sexta-feira, 14 de julho de 2023

A Coreia do Norte compareceu hoje no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) para defender o seu mais recente teste com mísseis balísticos, apesar da condenação por parte da maioria dos Estados-membros.

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POR LUSA   14/07/23 

Coreia do Norte defende testes de mísseis em raro discurso na ONU

A Coreia do Norte compareceu hoje no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) para defender o seu mais recente teste com mísseis balísticos, apesar da condenação por parte da maioria dos Estados-membros.

Na reunião de hoje do Conselho de Segurança, agendada de urgência após o lançamento de mais um míssil por Pyongyang, o embaixador norte-coreano junto à ONU, Kim Song, argumentou que o país apenas exerceu o direito de autodefesa "para deter movimentos militares perigosos de forças hostis e salvaguardar a segurança" do Estado.

"Rejeitamos e condenamos categoricamente a convocação do 'briefing' do Conselho de Segurança pelos Estados Unidos e seus seguidores", disse o embaixador, numa rara aparição na ONU, sendo que a última vez que o país participou numa reunião do Conselho sobre os seus próprios programas nucleares foi em 2017, segundo fontes diplomáticas.

Song aproveitou para criticar duramente as manobras militares realizadas por Washington e os seus parceiros na região, as quais classificou como "ameaças e provocações".

A Coreia do Norte disse na quinta-feira que testou com sucesso um novo míssil balístico intercontinental de combustível sólido sob a supervisão do líder, Kim Jong-un, dias após ameaçar abater aviões espiões dos Estados Unidos que violassem o seu espaço aéreo.

Esta é a segunda vez que a Coreia do Norte testa este tipo de projétil, que caiu na água após voar cerca de 75 minutos, segundo as autoridades japonesas.

A ONU disse hoje que este aterrou nas águas da zona económica exclusiva da Rússia e que aqueles 75 minutos supõem potencialmente o voo mais longo desse tipo de míssil entre todos os já testados pelo Exército norte-coreano.

Após a reunião, dez Estados-membros da ONU defenderam que o Conselho de Segurança "não pode continuar calado diante das provocações" da Coreia do Norte e deve "enviar um sinal coletivo" de desaprovação pelo lançamento de mísseis balísticos.

A Albânia, Equador, França, Japão, Malta, Coreia do Sul, Suíça, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Estados Unidos emitiram um comunicado conjunto no qual condenaram "nos termos mais fortes possíveis" o lançamento.

"O Conselho não pode continuar calado diante dessas provocações e devemos enviar um sinal claro e coletivo à Coreia do Norte (...) de que esse comportamento é ilegal, desestabilizador e não será normalizado", pode ler-se no comunicado, lido pelo embaixador norte-americano Jeffrey DeLaurentis.

"Apelamos a todos os Estados-membros para que enfrentem a geração ilícita de receitas da Coreia do Norte e as atividades cibernéticas maliciosas que financiam as ações ilegais e desestabilizadoras do Governo norte-coreano", acrescentou.

No comunicado, os dez países apelaram ainda a todos os Estados-membros da ONU para que implementem plena e fielmente todas as resoluções relevantes do Conselho de Segurança, incluindo impedir "que a Coreia do Norte escape das sanções para avançar com os seus programas ilegais de armas de destruição em massa e mísseis balísticos e rede de aquisição global associada".

"É hora de unir e restaurar a voz do Conselho sobre esta ameaça e agir para enfrentar a ameaça da Coreia do Norte", instaram.

De acordo com o embaixador norte-americano, a Rússia e a China - dois dos cinco membros permanentes, com poder de veto - têm impedido o Conselho de Segurança de atuar contra Pyongyang.

"Com esses lançamentos repetidos, Pyongyang está a demonstrar que se sente encorajado a continuar dessa maneira, porque a China e a Rússia têm consistentemente impedido este Conselho de tomar medidas para deter essas transgressões. Nada disso deveria ser aceitável", protestou Jeffrey DeLaurentis.


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Clima. Planeta viveu mês de junho mais quente desde que há registo

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POR LUSA    14/07/23 

Uma Terra, cujo clima está a aquecer, registou o seu junho mais quente desde que há registo, superando a marca anterior em 0,13 graus Celsius (º.C) com os oceanos a registarem temperaturas recorde pelo terceiro mês consecutivo.

O anúncio foi feito na quinta pela agência norte-americana para a Atmosfera e os Oceanos (NOAA, na sigla em Inglês).

Os 16,55º.C de média global verificados em junho estiveram 1,05º.C acima da média do século XX. Esta foi a primeira vez que uma média mensal superou em mais de um grau centígrado a temperatura normal, apontou a NOAA.

Outros sistemas de monitorização do clima, como o da NASA, o Berkeley Earth e o europeu Copernicus, já tinham apontado que junho último tinha sido o mais quente desde que há registo, mas a NOAA é considerada o padrão dos registos, com dados que remontam a 1850.

O aumento no último mês de junho é "um considerável grande salto", porque normalmente os registos mensais globais têm uma base de recolha de informação tão alargada que permitem detetar variações de centésimos de grau, e não apenas de décimas, salientou o cientista climático do NNOAA, Ahira Sanchez-Lugo.

"O recente registo de temperaturas, bem como os incêndios extremos, a poluição e as inundações que estamos a ver este ano são os que esperamos ver em um clima quente", apontou a cientista climática Natalie Mahowald, da Universidade de Cornell. "Estamos apenas a ter uma pequena amostra do tipo de impactos que são esperados com as alterações climáticas", reforçou.


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O Tribunal de Contas da Guiné-Bissau considera falsas declarações proferidas pela Direção Cessante do Sindicato de Base dos Trabalhadores do referido Tribunal.

quinta-feira, 13 de julho de 2023

Altas patentes militares russas, incluindo o general Sergei Surovikin, ex-comandante das forças de Moscovo na Ucrânia, foram presas, no âmbito da rebelião do Grupo Wagner, informou hoje o Wall Street Journal (WSJ) citando fontes próximas do processo.

