domingo, 5 de março de 2023

Líder do Grupo Wagner avisa: "Se abandonarmos Bakhmut, toda a frente cai"

© Mikhail Svetlov/Getty Images

Notícias ao Minuto  05/03/23 

O líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, veio fazer um pedido bastante direto ao presidente russo, Vladimir Putin, para o fornecimento de mais apoio militar.

Numa altura em que continuam os intensos combates na cidade de Bakhmut, no leste da Ucrânia, tanto as forças russas, como as ucranianas, têm vindo a sofrer inúmeras baixas, bem como falta de munições. 

Neste contexto, o líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, veio fazer um pedido bastante direto ao presidente russo, Vladimir Putin, para o fornecimento de mais apoio militar - avisando-o de que se tal pedido não for concedido, as tentativas russas de garantir o controlo sobre Bakhmut poderão sair frustradas, segundo reporta o jornal britânico The Guardian

"Se a força mercenária privada Wagner se retirar de Bakhmut, toda a frente de batalha se desmoronará", avisou Yevgeny Prigozhin, num discurso em vídeo partilhado este domingo. E acrescentou: "O Grupo Wagner é o cimento. Estamos a atrair todo o exército ucraniano para nós, quebrando-os e destruindo-os".

O líder do grupo paramilitar citado acusou ainda, nesse momento, o Ministério da Defesa da Rússia não estar a apoiar os seus esforços convenientemente - tanto no que concerne a forças humanas, como no que diz respeito a munições.

O apelo surge numa altura em que, segundo deu conta Volodymyr Nazarenko em entrevista ao Kyiv24, um alto comandante ucraniano, a situação na cidade é um verdadeiro "inferno". Porém, acrescentou, as tropas ucranianas terão sido capazes de estabilizar a situação na linha da frente, com as forças russas a permanecerem na periferia da cidade.

A informação apoia a divulgada pelo vice-presidente da Câmara de Bakhmut, Oleksandr Marchenko, que revelou à BBC Radio 4 que as tropas de Kyiv ainda controlam a cidade, apesar dos violentos combates.

A invasão russa sobre a Ucrânia, em curso desde 24 de fevereiro do ano passado, tirou já a vida a, pelo menos, 8.000 civis, com mais de 13.000 a terem ficado feridos, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).


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