quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

Jair Bolsonaro acusado formalmente de tentativa de golpe de Estado

 SIC Notícias

Segundo a Procuradoria-Geral do Brasil, Jair Bolsonaro sabia do plano para assassinar Lula da Silva e terá até dado luz verde ao mesmo. A acusação vai agora ser apreciada pelo Supremo Tribunal Federal.

Jair Bolsonaro foi esta terça-feira acusado formalmente pela tentativa de golpe de Estado na sequência das eleições de 2022, que perdeu. Segundo a acusação, Bolsonaro sabia e concordou com o plano para assassinar Lula da Silva.

"Os membros da organização criminosa estruturaram, no âmbito do Palácio do Planalto, um plano de ataque às instituições, com vista à derrocada do sistema de funcionamento dos Poderes e da ordem democrática, que recebeu o sinistro nome de “Punhal Verde Amarelo”. O plano foi arquitetado e levado ao conhecimento do Presidente da República, que a ele anuiu", lê-se na acusação do Procurador-Geral da República, Paulo Ganet.

O ex-Presidente brasileiro está também acusado de organização criminosa e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

A acusação vai agora ser apreciada pelo Supremo Tribunal Federal.

No total, há 34 acusados no processo, incluindo o ex-ministro Braga Netto e o tenente-coronel Mauro Cid.

O plano para matar Lula

Bolsonaro é suspeito de orquestrar, juntamente com assessores e um grupo de militares, um golpe de Estado que incluía o assassínio de autoridades, entre elas, Lula da Silva, o vice-Presidente Geraldo Alckmin e o próprio juiz Alexandre de Moraes que, à época, presidia ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Durante quase dois anos, investigadores da Polícia Federal reuniram num relatório de quase 800 páginas provas que, segundo eles, confirmam a tentativa de um golpe de Estado para impedir a posse de Lula da Silva.

O relatório revela que o plano teria sido impresso dentro do Palácio do Planalto.

A investigação aponta ainda que a estratégia do grupo se dividiu em dois.

Primeiro, pela propagação da versão de fraude nas eleições de 2022 e disseminação de notícias falsas sobre vulnerabilidades do sistema eletrónico de votação.

O segundo eixo de atuação do alegado grupo criminoso consistiu na prática de atos para apoiar a abolição do Estado Democrático de Direito, através de um golpe de Estado, com apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais num ambiente politicamente sensível.


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terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Planeta: Astrofísicos descobrem que planeta fora do Sistema Solar tem clima único

© iStock   Lusa  18/02/2025

Uma equipa internacional de astrofísicos, incluindo três de Portugal, mapeou pela primeira vez a estrutura tridimensional da atmosfera de um planeta fora do Sistema Solar e descobriu que tem um clima único, foi hoje divulgado.

O estudo é descrito num artigo hoje publicado na revista científica Nature e teve o contributo dos investigadores Nuno Santos, Sérgio Sousa e Yuri Damasceno, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA).

O planeta extrassolar em causa é WASP-121b, também chamado Tylos, localizado a 900 anos-luz da Terra, na constelação da Popa.

Citado em comunicado do IA, o investigador Yuri Damasceno salienta que Tylos "faz parte de uma família de planetas que têm as temperaturas mais altas" que se conhecem para planetas "em todo o Universo".

Tylos é um gigante gasoso semelhante em massa a Júpiter, maior planeta do Sistema Solar, tem temperaturas superiores a 2.000ºC e orbita tão perto a sua estrela que completa uma volta em 30 horas.

O planeta tem um dos lados sempre virado para a estrela, sendo por isso extremamente quente, e o outro está permanentemente às escuras, que é muito mais frio.

Graças ao telescópio VLT, operado pelo Observatório Europeu do Sul (OES), no Chile, a equipa descobriu que a atmosfera de Tylos tem três camadas: uma mais profunda com ventos carregados de ferro, outra intermédia com uma corrente de jato muito rápida que transporta sódio e uma superior com ventos de hidrogénio.

Ao observar o planeta quando transitava pela sua estrela, um dos espetrógrafos de alta resolução do VLT conseguiu detetar assinaturas químicas na atmosfera de Tylos e detetar as suas diferentes camadas.

