A eagb informa a todos os seus estimados clientes e a população em geral que, devido a falta de conexão de rede nas agências, todos os pagamentos e vendas de saldo serão efetuadas na Agência principal (sede), que fica situada na retunda de Baiana.
A insatisfação dos populares de Safim (região de Biombo), vem na sequência de abate das árvores em curso, como primeiros sinais para a construção da autoestrada anunciada no passado mês de Janeiro.
Uma equipa de operadores de motosserras iniciaram a abater árvores arredores daquele troço que liga Safim ao aeroporto, para facilitar nivelamento de terrenos e escavações pelos tratores. Sendo que, a sua intervenção é que não está agradar proprietários e beneficiários das árvores em causa.
No mês Setembro, um grupo de técnicos afetos à obra, passaram a registar as árvores a serem retiradas na qual sinalizaram-as com o X vermelho, como sinal de aviso aos seus donos, mas sem uma notificação formal, segundo relatou à nossa reportagem um dos inquietos da situação.
"Isto aconteceu hoje na nossa casa, e tem dois nomes: Primeiro, falta de respeito pelos direitos dos cidadãos e dos seus bens; e segundo, é falta de sensibilidade e total desconhecimento da importância das árvores e do meio ambiente para a sobrevivência das pessoas.
E o mais agravante é que contrataram pessoas que chegam e começam a abater as árvores sem pedir autorização e sem falar sequer com os proprietários". Explicou.
Confrontados com a situação, os homens de motosserras justificaram que não são culpados pelo derrube das árvores. "Nós simplesmente fomos contratados para fazer o nosso trabalho, após uma identificação feita", justificou.
Para os populares de Safim, esses nem se quer saúdam antes de atuar.
"Chegam nem tempo para dizer "bom dia" têm para com as pessoas. Ali que costumo colocar minha mesa de peixe e legumes que vendo, para além desta, veja ali aquela mangueira que já derrubaram", lamentou uma senhora de quatro filhos alegando que a mangueira vai lhe dar falta...
"Não sei dos bens que consideram a serem indemnizados, porque estão a abater mangueiras, laranjeiras, cajueiros e outras plantas que com toda paciência plantamos, sem nos dizer nada. Mas que devia merecer preocupação do governo, a não ser desconhecer do valor de um árvore para vida humana". Desabafo de um jovem da zona.
De salientar que no passado dia 22 de Janeiro o Governo fez o lançamento da primeira pedra para a construção da referida infraestrutura rodoviária, financiado pela República Popular de China, orçado em cerca de 30 milhões de dólares, cujas obras serão executadas num prazo de dois anos.
Ainda no ato, o Presidente da República recomendou ao Governo a proceder indemnizações aos proprietários dos imóveis e móveis atingidos pelo projecto.
O Governo guineense disponibilizou três mil milhões de francos CFA para indemnizar os proprietários dos móveis e imóveis atingidos pelo projecto da construção da auto-estrada Aeroporto/Safim.
A Ministra de Estado, dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e das Comunidades, Suzi Barbosa, teve a oportunidade de assinar mais um Acordo de Cooperação para o nosso país.
Desta vez com o Ruanda, um país cujo desenvolvimento e crescimento económico tem inspirado muitas nações africanas.
A Chefe da Diplomacia guineense foi recebida no Ministério dos Negócios Estrangeiros do Ruanda onde rubricou com o Ministro da Cooperação Internacional, um Acordo Geral de Cooperação entre a Guiné-Bissau e o Ruanda, que irá permitir intensificar as relações de cooperação bilateral com este país, sobretudo em setores que são do interesse nacional como o Turismo, o Comércio e o Transporte Aéreo, é uma grande vantagem.
Com este Acordo, abrem-se novas perspectivas e sobretudo oportunidades para os guineenses verem o nosso país desenvolver.
A modelo Layla Costa, que trabalhava para a estilista Fátima Lopes, foi encontrada morta em Milão, Itália, esta segunda-feira, aos 24 anos.
A modelo fazia parte da agência Face Models, da estilista portuguesa que já reagiu à notícia. "A nossa modelo Layla ficará eternamente nos nossos corações, nunca esqueceremos a sua delicadeza, bondade, humildade, determinação, profissionalismo e tantas outras qualidades", pode ler-se numa publicação no Facebook de Fátima Lopes.
A modelo internacional foi miss Mundo Guiné-Bissau, apesar de ser de nacionalidade portuguesa Layla Costa foi viver para Guiné com apenas três meses de vida.
Um projecto de criação de uma central fotovoltaica da Universidade Lusófona da Guiné conseguiu o segundo lugar este sábado, em Macau, na primeira competição de startups universitárias entre os países lusófonos e a China.