© Getty/ Mikhail METZEL

POR LUSA  13/07/23 

 Moscovo detém altas patentes, incluindo Surovikin, diz WSJ

Altas patentes militares russas, incluindo o general Sergei Surovikin, ex-comandante das forças de Moscovo na Ucrânia, foram presas, no âmbito da rebelião do Grupo Wagner, informou hoje o Wall Street Journal (WSJ) citando fontes próximas do processo.

O general, que comandou as forças russas na Síria e depois na invasão da Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro do ano passado, foi detido e interrogado, segundo as mesmas fontes, juntando-se a outras altas patentes que foram presas, suspensas ou demitidas.

Surovikin, conhecido como "General Armagedão" pelas campanhas de bombardeamentos que empreendeu na Síria, não era acusado de nenhum crime, mas estava a par alegadamente dos planos de rebelião do líder do grupo mercenário Wagner.

Yevgeny Prigozhin abandonou a Ucrânia, onde as suas tropas terão sido supostamente atacadas por forças russas, e, na noite de 23 para 24 de junho, os seus soldados tomaram sem resistência a cidade estratégica de Rostov (sul da Rússia), tendo depois empreendido uma marcha para Moscovo para depor as chefias militares, iniciativa travada apenas quando as suas colunas estavam a pouco mais de 200 quilómetros da capital, num acordo mediado pelo Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.

A detenção de Surovikin, sem confirmação oficial e agora noticiada pelo WSJ, estará inserida numa campanha do Kremlin para afastar oficiais suspeitos de deslealdade.

Com o general, indicou o WSJ, pelo menos 13 altos oficiais foram detidos para interrogatório, tendo alguns deles sido libertados posteriormente, e cerca de 15 foram suspensos do serviço ou demitidos.

Nem o Kremlin nem o Ministério da Defesa da Rússia responderam aos pedidos de confirmação do jornal.

Andrei Kartapolov, líder do comité de defesa do parlamento russo, disse num vídeo que circulou nas redes sociais russas esta semana que Surovikin estava apenas a descansar e que não se encontrava "disponível".

Segundo uma das fontes do jornal, o coronel-general Andrey Yudin e o vice-chefe da secreta militar, tenente-general Vladimir Alexeyev, também foram detidos e a seguir colocados em liberdade, após terem sido suspensos e os seus movimentos restringidos e sob observação.

Entre outras figuras detidas está o ex-coronel general Mikhail Mizintsev, que foi vice-ministro da Defesa, e conhecido como "o carniceiro de Mariupol", e que ingressou no Grupo Wagner de Prigozhin.

Surovikin foi visto pela última vez num vídeo divulgado em 23 de junho, parecendo angustiado e com uma arma com na mão direita, enquanto pedia a Prigozhin e aos seus mercenários para cancelarem a sua rebelião.

Desde o final de junho, o Kremlin começou a desmantelar o Grupo Wagner, que tem tido um papel relevante na Ucrânia, responsável pela recente captura de cidade ucraniana de Bakhmut, na província de Donetsk (leste), e um instrumento de projeção de poder russo no Médio Oriente, em concreto na Síria, no continente africano.


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SENEGAL: Desembarcaram nas ilhas Canárias 41 migrantes provenientes do Senegal

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POR LUSA   13/07/23 

Uma embarcação proveniente do Senegal chegou hoje às ilhas Canárias com 41 migrantes a bordo, que foram acolhidos pelos serviços de salvamento espanhóis, que mantêm as buscas de mais três embarcações, também senegalesas, desaparecidas desde o final de junho.

De acordo com os serviços de salvamento espanhóis, os migrantes chegaram hoje de manhã "pelos seus próprios meios" a uma praia na ilha de Tenerife, tendo três deles recebido assistência e sido hospitalizados devido a "patologias menores".

Segundo um porta-voz da Cruz Vermelha espanhola, com base nas declarações dos migrantes, a embarcação deixou a costa senegalesa há oito dias e entre os 41 migrantes a bordo havia "pelo menos um menor".

A chegada de hoje ocorre numa altura em que os serviços de salvamento espanhóis continuam a procurar três embarcações de migrantes, também provenientes do Senegal, que desapareceram ao largo das Canárias, segundo a organização não-governamental (ONG) Caminhando Fronteiras, com um total de mais de 300 migrantes a bordo.

De acordo com uma porta-voz do serviço espanhol de salvamento marítimo, um avião efetuou hoje de manhã uma nova busca, mas não encontrou nenhum sinal das embarcações.

A Caminhando Fronteiras, que obtém as suas informações através de telefonemas de migrantes ou dos seus familiares, diz que as três embarcações partiram do Senegal em 23 e 27 de junho.

Uma que partiu da cidade de Kafountine, a 1.700 quilómetros das ilhas Canárias, tinha cerca de 200 pessoas a bordo, segundo a ONG.

Em Dacar, um porta-voz do exército senegalês, anunciou hoje na rede social Twitter que a marinha senegalesa intercetou quarta-feira à noite uma embarcação com 71 pessoas a bordo, incluindo duas mulheres.

Também na capital senegalesa, o ministro do Interior, Félix Diome, revelou hoje que oito pessoas morreram quando uma piroga se virou, na quarta-feira, em Saint-Louis, no norte do Senegal, na rota migratória que liga o país ao arquipélago espanhol das Canárias.

Um primeiro balanço feito na quarta-feira pelos bombeiros e por um responsável local apontava para seis mortos e quatro sobreviventes.

Segundo a imprensa senegalesa, o número de mortos poderá ser muito superior, uma vez que as pirogas estão frequentemente cheias e podem transportar dezenas de pessoas.

