quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Nuno Nabiam despede dos funcionários do palácio do Governo.

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#Revisão_Constitucional é o tema mais quente neste segundo Dia de Trabalho da Iª Sessão Extraordinária da ANP da Décima Primeira Legislatura_2023.

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Presidente do MSD, manifestou vontade de trabalhar com o novo governo da coligação inclusiva PAI Terra Ranka

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Fábrica de Moscovo onde ocorreu explosão produz componentes para as forças de segurança russas

Explosão na Zagorsk Optical-Mechanical Plant, em Moscovo (Reprodução KyivPost)

Por  CNN Portugal,   09/08/23

Zagorsk Optical-Mechanical Plant produz equipamento ótico para aplicações industriais e de saúde. Para já, a agência TASS diz que está descartada a hipótese de se ter sido usado um drone ou de se ter tratado de um ataque ucraniano

Uma explosão numa fábrica de ótica e ótica eletrónica na cidade de Sergiev Posad, a 50 quilómetros de Moscovo, feriu pelo menos 45 pessoas, segundo as autoridades locais, citadas pela agência Reuters.

Do total de feridos, 23 pessoas deram entrada no hospital, incluindo seis que se encontram agora nos cuidados intensivos, segundo a autarquia local. Foram preparadas 40 camas no hospital local para receber eventuais novas vítimas, uma vez que os trabalhos de resgate ainda decorrem.

A fábrica em causa, a Zagorsk Optical-Mechanical Plant, produz equipamento ótico para aplicações industriais e de saúde, bem como para as para as forças de segurança russas.

Apesar de ainda não haver informações concretas sobre a causa da explosão, a agência dá conta que a imprensa russa diz que se tratou de uma explosão no armazém que continha equipamento pirotécnico, armazém esse que tinha sido recentemente alugado por uma empresa de pirotecnia que não foi identificada.

Para já, a agência TASS diz que está descartada a hipótese de se ter sido usado um drone ou de se ter tratado de um ataque ucraniano.


Leia Também: Uma explosão num armazém de pirotecnia numa cidade perto de Moscovo provocou hoje 45 feridos, seis dos quais foram hospitalizados em estado grave, anunciaram as autoridades russas

NÍGER: Ex-ministro do Níger anuncia criação de Conselho de Resistência

© Getty Images

POR LUSA   09/08/23 

O ex-ministro da Presidência do Níger Rhissa Ag Boula anunciou a criação de um Conselho de Resistência da República (CRR) para restabelecer a ordem constitucional e o Presidente deposto, Mohamed Bazoum, pedindo a detenção do líder do golpe.

A CRR condenou a criação da junta militar, denominada Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria (CNSP), criticou a "recusa categórica da junta em estabelecer um diálogo construtivo" e deplorou a "prática infame da manipulação de massas", bem como "a utilização de civis como milícias e a tentação de recorrer a mercenários, criminosos de guerra sob o nome de Grupo Wagner".

Depois de criticar a implementação "de ditaduras militares na região" - em referência ao Mali e ao Burkina Faso, que manifestaram o seu apoio aos líderes golpistas - o CRR está convencido da "necessidade de mobilizar todos os democratas sinceros para bloquear este projeto nefasto de instaurar em África, e atualmente no Níger, um modelo de governo distante de toda a democracia e liberdade".

"No dia 26 de julho de 2023, nas primeiras horas do dia, o nosso país, o Níger, foi vítima de uma tragédia orquestrada por aqueles que, no entanto, são responsáveis pela sua preservação. Com efeito, a ignomínia e a traição serviram de trampolim para as ações inqualificáveis do chefe da Guarda Presidencial, essencialmente responsável pela segurança do Presidente", lê-se num comunicado.

O comunicado salienta que o chefe da Guarda Presidencial, Abdourahamane Tiani, agora líder do país após o golpe de Estado, "conseguiu rodear-se de um segundo círculo de homens fardados com os quais atacou a República e as suas instituições", justificando "a sua entrada na cena política com pretextos falaciosos e grotescos relacionados com a governação e a gestão da segurança".

A este respeito, apelou "aos militares que respeitam o seu juramento e o povo para que ponham termo ao motim e procedam, sem demora, à detenção do General Tiani", advertindo que o CRR utilizará "todos os meios" para fazer face a qualquer "prática de questionamento das escolhas do povo por militares irresponsáveis".

Também indicou que o Conselho de Resistência "já dá o seu apoio inabalável" à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e aos seus parceiros internacionais para "a intervenção planeada para assegurar o regresso à ordem constitucional no Níger e permanece à sua inteira disposição".

Rhissa Ag Boula, antigo líder rebelde tuaregue, sublinhou, no entanto, que "este episódio lamentável" surge numa altura em que a estabilidade política e social se instalou no país "graças ao diálogo sincero" do Presidente "com todos os estratos", numa altura em que "as perspetivas são brilhantes para a exploração das riquezas" e em que a situação de segurança "melhorou" devido à inclusão e à abertura em relação aos rebeldes.