O objectivo do projecto é de criar uma central fotovoltaica na região de Gabú de forma a fornecer a energia eléctrica a uma das regiões mais populosas do país
A equipa guineense composta por estudantes da Universidade Lusófona da Guiné criou um projecto de fornecimento de energia renovável para a região leste do país, Gabú. Ao todo concorreram 153 equipas
Na fase final do “Desafio 928” (“928 Challenge”), assim chamado por integrar nove cidades da Área da Grande Baía, duas regiões administrativas especiais chinesas e oito países de língua portuguesa, participaram 16 equipas, dez da China, Macau e Hong Kong, duas de Moçambique, duas do Brasil, uma da Guiné-Bissau e uma de Portugal de acordo com um dos coordenadores Marco Duarte Rizzolio da Universidade Cidade de Macau (CityU).
“Tivemos 780 estudantes registados de 51 universidades. Formaram-se 153 equipas, de cinco a seis pessoas, sendo que algumas universidades tinham mais do que uma equipa”, acrescentou Rizzolio, que cofundou o “928 Challenge” com o diretor (“dean”) da Faculdade de Business da CityU, José Alves.
Além de permitir aprofundar colaborações académicas entre instituições do ensino superior da Grande Baía e dos países lusófonos (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste), a competição pretendia identificar projetos de ‘startup’ com potencial para serem implementados e apoiados por investidores de Macau, da Grande Baía ou de países de língua portuguesa e fomentar o desenvolvimento de jovens empreendedores com uma mentalidade global.
O concurso teve a organização conjunta da CityU, do Secretariado Permanente do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau), da Universidade de Shenzhen e do Instituto de Macau da Universidade das Nações Unidas.
Esta conquista representa um acto histórico na qual a universidade é membro fundadora da competição e por isso demonstra a capacidade dos estudantes guineenses apesar das dificuldades observadas no país em termos de estudo, mas tal facto não nos inibiu e não inibe os que possuem vontade de alcançar patamares mais elevados.
É uma conquista que nos orgulha imensamente porque conseguimos demonstrar o nosso potencial para desenvolver ainda mais e por termos vencido países como Brazil e China nos encoraja.
Senhor Boris Johnson, Primeiro Ministro do Reino Unido
Senhora Nicola Sturgeon, Primeira Ministra da Escócia
Chefes de Estado e de Governo,
Senhor Alok Sharma, Presidente da COP26;
Senhora Patrícia Espinosa, Secretária Executiva da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas;
Senhor Philip Braat, Lord Provost da Cidade de Glasgow.
Minhas Senhoras e Meus Senhores
Minhas Senhoras e Meus Senhores,
A recuperação económica pós COVID-19 deve ser socialmente justa, ambientalmente sustentável, resiliente e neutra em termos de clima para atingir as metas ambiciosas do Acordo de Paris sobre o novo regime climático e da Agenda 2030 das Nações Unidas.
Desde Paris, na COP21 em 2015, Muitas coisas já mudaram, exegindo mais responsabilidades e compromissos sérios de todos para juntos enfrentarmos e nos adaptar resilientemente a essas realidades climáticas e socio-economicos de uma forma sustentetável.
Com os novos desafios globais a necessidade de aumentarmos as nossas ambições em termos de mitigação de Gases com Efeito de Estufa e promover os dois outros Pilarares nomeadamente Finanças e Adaptação se tornam ainda mais urgentes.
Assim, os países desenvolvidos e as economias desenvolvidas devem liderar este processo, estabelecendo metas claras e ambiciosas para atingir emissões líquidas zero ou seja a neutralidade carbónica, até 2050.
Minhas Senhoras e Meus Senhores,
Gostaria de aproveitar esta importante ocasião em que mais uma vez nos reunimos para repensar o futuro do nosso planeta e da nossa própria existência, para enaltecer que o meu país, Guiné-Bissau, um país altamente ameaçado pela Subída do Nível do Mar, Erosão Costeira entre outros riscos ligados as alterações climáticas, e com enúmeras vulnerabilidades extremas por ser um país Africano, um País Menos Avancado e um Pequeno Estado Insular em Desenvolvimento e que participa apenas, de forma insignificante, nas emissões globais de Gases com Efeito de Estufa, na sua Contribuição Nacional Determinada atualizada, está bem patente o seu compromisso com uma meta quantificada de redução de emissões que cobre os principais setores, ou sejam, a Agricultura, Florestas, Uso dos Solos (AFOLU), Energia e Resíduos.
A isso acresce uma outra meta ambiciosa de redução das emissões de Gases com Efeito de Estufa, ou seja, de menos 30% até 2030 em comparação com o cenário de referência.
Ainda nesta senda de combate às alterações climáticas se afigura importante referir um objectivo incondicional, com ecursos próprios do país, visando a redução das emissões em menos 10% até 2030 face ao cenário de referência.
Minhas Senhoras e Meus Senhores,
A crise da Pandemia do COVID-19 não deve inviabilizar a agenda de financiamento do clima, e para África o Fundo Verde confiável para adaptação assim como a promoção dos 3 pilares (Ambição, Adaptação e Finanaças) se torna ainda mais importante. É necessária uma resposta multilateral mais gradual e em grande escala para enfrentar a crise climática, tendo o alinhamento do fluxo financeiro no centro das nossas atenções.
