domingo, 4 de fevereiro de 2024

NIGÉRIA: Grupo de homens armados sequestra 30 mulheres na Nigéria

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POR LUSA   04/02/24  

Um grupo de homens armados raptou 30 mulheres em Katsina, no Norte da Nigéria, anunciaram hoje as autoridades locais.

Este grupo agrediu cerca de 70 mulheres, residentes na localidade de Dandume, quando estavam a regressar do município de Sabuwa.

O rapto ocorreu esta quinta-feira e foi confirmado ao jornal nigeriano Vanguard pelo presidente do Conselho Governamental de Dandume, Alhaji Basiru Musa.

Os residentes acreditam que o número de mulheres raptadas poderá chegar a 55.

O jornal 'Punch' noticiou que três mulheres, que estavam a trabalhar como guarda-costas desta delegação, morreram na sequência do ataque.

Dandume e Sabuwa são zonas consideradas como muito perigosas devido à atividade de grupos criminosos, que se dedicam à extorsão e sequestro.


Guiné-Bissau : Coordenador do Madem-15, Braima Camará recebe visita de solidariedade dos líderes do PRS e APU PDGB, Fernando Dias e Nuno Gomes Nabiam, divido aos acontecimentos que levaram (ontem) a detenção por algumas horas dos militantes do Madem G15.

Líderes do PRS e APU-PDGB, Fernando Dias e Nuno Gomes Nabiam respectivamente, reuniram-se, hoje (04/02/2024), com Coordenador nacional do MADEM-G15, Braima Camará para solidarizar com este face ao acontecimento ocorrido ontem no aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, que culminou na detenção de alguns militantes do MADEM-15 pela policia da ordem pública.

 Radio Voz Do Povo  / Malafi  Cámara

ONG: Mutilação Genital Feminina "diminuiu muito" na Guiné-Bissau, mas persiste

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POR LUSA   04/02/24 

A Mutilação Genital Feminina (MGF) "diminuiu muito" na Guiné-Bissau desde a adoção, em 2011, da lei que a criminaliza, "mas ainda existe às escondidas" nalgumas comunidades, defendeu Aissatu Indjai, líder de uma organização que luta contra esta prática.

Presidente da Rede Nacional de Luta Contra a Violência (Renluv) baseada no género e visando a criança, Indjai disse à Lusa que a prática ainda persiste "em certas comunidades islamizadas", nomeadamente nas regiões de Quinara, sul, Bafatá e Gabú, no leste, e nalguns bairros urbanos de Bissau.

A responsável apontou os naturais da Guiné-Conacri, residentes nesses bairros periféricos da capital guineense, como os que praticam a MGF "com maior regularidade".

Por saberem que a prática é criminalizada, os adultos aproveitam-se de situações em que a criança é vacinada para ser submetida à MGF, notou Aissatu Indjai, chamando a atenção aos técnicos da Saúde Pública.

"Aproveitam-se da vacina de rotina, que, por norma, faz febre alta na criança, para se esconderem nessa sua condição febril para submeter a criança à excisão. Quando questionados, dizem que a criança chora daquela forma por estar com muita febre", notou a responsável da Renluv.

Aissatu Indjai referiu que, no passado, antes da existência da lei, a prática era feita de "forma aberta", que "até chegava a juntar, numa 'barraca', mais de 100 crianças", e que hoje, "se é feita, acontece às escondidas", frisou.

A líder da Renluv, uma das mais destacadas Organizações Não Governamentais (ONG) guineenses que lutam contra a MGF, notou que a sensibilização "tem dado resultados", ao ponto de várias 'fanatecas' (mulheres que praticam o ritual do corte nos órgãos genitais das vítimas) se terem virado animadoras comunitárias.

"Elas mesmas ajudam-nos a demonstrar as consequências dessa prática", destacou Indjai.

A dirigente associativa enalteceu o facto de a lei que criminaliza a MGF "estar a ajudar a meter medo às pessoas", mas gostaria que mais autores da prática fossem julgados e condenados na Guiné-Bissau.

Desde a existência da lei, algumas pessoas -- menos de uma dezena -- foram condenadas por causa da prática da excisão, mas quase todas acabaram com pena suspensa.

Olhando para os números, Aissatu Indjai cita os dados do último MICS (Inquéritos aos Indicadores Múltiplos, em sigla inglesa), elaborado entre o Governo guineense e a UNICEF, para referir que aquele documento diz que cerca de 52% das mulheres do país, com idades dos 15 aos 49 anos, foram excisadas.

"Eu considero que esses dados são relativos ao período antes da existência da lei", notou Indjai.

Olhando para o MICS, nota-se que as regiões de Gabu e Bafatá apresentam as maiores percentagens de prevalência da MGF entre mulheres 15-49, com 96% e 87%, respetivamente, e que 59% das mulheres das comunidades rurais em toda a Guiné-Bissau foram submetidas à excisão.

O documento destaca ainda que três em cada quatro mulheres guineenses, de 15 a 49 anos, é da opinião de que a prática deve ser abolida no país.

De acordo com as conclusões do último MICS, nota-se uma clara diminuição da prática entre as mães escolarizadas, que não admitem que as suas crianças sejam vítimas da MGF.

"Por ser uma prática secular, apesar de grandes avanços na Guiné-Bissau, ainda vai levar algum tempo até ser totalmente banida na nossa sociedade", disse Aissatu Indjai, que pede uma "colaboração contínua" dos ativistas, professores, pessoal da saúde e agentes da justiça e a aplicação da lei.

Na próxima terça-feira, 06 de fevereiro, assinala-se o Dia Internacional da Tolerância Zero à MGF, uma data instituída pelas Nações Unidas em 2003.



Leia Também: Instituto nota avanços na condição das mulheres e meninas na Guiné-Bissau

Chinesas culpam expetativas tradicionais pela queda da natalidade

© Reuters

POR LUSA   04/02/24 

Uma maior consciência sobre desigualdade de género e os altos custos associados a criar um filho explicam a queda abrupta no número de nascimentos na China, apesar dos esforços de Pequim para incentivar a natalidade.

