terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Dallen Diallo solicita a intervenção do PR Sissoco Embaló.-

RTB  17/01/2022

O líder da oposição da Guiné-Conacri, Cellou Dallen Diallo, pediu esta segunda-feira, 17 de janeiro de 2022, em Bissau ao Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, que convence os militares no poder em Conacri sobre a necessidade de um processo de transição inclusivo no País.

Em declarações aos jornalistas à saída de uma audiência no Palácio da Presidência em Bissau, Dallen Diallo disse ter solicitado a intervenção de PR Umaro Sissoco Embaló para que fale “com os camaradas militares” e também com os homólogos da CEDEAO (Comunidade Económica de Estados da África Ocidental) e da União Africana.

“A Guiné-Bissau é um País membro ativo da União Africana e da CEDEAO esperamos que ajude a Guiné-Conacri a entrar para um diálogo sincero entre as autoridades instaladas, a CEDEAO, a União Africana”.

Celou Dallen Diallo disse ter vindo a Bissau primeiro para apresentar condolências ao Presidente Sissoco Embaló pelo recente falecimento, no dia 20 de dezembro passado, do ministro da Justiça da Guiné-Bissau, Mamadu Iaia Djaló, mas também para abordar a situação na Guiné-Conacri, principalmente o actual regime de transição.

Dallen Diallo lembrou que quando os militares assumiram o poder na Guiné-Conacri, no dia 05 de setembro do ano passado, prometeram um processo de transição inclusivo em colaboração com os partidos políticos, mas lamentou que não exista diálogo entre as duas partes.

“Recentemente temos notado que não temos sido suficientemente associados ao processo. Nós apelamos ao diálogo e concertação para que continuemos juntos neste processo de transição em Guineé-Conacry”, sublinhou Diallo.

Cellou Dalleim opositor Guineense recordou que o país está neste momento suspenso da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental. “CEDEAO”, da União Africana e muitos países e parceiros suspenderam a sua cooperação “à espera do fim da transição que se encontra no país”

Diallem disse, “Para nós é muito urgente conduzir o país para as eleições livres, justas e transparentes e inclusivas para dotar o país de instituições legítimas que possam colocar em marcha o processo de reformas profundas para terminar com este flagelo que mina o funcionamento das instituições do país e a sociedade guineense”,

No dia 05 de setembro passado, os militares da Guiné-Conacri, sob o comando do coronel Mamady Doumbouya, de 41 anos, derrubaram o presidente eleito Alpha Conde, 83 anos, e iniciaram um processo de transição sem uma data prevista para as eleições gerais.

Por: Tidjane Cande

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O Presidente da República, recebeu hoje em audiência de cortesia o Senhor Cellou Dalein Diallo, Candidato à Presidência da República da Guiné.

CONFEDERAÇÃO DE ALUNOS EXIGE A DEMISSÃO DO MINISTRO DA EDUCAÇÃO NACIONAL

Odemocratagb.com

 A Confederação das Associações dos Alunos das Escolas  Públicas e Privadas na Guiné-Bissau (CAIEP) exigiu a demissão  do ministro da Educação Nacional e do Ensino Superior.

A exigência da CAIEP foi tornada pública esta segunda,17 de janeiro de 2022, pelo presidente desta organização estudantil, Alfa Umaro Só,  em conferência de imprensa, durante a qual alertou que se o governo não demitir o ministro da Educação Nacional, o país vai conhecer “uma revolução dos estudantes” nunca vista.

“Exigimos a demissão do Ministro da Educação Nacional porque perdeu o foco e é um desastre para o setor do ensino”, afirmou.

O líder estudantil acusou o  ministro da Educação Nacional de  falta de interesse em dialogar com os parceiros sociais... Ler mais

Dirigentes do PAIGC criticam gestão de Simões Pereira e preparam moção de estratégia para congresso

VOA

Antigo primeiro-ministro Artur Silva e mais quatro dirigentes afirmam que de maior partido da Guiné-Bissau o PAIGC passou a maior da oposição ao perder 20 deputados

BISSAU — O presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, vai enferntar uma Moção de Estratégia Global durante o congresso marcado para decorrer de 17 a 20 de Fevereiro e começa a enfrentar uma oposição interna,

Numa carta aberta, cinco dirigentes do partido, entre eles o antigo primeiro-ministro Artur Silva, alertam Simões Pereira que a moção“não é contra o Presidente ou a sua direcção, é antes pelo contrário, uma agenda a favor do partido que irá incorporar uma estratégia que permita reconquistar as posições políticos e instituições que o partido perdeu nos últimos 8 anos e assim materializar o programa de desenvolvimento que o povo almeja e merece”.