"Quando todos os indicadores estavam no verde. Por conveniência pessoal e inebriado pelo poder da sua posição de guarda-costas do Presidente, Tiani decidiu trair o seu juramento e a confiança nele depositada, atacando o país e as suas instituições", lamentou o antigo ministro da Presidência.

A CEDEAO tinha dado à junta golpista um prazo até domingo para restabelecer a ordem constitucional, sem excluir a possibilidade de uma ação armada para atingir esse objetivo, proposta que levou o Mali e o Burkina Faso, países também sob o controlo de uma junta militar, a avisar que tomariam essa ação como uma declaração de guerra e ajudariam o Níger a defender-se.

Também a Guiné alertou para os malefícios dos conflitos armados e anunciou que não iria aderir às sanções.

Na sequência do ultimato, o organismo regional convocou uma nova cimeira extraordinária para quinta-feira, em Abuja, capital da Nigéria, impondo simultaneamente novas sanções contra indivíduos e organizações ligados à junta golpista.

A ONU apoia o trabalho deste bloco, tal como os países da comunidade internacional, como os Estados Unidos, que, no entanto, iniciaram os seus próprios contactos, e a França.

A junta não deu sinais de reverter as suas medidas e anunciou novas nomeações políticas.


Leia Também: Níger? Bloco da África Ocidental confirma que golpistas recusaram visita

Níger? Bloco da África Ocidental confirma que golpistas recusaram visita

POR LUSA   09/08/23 

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) confirmou hoje que não pôde reunir-se na terça-feira no Níger com a junta golpista do país, que rejeitou a visita de representantes do bloco, da União Africana (UA) e da ONU.

"A missão foi cancelada depois de um comunicado das autoridades militares do Níger, enviado a altas horas da noite, ter indicado que não podiam receber a delegação tripartida", afirmou a CEDEAO, num comunicado divulgado na terça-feira à noite.

A missão "inscreve-se nos esforços em curso para encontrar uma solução pacífica para a atual crise no Níger", acrescentou o bloco da África Ocidental, que desde 30 de julho considera a possibilidade de uma intervenção militar contra a junta golpista, caso esta não restitua ao poder o Presidente deposto, Mohamed Bazoum.

No comunicado, o bloco da África Ocidental garante que irá prosseguir todos os esforços "para repor a ordem constitucional" naquele país.

Uma fonte do autodenominado Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria (CNSP), responsável pelo golpe, disse à agência de notícias EFE que a junta considera a missão da CEDEAO "inútil", uma vez que a sua posição "é conhecida" sobre a situação no Níger.

A fonte criticou as sanções financeiras e comerciais impostas pelo bloco regional, bem como a ameaça de ação militar se a ordem constitucional não for restabelecida.

Na quinta-feira, os chefes de Estado da CEDEAO reunir-se-ão numa segunda cimeira extraordinária sobre o Níger para decidir os próximos passos a dar, depois de o seu ultimato de sete dias para que os líderes do golpe de Estado se retirem ter expirado no domingo.

Até agora, a junta do Níger ignorou as ameaças da organização e, para além de ter nomeado um novo primeiro-ministro, reforçado as suas Forças Armadas e fechado o seu espaço aéreo, avisou que o uso da força será objeto de uma resposta "instantânea" e "enérgica".

Uma eventual ação militar dividiu o continente, com os governos da Nigéria, do Benim, da Costa do Marfim e do Senegal a confirmarem claramente a disponibilidade dos seus exércitos para intervir em território nigerino.

No outro extremo, o Mali e o Burkina Faso, países próximos de Moscovo e governados por juntas militares, opõem-se ao uso da força e argumentam que qualquer intervenção no Níger equivaleria a uma declaração de guerra também contra eles.

O golpe de Estado no Níger foi liderado, em 26 de julho, pelo autodenominado Conselho Nacional de Salvaguarda da Pátria (CLSP), que anunciou a destituição do Presidente, a suspensão das instituições, o encerramento das fronteiras (que foram posteriormente reabertas) e um recolher obrigatório noturno até nova ordem.

O Níger tornou-se assim o quarto país da África Ocidental a ser dirigido por uma junta militar, depois do Mali, da Guiné-Conacri e do Burkina Faso, onde também se registaram golpes de Estado entre 2020 e 2022.

A CEDEAO integra os lusófonos Cabo Verde e Guiné-Bissau, além do Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné-Conacri, Libéria, Mali, Mauritânia, Níger, Nigéria, Serra Leoa, Senegal e Togo.



Liberdade de religião no Quénia em debate

As autoridades quenianas exumaram mais de 400 corpos de campas rasas ligadas a um culto cujo líder é acusado de pedir aos seus seguidores que morram à fome. A tragédia provocou um debate no Quénia sobre a forma de proteger a liberdade religiosa e a vida dos fiéis.

Por VOA Português 

Mais de 100 médicos ucranianos mortos em ataques russos, revela ativista

© SARAH PACK/MUSC

POR LUSA  09/08/23 

As tropas russas danificaram mais de 1.300 hospitais ucranianos, destruíram cerca de 550, feriram centenas de profissionais médicos e mataram mais de 100 médicos, no primeiro ano da guerra, segundo a médica e ativista russa Olesya Vinnyk.

