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Por LUSA 07/10/22
A Rússia substituiu o primeiro comandante do Distrito Militar Oriental, coronel-general Alexander Chaiko, poucos dias depois de também ter alterado o comando do Distrito Militar Ocidental, de acordo com 'media' russos.
O novo comandante do Distrito Militar Oriental é o tenente-general Rustám Muradov, que foi nomeado líder do grupo de forças Vostok, que opera na Ucrânia, em julho passado.
De acordo com informações dos 'media' russos, Muradov foi nomeado no dia 05, depois de o seu lugar ter sido ocupado, desde novembro de 2021, por Chaiko, que ainda consta na página do Ministério da Defesa como chefe das Forças de Defesa Aérea.
O líder das forças do Daguestão, coronel-general Sergei Melikov, confirmou esta alteração, na sua conta na rede social Telegram.
"O nosso compatriota, o herói da Rússia Rustam Usmanovich Muradov, foi nomeado comandante do Distrito Militar Oriental, um dos distritos militares mais poderosos do país, em termos de força de combate", escreveu Melikov.
"Considero correta esta decisão. Rustám Usmánovich sempre foi um líder que sabe comandar, um estratega que toma as decisões certas, um lutador corajoso que ataca primeiro", acrescentou o comandante das forças na região oriental.
"Tenho a certeza de que essas qualidades dele, bem como a educação militar e a experiência de combate adquirida nos locais 'mais quentes' - na Chechénia e na Síria -- vão ajudá-lo a lidar brilhantemente com missões de combate", acrescentou Melikov.
No passado dia 3, os 'media' russos também tinham noticiado que a Rússia substituíra o principal comandante do Distrito Militar Ocidental, coronel-general Alexandr Shuravliov, pelo tenente-general Román Bérdnikov.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,6 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa - justificada pelo presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.114 civis mortos e 9.132 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.