"Para já, podemos lamentar o facto de haver oito mortos e quatro feridos", detalhou Félix Diome, que se deslocou a Saint-Louis.

Um responsável local disse que a embarcação provinha do sul e o acidente ocorreu nas primeiras horas do dia anterior, perto da costa, e é possível que alguns dos tripulantes tenham fugido.

O Senegal, e mais concretamente o sul do país, é um dos principais pontos de partida dos emigrantes ilegais para a Europa.

De acordo com os mais recentes dados do Ministério do Interior espanhol, 12.704 migrantes chegaram ilegalmente a Espanha no primeiro semestre do ano, a maioria dos quais (7.213) nas ilhas Canárias, um número 11,35% inferior ao período correspondente de 2022.


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Embaixada da Guiné-Bissau em Portugal - COMUNICADO

  Embaixada da Guiné-Bissau em Portugal 

“Putin tem um verdadeiro problema”. E para Biden a solução é simples - “Pode apenas dizer: ‘Desisto’”

O presidente norte-americano acredita que a Rússia não tem capacidade para manter o conflito na Ucrânia. Em Helsínquia, Finlândia, Joe Biden insta Vladimir Putin a desistir da guerra, defendo que é o único que pode mesmo ditar o fim da invasão.


BAD disponibiliza 10 milhões a Cabo Verde para apoio a cantinas escolares

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POR LUSA  13/07/23 

O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) aprovou uma ajuda orçamental a Cabo Verde de 10 milhões de euros para apoiar o programa de cantinas escolas e a segurança alimentar no país, informou hoje o Governo cabo-verdiano.

Em comunicado, o executivo avançou que o apoio acontece no quadro da ferramenta "Facilidade Africana de Produção Alimentar e de Emergência".

O apoio, prosseguiu, surge na sequência da solicitação feita no quadro das medidas mitigadoras dos impactos da escalada de preços dos alimentos e dos combustíveis, e visando uma maior resiliência do sistema alimentar no país.

"O Governo de Cabo Verde enaltece a rápida resposta que o BAD tem dado à crise alimentar em países africanos, na sequência da invasão da Rússia na Ucrânia, através do lançamento da 'Facilidade Africana de Produção Alimentar e de Emergência', a fim de evitar uma crise iminente no continente africano", enfatizou.

O Governo notou que Cabo Verde é um dos países que se encontra em boa posição para receber recursos dessa ferramenta de financiamento, sob a forma de apoio orçamental setorial.

O montante será canalizado para o reforço do projeto Apoio ao Programa de Cantinas Escolares e Segurança Alimentar, que também conta com o suporte do Grão-Ducado do Luxemburgo.

"E vai permitir apoiar as famílias mais vulneráveis", salientou a mesma fonte, comprometendo-se a trabalhar com o BAD e com o Luxemburgo para enfrentar a crise alimentar em África.

Há quatro meses, o Governo anunciou que o BAD, que já financiou Cabo Verde com 610 milhões de euros, vai abrir um escritório no arquipélago, onde atualmente conta com quatro projetos em execução, num pacote de cerca de 70 milhões de euros.

Em março esteve no país uma missão da instituição, que se enquadra nas visitas anuais dos administradores aos países africanos, sendo que a anterior do género a Cabo Verde aconteceu em 2004.

O BAD é um banco de desenvolvimento que conta com 54 países africanos e 27 de fora do continente.


Leia Também: Uma em cada cinco pessoas passa fome em África

"Não existe uma perspetiva real de que Putin use armas nucleares"

© Antti Aimo-Koivisto/ Lehtikuva/via REUTERS

Notícias ao Minuto   13/07/23

Declaração de Biden surgiu após ser interrogado sobre se Putin iria intensificar as suas ações na Ucrânia após a curta rebelião levada a cabo pelo Grupo Wagner na Rússia.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou, esta quinta-feira,  que não há "nenhuma perspectiva real" de que o seu homólogo russo, Vladimir Putin, possa "usar armas nucleares" para intensificar as suas ações na Ucrânia. 

"Não existe uma perspetiva real de que Putin use armas nucleares", afirmou Joe Biden, em Helsínquia, durante uma conferência de imprensa conjunta com o presidente finlandês, Sauli Niinistö, ao ser questionado pelos jornalistas sobre o assunto.

Interrogado sobre se há alguma atualização sobre a situação do jornalista do Wall Street Journal Evan Gershkovich, detido na Rússia, Biden disse estar a fazer de "tudo" para libertar os norte-americanos "detidos ilegalmente" por Moscovo.

“Estou a falar a sério sobre fazer tudo o que pudermos para libertar os americanos detidos ilegalmente na Rússia ou em qualquer outro lugar. Esse processo está em andamento", garantiu.

De notar que, na mesma conferência de imprensa, o presidente dos EUA assegurou ainda: "Vamos defender cada centímetro do território da NATO, incluindo a Finlândia".

Recorde-se que a Finlândia integrou a NATO em 4 de abril, tornando-se no 31º Estado-membro da organização militar. O país partilha mais de 1.300 quilómetros de fronteira com a Rússia, a maior de todos os Estados-membros da União Europeia.

O início da invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022 acelerou a adesão finlandesa à Aliança militar euro-atlântica, com quem já mantinha ampla cooperação.

Biden chegou a Helsínquia após participar na cimeira da NATO em Vilnius, capital da Lituânia, e tem na agenda o reforço da cooperação com os países nórdicos nas áreas da segurança, política climática e tecnologia.


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Blinken apela à China para restabelecer comunicação com exército dos EUA

Antony Blinken (Foto: Emmi Korhonen/Lehtikuva via AP)

Por  cnnportugal.iol.pt,  13/07/23 

A questão da ilha de Taiwan permanece um dos principais contenciosos entre Pequim e Washington

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, apelou à China para restabelecer “com urgência” a comunicação entre os exércitos dos dois países.