"As mulheres estão mais conscientes", explicou Zhao Hua, uma chinesa de 28 anos natural de Pequim, à agência Lusa. "A desigualdade de género continua a ser profunda na China: os homens querem uma família tradicional, na qual a mulher toma conta dos filhos e das tarefas domésticas", acrescentou.

Várias jovens mulheres chinesas ouvidas pela Lusa sublinharam essa discrepância nas expectativas, numa sociedade que se modernizou a um ritmo sem paralelo na História moderna. Segundo o Banco Mundial, em 1980, apenas 19,4% da população chinesa vivia em zonas urbanas. Em 2023, a taxa ascendeu a cerca de 66%.

As expectativas sobre o papel da mulher na sociedade, no entanto, mantiveram-se.

"Muitas das minhas amigas que casaram e têm filhos queixam-se que acabam por ter que criar os filhos e o marido", explicou Yang Qian, chinesa natural da província de Hebei, adjacente a Pequim, à Lusa.

"Mas as mulheres têm agora a sua própria carreira e rendimentos e não querem desempenhar esse papel", notou.

Outra razão "importante" é uma maior sensibilização sobre o desgaste físico causado pela gravidez e trabalho de parto, disse à Lusa uma chinesa natural da província de Guangdong, no sudoeste da China. "Com as redes sociais as mulheres passaram a partilhar mais informação sobre o impacto da gravidez. É um tema de grande importância", vincou.

Segundo dados oficiais, em 2023, a população chinesa diminuiu em dois milhões de pessoas, a segunda queda anual consecutiva, face à descida dos nascimentos e aumento das mortes, após o fim da estratégia 'zero casos' de covid-19.

O número marca o segundo ano consecutivo de contracção, depois de a população ter caído 850.000 em 2022, quando se deu o primeiro declínio desde 1961.

A queda e o envelhecimento da população estão preocupar Pequim, à medida que privam o país de pessoas em idade ativa necessárias para manter o ímpeto económico. A crise demográfica, que chegou mais cedo do que o esperado, está já a afetar o sistema de saúde e de pensões, destacaram observadores.

A China acelerou o problema com a política do filho único, que reprimiu a taxa de natalidade, entre 1980 e 2015.

"Era inevitável", comentou à Lusa o funcionário de um órgão estatal chinês sobre o fim daquela política, aludindo à crescente pressão no sistema de pensões do país, fruto do rápido envelhecimento da sociedade. "A questão é saber quem é que tem tempo e dinheiro para criar duas crianças", acrescentou.

O fim da política de filho único resultou num leve repique no número de nascimentos em 2016, mas, nos anos seguintes, as cifras continuaram a cair.

O número de nascimentos no país asiático caiu de 17,86 milhões, em 2016, para 9,02 milhões, em 2023, uma queda superior a 50%.

Estas tendências demográficas tornam duvidosas as perspectivas económicas a longo prazo da China, indicou num relatório o grupo de reflexão ('think tank') Peterson Institute for International Economics, que tem sede em Washington.

"Até que ponto é credível aumentar o consumo das famílias chinesas quando o número real de consumidores está a diminuir em milhões todos os anos e o grupo de consumo mais intensivo, os recém-nascidos, está a diminuir tão rapidamente", questionou.

"A longo prazo, as perspetivas de que a China ultrapasse a dimensão da economia dos Estados Unidos devem ser descartadas", vincou.


Na pidi Deus pa i frianta bô corações, pa bô pudi continua n'dianta até fim sem ódio i intriga... Politólogo Rachide Gorel Candé!

Nô morança ka mereci é atitude impulsiva. 

Nka cri sibi si culpa sta na B OU U, ma keki certo i di kuma és ika necessário na bô metadi.

Na pidi Deus pa i frianta bô corações, pa bô pudi continua n'dianta até fim sem ódio i intriga.

Politólogo Rachide Gorel Candé!

EUA e Reino Unido atacam mais de 30 alvos Hutis no Iémen... Alvos estarão espalhados por 13 localizações diferentes.

© Mohammed Hamoud/Anadolu via Getty Images

Notícias ao Minuto   03/02/24 

Os Estados Unidos e o Reino Unido atacaram 36 alvos do movimento rebelde Huti no Iémen, avançaram vários meios de comunicação social e confirmou este sábado o Pentágono, citado pela BBC.

Os alvos, espalhados por 13 localizações no país do Médio Oriente, estarão relacionados com "infraestruturas de armazenamento de armamento enterradas em profundidade, sistemas de mísseis e de lançamento, sistemas de defesa aérea e radares".

"Esta ação coletiva envia uma mensagem clara aos Hutis de que continuarão a sofrer novas consequências se não acabarem com os seus ataques ilegais a navios internacionais e navios de guerra", disse o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, em comunicado. "Não hesitaremos em defender vidas e o livre fluxo do comércio numa das vias navegáveis mais críticas do mundo", reiterou.

"Estes ataques têm como objetivo interromper e degradar ainda mais as capacidades dos Huthis, apoiados pelo Irão, para levarem a cabo os seus ataques imprudentes e desestabilizadores contra navios norte-americanos e internacionais que transitam legalmente no Mar Vermelho", afirmou o Pentágono em comunicado.

O Pentágono afirmou que foi apoiado nesta ação militar pela Austrália, Bahrein, Canadá, Dinamarca, Países Baixos e Nova Zelândia.

Neste sábado, os EUA anunciaram a realização de ataques a seis mísseis antinavios dos Hutis no Iémen, que estariam "prontos a ser lançados" contra navios no Mar Vermelho, em "legítima defesa".

O CENTCOM disse que identificou os mísseis de cruzeiro em áreas controladas pelos Huthis no Iémen, às 19h20 locais (16h20 em Lisboa) e "determinou que representavam uma ameaça iminente para os navios da Marinha dos Estados Unidos e navios mercantes na região".

"Esta ação protegerá a liberdade de navegação e tornará as águas internacionais mais seguras para a Marinha dos Estados Unidos e os navios mercantes", acrescentou.

O comando referiu ainda que sexta-feira, às 10h30 locais (07h30 em Lisboa), o contratorpedeiro USS Carney da Marinha dos Estados Unidos atacou e abateu um veículo aéreo não tripulado sobre o Golfo de Aden, uma operação em que "não foram registados feridos ou danos".