"Isso afeta o nosso desempenho profissional e traz novos desafios ao sistema de saúde", salientou a ativista em entrevista à Lusa em Lisboa, relatando que na frente de batalha as equipas médicas estão há quase 18 meses a "trabalhar no limite".

"A cada minuto, uma vida está em jogo. Existem lutas em muitos níveis diferentes, começando com a mudança profissional de funções, a falta de equipamento médico adequado e até situações de esgotamento", destacou Vinnyk.

Ataques atribuídos às forças russas como o que atingiu recentemente duas vezes, num espaço de 72 horas, o mesmo hospital em Kherson, no sul da Ucrânia, cidade que Kyiv reconquistou a Moscovo, fazem continuamente temer pela segurança de civis e profissionais de saúde, afirma Olesya Vinnyk.

Os ataques russos a infraestruturas civis requerem "esforços adicionais" por parte das organizações de apoio, contou a médica ucraniana, que pediu também "uma reação internacional adequada às ações das Forças Armadas da Federação Russa".

Olesya Vinnyk, de 32 anos, é responsável por uma iniciativa médica integrada na ação global "Unite with Ukraine", da organização não-governamental (ONG) Ukrainian World Congress (UWC), que representa 20 milhões de ucranianos em 65 países.

A ativista ucraniana esteve em Lisboa para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), onde participou como palestrante no Encontro Internacional de Jovens Médicos Católicos e manteve encontros com a diáspora ucraniana em Portugal.

Na área da saúde, a aproximação da Ucrânia ao Ocidente permite "mais educação, mais oportunidades, mais inovações e mais vidas salvas", realçou.

"Os médicos ucranianos estão ansiosos para aprender, mudar e evoluir" o seu sistema de saúde, mas Olesya Vinnyk destacou também que "a sociedade médica ucraniana pode ensinar muito" colegas de outros países.

"Temos uma experiência extraordinária que queremos analisar e partilhar com os médicos de todo o mundo", apontou.

Ainda sobre a aproximação de Kyiv ao Ocidente, Olesya Vinnyk lembrou que a guerra começou pelo "desejo da Ucrânia de aderir às ideologias liberais ocidentais".

"Durante muitas gerações, entendemos que o nosso caminho difere do modo de pensar russo e pós-soviético. Hoje em dia, enquanto os russos lutam pela ressurreição do seu efémero império do passado, a Ucrânia luta para que o nosso futuro se alinhe com o mundo civilizado. Estamos cientes dos nossos problemas de crescimento, mas estamos dispostos a trabalhar duramente neles", garantiu.

A necessidade de lembrar que a Ucrânia "continua a lutar" e que é preciso "apoio médico mais do que nunca", faz Olesya Vinnyk percorrer países na divulgação da sua organização.

"Tenho orgulho em dizer que temos milhares de vidas salvas simplesmente porque os nossos médicos tiveram um equipamento adequado nas suas mãos num momento específico. Também será bom saber na fase de reconstrução que há alguém na Ucrânia em quem alguém pode confiar", sublinhou.

"Como médica e coordenadora médica da UWC, encorajo todos a contribuírem com equipamentos médicos táticos e a cooperar connosco na área da saúde", acrescentou.

Em Lisboa, Olesya Vinnyk sentiu-se inspirada não só pela beleza da cidade mas também pelo apoio recebido. Com uma mochila às costas com uma bandeira ucraniana, a médica recebeu "várias palavras de gratidão e aplausos".

O diálogo com jovens médicos católicos sobre a guerra na Ucrânia era o principal objetivo da viagem, sendo que Olesya Vinnyk ouviu "os seus pensamentos do ponto de vista cristão".

Olesya Vinnyk aproveitou também para estar em contacto com a diáspora ucraniana em Portugal, que classificou como "muito ativa e acolhedora".

As muitas reuniões com ucranianos em Portugal permitiram também transmitir que tipo de apoio é necessário atualmente no país em guerra com a Rússia, explicou.


Leia Também: A Ucrânia acusou hoje as forças russas de atacarem equipas de resgate durante o ataque com mísseis a Pokrovsk, em Donetsk, onde pelo menos nove pessoas morreram e mais de 80 ficaram feridas, entre as quais 39 civis.

Forças russas abatem dois drones na região metropolitana de Moscovo

© Getty/Sefa Karacan

POR LUSA   09/08/23

As forças armadas russas abateram esta madrugada dois drones ucranianos na região metropolitana de Moscovo, disse o autarca local, Sergei Sobyanin.

Sobyanin escreveu na plataforma de mensagens Telegram que "dois drones de combate tentaram chegar à cidade", mas que "ambos foram abatidos pelos sistemas de defesa aérea".

"Um na zona de Domodedovo e o outro nas imediações da autoestrada de Minskoye. Não foram registados feridos", escreveu.