"O que descobrimos foi surpreendente: uma corrente de jato faz girar o material em torno do equador do planeta, enquanto um fluxo separado nos níveis mais baixos da atmosfera move o gás do lado quente para o lado mais frio. Este tipo de clima nunca foi visto antes em nenhum planeta", sustentou a primeira autora do estudo, Julia Seidel, citada em comunicado do OES, organização astronómica da qual Portugal faz parte.

Um estudo complementar, publicado na revista da especialidade Astronomy and Astrophysics, revelou a presença de titânio abaixo da corrente de jato, que admirou os cientistas, uma vez que observações anteriores do planeta não tinham identificado este elemento químico, "possivelmente porque se encontrava oculto nas camadas mais profundas da atmosfera".

Segundo os cientistas, os resultados das descobertas hoje divulgados abrem o caminho para estudos mais detalhados sobre a composição química e o clima de outros mundos extraterrestres.


Garry Kasparov: "Só haverá liberdade na Rússia e fim de Putin com vitória da Ucrânia"

© SAUL LOEB/AFP via Getty Images)  Lusa  18/02/2025 

A liberdade na Federação Russa e o fim do regime de Vladimir Putin dependem da vitória da Ucrânia na resistência atual à invasão russa, disse hoje o crítico do Kremlin Garry Kasparov, quando Moscovo e Washington negoceiam a situação.

Qualquer resultado que o presidente russo possa apresentar como uma vitória só aumentará o seu domínio interno, afirmou o antigo campeão mundial de xadrez, no dia em que o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, e o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, se reuniram em Riade.

"Só haverá liberdade na Federação Russa e o fim do regime de Putin com a vitória da Ucrânia", antecipou Kasparov, durante uma conferência de imprensa, depois de ter discursado na cimeira anual sobre os direitos humanos e a democracia, realizada em Genebra.

"Até uma vitória parcial... Infligir uma derrota a Putin conduziria a uma mudança" na Federação Russa, prosseguiu.

"Se Putin ganhar ou apresentar a questão (dos combates) como uma vitória", por exemplo "conservando territórios" ou obtendo um "levantamento das sanções" que lhe foram impostas, "permanecerá" no poder, considerou este seu opositor de longa data.

Kasparov foi acrescentado em março de 2004 à lista oficial russa de pessoas classificadas pelo regime como "extremistas". Vive exilado em Nova Iorque, desde há 10 anos.

"Um ditador nunca está em perigo se continuar em ascensão", insistiu o ex-xadrezista, hoje com 61 anos, que abandonou em 2005 os campeonatos de xadrez para se dedicar à política.

Garry Kasparov considerou ainda que Donald Trump não percebe "absolutamente nada" a complexidade do conflito na Ucrânia e que a sua equipa tem demasiado medo de lhe dizer que os seus conhecimentos na geopolítica são insuficientes.

Em consequência, espera que Trump seja obrigado a fazer "concessões massivas" para alcançar o objetivo proclamado de acabar com a guerra.

Por outro lado, avançou, "Rubio não é um idiota. Não tem coluna vertebral, mas ainda tem cérebro" e sabe que só pode chegar aí (fim da guerra) se "abandonar tudo a Putin".

Na sua opinião, mesmo que Putin pretenda estar em posição de força, a economia russa "colapsará provavelmente dentro de 12 a 18 meses", intervalo temporal este em que a Ucrânia pode continuar a bater-se, se a Europa lhe fornecer o dinheiro suficiente para comprar armas aos EUA.

"Enquanto o dinheiro for entregue, não penso que ele (Trump) se preocupe" e, "se Trump quiser acabar com a guerra, não é difícil: basta cortar as exportações de petróleo russo", disse Kasparov.

Os ocidentais demonstram, de forma cruel, que não têm uma estratégia coletiva desde que a Federação Russa anexou a península ucraniana da Crimeia, em 2014, ao passo que "Putin tem uma ideia muito simples: permanecer no poder. É tudo. Não há mais ideias".

Insistindo neste ponto: "A guerra é hoje o instrumento mais eficaz, porque não tem mais nada a oferecer à Federação Russa (...). A causa da guerra é Putin e as suas ambições imperiais, que nunca desaparecerão, porque não há mais nada que possa justificar a sua permanência perpétua no poder", garantiu Garry Kasparov.