Artur Silva, ex-primeiro-ministro e um dos subscritores da carta

Os subscritores dizem que “perante este cenário difícil” e visando “inverter a posição de menoridade política para que foi relegado, o partido deve protagonizar uma solução governativa, liderada pelo PAIGC, en conformidade com os resultados das eleições legislativas de 2019”.

Neste sentido, dizem ser ”urgente e necessário” o PAIGC abandonar a “agenda presidencial” e canalizar os esforços políticos “para o seu objectivo estatutário e programático, a governação”.

Para tanto, enfatizam, “basta que tenhamos humildade política para compreender e aceitar que os interesses colectivos devem prevalecer sobre as agendas pessoais de todos os militantes, independentemente das funções que exercem no partido”.

Os subscritores da carta destacam aspectos e contribuições positivos da gestão de Simões Pereira à frente do partido, nomeadamente “um discurso político diferente”, a elevação da participação cívica, a atracção do interesse da diáspora pelas causas nacionais.

Eles reconhecem também que ele “revelou resiliência estóica em momentos de grandes desafios e contribuiu para a valorização da cidadania durante as eleições presidenciais de 2019”.

Entretanto, a carta aponta várias críticas ao presidente do PAIGC desde a sua eleição para o cargo em Fevereiro de 2014, nomeadamente a perda de 20 deputados, de 67 para 47, nesses sete anos e a “difculdade de relacionamento institucional” com o antigo Presidente da República, José Mario Vaz, que mergulhou o país numa “instabilidade política”.

Em 2019, registou-se “o pior resultado eleitoral de toda a história democrática do partido em período constitucional”, lembram aqueles dirigentes que ainda acusam Simões Pereira de, após o nome dele ter sido “injustamente recusado para o ponto de primeiro-ministro”, ao invês de indicar “para o cargo o nome de um dos vice-presidentes, por ordem de precedência, conforme estabelecido pelos estatutos do partido, optou por uma escolha da sua confiança pessoal – camarada Aristides Gomes - para formar uma nova coligação governativa” que, segundo a carta, “veio a revelar-se frágil”.

Os subscritores vão mais longe e dizem que o partido, “ao endossar a sua candidatura à Presidência da República, tinha perfeita consciência que a mesma, para além de violar os estatutos do partido (o presidente do partido é candidato ao cargo de primeiro-ministro), constituía ameaça e risco sério para a continuidade do Governo (em caso de derrota), mas ainda assim julgou justo assumir e correr esse risco”.

“Hoje, o PAIGC, maior partido da Guiné-Bissau, foi reduzido ao estatuto de maior partido da oposição, com apenas 47 dos outrora 67 deputados”, afirmam os subscritores da carta que, no entanto, não assumem se, como sensibilidade, terão um candidato à liderança do PAIGC no congresso.

A carta, com data de 13 de Janeiro mas que só deu entrada no secretariado do partido, na segunda-feira, 17, é subscrita por Artur Silva, Gilberto Charifo, Houssein Farhat, Maria Dias Sami e Octávio Lopes.

O presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, ainda não se pronunciou.

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Um grupo de Altos Dirigentes de PAIGC endossaram uma carta ao presidente do “PARTIDO” lembrando-lhe das sucessivas perdas de deputados e prometeram adotar uma estratégia que irá permitir o PAIGC reconquistar seu espaço e, garantem que tal moção não é contra o Presidente de PAIGC! Os assinantes: Artur Silva, Otávio Lopes, Gilberto Cherifo, Mário Dias Sami e Hussain Farhat 

Confere a carta

@Estamos a Trabalhar 

segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

PAIGC - Amadora: Conferência de Base de Amadora, Lisboa, Portugal, 15.01.22.


PAIGC - Amadora

ONG HOMEM NOVO CRIA MÁQUINA DE LAVAR ROUPA SEM ELECTRICIDADE

Odemocratagb.com

[REPORTAGEM_janeiro_2022] A ONG “Guiné-Bissau Verde Homem Novo”, através dos seus associados, apresentou uma habilidade criativa e de inovação surpreendentes, ao inventar uma máquina de lavar  roupa que não precisa de corrente elétrica. A máquina vai funcionar num  tambor que servirá de recipiente para colocar as roupas, poderá também absorver a água, tanto com sabão ou sem, e tem ainda a capacidade ou a facilidade de extrair água através da sua grande força de rotação para  a seca das roupas.