O autarca de Moscovo também utilizou o Telegram há duas semanas para denunciar ataques de drones a edifícios do moderno complexo financeiro da cidade.


Leia Também: Rússia lança livro de história para alunos a elogiar a invasão da Ucrânia

terça-feira, 8 de agosto de 2023

COLIGAÇÃO PAI Terra Ranka e PTG - O Acordo Parlamentar e Governativo


Por ditaduraeconsenso.blogspot.com

O Presidente do Tribunal de Contas Amadu Tidjane Baldé participou, hoje, na cerimónia de tomada de posse de novo Primeiro-Ministro Geraldo Martins.

 Tribunal de Contas

Ecowas - Cedeao: Communiqué de Presse sur le Niger - 08/08/23


Press Statement on Niger👇


  Ecowas - Cedeao 

Serra Leoa. 14 militares e polícias detidos sob acusação de subversão

© JOHN WESSELS/AFP via Getty Images

POR LUSA   08/08/23 

Catorze militares, três polícias, incluindo um ex-oficial demitido, e dois civis foram detidos e estão a ser processados na Serra Leoa por "subversão", enquanto outras oito pessoas continuam a ser procuradas, anunciou hoje a polícia.

A polícia da Serra Leoa anunciou há uma semana a detenção de várias pessoas, incluindo oficiais do exército, que acreditava estarem a planear ataques violentos um ano após a violência de agosto de 2022, que provocou mais de 30 mortos.

Os suspeitos planeavam utilizar as manifestações pacíficas previstas para esta semana "como pretexto para lançar ataques violentos contra as instituições do Estado e os cidadãos pacíficos", acusou o inspetor-geral da polícia, William Fayia Sellu, em conferência de imprensa.

Dos 14 membros das forças armadas detidos, oito são oficiais superiores e seis são oficiais subalternos, acrescentou Fayia Sellu.

O dirigente disse ainda que estava em curso uma "caça ao homem" para deter mais cinco militares e três agentes da polícia.

"A polícia reforçou a segurança e o serviço de informações em todo o país", acrescentou.

O inspetor-geral disse que a Serra Leoa tinha pedido a colaboração da Interpol para ajudar a localizar quaisquer suspeitos que pudessem estar no estrangeiro.

Na segunda-feira, o ministro da Informação da Libéria, Ledgerhood Rennie, disse à agência France-Presse que Mohammed Yaetey Turay, um ex-funcionário da polícia demitido em 2020, tinha sido detido naquele país a pedido das autoridades da Serra Leoa.

O ministro da Informação da Serra Leoa, Chernor Bah, confirmou que a detenção de Turay estava ligada "aos planos que a Segurança do Estado tinha descoberto por parte de certos indivíduos para minar a paz do Estado e desencadear a violência contra os nossos cidadãos".

A inflação e a exasperação com o governo levaram a tumultos em 10 de agosto de 2022, nos quais foram mortos 27 civis e seis polícias.

A organização Amnistia Internacional afirmou ter recolhido testemunhos que alegam o "uso excessivo da força" e condenou as restrições à Internet.


JÁ É OFICIAL: AGORA TEMOS QUE DAR O BENEFÍCIO DA DÚVIDA E TENTAR CRIAR UM AMBIENTE PROPÍCIO ENTRE A PRIMATURA E A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA EM PROL DA ESTABILIDADE GOVERNATIVA.

" CAMPANHA ELEITORAL KABA DJÁ; I POVO TENÉ FOME".

 Por Gervasio Silva Lopes

PR da Nigéria diz que diplomacia "é a melhor via a seguir" no Níger

© Lusa

POR LUSA    08/08/23 

O Presidente da Nigéria, Bola Tinubu, que preside atualmente à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), considera que a "diplomacia" é a "melhor via" para resolver a crise no Níger, disse hoje o seu porta-voz.

Tinubu e os dirigentes dos outros países da CEDEAO "preferem uma resolução por via diplomática, por meios pacíficos, em vez de qualquer outra", acrescentou Ajuri Ngelale, especificando que esta posição se manteria "enquanto se aguarda qualquer outra resolução que possa ou não resultar da cimeira extraordinária" da organização, prevista para quinta-feira.

"Todas as vidas humanas contam e isso significa que todas as decisões tomadas pelo bloco (da África Ocidental) serão tomadas tendo em conta a paz, a estabilidade e o desenvolvimento não só da sub-região, mas também do continente africano", afirmou, sem indicar se a opção de intervenção militar no Níger tinha sido abandonada.

A CEDEAO tinha ameaçado com uma eventual intervenção militar para restabelecer o Presidente Mohamed Bazoum, derrubado por um golpe de Estado em 26 de julho.

Esta ameaça, sob a forma de um ultimato de sete dias dado aos militares golpistas nigerinos em 30 de julho pelos dirigentes da CEDEAO, não foi cumprida quando expirou no domingo à noite.

Uma nova cimeira dos chefes de Estado da CEDEAO sobre a situação no Níger está prevista para quinta-feira em Abuja, capital da Nigéria, que detém atualmente a presidência rotativa da organização regional.

