Senhor Boris Johnson, Primeiro Ministro do Reino Unido
Senhora Nicola Sturgeon, Primeira Ministra da Escócia
Chefes de Estado e de Governo,
Senhor Alok Sharma, Presidente da COP26;
Senhora Patrícia Espinosa, Secretária Executiva da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas;
Senhor Philip Braat, Lord Provost da Cidade de Glasgow.
Minhas Senhoras e Meus Senhores
Minhas Senhoras e Meus Senhores,
A recuperação económica pós COVID-19 deve ser socialmente justa, ambientalmente sustentável, resiliente e neutra em termos de clima para atingir as metas ambiciosas do Acordo de Paris sobre o novo regime climático e da Agenda 2030 das Nações Unidas.
Desde Paris, na COP21 em 2015, Muitas coisas já mudaram, exegindo mais responsabilidades e compromissos sérios de todos para juntos enfrentarmos e nos adaptar resilientemente a essas realidades climáticas e socio-economicos de uma forma sustentetável.
Com os novos desafios globais a necessidade de aumentarmos as nossas ambições em termos de mitigação de Gases com Efeito de Estufa e promover os dois outros Pilarares nomeadamente Finanças e Adaptação se tornam ainda mais urgentes.
Assim, os países desenvolvidos e as economias desenvolvidas devem liderar este processo, estabelecendo metas claras e ambiciosas para atingir emissões líquidas zero ou seja a neutralidade carbónica, até 2050.
Minhas Senhoras e Meus Senhores,
Gostaria de aproveitar esta importante ocasião em que mais uma vez nos reunimos para repensar o futuro do nosso planeta e da nossa própria existência, para enaltecer que o meu país, Guiné-Bissau, um país altamente ameaçado pela Subída do Nível do Mar, Erosão Costeira entre outros riscos ligados as alterações climáticas, e com enúmeras vulnerabilidades extremas por ser um país Africano, um País Menos Avancado e um Pequeno Estado Insular em Desenvolvimento e que participa apenas, de forma insignificante, nas emissões globais de Gases com Efeito de Estufa, na sua Contribuição Nacional Determinada atualizada, está bem patente o seu compromisso com uma meta quantificada de redução de emissões que cobre os principais setores, ou sejam, a Agricultura, Florestas, Uso dos Solos (AFOLU), Energia e Resíduos.
A isso acresce uma outra meta ambiciosa de redução das emissões de Gases com Efeito de Estufa, ou seja, de menos 30% até 2030 em comparação com o cenário de referência.
Ainda nesta senda de combate às alterações climáticas se afigura importante referir um objectivo incondicional, com ecursos próprios do país, visando a redução das emissões em menos 10% até 2030 face ao cenário de referência.
Minhas Senhoras e Meus Senhores,
A crise da Pandemia do COVID-19 não deve inviabilizar a agenda de financiamento do clima, e para África o Fundo Verde confiável para adaptação assim como a promoção dos 3 pilares (Ambição, Adaptação e Finanaças) se torna ainda mais importante. É necessária uma resposta multilateral mais gradual e em grande escala para enfrentar a crise climática, tendo o alinhamento do fluxo financeiro no centro das nossas atenções.
Devemos chegar a um acordo sobre a aplicação do Artigo 6º do Acordo de Paris e sobre uma arquitetura financeira, de busca de financiamento climático de longo prazo.,sem esquecer de que para melhor implementação do Mandato da COP para agricultura, deve-se relembrar da forte ligação da agricultura e finanças para adaptação.
Para tal, devemos sair de Glasgow comprometidos de manter continuo engajamento financeiro, principalmente por parte dos maiores emisores, para que cada um possa fazer a sua parte a fim de garantirmos um planeta mais saudável para as gerações vindoras.
Para terminar, reafirmo solenemente o engajamento da Guiné-Bissau no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas e na implementação dos objetivos fixados no Acordo de Paris sobre o novo regime climático, como passo essencial na luta contra as alterações climáticas, de aumentar ambições e acções progressivamente a nível nacional, sub-nacional e colectiva, nas futuras Contribuições Nacional Determinadas.
Muito obrigado e bem-haja.
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Ao discursar na Conferência do Clima, Presidente da Guiné-Bissau disse que “a crise da pandemia Covid-19 não deve inviabilizar a agenda do financiamento do clima"
GLASGOW — O Presidente da Guiné-Bissau assumiu o compromisso do seu país em reduzir as emissões de gás carbono, mas pediu a ajuda internacional para minorar os impactos das mudanças climáticas.
Ao intervir nesta terça-feira, 2, na Conferência do Clima COP26 que decorre em Glasgow, Umaro Sissoco Embaló afirmou que o crise económica decorrente da pandemia da Covid-19 não pode parar o investimento na defesa do ambiente e pediu compromissos.
Embora tenha destacado que a Guiné-Bissau tenha uma participação insignificante no aquecimento global, ele garantiu o compromisso do Governo em reduzir em 30% as emissões de gases de efeito estufa até 2030, mas pediu o apoio internacional para tal.
"É um objectivo incondicional, com recursos próprios do país, a redução das emissões em pelo menos 10% até 2030", disse Embaló, quem pediu a ajuda internacional para que o Governo possa atingir os 20 por cento remanescentes.
Na sua intervenção, o Chefe de Estado guineense afirmou que “a crise da pandemia Covid-19 não deve inviabilizar a agenda do financiamento do clima" e defendeu “uma resposta multilateral mais gradual e em grande escala para enfrentar a crise climática".
Umaro Sissoco Embaló desafiou os seus homólogos e outros líderes mundiais a a se comprometerem “em manter o contínuo engajamento financeiro, principalmente por parte dos maiores emissores, para que cada um possa fazer a sua parte a fim de garantirmos um planeta mais saudável para as gerações vindouras".
O Presidente guineense foi o primeiro Chefe de Estado a intervir hoje na sessão plenária e são esperadas também as intervenções do Presidente angolano, João Lourenço, e dos primeiros-ministros de Moçambique, Carlos Agostinho do Rosário, e de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva.
VOA
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