“É da nossa responsabilidade manter abertos os nossos canais de comunicação, incluindo entre os nossos dois exércitos, e penso ser urgente que o façamos. Ainda não foi possível concretizá-lo”, sublinhou Blinken num encontro com o seu homólogo chinês Wang Yi em Jacarta, disse à agência noticiosa AFP um responsável norte-americano sob anonimato.

A reunião decorreu à margem das discussões da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) que decorre na capital indonésia, também na presença de representantes da Rússia, Índia, Japão, Austrália e a União Europeia (UE), entre outros.

Fundada em 1967, a ASEAN integra o Brunei, Camboja, Indonésia, Laos, Malásia, Singapura, Tailândia, Vietname e Myanmar, e estabeleceu um roteiro para a inclusão de Timor-Leste.

A questão da ilha de Taiwan permanece um dos principais contenciosos entre Pequim e Washington, com a China a considerá-la uma província rebelde e parte integrante do seu território, enquanto os Estados Unidos se comprometeram a defendê-la de um eventual ataque.

As conversações de Jacarta ocorrem cerca de um mês após a deslocação de Blinken a Pequim, a primeira visita de um chefe da diplomacia norte-americana em quase cinco anos.

A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, também esteve na capital chinesa, na passada semana, com o objetivo de ultrapassar diversos diferendos comerciais.

Comunicação Social - Bastonário da Ordem dos Jornalistas da Guiné-Bissau lamenta fecho das emissões da RTP e RDP/África no país

Bissau, 13 Jul 23 (ANG) – O Bastonário da Ordem dos Jornalistas da Guiné-Bissau (OJGB),  António Nhaga  lamentou hoje o fecho das emissões da Rádio Televisão Portuguesa (RTP) e Rádio Difusão Portuguesa (RDP/África), que segundo diz,  “não abona em nada para a imagem do país”.

Em entrevista exclusiva concedida esta quinta-feira à ANG, António Nhaga sustentou que a liberdade de expressão é fundamental para o exercício democrático, acrescentando que não é benéfico para o país se os órgãos de comunicação social estão sendo fechados.

“Estou convencido de que tudo o que a Guiné-Bissau podia ganhar com a realização da Cimeira da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) está manchada. Porque, de fato, sair da realização da Cimeira da CEDEAO e Sessão Extraordinária da UEMOA digamos que ganhamos uma imagem, mas a seguir fecharmos a Rádio e a Televisão. Isso não abona para realização da democracia”, frisou.

O Governo guineense exigiu,  em comunicado, tornado público no passado dia, 09 do corrente mês, a reposição da verdade sobre  todas as injúrias, difamações e acusações, termologias que diz serem “levianamente proferidas” nos canais da RTP e RDP/África contra o Chefe de Estado  Umaro Sissoco Embaló, sob pena de tomar “medidas retificadoras”.

Na quarta-feira a noite , segundo uma fonte da RTP/Africa,  os dois serviços  de comunicação social portugueses receberam ordem de fecho das suas emissões. A fonte da RTP/Africa disse que foram-lhe dito que o fecho das duas emissões teria sido decidida   por “Ordem Superior”.

Para o Bastonário da Ordem de Jornalistas da Guiné-Bissau, a democracia exige liberdade de expressão, exige ainda ter órgãos de comunicação social onde as pessoas possam exprimir, e Nhaga salienta  que se uma pessoa exprimir num programa da RTP ou RDP isso não pode impedir o Presidente da República e nem ninguém de exercer as suas funções.

O fecho dos órgãos de comunicação social, de acordo com o Nhaga, não dignifica o Estado Democrático que se quer construir no país, e sobretudo órgãos internacionais, porque a decisão vai ter efeitos  na imagem externa do país.

António Nhaga sublinhou que nesse momento “quer queiramos ou não as pessoas vão dizer que não há democracia porque fecham rádios,  e questiona se a RDP e RTP/África não estão noutros países dos PALOP, e diz que estão, mas nunca são fechadas e que de fato, os Presidentes tomam medidas caso necessário.

Para o comunicólogo, esse tipo de decisões  pode comprometer as relações entre a Guiné-Bissau e Portugal.

 “ Portugal é um país que tem grande influência no mundo, é ouvido quendo cada vez que há problemas nos PALOP. Dizem que  é quem colonizou e conhece melhor as suas colónias. Não é por acaso que dissemos que tudo que é nosso que vai passar pelo plano internacional passa por Portugal”, salientou. 

António Nhaga adverte  que  Portugal pode ajudar o país a fazer corredores nas Nações Unidas, União Europeia, mas se houver mal-estar pode também bloquear, sustentando que o Portugal pode não fazer esse bloqueio direto, mas há tentáculos onde pode contornar e fazer o que quer.      

Lamentou ainda que no país as pessoas não têm a noção de que a imprensa é fundamental para a democracia e para a construção de boa imagem  de um país. 

ANG/DMG/ÂC//SG     

"É preciso ser-se um completo idiota para rebentar com Zaporíjia"

© Reuters

Notícias ao Minuto    13/07/23 

Diretor da agência atómica russa deixou claro que a central nuclear ucraniana é de vital importância para os russos e não há planos para minar a sua eficácia.

O diretor da agência atómica da Rússia, a Rosatom, negou esta quinta-feira todas as acusações das autoridades ucranianas de que os russos planeiam bombardear a central nuclear de Zaporíjia deixando claro que apenas um "completo idiota" faria tal coisa.

Numa entrevista a uma televisão estatal russa, citada pela Reuters, Alexei Likhachev, considerou que as acusações feitas por Volodymyr Zelensky são infundadas, após o presidente ucraniano ter dito que os russos colocaram explosivos no telhado de vários reatores da maior central nuclear da Europa.