Devemos chegar a um acordo sobre a aplicação do Artigo 6º do Acordo de Paris e sobre uma arquitetura financeira, de busca de financiamento climático de longo prazo.,sem esquecer de que para melhor implementação do Mandato da COP para agricultura, deve-se relembrar da forte ligação da agricultura e finanças para adaptação.
Para tal, devemos sair de Glasgow comprometidos de manter continuo engajamento financeiro, principalmente por parte dos maiores emisores, para que cada um possa fazer a sua parte a fim de garantirmos um planeta mais saudável para as gerações vindoras.
Para terminar, reafirmo solenemente o engajamento da Guiné-Bissau no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas e na implementação dos objetivos fixados no Acordo de Paris sobre o novo regime climático, como passo essencial na luta contra as alterações climáticas, de aumentar ambições e acções progressivamente a nível nacional, sub-nacional e colectiva, nas futuras Contribuições Nacional Determinadas.
Ao discursar na Conferência do Clima, Presidente da Guiné-Bissau disse que “a crise da pandemia Covid-19 não deve inviabilizar a agenda do financiamento do clima"
GLASGOW — O Presidente da Guiné-Bissau assumiu o compromisso do seu país em reduzir as emissões de gás carbono, mas pediu a ajuda internacional para minorar os impactos das mudanças climáticas.
Ao intervir nesta terça-feira, 2, na Conferência do Clima COP26 que decorre em Glasgow, Umaro Sissoco Embaló afirmou que o crise económica decorrente da pandemia da Covid-19 não pode parar o investimento na defesa do ambiente e pediu compromissos.
Embora tenha destacado que a Guiné-Bissau tenha uma participação insignificante no aquecimento global, ele garantiu o compromisso do Governo em reduzir em 30% as emissões de gases de efeito estufa até 2030, mas pediu o apoio internacional para tal.
"É um objectivo incondicional, com recursos próprios do país, a redução das emissões em pelo menos 10% até 2030", disse Embaló, quem pediu a ajuda internacional para que o Governo possa atingir os 20 por cento remanescentes.
Na sua intervenção, o Chefe de Estado guineense afirmou que “a crise da pandemia Covid-19 não deve inviabilizar a agenda do financiamento do clima" e defendeu “uma resposta multilateral mais gradual e em grande escala para enfrentar a crise climática".
Umaro Sissoco Embaló desafiou os seus homólogos e outros líderes mundiais a a se comprometerem “em manter o contínuo engajamento financeiro, principalmente por parte dos maiores emissores, para que cada um possa fazer a sua parte a fim de garantirmos um planeta mais saudável para as gerações vindouras".
O Presidente guineense foi o primeiro Chefe de Estado a intervir hoje na sessão plenária e são esperadas também as intervenções do Presidente angolano, João Lourenço, e dos primeiros-ministros de Moçambique, Carlos Agostinho do Rosário, e de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva.
Depois de uma taxa de 3,5% em Julho e Agosto de 2021, a taxa de inflação na UEMOA subiu para 4,3% no final de Setembro de 2021, segundo dados do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO). Este é o seu nível mais alto em mais de três anos.
De acordo com a instituição, a aceleração do ritmo dos aumentos de preços deve-se principalmente à componente “Alimentação”, cuja contribuição para a inflação total aumentou 0,8 pontos percentuais em relação ao mês anterior. O aumento da componente alimentar, que contribuiu com 3,4 pontos percentuais para a inflação global, deveu-se ao aumento dos preços das frutas e legumes, tubérculos e plátanos, e produtos cerealíferos na maioria dos países da UE.
Por país, a Costa do Marfim terá registado a mais alta taxa de inflação mensal (+5,2), também o seu nível mais alto desde pelo menos 2019 na Guiné Bissau essa taxa se situa ao nivel de 4.8 de acordo com tradingeconomics, numa altura em que o país regista aumento e escassez de alguns produtos da primeira necessidade.
O presidente da Câmara Municipal de Bissau (CMB), Luís Simão Intchama, anunciou a intenção de recuperar o espaço verde do bairro d’ajuda segunda-fase, em Bissau, para eventos culturais, sobretudo para transmissão de jogos da seleção nacional de futebol “os Djurtus”, no Campeonato Africano das Nações.
“Esse espaço fica no centro da cidade, por isso deve merecer outra visão, além de ser um local confortável para repouso de pessoas” disse.
O anúncio foi feito depois de uma visita ao espaço na segunda-feira, 01 de novembro de 2021, durante a qual considerou “anormal” o estado em que o local se encontra.
O responsável da edilidade prometeu uma intervenção, a ter início dentro de uma semana.
“As poucas pessoas que ainda persistem em vender os seus produtos vão ser deslocadas para o espaço que fica frente ao prédio Taiwan para continuarem as suas atividades”, assegurou e referiu que se o governo, através do Alto Comissariado, declarar o fim da pandemia no país, os mercados improvisados, na sequencia da Covid-19, vão também acabar.