Na sua opinião, "o império russo deve desaparecer e o futuro da Federação Russa não se situa nas suas fronteiras atuais: deve restituir todos os territórios ocupados -- Crimeia incluída", concluiu.


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Chegada de presidente da República GENERAL UMARO SISSOCO EMBALÓ da Gâmbia.


@Gaitu Baldé

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, participou, como convidado de honra, nas comemorações do 60.º aniversário da independência da Gâmbia, ao lado do seu homólogo e irmão, Adama Barrow.

Presidência da República da Guiné-Bissau   Banjul, 18 de fevereiro de 2025,

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, participou, como convidado de honra, nas comemorações do 60.º aniversário da independência da Gâmbia, ao lado do seu homólogo e irmão, Adama Barrow.

Recebido com honras de Estado, o Chefe de Estado acompanhou a cerimónia oficial na Praça 22 de Julho, onde milhares de gambianos celebraram este marco histórico.

No regresso a Bissau, o Presidente destacou a importância da cooperação com os países vizinhos e o fortalecimento dos laços entre as duas nações.



Preparação para sismos: falhas de comunicação preocupam população

SIC Notícias

Em caso de sismo, as comunicações com a população podem colapsar mediante a gravidade do evento.

A falta de comunicações preocupou a população que, esta segunda-feira, a seguir ao sismo, procurou respostas junto das autoridades.

O IPMA é o primeiro organismo a informar a Proteção Civil e, mediante a gravidade, serão acionados os meios nacionais e municipais, mas as comunicações com a população podem colapsar, mediante a gravidade do evento.

Ontem, tanto o IPMA, como a Proteção Civil e os bombeiros terão recebido um excesso de chamadas, aumentando assim, a dificuldade de comunicação. Mas, além deste obstáculo, a população questiona-se também sobre a falta de alertas, tal como acontece quando há risco elevado de incêndios.

"O que se quererá fazer no futuro é um aviso antecipado, ou seja, um aviso precoce, que não está ainda em operação, mas que basicamente pretende alertar para a ocorrência de um sismo nos próximos segundos", disse Fernando Carrilho, chefe de divisão de Geofísica do IPMA, em declarações à SIC.

Registados novos sismos perto do Seixal

Esta terça-feira, foram registados dois novos sismos perto do Seixal com magnitudes 2.4 e 1.8 na escala de Richter.

Segundo Instituto Português do Mar e da Atmosfera, o epicentro dos novos abalos localizam-se a cerca de 12 km a sudoeste do Seixal.

O sismo de magnitude 2.4 foi registado nas estações da Rede Sísmica do Continente pelas 10:36 (hora local) e sentido com intensidade máxima II/III DA escala de Mercalli modificada no concelho de Sesimbra (Setúbal). Foi ainda sentido com menor intensidade nos concelhos de Lisboa (Lisboa), Almada e Palmela (Setúbal).

Já o abalo mais pequeno (de magnitude 1.8) foi registado pelas 11h34 e não terá sido sentido.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, criticou hoje a reunião russo-americana que decorreu na Arábia Saudita, caracterizando-a como conversações sobre a invasão russa da Ucrânia "sem a Ucrânia".

© Lusa   18/02/2025 

Zelensky critica reunião russo-americana por discutirem conflito sem Kyiv

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, criticou hoje a reunião russo-americana que decorreu na Arábia Saudita, caracterizando-a como conversações sobre a invasão russa da Ucrânia "sem a Ucrânia".

"As negociações estão agora a decorrer entre representantes russos e norte-americanos. Mais uma vez, sobre a Ucrânia e sem a Ucrânia", condenou o líder ucraniano durante a sua deslocação à Turquia.

A Turquia, membro da NATO, acolheu por duas vezes as conversações entre Moscovo e Kyiv em 2022.

Ancara conseguiu manter os seus laços com Moscovo e Kyiv, fornecendo drones de combate e navios de guerra aos ucranianos e ficou de fora da aplicação das sanções ocidentais contra a Rússia.

Zelensky deslocou-se hoje a Ancara para um encontro com o seu homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, de quem espera obter apoio.

Simultaneamente, altos funcionários de Washington e Moscovo, liderados pelos respetivos chefes da diplomacia, iniciaram hoje, em Riade, conversações para reavivar relações afetadas pela invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022, e para preparar uma possível cimeira entre Donald Trump e Vladimir Putin.