Em Washington, o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, disse hoje que a diplomacia norte-americana ainda tem esperança de que o golpe de Estado no Níger chegue ao fim, mas continua "realista" quanto à situação.

A tomada de posição norte-americana surge horas depois de se saber que a junta militar no poder no Níger recusou receber em Niamey uma delegação tripartida, que incluía representantes da CEDEAO, da União Africana e ONU.

"Continuamos esperançados, mas também somos muito realistas", declarou Matthew Miller.

A visita de segunda-feira a Niamey de uma alta dirigente do Departamento de Estado, Victoria Nuland, que se reuniu com os autores do golpe de Estado, não marcou qualquer progresso significativo na procura de uma solução diplomática.


Leia Também: Níger. Golpistas recusam entrada a delegação da CEDEAO, UA e ONU

Putin ordena suspensão parcial de acordos fiscais com países hostis

© ALEXEI BABUSHKIN/SPUTNIK/AFP via Getty Images

POR LUSA    08/08/23 

O Presidente russo, Vladimir Putin, ordenou hoje a suspensão parcial dos acordos fiscais com os chamados países hostis, designação atribuída por Moscovo que abrange, entre outros, os Estados Unidos e os membros da União Europeia (UE).

O decreto em questão é uma resposta à necessidade de adotar "medidas urgentes" devido a "ações hostis" de certos países, segundo informou o portal oficial russo de informação jurídica.

A suspensão de vários pontos dos acordos fiscais estará em vigor até que os chamados países hostis levantem as sanções contra os interesses nacionais do Estado russo, dos seus cidadãos e entidades legais, segundo o documento, citado pelas agências internacionais.

A medida vai afetar as taxas de imposto reduzidas sobre juros e dividendos, mas não a dupla tributação em relação às pessoas singulares, ou seja, os russos que pagam impostos no Ocidente ou os estrangeiros que o fazem na Rússia.

O Governo terá de apresentar um projeto de lei sobre esta matéria à Duma (câmara baixa do parlamento russo) e o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo terá de informar as autoridades dos países abrangidos sobre esta decisão do Kremlin.

Segundo a agência espanhola EFE, entre os acordos visados pela medida de Moscovo figuram o acordo de 1992 sobre a dupla tributação e a prevenção da evasão fiscal firmado com os Estados Unidos e documentos similares assinados com o Reino Unido (1994), Canadá e Suíça (1995).

Também se suspende a vigência dos acordos fiscais com a Alemanha, França, Espanha, Itália, Dinamarca, República Checa, Finlândia, entre outros países, de acordo com a EFE.

Em março de 2022, a Rússia elaborou uma lista de países "hostis", entre os quais Portugal figurava.

A lista de países, preparada na sequência de um decreto presidencial, inclui os territórios estrangeiros que, segundo Moscovo, cometem ações hostis contra a Federação Russa, empresas e cidadãos russos.

Em fevereiro passado, Putin já tinha denunciado o acordo de dupla tributação com a Letónia e a Dinamarca, que adotou semelhante decisão em julho em relação à Rússia.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.


Leia Também: Putin autoriza Guarda Nacional russa a obter armas pesadas

"Se Rússia continuar a disparar contra nós, a Ucrânia fará o mesmo"... As palavras são do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, numa conferência de imprensa na América do Sul.

© Artur Widak/NurPhoto via Getty Images

Notícias ao Minuto   08/08/23 

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, prometeu retaliar contra qualquer ataque russo ao território ucraniano no Mar Negro, afirmando que a Ucrânia "fará o mesmo" para garantir que as as suas águas não sejam bloqueadas.

Nas declarações feitas numa conferência de imprensa na América do Sul, dias depois de drones marítimos ucranianos carregados de explosivos terem danificado um navio de guerra russo perto de um importante porto da Rússia, Zelensky sublinhou tratar-se de um caso de "defesa de oportunidades de qualquer corredor".

"Se a Rússia continuar a dominar o Mar Negro, fora do seu território, a bloquear-nos, disparar contra nós, lançar mísseis contra os nossos portos, a Ucrânia fará o mesmo. Esta é uma defesa justa das nossas oportunidades, de qualquer corredor", referiu Zelensky, citado pela Reuters.

O presidente ucraniano atirou ainda: "Não temos assim tantos navios. Mas eles devem compreender claramente que, no final da guerra, terão zero navios, zero".

Zelensky apelou à Rússia para parar de disparar mísseis e drones contra os portos ucranianos e para permitir o comércio.

Desde o início da guerra, que se iniciou a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.

Até agora, mais de 9.300 civis morreram na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU). 


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Wagner constrói cidade de tendas perto da fronteira com a Ucrânia

© Reuters

Notícias ao Minuto   08/08/23 

De acordo com o Centro Nacional de Resistência da Ucrânia, o campo será utilizado para "atividades subversivas" na região de Chernihiv - que permanece sob o controlo ucraniano.