Na quarta-feira, os inspetores da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) anunciaram que não foram encontrados quaisquer explosivos na central, mas ainda faltava realizar vistorias a dois reatores.

Para Likhachev, as acusações de Kyiv são "provocações", que fazem parte de uma campanha de propaganda contra o domínio russo sobre a infraestrutura em Zaporíjia.

"Era preciso ser-se um completo idiota para rebentar com a central de energia nuclear onde trabalham 3.500 pessoas, incluindo um número muito significativo de pessoas de toda a Rússia", argumentou o diretor da Rosatom.

Alexei Likhachev alegou ainda, citando dados e informações dos serviços de inteligência russos, que eram os ucranianos que tinham desenvolvido planos para bombardear a central e responsabilizar os russos. Esta troca de acusações tem sido, aliás, uma constante desde o início da guerra, com os dois lados do conflito a responsabilizarem-se pelas várias ameaças à segurança e integridade da infraestrutura.

A central nuclear de Zaporíjia fica situada próxima da linha da frente, no leste da Europa, mas a sua dimensão gerou grandes preocupações por parte das várias entidades internacionais, que receiam um desastre semelhante ao que ocorreu em Chernobyl, em 1986.


Leia Também: ONU acusa Rússia de atacar ponto de assistência humanitária em Zaporíjia

QUÉNIA: Mais de 300 pessoas detidas em protestos no Quénia incluindo um deputado

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POR LUSA   13/07/23 

Mais de 300 pessoas, incluindo um parlamentar, foram presas após protestos na quarta-feira, que já tinham sido proibidos pelas autoridades, contra os novos impostos no Quénia, disse hoje o ministro do Interior.

Durante essas manifestações antigovernamentais, sete pessoas foram mortas, de acordo com um novo relatório.

As manifestações de quarta-feira em várias cidades do país ficaram marcadas por confrontos ao longo do dia entre manifestantes e forças de segurança, com os primeiros a atirarem pedras e os segundos a responderem com gás lacrimogéneo e munições reais.

"As 312 pessoas que direta ou indiretamente planearam, orquestraram ou financiaram os protestos violentos e atos de ilegalidade (na quarta-feira), incluindo um parlamentar, foram presas e serão acusadas de vários crimes", afirmou Kithure Kindiki, condenando o "hooliganismo" e a "anarquia".

"A procura por outros responsáveis ??[pela violência] está em andamento", acrescentou.

Sete pessoas foram mortas durante esta nova mobilização da oposição. Na quarta-feira, duas fontes policiais disseram à agência France-Presse que seis pessoas foram mortas a tiro pela polícia durante manifestações em três cidades do Quénia, incluindo três nos subúrbios da capital do país, Nairobi.

Uma sétima pessoa foi morta durante manifestações em Sondu, cerca de 300 quilómetros a noroeste da capital, disse Geoffrey Mayek, comandante da polícia na região, na quinta-feira.

Na favela de Kangemi, em Nairobi, 53 crianças foram hospitalizadas na quarta-feira, algumas inconscientes, por causa do gás lacrimogéneo ter sido disparado perto de salas de aula.

Na origem da mobilização antigovernamental esteve o veterano da oposição queniana Raila Odinga, várias vezes candidato derrotado nas eleições presidenciais, que acusou a polícia na quarta-feira de ter "disparado, ferido e morto manifestantes", sobretudo em Nairobi.

Esses incidentes ocorrem dias depois de outros protestos mortais contra o governo do Presidente William Ruto em várias cidades do país. Pelo menos seis pessoas foram mortas na sexta-feira passada durante esses comícios, de acordo com o Ministério do Interior. As organizações não-governamentais (ONG) denunciaram a violenta repressão policial.

A Comissão de Direitos Humanos do Quénia pediu já uma investigação sobre todos os incidentes relatados envolvendo a polícia.

No início de julho, o Presidente Ruto promulgou uma lei de finanças que introduz uma série de novos impostos, apesar das críticas da oposição e da população deste país afetado pela alta inflação.

A aliança Azimio de Raila Odinga pretende organizar manifestações semanais contra a política do Governo.

Odinga foi derrotado por William Ruto nas eleições presidenciais de agosto de 2022, mas ainda contesta os resultados, acreditando que a sua vitória foi "roubada".


INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: Futuro da IA? "Não é tão mau, nem tão bom quanto pensam", diz Bill Gates

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Notícias ao Minuto   13/07/23 

O cofundador da Microsoft partilhou uma visão prática do que pensa que o futuro reserva.

A Inteligência Artificial (IA) assume-se como uma tecnologia transformadora para o futuro e tem o potencial de ‘moldar’ múltiplas áreas profissionais e, quem sabe, até eliminar alguns postos de trabalho de hoje em dia.

O cofundador da Microsoft e filantropo Bill Gates é uma das pessoas que acredita que a IA é o futuro da tecnologia e escreveu uma nova publicação no seu blogue GatesNotes onde partilha uma visão prática do que está por via.

“O futuro da IA não é tão mau quanto algumas pessoas pensam, nem tão bom como alguns querem fazer parecer. Os riscos são reais, mas estou otimista que podem ser geridos”, escreve Gates.

O cofundador da Microsoft comparou a chegada da IA à introdução de calculadoras nas salas de aula, notando que na altura os professores também receavam que estas novas ferramentas fossem um obstáculo à aprendizagem.

Apesar de conceder que a IA será mais uma tecnologia à disposição dos estudantes, Gates acredita que “a aprendizagem continuará a depender de excelentes relações entre alunos e professores”.


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Ucrânia: Eurodeputados aprovam aumento de produção de munições e mísseis

© Omar Marques/Getty Images

POR LUSA    13/07/23 

Os eurodeputados deram hoje o aval a uma proposta para aumentar a produção de munições e mísseis na União Europeia (UE), nomeadamente para fornecimento à Ucrânia.

