito em breve", e ainda mais três no próximo ano. Porém, não definiu prazos exatos para tal apoio.

De recordar que a Alemanha condenou imediatamente estes ataques russos, que tiraram a vida a, pelo menos, 11 pessoas e feriram outras 64 por todo o território da Ucrânia.

Em causa estão ataques que surgem, segundo assumido pelo Kremlin, como uma ação de retaliação face ao recente ataque ucraniano que atingiu a ponte de Kerch, que liga a Rússia à Crimeia e que é tida como um símbolo da anexação deste território por Moscovo.

Na sequência destas investidas russas, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, irá falar numa reunião virtual de líderes do G7, agendada para terça-feira.

A guerra na Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro, provocou já, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU), 6.114 civis mortos e 9.132 feridos desde o início da guerra, apesar desta entidade alertar que estes números ficam bastante abaixo dos reais.


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Guiné-Bissau: Aumentaram processos por crimes contra mulheres e crianças

© Lusa

Por LUSA 10/10/22 

O Ministério Público da Guiné-Bissau registou um aumento do número de processos por crimes contra mulheres e crianças nos primeiros seis meses do ano, segundo um relatório hoje apresentado para assinalar a criação daquela instituição.

"Acho que esses crimes estão a crescer, incluindo a subtração de menores. Vimos que esses crimes estão a aumentar, é um bom sinal, a população está a ficar sensibilizada e estão a apresentar queixa", afirmou Domingos Sambu, coordenador da vara crime do Ministério Público.

Domingos Sambu salientou que ainda "há pessoas que continuam inibidas em relação a apresentar queixa", mas a população está a ficar sensibilizada, "principalmente as mulheres", a denunciar aqueles crimes.

"Tendo em conta a nossa tradição, as pessoas preferem resolver na família, mas de facto a solução em família tem consequências que nunca são atenuadas e as pessoas estão a perceber que recorrer à justiça é melhor e o volume está a crescer", sublinhou Domingos Sambu.

Segundo o relatório hoje apresentado, o Ministério Público abriu nos primeiros seis meses do ano 1.749 processos.

A burla e burla qualificada representam 227 casos, seguido de furto com 189 processos, e de 108 processos abertos por violência doméstica.

Além da violência doméstica, o Ministério Público abriu também 49 processos por abuso sexual, 20 por violação sexual, 22 por sequestro, 29 por tráfico de menores, 16 por casamento forçado, dois por rapto e 11 por infanticídio.

Durante a cerimónia, que decorreu no Palácio da Justiça, em Bissau, também foram atribuídos 12 diplomas de mérito a antigos procuradores-gerais da República da Guiné-Bissau.

SAÚDE MENTAL: Menos de 30% dos países africanos têm políticas de saúde mental infantil

© Getty Images

Por LUSA  10/10/22 

Apenas 29 por cento dos países em África, onde mais de metade da população tem menos de 24 anos de idade, têm políticas de saúde mental para crianças e adolescentes, alertaram hoje as Nações Unidas.

"O maior desafio à prestação adequada de serviços de saúde mental em África é o investimento cronicamente baixo dos governos", afirmou a diretora da Organização Mundial da Saúde (OMS) para África, Matshidiso Moeti, numa declaração relativa ao Dia Mundial da Saúde Mental, que se assinala hoje, 10 de outubro.

"O sofrimento psicológico em que centenas de milhares de crianças e pais vivem em todo o continente tem um forte impacto nos indivíduos e, por extensão, no bem-estar e desenvolvimento das sociedades", alertou Mohamed Malick Fall, diretor regional para a África Oriental e Austral do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), na mesma declaração.

Segundo as Nações Unidas, África conta com menos de um profissional na área da saúde mental infantil (0,2) e com menos de dois (1,6) especialistas em saúde mental de adultos por cada 100.000 habitantes, apesar do registo de quase 37 milhões de adolescentes (com idades compreendidas entre os 10 e 19 anos) com perturbações mentais no continente e de uma em cada quatro crianças viverem com um dos pais que sofre de perturbações mentais.

A organização registou também um aumento no consumo de álcool entre os jovens, algo que "pode estar ligado a problemas de saúde mental".

Mais de 80 por cento dos consumidores de álcool entre os 15 e 19 anos de idade em Angola, República Centro-Africana (RCA), República do Congo, República Democrática do Congo (RDCongo), Guiné Equatorial e Gabão consomem pontualmente grandes quantidades de álcool.

Por outro lado, África é a região com a maior taxa de mortes por suicídio no mundo, advertiu a OMS na semana passada.

Cerca de onze pessoas em cada 100.000 morrem anualmente por suicídio em África, acima da média global de nove por 100.000 pessoas, e o continente alberga seis dos dez países com as taxas de suicídio mais altas no mundo.