O Grupo Wagner começou a construir uma cidade de tendas para acolher cerca de 1000 mercenários, no aeródromo de Zyabrawka, na Bielorrússia, a cerca de 30 quilómetros da fronteira ucraniana.

As alegações são do Centro Nacional de Resistência da Ucrânia, que afirma que o campo será utilizado para "atividades subversivas" na região de Chernihiv - que permanece sob o controlo ucraniano.

"Os relatórios da resistência indicam que está a ser construído um novo campo para os mercenários Wagner na aldeia de Zyabrawka, na República da Bielorrússia, que faz fronteira com a Ucrânia. Está previsto que sejam utilizados para imitar atividades subversivas na fronteira com o distrito de Chernihiv", referiu aquela fonte, citada pelo diário Ukrainska Pravda.

De acordo com o centro, "é muito provável que os mercenários sejam utilizados para imitar atividades de apoio à campanha russa contra o terrorismo". "Esta campanha visa forçar os países europeus a reduzir seu apoio à Ucrânia", acrescentou ainda.

Recorde-se que, no mês passado, os mercenários do Grupo Wagner iniciaram exercícios conjuntos com militares bielorrussos, levando a Polónia a aumentar a sua presença militar nas fronteiras.

As manobras cumpriram uma promessa do líder do grupo, Yevgeny Prigozhin, de ajudar a proteger a Bielorrússia para a eventualidade de uma invasão, depois de os seus mercenários se terem deslocado para este país, após uma rebelião contra Moscovo, em junho.

O Ministério da Defesa da Bielorrússia informou que os exercícios militares aconteceriam num campo de tiro perto de Brest, uma cidade na fronteira com a Polónia.


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𝗣𝗥𝗘𝗦𝗜𝗗𝗘𝗡𝗧𝗘 𝗗𝗔 𝗥𝗘𝗣Ú𝗕𝗟𝗜𝗖𝗔 𝗔𝗣𝗘𝗟𝗔 𝗖𝗢𝗡𝗖𝗘𝗥𝗧𝗔ÇÃ𝗢 𝗣𝗘𝗥𝗠𝗔𝗡𝗘𝗡𝗧𝗘 𝗘𝗡𝗧𝗥𝗘 Ó𝗥𝗚Ã𝗢𝗦 𝗗𝗔 𝗦𝗢𝗕𝗘𝗥𝗔𝗡𝗜𝗔 𝗣𝗔𝗥𝗔 𝗘𝗩𝗜𝗧𝗔𝗥 𝗖𝗢𝗡𝗙𝗟𝗜𝗧𝗢𝗦 𝗜𝗡𝗦𝗧𝗜𝗧𝗨𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗜𝗦

 

Novo Primeiro-ministro Geraldo João Martins recebido em festa na sede do PAIGC. Os militantes coligados da "PAI TERRA RANKA" manifestam alegria pela confiança depositada no Chefe do Governo. Domingos Simões Pereira transmitiu a mensagem da coligação eleitoral.

 Radio Voz Do Povo 

PR Umaro Sissoco Embalo confere posse ao novo Primeiro Ministro Geraldo João Martins.

Radio Voz Do Povo

REINO UNIDO: Governo britânico ameaça migrantes que rejeitem ser alojados em barcaça

© Dan Kitwood/Getty Images

POR LUSA  08/08/23 

O Ministério do Interior britânico ameaçou hoje deixar sem alojamento todos os requerentes de asilo que recusarem embarcar na barcaça "Bibby Stockholm", atracada no porto de Portland, sem "uma explicação razoável".

A organização não-governamental (ONG) de apoio aos refugiados Care4Calais indicou hoje que impediu que 20 pessoas fossem transferidas para a embarcação. Dos 50 requerentes de asilo que se espera cumpram esse trâmite ao longo da semana, só 15 o fizeram até agora.

"Se os requerentes de asilo não aceitarem uma oferta de alojamento adequado sem uma explicação razoável, não esperem que lhes seja oferecido um alojamento alternativo", lê-se numa carta enviada pelo Ministério do Interior a um dos migrantes que ficaram em terra, noticiou a estação televisiva Sky News.

O ministro da Justiça, Alex Chalk, defendeu hoje no programa Today da estação de televisão pública BBC que "é pouco provável" que esta ação seja "ilegal", embora tenha preferido deixar a porta aberta para que os tribunais se pronunciem sobre o assunto.

"O que é perfeitamente legal é que os britânicos saibam que isto é o que estamos a oferecer e que não é um alojamento de quatro estrelas, mas é perfeitamente seguro, é perfeitamente digno e cumpre os regulamentos de segurança contra incêndios e sabe-se lá o que mais", argumentou.

As declarações de Chalk foram emitidas depois de vários requerentes de asilo que foram transferidos para o porto de Portland na segunda-feira se terem recusado a embarcar alegando "razões de segurança", segundo o diário britânico The Guardian.

O Governo do Reino Unido também anunciou hoje uma campanha contra advogados "corruptos" que ajudem imigrantes ilegais a permanecer no país mediante a "exploração do sistema migratório" nacional.