Com a sistemática renovação de estados de calamidade na Guiné-Bissau, o governo através da Câmara Municipal de Bissau cedeu espaços, a título provisório, para mulheres que exercem pequenas atividades económicas como um mercado para evitar aglomeração de pessoas e puder facilitar na materialização rigorosa das medidas preventivas adotadas pelas autoridades sanitárias.
“A CMB, no uso das suas prerrogativas, deslocou pessoas da subida de cabana para o bairro de ajuda. Neste momento, o espaço quase foi abandonado pelos vendedores, que preferiram voltar para a subida de cabana, por falta de rendimento e os produtos acabam muitas vezes por estragar-se”.
Luís Simão Intchama condenou o abate de cabras no espaço verde, porque “o local não dispõe de condições para ser um matadouro”.
“Eles sabem que não podem matar cabras neste local, mas disseram-nos que são cabras que chegaram com febre. Uma coisa que não deveria ter acontecido, sem antes uma autorização prévia de um médico veterinário para o consumo humano”, lamentou e revelou que vai ser construída nova feira na estrada de volta, um espaço com maior e melhor condições.
Intchama disse que a CMB pretende inspirar no modelo urbanístico de Dacar para construir um parque de estacionamento na cidade de Bissau, enfatizando que o assunto é urgente.
“CMB ponderará utilizar espaço atrás do estádio Lino Correia para estacionamentos de carro”, indicou.
Os moradores do bairro dos bombeiros em Bissau estão indignados com as ordens de despejo das suas casas, dada pelo Governo guineense, que dizem pretender construir um edifício de sete andares no antigo quartel da corporação.
Malam Mané, filho de um antigo comandante dos bombeiros da Guiné-Bissau, Cesaltina Sanca, filha de um mergulhador, Joaninha Gomes, 62 anos, mulher de Joaquim Cardoso, bombeiro reformado de 78 anos, são as vozes da revolta perante o que consideram “humilhação, desespero e abuso”.
Na passada quarta-feira, as máquinas enviadas pelo Governo iniciaram o que os moradores chamam de “demolição à força” das velhas casas que circundam o quartel dos bombeiros em Bissau.
A ação das máquinas contou com a resistência de 32 famílias, cujos pais e maridos “trabalharam toda a vida nos bombeiros”, de acordo com Malam Mané, nado e criado nos bombeiros, há 40 anos e que se assume como líder dos moradores.
Em setembro de 2020, a direção dos bombeiros enviou uma carta aos moradores a avisar sobre a ordem de abandono das casas, mas desde aquela altura que aguardam por respostas sobre para onde deverão ir se saírem daquelas instalações, explicou Mané, cujo avô paterno também serviu nos bombeiros.
“Na terça-feira passada, vieram aqui com um aviso verbal de que temos de abandonar, porque vão começar os trabalhos. No início disseram que iam fazer muros de vedação, mas despejaram as pessoas, derrubaram o muro que aqui estava, deitaram abaixo o telhado de algumas casas, a varanda, uma humilhação total das pessoas”, referiu Malam Mané.
Joaninha Gomes, que confirmou tudo o que Mané disse à Lusa, pede ao Governo para que olhe para os moradores que disse serem, na sua maioria, “homens que sempre combateram incêndios e desgraças alheias”.
No dia em que a máquina estava a deitar abaixo as árvores e o muro de vedação, Joaninha estava na sua varanda ao lado do marido, Joaquim Cardoso, hoje reformado, depois de 60 anos de serviço.
“O meu marido levou toda a vida aqui. No dia em que a máquina esteve cá a derrubar as coisas ele chorou que nem uma criança de tanta raiva. A pressão subiu com ele. Temi que ele morresse nesse dia”, contou Joaninha Gomes.
A esperança dos moradores reside agora numa carta que enviaram ao Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, na passada segunda-feira, e da qual ainda não tiveram resposta, acrescentou Joaninha, frisando que, se o Governo usar a força, preferem morrer nas suas casas de que sair.
Aos 78 anos, reformado e doente, Joaquim Cardoso só se consegue mover com ajuda dos netos, mas não teve medo da máquina de demolição em ação a escassos metros da varanda onde se manteve na passada quarta-feira.
Joaquim não consegue conter as lágrimas quando questionado sobre o que pensa fazer se o Governo mandar outra vez a máquina.
“Se usarem da força, vamos sair, nós que hoje já não temos força, e vamos pedir socorro a quem tiver pena de nós”, declarou o ex-bombeiro que acredita que “o Presidente vai resolver”.
Os líderes mundiais vão comprometer-se hoje na cimeira do clima das Nações Unidas a deter a desflorestação até 2030 para combater as alterações climáticas, anunciou o Governo britânico, anfitrião do encontro, um compromisso considerado demasiado distante pelos ambientalistas.
Uma declaração conjunta será adotada por mais de cem países onde se situam 85% das florestas mundiais, entre as quais a floresta boreal do Canadá, a floresta amazónica ou ainda a floresta tropical da bacia do Congo.