Trata-se da primeira reunião russo-americana a este nível e neste formato desde o início do conflito.

Depois de ter sido apontada a deslocação de Zelensky à Arábia Saudita na quarta-feira, o governante fez saber que reagendou a deslocação para 10 de março, alegando que os responsáveis ucranianos não foram convidados para as conversações russo-americanas.

O líder ucraniano sugeriu hoje que queria evitar que a sua visita neste momento a Riade fosse associada às conversações que ali decorrem.

"Somos honestos e abertos, e não quero coincidências. É por isso que não vou à Arábia Saudita", declarou.

Em declarações à imprensa a partir de Ancara, Zelensky apelou ainda a conversações "justas" sobre a guerra na Ucrânia, incluindo a União Europeia, o Reino Unido e a Turquia.

"A Ucrânia, a Europa no sentido mais lato - que inclui a União Europeia, a Turquia e o Reino Unido - devem participar nas discussões e na elaboração das garantias de segurança necessárias com os Estados Unidos da América relativamente ao destino da nossa parte do mundo", defendeu.

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, já propôs entretanto a Turquia como o "anfitrião ideal" para as negociações de paz do conflito entre a Rússia e a Ucrânia prestes a completar três anos.


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Chefe de Estado Maior de Exército, realça o papel da Banda Musica Nacional, na edificação da paz na Guiné-Bissau.

Radio TV Bantaba

Decorrem a partir de hoje até amanhã as consultas públicas às organizações da sociedade civil no âmbito dos relatórios nacionais relativos a implementação da convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação racial e convenção contra a tortura e outras penas ou tratamentos cruéis, Desumanos ou Degradantes

A Ministra da Justiça e dos Direitos humanos, Maria do Céu Silva Monteiro presidiu a abertura dos trabalhos.

 Radio Voz Do Povo

CARNAVAL 2025: CERIMÔNIA DA ABERTURA

Radio voz do povo 

PR General Umaro Sissoco Embaló desloca-se a Banjul, República de Gâmbia.

Radio voz do povo 

Ministério da Energia e Indústria, promove durante dois dias, Retiro de Reflexão sobre o Sector Energético, em particular a Situação Técnica e Financeira da EAGB...

Radio TV Bantaba

Saúde: Quatro alimentos que deve evitar ao máximo para proteger o coração... Cardiologista fez uma lista dos alimentos que não deve comer regularmente.

© Shutterstock  Notícias ao Minuto  18/02/2025

Sim, alguns problemas do coração podem ser genéticos, mas existem muitos outros que podem ser influenciados por fatores relacionados com o estilo de vida. Tendo isto em conta, Wen-Chih Wu, um médico, citado no Mirror, mencionou alguns dos alimentos que deve evitar para proteger o coração.

Quatro alimentos que deve evitar para proteger o coração: 

Carne vermelha. Infelizmente, "a gordura deste tipo de carne pode ser especialmente má para o coração e para as artérias"; 

Bebidas e cereais com muito açúcar. Exagerar no açúcar pode aumentar o risco de diabetes e hipertensão. Também pode afetar as artérias, "aumentando os níveis de triglicerídeos e de colesterol 'mau'", acrescenta; 

Alimentos fritos. Geralmente, "contêm níveis elevados de gorduras saturadas e gorduras trans", ambas são "particularmente prejudiciais para a saúde do coração"; 

Batatas fritas de pacote e aperitivos. "São alimento ultra processados, fritos e cheios de aditivos, com elevadas quantidades de sódio." Também podem "contribuir para o aumento de peso, doenças cardíacas e aumentar o risco de acidente vascular cerebral". 


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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, advertiu esta segunda-feira que o fim da guerra poderia resultar num cenário semelhante ao do Afeganistão em 2021 e opôs-se a negociações de paz que retirem a adesão do país à NATO.

Gleb Garanich // REUTERS   Por  SIC Notícias
 "Ninguém quer um Afeganistão 2.0": Zelensky reafirma intenção de adesão à NATO

De acordo com o presidente ucraniano, a "falta de respeito pela vida humana" levou à "tragédia" que resultou no regresso dos talibãs ao poder no Afeganistão em agosto de 2021, resultante da retirada caótica das tropas norte-americanas do país.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, advertiu esta segunda-feira que o fim da guerra poderia resultar num cenário semelhante ao do Afeganistão em 2021 e opôs-se a negociações de paz que retirem a adesão do país à NATO.