"Apesar de a maioria dos advogados agir com integridade, sabemos que alguns mentem para ajudar os imigrantes ilegais a enganar o sistema. Não é correto nem justo para aqueles que cumprem as normas", sustentou a ministra do Interior, Suella Braverman.

O polémico projeto de acomodar requerentes de asilo em barcaças atracadas em portos britânicos tornou-se um símbolo do combate à imigração protagonizado pelo executivo conservador chefiado pelo primeiro-ministro Rishi Sunak.

Requerentes de asilo no Reino Unido foram hoje alojados a bordo de uma barcaça atracada no sudoeste de Inglaterra, um projeto muito polémico que se tornou um símbolo do combate à imigração protagonizado pelo Governo britânico.

A "Bibby Stockholm" é uma enorme barcaça de 93 metros de comprimento e 27 de largura, atracada no porto de Portland, no sudoeste de Inglaterra, e destinada a acomodar temporariamente até 500 migrantes.

Portland foi o único porto do país que aceitou atracar a barcaça. Outros planos semelhantes tiveram de ser abandonados por falta de portos de abrigo.

A embarcação estará operacional durante pelo menos 18 meses. Segundo o Governo, proporcionará "alojamento básico" a "homens adultos solteiros enquanto são processados os seus pedidos de asilo" e terá serviço de cuidados médicos, refeições e segurança durante as 24 horas do dia e os sete dias da semana.

Enviar requerentes de asilo para barcaças atracadas é uma das mais peculiares ideias apresentadas para poupar dinheiro no acolhimento desses migrantes, dissuadindo ao mesmo tempo potenciais candidatos a asilo.

A questão gerou controvérsia e desencadeou a ira dos moradores locais, temendo alguns deles pela sua segurança, ao passo que outros condenam aquilo a que chamam uma "prisão flutuante".

As autoridades rejeitam essa designação e asseguram que os migrantes poderão entrar e sair quando bem entenderem.

O Governo conservador, em dificuldades nas sondagens a um ano das legislativas, reforçou a sua retórica anti-imigração e promete, por enquanto em vão, pôr fim às travessias ilegais do canal da Mancha.

Uma nova lei que entrou em vigor em julho e foi até condenada na ONU proíbe agora os migrantes que tenham efetuado essa perigosa travessia -- foram mais de 45.000 em 2022 e mais de 15.000 desde o início de 2023 -- de pedirem asilo no Reino Unido.

O sistema de asilo não está a conseguir dar vazão às necessidades, havendo mais de 130.000 pedidos ainda à espera de serem avaliados, a maioria dos quais há mais de seis meses, segundo os mais recentes números oficiais.

Londres quer assim reduzir a fatura do alojamento em hotéis dos requerentes de asilo, que ascende a 2,3 mil milhões de libras (2,6 mil milhões de euros) por ano, utilizando instalações como bases militares desativadas, barcaças atracadas ou mesmo tendas compradas para o verão.



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Níger. Golpistas recusam entrada a delegação da CEDEAO, UA e ONU

© Getty Images

POR LUSA   08/08/23 

Os militares golpistas do Níger recusaram a entrada a uma delegação tripartida da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), União Africana e ONU que deveria reunir-se hoje em Niamey com a junta militar no poder.

Uma fonte da presidência da junta confirmou esta decisão à agência EFE, acrescentando que os responsáveis do autodenominado Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria (CNSP), que levou a cabo o golpe, consideram a missão da CEDEAO "inútil", uma vez que "a sua posição é conhecida" sobre a situação no Níger.

A fonte referia-se às sanções financeiras e comerciais impostas pelo bloco regional e à sua ameaça de ação militar se a ordem constitucional não for restabelecida no país.

Por outro lado, a mesma fonte sublinhou que a junta está "numa dinâmica de transição que deverá conduzir à organização de eleições", ao mesmo tempo que assinala que se recusa a negociar o regresso ao poder do Presidente deposto, Mohamed Bazoum, que se encontra detido no palácio presidencial, desde o seu derrube em 26 de julho.

Os chefes de Estado e de governo da CEDEAO têm agendada uma cimeira extraordinária para quinta-feira, em Abuja, para debater a situação no Níger e qual o próximo passo, num cenário de intervenção militar que poderá concretizar-se após o término, no passado domingo, do prazo de uma semana dado pelo bloco regional aos golpistas para a reposição da ordem constitucional e a recondução de Bazoum na Presidência.

O secretário de Estado norte-americano Antony Blinken afirmou numa entrevista à estação de televisão britânica BBC, transmitida hoje, que embora não acredite que a Rússia ou o grupo Wagner tenham instigado a revolta militar no Níger, defende que estão a "tirar partido" da atual instabilidade.

"Acredito que o que aconteceu e o que ainda está a acontecer no Níger não foi instigado pela Rússia ou pelo grupo Wagner, mas eles tentaram tirar partido da situação. Onde quer que o grupo Wagner esteja, há morte, destruição e exploração. A insegurança aumentou, não diminuiu", disse à BBC.