A iniciativa, que beneficiará de um financiamento público e privado de 19,2 mil milhões de dólares (16,5 mil milhões de euros), é essencial para alcançar o objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5 graus Celsius acima dos valores médios da era pré-industrial, segundo o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.
"Esses formidáveis ecossistemas abundantes -- essas catedrais da natureza -- são os pulmões do nosso planeta", estão no centro da vida de comunidades ao absorver uma grande parte do carbono libertado na atmosfera, dirá hoje Boris Johnson no seu discurso, de acordo com excertos divulgados pelo seu gabinete.
Boris Johnson irá lembrar que as florestas "são essenciais à sobrevivência" da humanidade, mas estão a recuar ao "ritmo alarmante" de 27 estádios de futebol por minuto.
Com o compromisso, que está a ser classificado como "sem precedentes" e que pretende nomeadamente restaurar terras degradadas, combater incêndios e apoiar as comunidades indígenas, os países terão, para o chefe do governo britânico, "a oportunidade de terminar a longa história de uma humanidade conquistadora da natureza tornando-se antes guardiães".
Entre os signatários do compromisso, estão o Brasil e a Rússia, países acusados da aceleração da desflorestação nos seus territórios, bem como os Estados Unidos, a China, a Austrália e a França.
Numa das sessões de hoje da 26.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26), os dirigentes de mais de 30 instituições financeiras irão também comprometer-se a não investir mais em atividades ligadas à desflorestação, segundo o comunicado de Downing Street.
Atualmente, quase um quarto (23%) das emissões mundiais de gases com efeito de estufa provém de atividades como a agricultura e a indústria madeireira.
Este novo compromisso faz eco da "Declaração de Nova Iorque sobre as florestas", de 2014, quando muitos países se comprometeram a reduzir para metade a desflorestação em 2020 e a pôr-lhe fim em 2030.
Mas, para organizações não-governamentais (ONG) como a Greenpeace, o objetivo de 2030 está demasiado distante no tempo e dá, assim, 'luz verde' a "mais uma década de desflorestação".
"Os povos indígenas exigem que 80% da floresta amazónica seja protegida até 2025, e eles têm razão, é o que é preciso fazer", insistiu Carolina Pasquali, responsável da Greenpeace no Brasil.
Embora saudando estes anúncios, Tuntiak Katan, da Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia da Amazónia (Coica), indicou que a forma como as verbas alocadas a esse objetivo serão efetivamente gastas será monitorizada de perto.
A história nos permite fazer reflexões retrospectivamente.....
Para fazer algumas observações ao discurso de Idriça Djaló com elemento indicativo, empírico e consistente, sustento que o líder do PUN vivia de corrupção abraçado e ganhava tachos em preços astronômicos na angústia e pobreza extrema do nosso povo. Também, os sem votos ganhavam preços estratosféricos nas costas do nosso povo. Por isso, Idriça sempre teve posição incongruente, ambíguo e que ainda permanece em dúvidas face ao futuro do seu partido.
Em outras análises, com o método acadêmico e científico para análizar a profundidade do seu discurso no contexto geral, potencialmente falando e macroscopicamente avaliando, podemos apenas dizer que a sua ambição atrapalha a sua convicção política.
O Idriça Djaló despertou sobre a verdade NACIONAL, o que é localizado debaixo do mundo dos mortos. O problema é que ainda estou vivo. Entretanto, vamos começar um pouco pelo óbvio:
O seu discurso é encontrado quase em todas as civilizações e pode ser tão antigo quanto a própria humanidade, sabes o porquê eu disse isso? Veja as avaliações: Nos últimos tempos caóticos do "Submundo do Submundo político Guineense", Idriça Djaló é o político mais emprenhado na mídia Guineense depois da derrota do Eng. Domingos Simões Pereira. Quero apenas relembrar o nosso povo Soberano de que, Idriça Djaló é eminente amigo do maior fraude já visto na história contemporânea Guineense, o tal enganador Profissional (Eng. Domingos Simões Pereira).
Hoje, Idriça Djaló briga (perante a imprensa) contra as instituições em vigor que gera a representação política que temos. O senhor referiu sobre uma ação cuja condição ou ingrediente é indispensável e essencial para o futuro do país e, questionou sucessivamente sem frear a imaturidade política permanente na Guiné-Bissau.
Idriça estava muito tranquilo, principalmente após ter feito todas as contas de milhões ao lado do derrotado nas últimas eleições presidenciais contra Dr. José Mário Vaz.
Apesar de que Idriça Djaló falava com elementos extremamente importantes, mas lhe faltou a coerência política. Porém, quanto ao expectativa preocupante, mitificada e orfeta globalizada de informações sobre a realidade criminosa no nosso país, isso precisa de uma reflexão profundamente responsável que pessoalmente pretendo fazer mais tarde. Embora, Idriça Djaló explicou sobre o bastião de coisas criminosas no nosso país, que é verdade, mas, na minha observação empírica da realidade acadêmica, me colocando no lugar de um filósofo, sociólogo, senão, de um apaixonado por direito política e economia, afirmo com todos as letras alfabéticas e sem medo de errar de que, ouvir Idriça Djaló hoje, é quase possível ouvir uma coisa absolutamente subjetiva, poética e romântica, insurgente para o grande público assimilar.