A situação é atribuída, em parte, a uma ação insuficiente na abordagem e prevenção dos fatores de risco, incluindo as condições de saúde mental que afetam atualmente 116 milhões de pessoas, número que compara com 53 milhões em 1990.

Os ministros da Saúde africanos aprovaram em agosto passado uma estratégia para reforçar os cuidados de saúde mental e estabelecer diversos objetivos a alcançar até 2030, incluindo o da elaboração de uma política ou legislação sobre saúde mental em todos países do continente.


Rússia utilizou 83 mísseis e 17 drones iranianos nos bombardeamentos

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Por LUSA  10/10/22 

A Rússia utilizou 83 mísseis e 17 drones de fabrico iraniano nos bombardeamentos realizados hoje contra várias cidades ucranianas, segundo um relatório da vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Hanna Maliar.

De acordo com um porta-voz da força aérea ucraniana, citado pelo jornal Kyviv Independent, 43 dos mísseis lançados foram abatidos pelas defesas anti-aéreas ucranianas.

A vice-ministra da Defesa da Ucrânia também confirmou o uso pelas forças russas de 17 drones do tipo Shahed, fabricados pelo Irão, lançados da Bielorrússia e da Crimeia.

O lançamento dos mísseis contra Kiev, Lviv, Pryluky, Khmelnytskyi, Dnipro, Nizhyn, Jitomyr e Kharkiv foram feitos a partir do Mar Cáspio e das regiões de Nizhni Novgorod, cidade localizada no oeste da Rússia, segundo informações fornecidas pelo Ministério da Defesa da Ucrânia, citado pelos meios de comunicação do país.

Os bombardeamentos russos em larga escala lançados hoje contra cidades ucranianas causaram um número ainda indeterminado de mortes, enquanto a população busca proteção em abrigos. Em Kiev, segundo as autoridades, pelo menos oito pessoas foram mortas e 24 ficaram feridas.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse hoje numa mensagem ao povo ucraniano que os ataques maciços em várias regiões da Ucrânia visam danificar a infraestrutura de energia e causar baixas entre a população civil.

"A manhã está a ser difícil. Estamos a lidar com terroristas. Dezenas de mísseis, Shahed iranianos. Estes têm dois alvos", disse Zelensky.

O primeiro objetivo, indicou o Presidente ucraniano, são as instalações de energia em todo o país. O segundo, acrescentou Zelensky, "é o povo", e sublinhou que "tal momento e tais alvos foram especialmente escolhidos para causar o maior dano possível".

O drone Shaded 136 ("testemunha" em persa) é um dispositivo aéreo não tripulado e controlado remotamente, desenvolvido pela empresa HESA e que entrou em serviço em 2021.

Com um alcance de ação de 2.500 quilómetros, os "Shaded 136" são utilizados exclusivamente para ataques direcionados e os explosivos que podem carregar detonam no impacto com o seu alvo.

O Presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou hoje Kiev com respostas mais "firmes", como os ataques de hoje com mísseis, "caso as tentativas de realizar ataques terroristas" no território russo "continuem".

O ressurgimento desses bombardeamentos ocorre após a explosão que no sábado causou danos a uma ponta na Crimeia, um revés para a frágil logística de guerra de Moscovo, que transporta equipamentos militares pesados e suprimentos para as tropas russas no sul da Ucrânia através dessa infraestrutura.

O ataque a ponte foi descrito por Vladimir Putin como um ato terrorista de Kiev.


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Ucrânia: Três fortes explosões ouvidas em Kyiv... Três fortes explosões foram hoje ouvidas no centro de Kyiv, constataram os jornalistas da agência de notícias France-Presse.

© Reprodução Twitter @KyivIndependent

Por LUSA  10/10/22 

As explosões ocorreram cerca das 08h15 (06h15 em Lisboa), tendo sido antecedidas pelos alarmes antiaéreos, durante várias dezenas de minutos.

Várias colunas de fumo negro eram visíveis em diferentes locais da cidade, de acordo com vídeos divulgados nas redes sociais.

Um jornalista da AFP viu várias ambulâncias no centro da capital ucraniana a dirigirem-se para os locais das explosões.

O último bombardeamento em Kiev ocorreu em 26 de junho.

A agência de notícias ucraniana Ukrinform adiantou desconhecer, até ao momento, se o ataque tinha causado vítimas.

De acordo com o diário Kyiy Independent, citado pela agência de notícias EFE, pelo menos quatro explosões foram ouvidas no centro da capital esta manhã e era possível ver colunas do fumo no centro de Kiev.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.114 civis mortos e 9.132 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


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