Algumas horas mais tarde, às 16h40 locais (13h40 em Lisboa), as forças do Comando Central dos Estados Unidos efetuaram ataques contra quatro UAVs Huthis que estavam prontos a ser lançados.

Outro ataque ocorreu às 21h20 horas (18h20 em Lisboa), quando o contratorpedeiro USS Laboon e os F/A-18 do Carrier Strike Group Dwight D. Eisenhower atacaram e abateram sete UAVs sobre o Mar Vermelho, sem registo de feridos ou danos.

Os Huthis, um grupo apoiado pelo Irão e considerado terrorista por Washington, levaram a cabo dezenas de ataques a navios comerciais no Mar Vermelho, em retaliação pela ofensiva de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza.

Os últimos ataques de retaliação contra o grupo iemenita, que aumentam as tensões no Médio Oriente, ocorreram no mesmo dia em que os Estados Unidos bombardearam dezenas de alvos no Iraque e na Síria, alegadamente ligados ao Irão, em retaliação pelo ataque com drones que matou três soldados americanos na semana passada.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse em comunicado que não procura um conflito no Médio Oriente, mas avisou que o seu país responderá com força a qualquer ataque.


Ilegalidade no PRS x Dias está tramado

Por Eng Santos Pereira

O presidente do Conselho nacional de jurisdição do Partido da Renovação Social (PRS), senhor Ilídio Viera Té, exige a realização do Congresso.

"O prazo da interinidade já passou há muito tempo, não podemos admitir esta tamanha ilegalidade" realçou.

Num comício popular com os militantes, simpatizantes e dirigentes do partido, residentes da região de Biombo, IVT apela os membros fundadores para não deixarem cair o PRS por causa da falta de maturidade política do presidente interino ultrapassado, Fernando Dias.

Em reação às acusações e ameaças proferidas pelo Fernando Dias, o presidente do Conselho de jurisdição alerta que cabe este órgão a competência de sancionar ou expulsar qualquer membro do partido.

"Até porque o conselho de jurisdição pode sancionar ou expulsar Fernando Dias por estar a cometer ilegalidades, sem reunir órgãos para tomar qualquer posição política" vincou.

Por último, Ilídio Viera Té, Deputado da Nação, igualmente Ministro das Finanças, afirma que 3 membros fundadores do PRS são da etnia papel, portanto, nada justifica a constante balantalização do partido.

Fernando Dias está sem saída, a única solução é o congresso, do contrário será brevemente expulso ou demitido pelo Conselho nacional de jurisdição.

Tudo indica que é o caminho que os membros fundadores têm para estancar a brutalidade da liderança de  Dias sem visão construtiva.

Eng. Santos Pereira

03/02/2024

SENEGAL: Demite-se secretário-geral do governo do Senegal

© Getty Images

POR LUSA   03/02/24 

O ministro secretário-geral do Governo senegalês, Abdou Latif Coulibaly, apresentou hoje a sua demissão, depois do chefe de Estado ter anunciado o adiamento indefinido das eleições presidenciais de 25 de fevereiro.

"Depois de tomar nota com muito cuidado do discurso [do Presidente do Senegal] dirigido ao povo senegalês, tomei a decisão de retirar todas as consequências disto tudo e de deixar o Governo", disse Coulibaly, em comunicado.

Coulibaly, um antigo jornalista de renome no Senegal e irmão de um dos juízes suspeitos de corrupção no caso invocado por Sall para adiar as eleições, referiu ter-se demitido para poder defender as suas opiniões e as suas convicções políticas.

E acrescentou: "Essa liberdade é essencial para mim neste momento".

O chefe de Estado senegalês, Macky Sall, anunciou hoje a revogação do decreto que fixava o dia 25 de fevereiro como data das eleições presidenciais no país, adiando "sine die" o ato eleitoral.

"Assinei o decreto de 03 de fevereiro de 2024 que revoga o decreto" de 26 de novembro de 2023 que fixava as eleições presidenciais para 25 de fevereiro de 2024, disse o Presidente senegalês num discurso à Nação, poucas horas antes do início da campanha eleitoral.

A decisão surge após a criação de uma comissão parlamentar que investiga dois juízes do Conselho Constitucional cuja integridade é contestada.



Leia Também: O líder da oposição senegalesa, Khalifa Sall, um dos principais candidatos anunciados à presidência do país, apelou hoje a todo o país para "se insurgir" contra o adiamento das eleições de dia 25, decretado pelo Presidente Macky Sall

GUINÉ-BISSAU: Líder do partido MADEM denuncia ditadura na Guiné-Bissau

© Lusa

POR LUSA  03/02/24 

O coordenador do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM -- G15), Braima Camará, denunciou hoje a ditadura na Guiné-Bissau ao reagir a uma situação com a polícia e militantes do seu partido no aeroporto de Bissau.

Vindo de Lisboa, onde esteve em visita privada nos últimos dias, Camará é visto num vídeo, divulgado nas redes sociais do MADEM-G15, a vociferar e a ser levado para fora do aeroporto por dirigentes do seu partido.

"Isso não é normal, é intolerante, vim para morrer no meu país. Basta, chega, isso é ditadura, não é possível", afirmou Braima Camará, que estava a ser puxado pelos braços por dirigentes do seu partido para uma viatura.

Uma fonte do MADEM disse à Lusa que pelo menos doze militantes do partido se encontram detidos na Segunda Esquadra, em Bissau, entre os quais um deputado.

Aqueles elementos estavam no aeroporto internacional Osvaldo Vieira quando Braima Camará chegou a Bissau.

Fonte da polícia disse à Lusa que aqueles elementos do MADEM "resistiram à ordem de dispersão" que lhes foi dada, momentos antes da aterragem do voo que trouxe o coordenador do partido.

O MADEM, formado na sua maioria por dissidentes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), faz parte do Governo de iniciativa do Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, que atualmente está no poder.

O partido, cofundado por Sissoco Embalo em 2018, apoiou o atual chefe de Estado para chegar à presidência da Guiné-Bissau nas eleições presidenciais de 2019.