Num sentido amplo, os seus argumentos vieram duma denominação genérica para indicar o que é disponibilizado no campo político, independentemente da sua visão política e natureza dos fatos evidentes, sendo utilizada para substituir a expressão do PAIGC "em Portugal" ou "serviço" e também englobar os outros elementos que são objeto das ações de marketing dos paigcistas vulneráveis no asilo político em Portugal. Enquanto a isso, a Guiné-Bissau vive em tempos críticos do Ananismo imoral.
Se o senhor Idriça quiser ser efetivamente uma referência para felicidade na Guiné-Bissau, é a hora de se desvincular do pior mal do país. É indubitavelmente de que hoje trânsitou dramaticamente o escombro da robaiheira, motivos para a chuva de conferências de imprensas no país.
Para concluir, Idriça Djaló teve uma visão política intrinsecamente nacional, mas pela sua absoluta imprudência no passado junto do pior mal do nosso país, a história não vai lhe perdoar. Hoje, os seus discursos mostram que estavas a dormir quando o ex-presidente da República enfrentou o DSP, mas, é bom lembrar de que a nossa Sociedade pluralista quer uma coisa prática e simples, isto é, assuntos profundamente de entendimento popular.
Também, é bom reconhecer de que muitas ideias válidas foram postas no seu discurso, porém é imperativo que saia do niquel de bolso do DSP e afirmar os seus próprios valores para com o nosso país.
Idriça Djaló é um bom político, mas foi cúmplice da conspiração contra o país nos últimos tempos, por isso, o Senhor precisa flexibilizar os seus argumentos.
O Alto Comissariado para a Covid-19 da Guiné-Bissau apresentou hoje o certificado digital de vacinação contra a doença provocada pelo novo coronavírus para integrar o país na mobilidade facilitada pela vacina.
"É um primeiro passo para nos integrarmos na mobilidade que é facilitada pela vacinação", afirmou a alta comissária para a covid-19, Magda Robalo.
Magda Robalo falava na cerimónia de apresentação do certificado digital de vacinação, que decorreu num centro de vacinação, em Bissau, com a presença dos principais parceiros internacionais da Guiné-Bissau.
"Desde que surgiram as vacinas contra a covid-19, surgiu um outro desafio que é aceitar que as pessoas vacinadas possam viajar a nível internacional, sobretudo, sem necessidade de fazer ou apresentar um teste negativo", disse Magda Robalo.
Segundo a alta-comissária aquele desafio demonstrou também a "necessidade de ter sistemas interoperativos que possam reconhecer a validade dos certificados de vacinação".
Os certificados digitais de vacinação da Guiné-Bissau vão ser emitidos presencialmente, no centro de vacinação Rosa&Rosa, localizado no centro de Bissau, para evitar falsificações.
Os certificados digitais cumprem as regras da Organização Mundial de Saúde (OMS), incluem um código QR e estão em três línguas internacionais, nomeadamente português, inglês e francês.
"Enquanto houver um país, um cidadão, que não esteja protegido, o mundo inteiro estará ameaçado pela pandemia", afirmou Magda Robalo.
A alta comissária salientou que o certificado digital ainda não anula a necessidade de um teste negativo para viajar para o estrangeiro, incluindo Portugal.
"É natural que há um trabalho de diplomacia a fazer-se, nomeadamente através do sistema das Nações Unidas e da OMS, para que os certificados das vacinas utilizadas nos diferentes países possam ser aceites ao nível de outros países", salientou.
Magda Robalo disse igualmente que a "União Africana também está a trabalhar na interoperabilidade dos certificados dos diferentes países para facilitar as viagens ao nível do continente".
A Guiné-Bissau já tem 90.709 fichas de vacinação digitalizadas e já pode emitir 46.541 certificados.
Desde o início da pandemia, a Guiné-Bissau, com cerca de dois milhões de habitantes, registou um total acumulado de 6.134 casos e 141 vítimas mortais.
Partiram ontem, 31 de Outubro, com destino a Ilha da Madeira-Portugal, 38 dos 60 alunos bolseiros 2021, no âmbito do protocolo assinado com a Escola de Hotelaria e Turismo da Madeira, para formação de dupla certificação em hotelaria e Turismo ( cozinha, bar, recepção).
O Governo através do Ministério de Turismo e Cultura, está confiante que com aposta na formação e capacitação dos nossos jovens nas diferentes áreas do Turismo e Hoteleira, poderemos estar a altura de proporcionar um turismo de qualidade, segundo o Ministro Aerton do Rosário.
O Ministério de Turismo e Cultura continuará a trabalhar fortemente para proporcionar diversas formaçoes no sector de turismo e Hoteleira para os nossos jovens estudantes.
O presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, convocou para 17 de novembro, a reunião do Conselho de Estado, o seu órgão de consulta, soube o Capital News, através de uma fonte bem colocada sobre o assunto, que não adiantou, contudo, os pontos que serão debatidos na reunião.
Na Guiné-Bissau, quando um presidente da República convoca o Conselho de Estado, para a consulta, normalmente uma decisão importante está para ser tomada.
Umaro Sissoco Embaló, que disse, recentemente, que podia, a qualquer momento, dissolver a Assembleia Nacional Popular (ANP) viu sempr o seu projeto de revisão constitucional ignorado pelo parlamento guineense, o que tem aquecido o ambiente entre os dois órgãos.
Mas, olhando para a conjuntura nacional, vive-se uma crise social, provocada pela greve, há 11 meses, convocada pela União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), que tem dificultado o normal funcionamento das escolas e hospitais públicos.
Nessa linha, talvez possa, o presidente da República, tomar alguma medida que possa levar à demissão do governo ou à dissolução do parlamento, que, na prática, significará a queda do executivo.
Em entrevista à agência Lusa, Fernando Vaz defendeu a consagração de regime presidencialista na Guiné-Bissau, disse esperar que o Parlamento aprove o OE e acusou os sindicatos da saúde de fazerem greve a pedido do PAIGC.
O porta-voz do Governo guineense defendeu hoje uma revisão constitucional que consagre um regime presidencial.
"Penso que o regime presidencialista é aquele que serve melhor os interesses dos guineenses e da Guiné-Bissau. Isto porquê? Porque nós somos aprendizes da democracia, somos democratas apenas desde 1994", e hoje "aceitar estar na oposição ou ter um Governo que não tem a mesma cor que o Presidente é sinónimo de conflito", disse, em entrevista à agência Lusa, Fernando Vaz, que subscreve a vontade do atual Presidente, Umaro Sissoco Embaló, de alterar a Constituição.
A atual Constituição guineense prevê um regime semipresidencial, que concede ao Presidente o poder de chefiar o Conselho de Ministro ou de dissolver o Parlamento, sem ter de justificar a decisão.
O novo ano legislativo da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau arranca a 04 de novembro com o debate e aprovação de vários projetos de lei e ainda a apresentação, discussão e votação do projeto de lei da revisão da Constituição da República guineense.
O Parlamento da Guiné-Bissau deveria ter iniciado em maio o debate do projeto de revisão constitucional, mas o ponto foi retirado da agenda, após os líderes parlamentares de todas as bancadas terem questionado sobre a pertinência do assunto ser debatido naquele momento e nos moldes em que foi proposto.
Em julho, o presidente em exercício da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental e chefe de Estado do Gana, Nana Akufo-Add, anunciou o envio para a Guiné-Bissau de peritos daquela organização para dar assistência à revisão constitucional, defendida por Sissoco Embaló.
"Temos um Presidente eleito por todos, não aceite por todos, mas eleito pela maioria do povo guineense", disse Fernando Vaz.
"Para um regime semipresidencial, como transparece da atual Constituição", é necessária uma "maior maturidade democrática" do que aquela que o povo guineense tem hoje, considerou o porta-voz do Governo, que compara a Guiné-Bissau com outros países vizinhos ou com a própria tradição africana.
"Na própria estrutura social das tribos africanas existe um chefe, não existem dois chefes. Quando existem dois chefes é uma série de problemas", sublinhou Fernando Vaz.
Aprovação do OE
O porta-voz do Governo da Guiné-Bissau disse ainda esperar que o Parlamento guineense aprove o Orçamento de Estado.
Em novembro, o Parlamento vai discutir "um instrumento extremamente importante, o Orçamento Geral do Estado" que ainda será entregue na Assembleia, afirmou Fernando Vaz, que integra um Governo que conta com um apoio parlamentar alargado de vários pequenos partidos contra o Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC), que tem a presidência da Assembleia Nacional.
"Eu espero que a opinião da maioria seja vinculativa", já que, "à semelhança do que se passa em Portugal", a "continuidade do Governo depende do chumbo ou não do orçamento", disse.
Questionado pela imprensa sobre a revisão constitucional, uma medida legislativa que tem sido defendida pelos seus apoiantes para dar mais poderes ao chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló voltou a admitir a possibilidade de dissolver o parlamento: "A assembleia tem os dias contados. Dias contados significam que posso dissolver o parlamento hoje, amanhã, no próximo mês ou no próximo ano. A dissolução do parlamento está na minha mão e nem sequer levará um segundo".
No entanto, para Fernando Vaz, o que o "Presidente da República disse é que não existindo maioria irá tomar decisões mais drásticas, dissolver a Assembleia e convocar eleições".
Greve deixou vazios os hospitais em Bissau
Greve na Saúde
O porta-voz do Governo guineense considera também que a greve geral do setor da saúde foi uma decisão política do sindicato, que está ao serviço do Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC).
"Esta greve não passa de uma greve política, não há razões de fundo que sustentem esta greve", afirmou Fernando Vaz, que também é ministro do Turismo, em entrevista à Agência Lusa.
