© GIL COHEN-MAGEN/AFP via Getty Images
Por Lusa 19/07/24
O grupo extremista
palestiniano Hamas felicitou hoje os rebeldes huthis do Iémen pelo
ataque com um 'drone' no "coração de Telavive" que provocou um morto e
tornou "a cidade insegura".
"É uma resposta à agressão brutal em curso contra o nosso povo palestiniano indefeso na Faixa de Gaza e um apoio à resistência palestiniana", afirmou o Hamas num comunicado citado pela agência espanhola EFE.
Um 'drone' explodiu em pleno ar sobre o centro de Telavive hoje de manhã, perto da embaixada dos Estados Unidos, e os estilhaços provocaram um morto e oito feridos.
O ataque foi reivindicado pelos huthis e o exército israelita disse tratar-se de um 'drone' de fabrico iraniano lançado a partir do Iémen.
O Hamas disse que o ataque marca uma "nova fase" nas atividades do chamado "eixo de resistência", uma coligação apoiada pelo Irão que integra também o movimento xiita libanês Hezbollah ou as milícias pró-iranianas no Iraque e na Síria.
Para o Hamas, a nova fase vai visar "as profundezas da entidade sionista fascista, na sua frente interna".
"Apelamos à unidade nesta batalha de honra e dignidade, e a atacar o ocupante fascista, como uma vitória do sangue de inocentes em Gaza, e em defesa da santidade da mesquita de Al Aqsa [em Jerusalém] violada pelos colonos fascistas", acrescentou.
Além dos huthis, o Hezbollah e a Jamaa Islamiya no Líbano, ou a Resistência Islâmica do Iraque têm lançado ataques contra Israel nos últimos meses "em solidariedade" com as milícias palestinianas em guerra em Gaza.
A guerra em curso em Gaza foi desencadeada por um ataque do Hamas no sul de Israel, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns.
Israel respondeu com a invasão da Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas desde 2007, com um saldo de mais de 38.800 mortos e a destruição de grande parte das infraestruturas do enclave palestiniano de 2,8 milhões de habitantes.
O ataque de hoje em Telavive é a ação de maior alcance dos huthis desde que começaram em novembro a atacar navios ligados a Israel no Mar Vermelho, bem como a cidade israelita de Eilat (sul).
O exército israelita admitiu que o 'drone' foi detetado, mas disse que um "erro humano" fez com que os sistemas de interceção e de defesa não tivessem sido ativados, segundo um oficial militar.
Na sequência do ataque as autoridades de Telavive elevaram o nível de alerta na cidade com mais de 430 mil habitantes.