A polícia guineense emitiu, no dia 16 de janeiro, uma ordem de proibição de quaisquer manifestações ou comícios públicos em decorrência de operações de busca e apreensão de armas de fogo em curso no país.

A Liga Guineense dos Direitos Humanos classifica a medida da polícia como violação "de forma mais vil alguma vez vista" da Constituição da Guiné-Bissau.



Leia Também: Portugal, Brasil, Cabo Verde e Guiné-Bissau juntos em operação antidrogas

As discordâncias e conflitos políticos não devem ser motivo para quebrar uma amizade de longa data... Antonio Iaia Seidi

Por Antonio Iaia SEidi

Caros irmãos;

Estou a apresentar-vos este texto de reflexão sem nenhum interesse, a não ser ver a reconciliação dos dois meus grandes amigos e Irmaos, refiro-me O Lider do MADEM G15, Sr. Braima Camara e a Sua Excelência O Presidente General Umaro Sissoco Embaló.

Um Apelo à União e Reconciliação para o Bem da Nação

Irmãos:

Como amigo próximo de ambos os lados, compreendo a importância de manter a estabilidade e união entre o líder do Madem-G15, Bramia Camara, e o Presidente Embaló. 

Neste texto, gostaria de aconselhar ambas as partes e pedir aos bons amigos de ambas as partes que promovam um encontro com o intuito de restaurar as relações saudáveis que um dia existiram. 

É essencial destacar que a desunião entre esses dois líderes pode trazer consequências negativas para a nação, minando o futuro político de ambos. 

Como um apelo especial, sugiro que o Ex-Presidente José Mário Vaz e o Ex-Primeiro Ministro Carlos Gomes Júnior, que assumam o papel de reconciliar esses dois Irmãos amigos de longa data.

Irmaos trago esta minha reflexão porque é notável que existe uma crispação entre Bramia Camara e o Presidente Embaló. No entanto, é crucial que ambas as partes reconheçam que a desunião apenas trará perdas para a nação da Guiné-Bissau. 

As discordâncias e conflitos políticos não devem ser motivo para quebrar uma amizade de longa data. Os dois líderes possuem um histórico de compreensão, cooperação e sucesso em suas trajetórias políticas, e é extremamente importante que isso seja preservado.

Nesse sentido, apelo aos bons amigos de ambas as partes para agirem como mediadores nesse momento tão delicado. 

Amigos verdadeiros são aqueles que conseguem colocar suas diferenças de lado, em prol de um bem maior. Convido esses amigos a promoverem um encontro entre Bramia Camara e o Presidente Embaló, proporcionando um espaço seguro e propício para a expressão de seus pontos de vista e sentimentos. 

Essa reunião tem como objetivo principal a reconciliação, recordando os momentos de união e compreendendo a importância de retomar essa amizade para o benefício da nação.

Ao apelar ao Ex-Presidente José Mário Vaz e ao ex-Primeiro Ministro Carlos Gomes Júnior, peço-lhes que assumam o papel de pacificadores e mediadores nesse processo de reconciliação, porque  ambos têm histórico comprovado de liderança e sabedoria política, e seu envolvimento neste momento crítico pode ser a chave para a resolução do conflito.

Sua experiência e conhecimento podem ajudar a reconstruir a confiança e restaurar a amizade entre Bramia Camara e o Presidente Embaló.

Para concluir entendo que, a união e a estabilidade política são fundamentais para o futuro da Guiné-Bissau. Como amigo e irmão  dos líderes Bramia Camará e o Presidente Embaló, sinto a necessidade urgente de aconselhar e apelar a ambos para que reconsiderem suas diferenças e priorizem a união em prol da nação. 

Convoco os bons amigos de ambas as partes para promoverem um encontro de reconciliação e recordarem o valor da amizade de longa data. Aos Ex-Presidente José Mário Vaz e ao ex-Primeiro Ministro Carlos Gomes Júnior, faço um apelo especial para que assumam o papel de mediadores e pacificadores nesse processo. Unidos, podemos garantir um futuro brilhante para a Guiné-Bissau.

Tambem neste texto trago um apelo à classe Política Nacional da Guiné-Bissau.

A amizade de longa data é um tesouro que deve ser valorizado e preservado. Assim como é essencial ter cuidado ao estabelecer novas amizades com interesses obscuros, essa mesma premissa se aplica à esfera política. 

É imprescindível que a classe política nacional da Guiné-Bissau compreenda a importância da estabilidade política para o país e para o bem-estar de sua população. 

Neste texto, realço a relevância de preservar uma amizade de longa data, ter cautela ao acolher novos amigos no cenário político e reconhecer o sacrifício dos verdadeiros amigos nos momentos mais desafiadores.

Uma amizade de longa data é um laço precioso que atravessa o tempo, repleto de experiências compartilhadas, confiança e apoio mútuo, da mesma forma, a estabilidade política é a base que sustenta toda a organização e progresso de uma nação. 

É preciso cautela para não deixar que interesses obscuros de novos amigos políticos minem essa estabilidade, comprometendo o bem-estar coletivo.

Ao adentrar o cenário político, é necessário analisar cuidadosamente as motivações e intenções dos indivíduos que se aproximam. 

É fundamental ter em mente que amigos políticos devem ser escolhidos com base em princípios sólidos e valores compartilhados, priorizando o bem comum da Guiné-Bissau.

Evitar amigos com interesses obscuros e que possam minar a amizade de longa data é uma forma de garantir que a estabilidade política seja preservada, promovendo um ambiente propício ao desenvolvimento e progresso.

Reconhecer o sacrifício dos amigos verdadeiros nos momentos mais difíceis é essencial para fortalecer a confiança e a continuidade dessas amizades. 

Da mesma forma, a classe política nacional deve valorizar aqueles que se empenham em defender e zelar pela estabilidade política da Guiné-Bissau. São esses amigos verdadeiros que estão dispostos a dar suas vidas pela causa, demonstrando um comprometimento profundo com a nação. 

É crucial que a classe política reconheça e valorize esses sacrifícios, buscando sempre soluções pacíficas e colaborativas para o bem estar da sociedade.