Para além da máquina de lavar roupas, a ONG Homem Novo também trabalhou  no processo de produção de lenha ecológica para o uso doméstico.  Neste caso, transformar-se-á   o lixo orgânico para a produção de lenha ecológica. 

O projeto da invenção da lenha ecológica trabalhará basicamente na transformação de papéis, palhas, cartões, madeiras  entre outros lixos orgânicos, serão moídos, ensopados em água e depois serem comprimidos num molde, e transformado em madeira , neste caso, lenha para o uso doméstico. 

“Nós temos o hábito de trabalhar com as lenhas, às vezes as pessoas usam pedaços de colchão ou cartas para acender o fogo, que liberta químicos altamente perigosos e nocivos à saúde humana”, disse, para de seguida garantir que a lenha que o seu projeto criou é mais segura e irá contribuir na limpeza da cidade, sem cortes de árvores para a produção do carvão mineral. 

Em entrevista exclusiva ao jornal O Democrata, depois do lançamento da iniciativa, o coordenador do projeto Homem Novo, Juviano Leopoldo Correia Landim, disse que apesar da sociedade guineense estar acostumada a outra forma de lavar roupas, é possível incorporar essa nova invenção. Salientou neste particular que é preciso apostar no método de sensibilização, mostrar como funciona a máquina para que as pessoas possam aderir à sua iniciativa. 

“Irá  enfrentar muita resistência  por causa do costume de lavar a roupa a mão, mas estamos à espera que as pessoas consigam ver que realmente é a melhor forma e ainda vai poupar os esforços físicos”, salientou. Landim explicou que a ideia de criar uma máquina de lavar a roupa sem recurso à eletricidade é um primeiro passo do protótipo  que ainda precisa ser melhorado. 

O Homem Novo enfatizou que a sua invenção não se limitou apenas no saneamento básico, tendo defendido que se  mais guineenses trabalharem para melhorar  a situação das comunidades  e servir o bem comum em qualquer área, será  “o verdadeiro sentido de homem novo”. 

Informou na entrevista que a máquina surgiu dentro das inovações que a ONG tem estado a desenvolver, porque “o nosso objetivo é melhorar a qualidade de vida dos cidadãos guineenses e temos estado realmente a constatar aspectos negativos a sociedade legitimou como algo normal”.

O ativista defendeu a introdução, no currículo escolar guineense, de uma disciplina sobre o saneamento básico, para garantir que cada cidadão tenha consciência sobre o saneamento, sendo uma área  de muito impacta.

“Construímos urinóis para reduzir ou acabar com o péssimo hábito de urinar  nas vias públicas, que é um dos exemplos negativos para a nossa sociedade”, indicou e disse que o trabalho de Homem Novo é fazer pressão às organizações e às instituições do Estado para que assumam as suas responsabilidades sociais.

“Criamos urinóis e funcionou perfeitamente. Já  recolheram a urina para  tratamento e transformação  em adubo orgânico. Foi possível realizar com empenho e determinação,  esse adubo é muito bom e rico ”.

Juviano Landim sublinhou que a ideia  com os  urinóis nas ruas de Bissau teve um impacto positivo, porque foi possível colocar a maior parte dos urinóis nos locais onde as pessoas urinavam ao ar livre. Realçou que a sociedade guineense precisa de apoio para a sustentabilidade da mudança de comportamento.

O ativista referiu que para conseguir a sustentabilidade e mudança de comportamento, será preciso um engajamento forte  do governo guineense, da Câmara Municipal de Bissau, mas sobretudo será necessário um “esforço gigante” dos cidadãos para ter a consciência de que, sim, é possível contribuir e mudar o rumo das coisas na Guiné-Bissau. 

Questionado sobre a persistência da população que continua a urinar nas ruas, Correia Landim frisou que lamentavelmente é um hábito que tem vindo a ser praticado há muitos anos, que não pode ser banido rapidamente “ terá uma certa morosidade  até ser revertido”.

O ativista disse acreditar que, com a colocação dos urinóis nas ruas e uma aposta forte nas campanhas de sensibilização é possível voltar a ter um hábito saudável. 

Juviano Correia Landim contou ao jornal O Democrata que o Homem Novo tem uma iniciativa denominada “Cabaz di Guinendadi”. A iniciativa visa ajudar a classe mais desfavorecida na sociedade guineense e despertar a consciência sobre a forma como algumas famílias vivem na Guiné-Bissau.