Neste sentido, considera que a situação atual no Níger é semelhante à de outros países vizinhos, como o Mali, "onde só deixaram coisas más no seu rasto".

O Mali e a República Centro-Africana mantêm atualmente mercenários da Wagner nos seus territórios.

Relativamente à ameaça de intervenção militar feita pela CEDEAO, o Mali e o Burkina Faso -- países liderados por juntas militares saídas de golpes de Estado - ofereceram apoio militar ao Níger caso ela se concretize.

A junta militar nigerina liderada pelo general Abdourahamane Tiani culpa Bazoum pela crise económica, em parte por continuar a ceder aos interesses de uma França que continua a beneficiar dos recursos naturais do país, principalmente lítio e urânio, bem como por não fazer o suficiente para combater o terrorismo islâmico.


Declaração do Presidente da Assembleia Nacional Popular na abertura da sessão extraordinária da XIª Legislatura



© Radio TV Bantaba

Camião de tronco detido em São domingos (Segue)

 Gervasio Silva Lopes

Guiné-Bissau: "Os guineenses estão expostos a insegurança alimentar ", disse nutricionista

Por Rádio Capital Fm

Bissau- (07.08.2023) - A nutricionista guineense, Isabel de Almeida, afirma que a população da Guiné-Bissau está exposta a insegurança alimentar.

De acordo com a especialista, cerca de um terço das crianças, de zero a cinco anos de idade, está desnutrida, e 9,9 % da população do país está numa situação de "insegurança caveira".

Isabel de Almeida sustenta que população guineense não come por dia o número de vezes recomendado e nem faz a diversidade de alimentos. 

"Pela minha experiência, e pelos estudos feitos, regularmente,

 vê-se, em primeiro lugar, que a nossa população está muito exposta a insegurança alimentar. Quer dizer, não comemos todos os dias o número de vezes necessário e nem fazemos a diversidade de alimentos que é preciso comer. Praticamente, 9,9% da nossa população está numa situação de insegurança caveira. Quer dizer, não conseguem comer aquilo que é o mínimo aceitável no seu dia-a-dia. Isto representa, 9 em cada dez pessoas", sublinhou, tendo afirmado que "se não temos acesso aqueles alimentos para podermos ter a energia, o nosso estado nutricional ficará mais prejudicado ainda".

"Temos cerca de um terço de crianças, entre zero a cinco anos de idade, numa situação de desnutrição e temos a maior parte da nossa população com anemia, sobretudo, as mulheres grávidas, aqueles que estão a amamentar e as raparigas em fase de adolescência e que, para além de não alimentam bem, começam a sentir imergias mensais por causa da menstruação. Isso tudo provoca anemia", concluiu a nutricionista guineense, Isabel de Almeida. 

Por Sulai Seide

Níger. Prigozhin diz que EUA aceitam autores do golpe para evitar Wagner

© Reuters

POR LUSA   08/08/23 

O chefe do grupo mercenário russo Wagner disse hoje que os Estados Unidos estão dispostos a reconhecer a junta militar responsável pelo golpe de Estado no Níger, só para evitar a presença de elementos desta organização no país.

"Os Estados Unidos reconhecem um Governo, que não reconheceram ontem, apenas para evitar encontrar o grupo Wagner no país", afirmou Yevgeny Prigozhin, num áudio difundido nos canais do Telegram associados à organização.

O chefe do grupo Wagner comentava assim a visita da "número dois" do Departamento de Estado norte-americano, Victoria Nuland, ao Níger, onde se encontrou na segunda-feira com vários líderes golpistas, mas não conseguiu fazer progressos significativos no restabelecimento da ordem constitucional.

Durante essas conversações, Nuland colocou em cima da mesa várias fórmulas para restabelecer a ordem democrática no Níger através de uma "solução negociada", mas os líderes golpistas mostraram-se pouco interessados, disse a governante norte-americana numa entrevista telefónica a um grupo de jornalistas em Washington.

Após as reuniões, a diplomata afirmou que "as pessoas que tomaram a decisão" sobre o golpe de Estado no Níger estão bem conscientes dos riscos que o convite do grupo Wagner representa para a sua soberania.

Na semana passada, o Presidente deposto do Níger, Mohamen Bazoum, apelou aos Estados Unidos e a outros países para o ajudarem a restabelecer a ordem constitucional no país.

Num texto publicado no The Washington Post, Bazoum afirmou ainda que "toda a região central do Sahel poderia cair sob a influência russa, através do grupo Wagner, cujo terrorismo brutal foi claramente visto na Ucrânia".

No seu comentário, Prigozhin acrescentou que os elementos do grupo Wagner estão sempre "do lado do bem e da justiça".

"Do lado daqueles que lutam pela sua soberania e pelos seus interesses. Chamem-nos em qualquer altura", disse.

Prigozhin apoiou anteriormente a revolta militar no Níger, embora não tenha aludido ao seu possível papel na conspiração do golpe.

"O que se passou no Níger não é mais do que a luta do povo nigerino contra os colonizadores", afirmou Prigozhin num áudio reproduzido através do Telegram.