Desde 20 de setembro que o país regista uma greve geral, "por tempo indeterminado", iniciada por médicos e pessoal de apoio, que paralisou os hospitais e centros de saúde na Guiné-Bissau.
Entre outros pontos, o pessoal médico reivindica o pagamento de salários e subsídios em atraso, o seu enquadramento efetivo no chamado Estatuto de Pessoal de Saúde e melhorias nos centros de atendimento aos doentes de covid-19.
"Esta greve é uma greve política" num momento em que o "primeiro partido da oposição deixou de fazer oposição. O próprio líder [Domingos Simões Pereira] prefere estar em Portugal e é o sindicato que faz a oposição na Guiné-Bissau", acusou Fernando Vaz.
Para o ministro, os sindicatos estão ao serviço do PAIGC, o maior partido da oposição. O "regime de partido único, que vigorou durante a Guiné nos seus primeiros 30 anos", tinha um "braço armado que eram as forças armadas" -- que, entretanto, se tornaram "republicanas" - e "tinha os sindicatos" como um "acessório político do partido único e para onde enviava os seus homens de confiança".
Sede do PAIGC em Bissau
"É essa a organização que hoje tem a coragem de abandonar os doentes no meio de uma pandemia", afirmou Fernando Vaz, salientando que o "Governo não deve um mês de salário aos funcionários".
"O sindicato disse-nos que não estavam a fazer greve, mas estavam a fazer um boicote", explicou o ministro, recordando que este Executivo "pagou dois meses de salários em atraso" quando tomou posse.
"Este foi o Governo que mais investiu no setor da saúde" e só "em obras no nosso hospital de referência, que é o hospital Simão Mendes, foi feito um investimento recorde que nunca havia sido feito", referiu, dando vários exemplos: "Hoje, os serviços de saúde dão roupas, colchões, lençóis e refeições aos doentes, "coisa que antes não acontecia", um esforço "feito no meio da pandemia da Covid-19".
A principal central sindical do país "quer um aumento do salário mínimo de 100%. Em que país do mundo é que um sindicato vai negociar um aumento do salário mínimo em 100%? Isto só na Guiné-Bissau", resumiu o ministro, que responsabiliza o PAIGC pelo atraso do país.
"O processo democrático emerge de um regime ditatorial de partido único, em que as pessoas eram fuziladas publicamente", apenas porque "tinham uma opinião diferente", sublinhou.
Com a "abertura democrática", o PAIGC apresentou-se como um partido democrático. "Essa mesma gente passa a ser democrata", ironizou Fernando Vaz.
A constituição, detalhou o ministro, era um "fato à medida" do então líder do PAIGC e Presidente do país, João 'Nino' Vieira, dando-lhe poderes para presidir ao Conselho de Ministros e a dissolver o Parlamento, sem que tivesse que justificar a decisão.
"Todos estes ingredientes fizeram e constituíram instabilidade" dos primeiros anos da democracia, com sucessivos golpes militares, acrescentou.
No entanto, reforçou Fernando Vaz, há "dez anos que a Guiné não tem golpe de Estado". Apesar disso, "uma greve, uma contestação, qualquer oposição que levanta mais a voz é vista como um sinal de insegurança ou de crise", mas hoje, a Guiné-Bissau "vive em paz" e é "se calhar, um dos países mais seguros de África", salientou Fernando Vaz, que minimizou o estigma de um narcoestado ou de um estado falhado.
Isso "está no passado": "houve pessoas acusadas", mas o "Estado da Guiné-Bissau não comercializa droga" e as questões que existiram, como detenção de dirigentes ou a apreensão de muitos quilos de cocaína disseram respeito a "questões particulares" e não às organizações que representam o país, assegurou o porta-voz do Governo.
Umaro Sissoco Embaló
Situação na Guiné-Conacri
O porta-voz do Gvoerno abordou também a situação na Guiné-Conacri, palco de um golpe de Estado que depôs o ex-Presidente Alpha Condé, adversário político do Umaro Sissoco.
"Não é segredo para ninguém que o nosso Presidente não morre de amores pelo antigo Presidente da Guiné- Conacri, nem ele morria de amores pelo nosso Presidente", admitiu.
Mas o Presidente da Guiné-Bissau, frisou o porta-voz, "sempre soube separar as águas e as suas relações pessoais não têm nada a ver com a relação entre os Estados".
"Sendo republicano, o nosso Presidente defende a alternância do poder pela via das eleições" e irá "exercer a sua esfera de influência para uma saída airosa da Guiné-Conacri", com um "Governo legítimo eleito pelo povo", acrescentou Fernando Vaz.
O coronel Doumbouya derrubou o antigo Presidente Alpha Condé num golpe de Estado em 05 de setembro e foi depois empossado como Presidente por um período de transição indefinido naquele país da África Ocidental, que faz fronteira com a Guiné-Bissau.
Em 06 de outubro nomeou como primeiro-ministro de transição Mohamed Béavogui.
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