Para finalizar segundo a minha Conclusão, a estabilidade política é um fator fundamental para garantir o desenvolvimento e o progresso da Guiné-Bissau, assim como é importante preservar uma amizade de longa data, devemos ter cuidado ao estabelecer novos contatos políticos, garantindo que seus interesses não minem essa estabilidade tão essencial. 

É imprescindível reconhecer e valorizar os sacrifícios dos amigos verdadeiros que defendem a estabilidade política nos momentos mais desafiadores. 

A classe política nacional da Guiné-Bissau tem o poder de promover a estabilidade política necessária para o progresso do país, e é nosso dever lembrá-los constantemente dessa importância vital.

Obrigado.

Antonio Iaia Seidi.

sábado, 3 de fevereiro de 2024

ILÍDIO VIEIRA TÉ EXIGE DO PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DO PRS A MARCAÇÃO DO CONGRESSO

 
O deputado da nação eleito na lista do Partido da Renovação Social (PRS), Ilídio Vieira Té, exige do presidente interino do PRS a marcação da data da realização do congresso para a escolha de novo presidente do partido, na sequência da vacatura deixada pelo defunto Presidente Alberto Nbunhe Nambeia.

“É chegada a hora de realizarmos o congresso. O cálculo de realizar o congresso em 2025, ouvimo-lo. Nós vamos assumir a nossa responsabilidade, enquanto Presidente do Conselho de Jurisdição e nem vamos convidar alguém para marcar o congresso, vamos exigir que marquem a data do congresso, porque a lei é que disse que a interinidade tem limites” atirou Ilídio Vieira Té, num comício popular realizado na tarde do sábado, 03 de fevereiro de 2024, no Reino de Tor, na região de Biombo.

Nesta que é a primeira aparição pública de vários dirigentes do PRS, entre os quais os vice-presidentes Orlando Mendes Veigas, Edineusa da Cruz Figueiredo, o secretário-geral adjunto, Félix Nandungue, assim como Certório Biote, Dionísio Kabi, Maria Inácia Có Sanhá, Lamine Sonco, Morna Nhanco, Roberto Metcha, Fransual Dias e Mônica Buaro, que contestam a liderança de Fernando Dias, o também Ministro das Finanças ameaça revelar como Fernando Dias chegou a Presidente em Exercício do PRS.

“Se as pessoas insistirem, vamos explicar como é que o Presidente Nambeia assinou aquele despacho [de indicação de Fernando Dias para Presidente em Exercício do PRS]. Não estiquemos a corda. Não estamos a fazer nenhuma ameaça, mas estamos a fazer advertência positiva, porque entendemos que o PRS não pode ser estragado” avisou, tendo apelado aos “veteranos” que estavam no comício popular a não deixarem o partido desaparecer no cenário político nacional.

“Não estamos contra Fernando Dias, mas estamos contra como o partido está a ser dirigido. As decisões são tomadas sem consulta aos órgãos do partido. Não estamos contra o acordo assinado com a APU-PDGB, mas estamos contra a forma como o assunto foi tratado. Se são estes pronunciamentos que lhes levam a perseguirem-nos, então que continuem. Estamos a espera deles” insistiu, avisando que “podem fazer todo o tipo de calunias, estamos dispostos a sacrificarmo-nos pelo partido”.

Ilídio Vieira Té denunciou que terá sido perseguido pela atual liderança do partido, apesar do trabalho feito para que o partido elegesse dois de três mandatos no círculo eleitoral 9.

“Cheguei ao Parlamento, não fui tido nem achado. Não desempenhei nenhuma função. Isso é justo?! Deve-se reconhecer quem trabalha. Porque é que estão a perseguir-me? Ouvi dizer que vão nos instaurar um processo. Eu sou o presidente do conselho de jurisdição eleito no congresso. Não fui nomeado por despacho. Eu é que vou instaurar o processo contra alguém” disse, afirmando que o grupo que contesta a liderança de Fernando Dias não vai permitir que o partido seja estragado, ou que alguém faça o partido a sua propriedade privada. 

“Não vamos permitir desordem dentro do PRS. Quem quiser criar desordem que a faça na casa dele e na família, não no PRS. O nosso objetivo é salvar o PRS” disse, num tom de revolta.

“Nós estamos disponíveis dia e noite. Que venham como quiserem. Disse, que nem o meu cabelo vai cair. Quem pensar que tem o que tem, nós também temos o que temos. Como alguém disse, Nino Vieira é o único que morreu sem que nada acontecesse aos mandantes. Vou dizer-vos, se uma roda do meu carro tiver furo, as de outra pessoa ou pessoas vão ter 4 furos. Este partido não é para exibir quem tem forças. É um partido de diálogo, como Koumba e Nambeia nos ensinaram. Será que tivemos confusões no tempo de Nambeia? Chegaram de ouvir Nambeia a ameaçar pessoas?” questionou, mandando recado ao Presidente Interino para “parar com ameaças e que este não pode ameaçar toda gente. 

“Se eu vir uma página de insultos contra nós nas redes sociais, haverá respostas adequadas e contundentes, porque conhecemos os modus operandi de gente [no partido]. O PRS não está bem. O PRS foi despejado. Não podemos falar sobre isso? Mas avisamos que ouvimos todas as conversas deles. Ouvimos o recado de que as pessoas que vieram a Biombo vão ser sancionadas. Vamos esperar a sanção. Eu é que sanciono as pessoas, porque sou o Presidente do Conselho de Jurisdição. Se alguém continuar vou sancioná-lo”, insistiu, afirmando que um líder congrega as pessoas e não as divide e disse que a atual liderança não pode abrir guerra contra toda a gente no partido. 
Por: Tiago Seide



PAI - TERRA RANKA : COMUNICADO

A Plataforma da Aliança Inclusiva (PAI-Terra Ranka) reagiu à detenção dos dirigentes do Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15) ocorrida hoje, dia 3, e condena o ato “de forma veemente” e exige a libertação imediata dos presos.👇

A JAAC manifesta a sua solidariedade aos militantes do MADEM-G15, condena veementemente a tentativa de instalação de uma Ditadura Absolutista na Guiné-Bissau e está sempre a disposição para lutar para afirmação de um verdadeiro Estado de Direito e Democrático na República da da Guiné-Bissau.