"Não se pode retirar a adesão à NATO. Não é assim que funciona. Acho que ninguém está interessado num Afeganistão 2.0", afirmou Zelensky à ARD, a principal emissora pública alemã.

De acordo com Zelensky, a "falta de respeito pela vida humana" levou à "tragédia" que resultou no regresso dos talibãs ao poder no Afeganistão em agosto de 2021, resultante da retirada caótica das tropas norte-americanas do país.

"A experiência mostra o que acontece quando alguém põe fim a algo sem pensar bem e se retira demasiado depressa", sublinhou o líder ucraniano.

Zelensky referiu ainda que, apesar de a Ucrânia ter conseguido desenvolver a sua própria indústria de defesa ao longo dos três anos de guerra contra a Rússia, "não será possível alcançar uma vitória ucraniana sem o apoio dos Estados Unidos".

Segundo o líder ucraniano, as negociações de cessar-fogo também teriam de incluir garantias de segurança.

Numa altura em que o Presidente norte-americano, Donald Trump, propõe um contingente europeu para ajudar a Ucrânia, Zelensky contrapôs que "os norte-americanos deveriam estar lá".

O Presidente ucraniano voltou igualmente a rejeitar qualquer acordo sem a Ucrânia.

É "inútil porque, infelizmente, a guerra está a decorrer no nosso solo", sublinhou, explicando que a Rússia e os Estados Unidos só podem chegar a acordo sobre as suas relações bilaterais.

"Não podem certamente negociar sobre o nosso povo e as nossas vidas. Sobre o fim da guerra sem nós. Somos um Estado independente", reiterou Zelensky.


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o seu homólogo francês, Emmanuel Macron, tiveram hoje um telefonema antes da reunião entre líderes europeus para preparar a estratégia sobre a Ucrânia, informou a Casa Branca.

© JULIEN DE ROSA/AFP via Getty Images   Lusa  18/02/2025

 Trump e Macron tiveram chamada "amigável" antes da reunião de líderes

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o seu homólogo francês, Emmanuel Macron, tiveram hoje um telefonema antes da reunião entre líderes europeus para preparar a estratégia sobre a Ucrânia, informou a Casa Branca.

Segundo o gabinete presidencial dos EUA, ambos os líderes "tiveram uma conversa telefónica amigável" que durou "aproximadamente 30 minutos".

Trump e Macron falaram sobre a guerra na Ucrânia, a reunião de líderes europeus em Paris e a próxima reunião na Arábia Saudita entre o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.

O Eliseu já tinha informado da chamada, embora não tenha divulgado detalhes dessa conversa além do facto de ter durado cerca de 20 minutos.

Macron reuniu-se hoje em Paris com os principais líderes da UE, NATO e Reino Unido para desenhar a estratégia europeia face às conversações promovidas pelos Estados Unidos para acabar com a guerra na Ucrânia, iniciada há três anos com a invasão russa daquele país.

A Administração Trump deixou claro durante a Conferência de Segurança de Munique que a Europa não terá lugar na mesa de negociações entre a Ucrânia e a Rússia, o que perturbou as capitais europeias.

A iniciativa do presidente francês foi celebrada um dia antes de duas delegações dos Estados Unidos e da Rússia, lideradas por Rubio e Lavrov, iniciarem oficialmente as negociações em Riade.

Trump, que durante a sua campanha prometeu acabar com a guerra na Ucrânia, telefonou na semana passada ao seu homólogo russo, Vladimir Putin, e depois ao ucraniano, Volodymyr Zelensky, para discutir o fim da guerra.

O plano dos Estados Unidos prevê que a Ucrânia desista de aderir à NATO e aceite a anexação de parte dos territórios ocupados à Rússia.

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.

Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

O conflito de quase três anos provocou a destruição de importantes infraestruturas em várias áreas na Ucrânia, bem como um número por determinar de vítimas civis e militares.