A proposta, aprovada no Parlamento Europeu por 505 votos a favor, 56 contra e 21 abstenções, terá de ser ainda adotada formalmente pelo Conselho da UE.

O texto hoje votado prevê que a Ação de Apoio à Produção de Munições acelere a entrega de munições e mísseis à Ucrânia e ajude os Estados-membros a reabastecer os respetivos arsenais.

Com a introdução de medidas como a mobilização de 500 milhões de euros para financiamento, pretende-se reforçar a capacidade de produção da UE para fazer face à atual escassez de produtos de defesa, em particular de munições terra-terra e artilharia, mísseis e seus respetivos componentes, segundo referiu uma nota informativa do hemiciclo europeu.

O aumento da produção de munições surge em resposta a um pedido da Ucrânia à UE para fornecer munições de artilharia de 155 mm.

Também visa responder à decisão do Conselho da UE, de 20 de março de 2023, que previa, nomeadamente, a aquisição conjunta de um milhão de munições e o aumento da capacidade de produção da indústria europeia de defesa.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


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Esqueleto em forma de sereia surpreende banhistas em praia da Austrália... Tudo indica que os restos mortais encontrados sejam de um sirénio.

© Facebook / CoastFish TV

Notícias ao Minuto   13/07/23 

Um esqueleto em forma de sereia apareceu no areal de uma praia da cidade costeira de Keppel Sands, em Queensland, Austrália, no início do mês de julho, surpreendendo os banhistas que por lá passavam.

As imagens do tão insólito achado, que conta com cerca de 1,8 metros, foram partilhadas nas redes sociais pela 'CoastFish TV' e geraram muita celeuma. 

Contudo, apesar de os restos mortais darem azo à imaginação, já vários biólogos marinhos garantiram nas redes sociais que se trata de um sirénio, uma espécie de mamífero aquático, com os membros anteriores em forma de barbatanas, sem membros posteriores, e com uma barbatana caudal horizontal, também conhecido por peixe-boi e dugongo, principalmente, no Brasil.

Exemplo de um sirénio © Shutterstock

De acordo com os meios de comunicação australianos, os sirénios são uma espécie considerada vulnerável à extinção, pela União Internacional para a Conservação da Natureza.


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General russo demitido após críticas à liderança

SIC Notícias   13/07/23

O Major-General Ivan Popov acusou a liderança militar de Moscovo pela falta de sistemas adequados para a contraofensiva e criticou a estratégia russa no campo de batalha.

Um general russo foi demitido do cargo de comandante depois de criticar a atuação das altas patentes militares russas.

O major-general Ivan Popov, que comandou o 58º Exército de Armas Combinadas, disse que foi demitido do cargo de comandante depois de dar conta à liderança militar a terrível situação na frente na Ucrânia, afirmando que os soldados russos foram “esfaqueados nas costas” pelas falhas dos altos escalões militares, revela a agência Reuters.

Após o motim de 24 de junho pelos mercenários Wagner, o Presidente Vladimir Putin manteve nos cargos o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e o chefe do Estado-Maior, Valery Gerasimov.

Numa mensagem de voz, publicada pelo deputado russo Andrei Gurulyov, o Major-General Ivan Popov acusa a liderança militar de Moscovo pela falta de sistemas adequados para a contraofensiva. O comandante criticou também a estratégia russa no campo de batalha.

"O exército ucraniano não conseguiu romper as nossas fileiras na frente, mas o nosso chefe sénior atingiu-nos pela retaguarda, decapitando violentamente o exército no momento mais difícil e intenso", disse Popov.

O general lembrou ainda as mortes dos soldados russos causadas pela artilharia ucraniana e disse que falta ao exército sistemas de contra-artilharia adequados e de reconhecimento da artilharia inimiga.

Até ao momento o Ministério da Defesa Russo não fez qualquer comentário.

A Reuters não conseguiu verificar de forma independente a autenticidade da mensagem de voz, nem quando foi gravada. O deputado Gurulyov é um ex-comandante do exército que aparece regularmente na televisão estatal.

A tragédia em boé matou 7 pessoas e deixou cerca de 20 feridas. As explicações do Comandante Regional da Proteção Civil da Região de Gabú, Mamadu Aliu Djaló realçam o conteúdo das informações recolhidas na sequência das chuvas, acompanhadas por ventos fortes e relâmpagos.

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Russa vai considerar presença de F-16 na Ucrânia ameaça de âmbito nuclear

© Lusa

 POR LUSA  13/07/23 

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo advertiu hoje que a Rússia considerará uma ameaça de âmbito nuclear a presença na Ucrânia de caças F-16, provavelmente no final do primeiro trimestre de 2024.

"Informámos as potências nucleares dos Estados Unidos, do Reino Unido e da França que a Rússia não pode ignorar a capacidade destes aviões para transportar armas nucleares. Não há garantias que ajudem", declarou Sergei Lavrov, numa entrevista ao diário Lenta.ru.

Lavrov advertiu que, em plena guerra, os militares russos não determinarão se cada avião F-16 está ou não equipado para transportar armas nucleares.

"O próprio facto de existirem tais sistemas nas Forças Armadas ucranianas será considerado por nós como uma ameaça do Ocidente na esfera nuclear", sublinhou o ministro.

Na terça-feira, 11 países parceiros ucranianos assinaram um memorando que define as condições de formação dos pilotos ucranianos nos caças F-16.

"Os F-16 protegerão os céus da Ucrânia e o flanco oriental da NATO. A força aérea ucraniana está pronta para os dominar o mais rapidamente possível", afirmou o ministro da Defesa ucraniano, Oleksy Reznikov.

A formação, que vai durar entre seis a oito meses, começa no final do verão - agosto ou início de setembro - e os primeiros caças F-16 ocidentais são entregues a Kiev no final do primeiro trimestre de 2024, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano.