𝐀 𝐋𝐆𝐃𝐇 𝐄𝐗𝐈𝐆𝐄 𝐀 𝐋𝐈𝐁𝐄𝐑𝐓𝐀ÇÃ𝐎 𝐈𝐌𝐄𝐃𝐈𝐀𝐓𝐀 𝐄 𝐈𝐍𝐂𝐎𝐍𝐃𝐈𝐂𝐈𝐎𝐍𝐀𝐋 𝐃𝐎𝐒 𝐃𝐄𝐓𝐈𝐃𝐎𝐒!

 LGDH - Liga Guineense dos Direitos Humanos 

A LGDH acompanha com bastante preocupação as informações que dão conta das detenções abusivas e ilegais de 12 dirigentes do partido MADEM G-15 entre os quais o Deputado Bamba Banjai, cometidas hoje, dia 03 de fevereiro de 2024, pelas forças de segurança do governo de iniciativa presidencial no recinto do Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira. 

Este ato arbitrário vem se juntar a tantos outros que têm sido praticados pelo Ministério do Interior liderado pelos Senhores. Botche Candé e José Carlos Macedo Monteiro, no quadro de cumprimento de “Ordens Superiores”, configurando estas uma estratégia ditatorial de confiscar os direitos e liberdades fundamentais constitucionalmente assegurados à todos os cidadãos. 

A LGDH condena mais uma vez estas detenções ilegais e abusivas e exige a libertação imediata e incondicional dos mesmos. 

A Liga responsabiliza ainda os Senhores Botche Candé e José Carlos Macedo Monteiro pelas consequências das suas sistemáticas ações de detenções arbitrárias, suspensão da liberdade de manifestação, intimidações das vozes discordantes e perseguições dos jornalistas. 

A Liga denuncia ainda a transformação do Ministério do Interior num santuário de ilegalidades com o único propósito de instalar o medo generalizado no país e por conseguinte consolidar o autoritarismo. 

Por fim, a Liga exige a intervenção imediata do Sr. Presidente da República, enquanto entidade de quem emana este governo, nos sentido de estancar estas práticas abusivas que em nada abona para a imagem e o prestígio dos órgãos do poder político da Guiné-Bissau. 

Pela Paz, justiça e Direitos Humanos!

DIRIGENTES DO MADEM-15 DETIDOS NA SEGUNDA ESQUADRA

Por Umaro Djau

Estimados compatriotas,

É com um profundo choque que vos informo que neste preciso momento, 16 horas da Guiné-Bissau, encontram-se detidos doze (12) dirigentes do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM G-15), na Segunda Esquadra da Polícia sita em Bissau.

Dentre os detidos, encontra-se o Deputado da Nação, Dr. Bamba Banjai.

A detenção de Bamba Banjai constitui uma violação flagrante do Artigo 82º da Constituição da República da Guiné-Bissau, violando assim, a sua imunidade parlamentar. Este e mais outros recentes episódios representam graves violações ao Estado de Direito Constitucional.

Neste momento de extrema sensibilidade política e social, exijo, na qualidade de um Deputado da Nação, a mais urgente libertação de todos estes dirigentes do MADEM G-15 que foram indevida e injustamente detidos pelas autoridades policiais do país.

Em nome da liberdade, justiça e da democracia,

--Umaro Djau

Deputado da Nação/Grupo Parlamentar do MADEM G-15

Governo, através dos Ministros do Comércio e da Economia visitaram hoje os armazéns das empresas ADG e CRTRADING para se inteirar do stok do arroz e garantir o abestecimento regular do mercado a um preço de 17.500 fcfa para Arroz Nhelem e 22.500 para Arroz Supremo.

 

@Radio Voz Do Povo

Os Novos orgãos sociais da Associação de Comerciantes Organizados em Defesa da Comercialização dos produtos nacionais e pescado, tomaram posse hoje, sábado (03.02), no um dos hotéis em Bissau.


@Radio Voz Do Povo

SENEGAL: O chefe de Estado senegalês, Macky Sall, anunciou hoje a revogação do decreto que fixava o dia 25 de fevereiro como data das eleições presidenciais no país, adiando "sine die" o ato eleitoral.

© Lusa

POR LUSA   03/02/24 

 Presidente do Senegal adia 'sine die' data das eleições presidenciais

O chefe de Estado senegalês, Macky Sall, anunciou hoje a revogação do decreto que fixava o dia 25 de fevereiro como data das eleições presidenciais no país, adiando "sine die" o ato eleitoral.

Adecisão surge após a criação de uma comissão parlamentar que investiga dois juízes do Conselho Constitucional cuja integridade no processo eleitoral é contestada.

"Assinei o decreto de 03 de fevereiro de 2024 que revoga o decreto" de 26 de novembro de 2023 que fixava as eleições presidenciais para 25 de fevereiro de 2024, disse o Presidente senegalês num discurso à Nação, poucas horas antes da abertura dos trabalhos do Congresso.

Às presidenciais no Senegal deveriam concorrer 20 candidatos, entre os quais dois líderes da oposição.


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CHEGADA DE COORDENADOR NACIONAL DE MADEM-G15, BRAIMA CAMARA À GUINÉ BISSAU... 03 DE FEVEREIRO DE 2024

"Caros camaradas militantes e simpatizantes do MADEM-G15, aproveitamos esta oportunidade para informar que alguns dos nossos dirigentes e membros da coordenação nacional da Juventude, que se encontram no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, neste preciso momento, para receber o Coordenador Nacional Braima Camará foram presos, infelizmente."...G15-COMUNICAÇÃO-JUADEM


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"Não é normal, é intolerável, veio para morrer no meu país basta, basta, isto é uma ditadura," disse o líder do MADEM-G15 no aeroporto internacional Osvaldo Vieira.👇

SENEGAL: Partido da oposição senegalesa pede o adiamento das eleições de fevereiro

© Reuters

POR LUSA   03/02/24 

O partido do opositor senegalês Karim Wade, cuja candidatura às eleições presidenciais de 25 de fevereiro foi rejeitada pelo Conselho Constitucional, pediu o adiamento do sufrágio alegando graves falhas no processo eleitoral.