Leia Também: O presidente do Conselho Europeu, António Costa, garantiu hoje que "a Europa assume plenamente a sua quota-parte na assistência militar à Ucrânia", após a reunião de emergência dos principais líderes europeus, em Paris.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Luís Oliveira Sanca, antigo Combatente da Liberdade da Pátria homenageado a título póstumo com Medalha Amilcar Cabral, a mais alta distinção nacional pela participação na luta de libertação do país e na consolidação do estado direito democrático.


@Radio Voz Do Povo

Mali: Mais de vinte civis, incluindo migrantes que viajavam ilegalmente para a Argélia, foram mortos hoje no norte do Mali quando os seus veículos foram atacados por mercenários do grupo russo Wagner e soldados malianos, segundo a AFP.

© GOUSNO/AFP via Getty Images  Lusa  17/02/2025

Exército e mercenários acusados de matar mais de vinte civis no Mali

Mais de vinte civis, incluindo migrantes que viajavam ilegalmente para a Argélia, foram mortos hoje no norte do Mali quando os seus veículos foram atacados por mercenários do grupo russo Wagner e soldados malianos, segundo a AFP.

Um familiar do condutor de um dos dois veículos de transporte rodoviário, contactado pela agência de notícias France Presse em Gao, a principal cidade do norte do Mali, confirmou o incidente mortal.

"O condutor do primeiro veículo é meu primo. No dia 16 de fevereiro, saiu de Gao carregado de 'aventureiros' (candidatos à emigração clandestina para a Europa) e de nómadas", disse a fonte sob condição de anonimato.

"De Gao, dirigiam-se para a Argélia. Cruzaram-se com um grupo de mercenários wagnerianos e com alguns soldados malianos que dispararam contra eles. Todos os que estavam no primeiro carro morreram. O meu primo também", relatou.

Citando um sobrevivente do segundo veículo, que também foi visado mas que conseguiu escapar, este familiar do condutor acrescentou que "várias pessoas morreram também no segundo veículo".

"Quando o meu primo saiu de Gao, havia 15 pessoas no seu veículo. Mas ele costuma levar passageiros durante o trajeto", acrescentou.

Uma fonte militar maliana em Gao disse que "as investigações estão a decorrer (...) O exército não matou ninguém".

O exército maliano ainda não reagiu oficialmente.

"O que aconteceu é grave. Os civis foram mortos nos dois veículos na região de Tilemsi", disse à AFP um membro do governo da região de Gao.

"No total, pelo menos 20 pessoas foram mortas nos dois veículos", disse.

Num comunicado a Frente para a Libertação do Azawad (FLA) - uma coligação pró-independência do norte - denunciou a continuação da "limpeza étnica levada a cabo pela junta de Bamaco contra a população do Azawad".

"A 17 de fevereiro de 2025, dois veículos de transporte de civis que se dirigiam de Gao para a Argélia foram intercetados pela coligação terrorista FAMA (Forças Armadas do Mali)/Wagner. Entre os passageiros, pelo menos 24 pessoas, incluindo mulheres e crianças, foram friamente executadas pelo exército maliano e pelos mercenários russos de Wagner", continua o comunicado de imprensa.

A FLA "condena com a maior veemência estes massacres de civis inocentes", acrescenta o comunicado.

Desde que tomaram o poder através de golpes de Estado no Mali, em 2020 e 2021, os militares romperam a sua aliança de longa data com a antiga potência colonial francesa e viraram-se militar e politicamente para a Rússia.

Desde 2012, o Mali tem sido assolado pelas atividades de grupos filiados na Al-Qaeda e no Estado Islâmico (EI), bem como pela violência de grupos comunais e criminosos.


Ali deputado Flávio Baticã Ferreira ku si muru ku prindido tudo ku si baka ki mata pa tira simola pa golpe di estado aconteci antis di dia 27 di fevereiro... Flávio Baticã Ferreira i deputado do PAIGC pa diáspora Europa.

Por Leopold Sedar Domingos


Cerimónia de lançamento do projeto Melhorar o acesso Inclusivo à justiça através da capacitação jurídica e da reforma judicial na Guiné-Bissau "Justiça pa tudu Djintis"


@Radio TV Bantaba

Para o Bem do Povo! ... Projecto para Construção do Maior Mercado do País . Denominado "FEIRA DI BANDÉ" brevemente será executado.

@Umaro S. Embaló/Presidente de Concórdia Nacional