Leia Também: O general Sergei Surovikin, que está desaparecido desde a tentativa de rebelião do grupo Wagner e que foi associado à insurgência, "está a descansar", garantiu hoje o presidente do comité de Defesa do parlamento russo.

Ucrânia: Rússia lançou ataque com 'drones' e mísseis nas últimas horas

© Arsen Dzodzaev/Anadolu Agency via Getty Images

POR LUSA   13/07/23 

As Forças Armadas da Ucrânia reclamam a destruição de 20 aparelhos voadores não tripulados ('drones') e de dois mísseis lançados pela Rússia nas últimas horas, tendo um míssil Iskander russo passado as defesas ucranianas.

Até ao momento não há informações por parte das Forças Armadas da Ucrânia sobre os estragos ou eventuais vítimas, que o míssil terá provocado, em território ucraniano. 

Informações do Ministério da Administração Interna da Ucrânia - não coincidentes com a comunicação militar - indicam que a destruição de 'drones' "provocou dois feridos" e a destruição de várias casas na região de Kyiv.

As equipas de salvamento extinguiram um incêndio num edifício de 16 andares, bem como num edifício não residencial, segundo o Ministério do Interior.

Os destroços também "danificaram a fachada" de um edifício de apartamentos de 25 andares, escreveu o ministério num comunicado divulgado nas redes sociais.

Autoridades locais da zona de Kyiv adiantaram que estilhaços caíram em cinco distritos de Kyiv. 

Por outro lado, as autoridades ucranianas regionais de Khmelnytskyi, no oeste da Ucrânia, informaram que "um míssil de cruzeiro foi intercetado sobre a região e não registou vítimas".

"O inimigo (Rússia) usou dois mísseis de cruzeiro Kalibr que foram lançados do Mar Negro e um míssil balístico Iskander lançado da Crimeia", disse hoje Estado Maior ucraniano sobre os ataques das últimas horas.  

De acordo com a mesma comunicação militar ucraniana, divulgada através da plataforma digital Facebook, os drones "foram destruídos principalmente na região de Kyiv".

As consequências do disparo do míssil Iskander "ainda estão a ser apuradas", disse a fonte militar sem mais detalhes. 

Por outro lado, o Estado Maior da Ucrânia afirma que nas últimas 24 horas foram "liquidados" 510 combatentes russos, o que "eleva para 236 mil o número total de russos mortos desde o início da invasão".

Tratam-se de números muito superiores aos que têm sido divulgados por Moscovo. 

A Rússia não fornece números de baixas desde setembro do ano passado, quando o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, falou da morte de 5.937 militares russos desde o início da campanha.  


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CHEFE DE ESTADO RECEBE DIRECTOR GERAL DE ORANGE

 Presidência da República da Guiné-Bissau

O Presidente da Républica, Umaro Sissoco Embaló, recebeu em audiência, o Director Geral da empresa de telecomunicações Orange, Brutus Sadou Diakité.

Na ocasião, o Director Geral revelou que está planeado a implementação de um projeto de modernização e extensão da rede de telefonia móvel, prevendo uma cobertura, “quase que total” da população guineense, na perspectiva de fazer da Guiné-Bissau um dos países mais avançados em termos de novas tecnologias de comunicação móvel a nível do espaço comunitário e continental.


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Mulheres indígenas continuam a ser esterilizadas à força no Canadá

© Getty Images

POR LUSA   13/07/23 

Décadas depois de muitos outros países desenvolvidos terem parado de esterilizar mulheres indígenas à força, vários ativistas, médicos, políticos e pelo menos cinco ações coletivas alegam que esta prática não terminou no Canadá.

Um relatório do Senado, no ano passado, concluiu que "esta prática horrível não se limita ao passado, mas claramente continua até hoje".

Em maio, um médico foi punido por esterilizar à força uma indígena em 2019, noticiou a agência Associated Press (AP).

Líderes indígenas referem que o país ainda não reconheceu totalmente o seu passado colonial conturbado, ou pôs fim a uma prática de décadas que é considerada genocídio.

Não há estimativas sólidas sobre quantas mulheres estão a ser esterilizadas contra a sua vontade, mas especialistas indígenas garantem que ouvem regularmente reclamações sobre este tema.

A senadora Yvonne Boyer, cujo gabinete está a recolher os dados limitados disponíveis, destacou que pelo menos 12.000 mulheres foram afetadas desde a década de 1970.

"Sempre que falo com uma comunidade indígena, fico inundada de mulheres a dizerem-me que foram alvo de esterilização forçada", frisou Boyer, que tem herança indígena Metis, à AP.

Autoridades médicas nos Territórios do Noroeste do Canadá sancionaram um médico em maio por esterilizar à força uma mulher indígena, de acordo com documentos obtidos pela AP.

Andrew Kotaska realizou uma operação em 2019 para aliviar a dor abdominal de uma mulher indígena, sendo que tinha o consentimento por escrito desta para remover a trompa de falópio direita, mas não a esquerda, o que a deixaria estéril.

Apesar das objeções de outra equipa médica durante a cirurgia, Kotaska retirou as duas trompas de falópio.

A investigação concluiu que não havia justificação médica para a esterilização e descobriu que Kotaska se envolveu numa conduta não profissional.

Milhares de mulheres indígenas canadianas nas últimas sete décadas foram esterilizadas coercivamente, em linha com a legislação de hominicultura que as considerava inferiores.

As Convenções de Genebra descrevem a esterilização forçada como um tipo de genocídio e crime contra a humanidade e o governo canadiano condenou a esterilização forçada em outros locais, inclusive de mulheres uigures na China.

Em 2018, o Comité das Nações Unidas contra a Tortura disse ao Canadá que estava preocupado com relatos persistentes de esterilização forçada, referindo que todas as alegações deveriam ser investigadas.