O Partido Democrático Senegalês (PDS) anunciou, num comunicado divulgado na noite de sexta-feira, uma "proposta de lei" para adiar as eleições, com o objetivo de "preservar a integridade e a transparência do processo eleitoral senegalês".

"A nossa iniciativa parlamentar é motivada pelos inúmeros incidentes e desafios que distorceram o processo eleitoral, colocando em evidência disfunções graves", afirmou o PDS.

A formação denunciou a "eliminação arbitrária de candidatos" das listas eleitorais, levando ao completo descrédito da democracia e das instituições no Senegal, país vizinho da Guiné-Bissau.

Assim, embora não tenha fixado uma data específica, o PDS propôs que a votação fosse adiada no máximo em seis meses, algo inédito na história democrática do Senegal desde a sua independência de França em 1960.

"Este projeto de lei permitirá reparar os danos sofridos por mais de 40 candidatos rejeitados nestas eleições presidenciais", disse o próprio Karim Wade, filho do antigo Presidente Abdoulaye Wade (2000-2012), na rede social X.

O PDS fez este pedido depois de o Conselho Constitucional, órgão que tem a palavra final sobre as candidaturas presidenciais, ter publicado no dia 20 de janeiro a lista final, que incluía apenas 20 das 93 candidaturas inicialmente apresentadas.

Ficaram de fora, entre outros, Karim Wade e o principal líder da oposição no país, Ousmane Sonko.

Wade anunciou então que iria tomar "ações legais perante os tribunais internacionais", incluindo o Tribunal de Justiça da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

Também a defesa de Sonko, cuja candidatura foi considerada incompleta pelo Conselho Constitucional, já tinha garantido anteriormente à agência de notícia EFE que apresentaria recurso caso não fosse incluído na lista.

Desde a sua detenção em julho passado, o líder da oposição, de 49 anos, está privado de liberdade e imerso numa batalha judicial para poder participar nas eleições. As autoridades acusam-no, entre outras coisas, de apelar à insurreição, de ataque à segurança do Estado e de associação criminosa com uma organização terrorista.

Em 03 de julho, o Presidente senegalês Macky Sall -- no poder desde 2012 -- confirmou oficialmente que não iria tentar um terceiro mandato nas eleições e, em setembro, nomeou o atual primeiro-ministro, Amadou Ba, como candidato da coligação Yaakaar (Unidos pela Esperança, na língua wolof).



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FRANÇA: Três feridos em ataque com faca na Gare de Lyon, em Paris... De acordo com a polícia, já foi detido o suspeito do ataque.

© Getty Images

Notícias ao Minuto   03/02/24 

Um ataque com faca na Gare de Lyon, em Paris, França, neste sábado, deixou três pessoas feridas, uma das quais com gravidade.

De acordo com a polícia, citada pela Reuters, já foi detido o suspeito do ataque na estação ferroviária.

Duas das vítimas sofreram ferimentos leves, enquanto a terceira ficou gravemente ferida, mas não está em perigo de vida, acrescentaram as autoridades.

Desconhece, para já, os motivos do ataque.

Agricultores? 22 países registaram 1.600 protestos desde novembro

© SAMEER AL-DOUMY/AFP via Getty Images

POR LUSA  03/02/24 

Desde novembro que 22 países europeus, como Alemanha, França ou Polónia, registaram mais de 1.600 protestos de agricultores, sendo que em janeiro representaram 40% do total das manifestações, de acordo o projeto de registo de conflitos ACLED.

Uma infografia elaborada por esta organização destacou hoje que as exigências dos agricultores por mais proteção económica e menos regulamentação levaram a um aumento de protestos em toda a Europa nos últimos três meses, e especialmente nas últimas três semanas.

"Inicialmente proeminente em conjunto com os protestos dos camionistas ao longo da fronteira da Polónia com a Ucrânia em novembro e dezembro de 2023, desde então, os protestos dos agricultores envolveram a Alemanha e a França, com protestos semelhantes realizados em todo o continente", sublinham nesta análise sobre os protestos, que também se registam em Portugal desde quinta-feira.

As manifestações afetaram 22 países europeus desde novembro, sendo que ocorreram 1.600 eventos relacionados com os agricultores.

Só em janeiro, estas manifestações representaram mais de 40% dos protestos na Europa, sendo que a Alemanha registou 630 eventos e a França 330.

A infografia concentra dados de países como a Alemanha, França, Polónia, Roménia, Bélgica, Países Baixos, Irlanda ou Itália.

De acordo com a ACLED, os protestos na Alemanha ocorreram de forma homogénea em todo o país, contra os cortes nos subsídios públicos e a eliminação gradual da redução do imposto sobre o gasóleo para os agricultores.

Em França as manifestações também se registam de norte a sul e impulsionaram um conjunto de protestos por toda a Europa, que se prolongam desde meados de janeiro.

Os agricultores franceses reivindicam a flexibilização da Política Agrícola Comum (PAC), alegam estar abandonados e criticam a falta de clareza nas políticas públicas, numa altura em que se debatem com a escalada do preço dos fatores de produção.

Na Polónia, os protestos têm-se concentrado na fronteira junto à Ucrânia, em exigência de políticas de proteção contra as importações de produtos agrícolas ucranianos mais baratos, enquanto na Roménia, os agricultores juntaram-se aos camionistas e bloquearam as principais estradas em janeiro, reivindicando impostos mais baixos e subsídios para o setor, ainda de acordo com a infografia.

A Comissão Europeia vai preparar uma proposta para a redução de encargos administrativos dos agricultores, que será debatida pelos 27 Estados-membros a 26 de fevereiro.

O porta-voz do executivo comunitário para a Agricultura, Olof Gille, defendeu hoje que a simplificação é uma "prioridade máxima" da PAC e a chave do pacote que será apresentado para reduzir os encargos administrativos dos agricultores.

A CAP acabou de ser revista para o período 2023-2027, tendo introduzido os planos estratégicos nacionais, que dão mais margem de manobra aos Estados-membros na definição dos regimes e programas para ajudar os seus agricultores, nomeadamente para o cumprimento de metas climáticas ou de segurança alimentar.

A situação da agricultura na UE ganhou uma grande visibilidade com os recentes protestos que mobilizaram milhares de agricultores em vários Estados-membros, incluindo Portugal, com fecho de fronteiras e cortes de estradas.

Os agricultores europeus saíram à rua nas últimas semanas, bloqueando estradas com tratores e fardos de palha, exigindo a flexibilização da PAC e mais apoios para o setor, em ações que já levaram os governos a adotar novas medidas.

Em Portugal, os protestos são organizados pelo Movimento Civil de Agricultores e o Governo avançou com um pacote de ajuda de mais de 400 milhões de euros destinados a mitigar o impacto provocado pela seca e a reforçar o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC), garantindo que a maior parte das medidas entra em vigor este mês, com exceção das que estão dependentes de 'luz verde' de Bruxelas.


SENEGAL: Começa campanha eleitoral para presidenciais de 25 de fevereiro no Senegal

© Damian Lemaski/Bloomberg via Getty Images

POR LUSA   03/02/24 

A campanha eleitoral para as eleições presidenciais do próximo dia 25 no Senegal começa hoje, com 20 candidatos aprovados pelo Conselho Constitucional a concorrerem à sucessão de Macky Sall, impedido pela Constituição de se recandidatar a um terceiro mandato.

O Conselho Constitucional é um órgão essencial no processo eleitoral no Senegal, com a responsabilidade de proclamar os resultados das eleições presidenciais e decidir acerca de eventuais impugnações.

De fora da corrida ficaram Ousmane Sonko, popular figura da oposição e com grande apoio entre o eleitorado mais jovem, e Karim Wade, filho do ex-Presidente Abdoulaye Wade (2000-2012).

Desde a sua detenção em julho, Sonko tem estado envolvido numa batalha judicial para participar nas eleições.

As autoridades acusam-no, entre outros crimes, de incitar à insurreição, de atentar contra a segurança do Estado e de associação a uma empresa terrorista.

Antecipando a impossibilidade de Sonko concorrer às eleições, os membros do seu partido, Patriotas do Senegal para o Trabalho, a Ética e a Fraternidade (Pastef, na sigla em francês), nomearam como candidato um outro homem forte do partido, Bassirou Diomaye Faye, que também se encontra atualmente preso por desacato em tribunal, difamação e divulgação de notícias falsas.

Em 03 de julho de 2023, o Presidente do Senegal, Macky Sall, no poder desde 2012, confirmou oficialmente que não se candidataria a um controverso terceiro mandato.

Em setembro, o Presidente nomeou Amadou Ba, o atual primeiro-ministro, como candidato da coligação no poder.



Leia Também: Sete mortos e vários feridos em desabamento de edifício em Dacar

NEGÓCIOS ESTRANGEIROS: Ministros da UE avaliam apoio à Ucrânia e relações com África

© Lusa

POR LUSA   03/02/24

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) estão hoje em Bruxelas para discutir a continuidade do apoio à Ucrânia, analisar uma maneira de diminuir as tensões no Médio Oriente e reenquadrar as relações com África.

A reunião informal, intitulada Gymnich por causa da primeira reunião, há 50 anos no Castelo Gymnich Erftstadt, na Alemanha, tem início a partir das 09h30 locais (08h30 em Lisboa) e o ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, vai participar no encontro.

Praticamente dois anos depois do início da invasão russa da Ucrânia, os governantes com a pasta da diplomacia dos 27 da UE irão avaliar o apoio prestado a Kiev e analisar como é que podem resolver as lacunas que persistem, nomeadamente a incapacidade de entregar munições de artilharia atempadamente.

Em março de 2023, a UE comprometeu-se, também durante uma reunião Gymnich, em desenhar um plano para entregar até março de 2024 um milhão de munições de 155 milímetros à Ucrânia, que são as mais utilizadas pela infantaria ucraniana e pelo armamento que dispõe para tentar repelir as forças russas no território ocupado.

No entanto, até novembro de 2023, a UE apenas tinha conseguido pouco mais de 30% do objetivo e no início deste ano o próprio ministro João Gomes Cravinho admitiu que o bloco europeu ia falhar a promessa que fez.

O enfoque mudou, entretanto, e agora os 27 comprometeram-se com a mesma cifra mas até ao final do ano.

Em simultâneo, o incentivo para produzir e comprar mais munições é para fazer a reposição do armazenamento dos países da UE, depauperado desde o início da guerra na Ucrânia para corresponder às necessidades do exército ucraniano.

A compra conjunta de munições é um caminho viável, mas várias fontes diplomáticas e de Defesa têm insistido que tão ou mais importante é reforçar a capacidade industrial de cada um dos países.

As tensões no Médio Oriente, reacendidas com a incursão militar israelita no território palestiniano da Faixa de Gaza, também serão alvo de discussão entre os governantes, nomeadamente uma maneira de assegurar um cessar-fogo, ainda que haja países a preferir uma terminologia diferente, como "pausas humanitárias", e também o financiamento que alguns países da UE, como a Alemanha, cortaram à agência das Nações Unidas que apoia os refugiados palestinianos (UNRWA, na sigla em inglês).

O alegado envolvimento de alguns funcionários dessa agência nos ataques perpetrados pelo grupo islamita palestiniano Hamas no sul de Israel a 07 de outubro está na origem da suspensão do financiamento de alguns países europeus, apesar de a UE (como instituição) ter referido que, para já, vai continuar a apoiar.

A decisão de alguns países foi indiretamente criticada pelo alto-representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell.

A reunião Gymnich, que se realiza no âmbito da presidência semestral belga do Conselho da UE, vai também abordar o reenquadramento das relações UE-África.

A presidência da Bélgica quer avançar com as conclusões da última cimeira entre as duas regiões, em fevereiro de 2022.

Numa altura em que grupos externos, como os mercenários da Wagner, estão a ganhar peso no continente africano, a UE quer olhar para um polo que pode trazer benefícios na cooperação político-económica, mas também ser um problema se outros atores da cena internacional, nomeadamente Moscovo e Pequim, encarados como concorrentes de Bruxelas, se anteciparem na região.