Em 2019, o primeiro-ministro Justin Trudeau reconheceu que os assassinatos e desaparecimentos de mulheres indígenas em todo o Canadá representavam "genocídio", mas ativistas dizem que pouco foi feito para lidar com os preconceitos enraizados contra os indígenas, permitindo que as esterilizações forçadas continuem.

Num comunicado, o governo canadiano realçou à AP que estava ciente das alegações de que mulheres indígenas foram esterilizadas à força e que o assunto está nos tribunais.

Os povos indígenas correspondem a cerca de 5% dos quase 40 milhões de habitantes do Canadá.

As mais de 600 comunidades indígenas em todo o Canadá, conhecidas como Primeiras Nações, enfrentam desafios de saúde significativos em comparação com outros canadianos.

Até a década de 1990, os indígenas eram, na sua maioria, tratados em hospitais segregados, onde havia relatos de abusos.


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Hackers chineses atacam agências governamentais dos EUA

WILFREDO LEE

SIC Notícias  13/07/23

Uma das agências atingidas foi o Departamento de Estado. Este ataque acontece menos de um mês depois de um grupo de hackers russos se infiltrar em várias agências governamentais norte-americanas.

Piratas informáticos (hackers) chineses atacaram sistemas de correio eletrónico de agências governamentais nos Estados Unidos da América, incluindo o Departamento de Estado, informou a Microsoft.

Em mensagem colocada no seu blogue, na terça-feira, a empresa norte-americana identificou o grupo de piratas como ‘Storm-0558, que está focado, adiantou, em atos como espionagem e roubo de dados.

Dirigentes norte-americanos avançaram que piratas apoiados pelo Estado chinês penetraram na nuvem da Microsoft e entraram em sistemas de correio eletrónico governamentais não classificados em várias agências, incluindo o Departamento de Estado.

A Agência de Cibersegurança e Segurança de Infraestruturas e a polícia federal (FBI, na sigla em Inglês) determinaram que os hackers acederam e roubaram informação "de um pequeno número de contas".

Não obstante, o presidente da comissão de Informações do Senado, Mark Warner, emitiu um comunicado em que adianta que "está a monitorizar de muito perto o que aparenta ser uma significativa violação de cibersegurança pela espionagem chinesa", que mostra que a China "está a melhorar constantemente as suas capacidades informáticas de recolha de informação dirigidas contra os EUA e aliados".

Departamento de Estado dos EUA confirma ciberataque

O Departamento de Estado dos EUA confirmou que foi alvo de um ciberataque, menos de um mês depois de um grupo de piratas informáticos russos se infiltrar em várias agências governamentais norte-americanas.

Em comunicado, este Departamento informou que foi detetada esta quarta-feira uma "atividade anormal" nos seus sistemas, face ao que foram tomadas "medidas imediatas".

Esta situação ocorre depois de, em 15 de junho, um grupo de hackers russos ter conseguido infiltrar-se em várias agências governamentais, como informou a Agência de Segurança de Infraestruturas e Cibersegurança (CISA, na sigla em Inglês).

A autoria do ataque foi atribuída ao grupo “CL0P”, também conhecido como “TA505”.

Na altura, não houve sinais de que os hackers tivessem atuado em coordenação com o governo russo, como então adiantou um funcionário.

O maior ataque deste tipo ao governo dos EUA dos últimos anos aconteceu em 2019, quando cerca de 18 mil agências e serviços foram vítimas de uma pirataria massiva, também por parte de agentes russos, através do uso do programa informático SolarWinds.


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quarta-feira, 12 de julho de 2023

MIGRAÇÕES: Senegal desmente haver 300 cidadãos seus desaparecidos no Atlântico

© Getty Images

POR LUSA    12/07/23 

O Governo do Senegal desmentiu que 300 cidadãos senegaleses estejam desaparecidos no Atlântico desde final de junho, após terem tentado chegar em embarcações precárias às ilhas Canárias de forma irregular, noticiou hoje a imprensa senegalesa.

O desmentido consta de um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros senegalês em que se declara que, na sequência de investigações, as informações publicadas nas redes sociais sobre o desaparecimento no mar "de pelo menos 300 senegaleses, candidatos à migração, cujas embarcações se dirigiam de Kafountine (na província de Casamansa) para as ilhas Canárias" são "infundadas".

O ministério sublinhou ainda que, entre 28 de junho e 09 de julho, 260 senegaleses "em dificuldade" foram resgatados nas águas territoriais marroquinas, e que foram tomadas as medidas necessárias para que sejam "atendidos e repatriados o mais rapidamente possível".

O comunicado do ministério senegalês foi publicado depois de a imprensa local ter feito eco das informações divulgadas pela organização não-governamental (ONG) espanhola Caminhando Fronteiras, segundo o qual três canoas senegalesas com 300 pessoas a bordo estão desaparecidas no Atlântico.

Numa nota enviada à agência Efe, a ONG afirma que "em relação ao comunicado publicado sobre os factos pelo Governo senegalês, a Caminhando Fronteiras escusa-se a tecer considerações sobre as razões que levaram as autoridades senegalesas a fazer este tipo de declarações".

"O que podemos dizer é que, desde o final de junho, há 300 pessoas que deixaram a costa senegalesa e estão agora desaparecidas na rota para as ilhas Canárias", acrescenta-se na nota.

A rota de migração do Atlântico é uma das mais mortíferas do mundo, com cerca de 800 pessoas a morrerem ou a desaparecerem só na primeira metade deste ano, segundo a ONG.

Nos últimos anos, as Canárias tornaram-se um dos principais destinos das pessoas que tentam chegar a Espanha, com um pico de mais de 23 mil migrantes a chegaram em 2020, segundo o Ministério do Interior espanhol.

Na primeira metade deste ano, mais de sete mil migrantes e refugiados conseguiram alcançar as Canárias.


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