“O Homem Novo procura identificar nos bairros, as  famílias que mais necessitam para ajudá-las”, notou, tendo revelado que o projeto que lidera chegou a acudir uma senhora que teve problemas no pé e morava num quarto que não tinha porta nem janela e ainda dormia no chão.

 “O programa HN conseguiu reabilitar o quarto da senhora com a cama nova, eletrificação, etc”, afirmou, frisando que o programa não ficou por aí, também já teve várias ações do género, mas para isso é preciso ajuda de todos . 

Landim realçou que Homem Novo é um despertar da consciência dos guineenses em todas as áreas possíveis. Apesar do foco ser saneamento básico, o HN investe também em outras áreas para poder melhorar a vida da sociedade e promover o desenvolvimento na Guiné-Bissau. 

Por: Djamila da Silva 

RENAJ DIZ QUE VAI EXIGIR 35 POR CENTO DE JOVENS NA LISTA DE CANDIDATOS A DEPUTADOS

Odemocratagb.com

[ENTREVISTA_janeiro_2022] O Presidente da Rede Nacional das Associações Juvenis (RENAJ), Seco Duarte Nhaga, disse que a RENAJ vai exigir, nas próximas eleições legislativas, aos partidos políticos a colocação na lista de candidatos a deputados, 35% dos jovens como cabeças de listas e “não meros figurantes das listas”, por a juventude representar 64% da população da Guiné-Bissau e da população eleitoral.

A RENAJ lidera a iniciativa “I DJUSTA! JOVENS, NÔ TOMA TERRA” traduzido literalmente em português significa “Basta! Jovens, assumamos a governação” que visa pôr fim à “tamanha desorganização” de que o país vem sendo alvo ao longo dos tempos.

“É chegada a hora, aliás, passou da hora, de nós jovens, assumirmos as nossas responsabilidades, que passam necessariamente pela assunção do país, mediante ações concretas e concertadas, capazes de colocar maior número de jovens nas estruturas de tomada de decisões”, começou por dizer Seco Nhaga.

RENAJ CRITICA ENVOLVIMENTO DE ALTAS AUTORIDADES NO NARCOTRÁFICO E A CORRUPÇÃO

Seco Nhaga disse que se os partidos não cumprirem as exigências da juventude, a RENAJ vai mobilizar as organizações juvenis, através de uma Campanha nacional de mobilização da consciência juvenil, para uma abstenção em massa “jamais vista no país”.

“Caso haja partidos que coloquem 35% dos jovens como cabeças de listas, não vamos ter medo e nem receio de incentivar também os jovens a votar nesses partidos. Vamos assegurar que os nossos colegas jovens que estão militados nos diferentes partidos políticos encontrem espaços nas estruturas cimeiras de tomada de decisões nos respetivos partidos e incentivar mais jovens a aderirem às fileiras dos diferentes partidos, conforme a ideologia partidária na qual acreditam”, disse.

O líder juvenil apelou à colaboração de diferentes estruturas juvenis, partidárias, estudantis e religiosas a uma mobilização juvenil, em larga escala, para estarem prontos e preparados para assumir posições de relevo em todos os níveis para em uma única voz: “Dizermos: I Djusta! Jovens, Na Toma Terra”.

O presidente da RENAJ acusou a classe política de ser incapaz em dar respostas aos problemas básicos do povo guineense, apontando as sucessivas greves nos setores sociais, nomeadamente, a educação e a saúde, que levaram a que as portas das salas de aulas estejam fechadas, já lá vão mais de três anos, colocando em risco o futuro dos jovens e, durante quase todo esse tempo, os hospitais têm estado a prestar os serviços mínimos.

“Os jovens estão à altura de assumir o país. A classe política guineense sente medo dos jovens, por isso criou uma narrativa de que os jovens não estão preparados para assumir os destinos do país. Os jovens estão preparados apenas para representar o país no futebol, na arte, na música, na comunicação, nas áreas sociais, menos a governação”, ironizou.

Para Seco Duarte Nhaga, esse discurso é uma falácia, tendo prometido desconstruir essa narrativa.

“Não temos medo de sermos conectados com algum partido político. Esta é uma iniciativa dos jovens. O país está mal. Não é de hoje. Que alguém não confunda que nós nos referimos só aos problemas de hoje. O país tem sido governado mal ao longo dos anos”, disse Seco Nhaga.

No manifesto, a RENAJ disse que no setor da justiça tem-se assistido às más condições das prisões, a inexistência da independência prática das instituições judiciárias, fruto de intromissões sistemáticas dos atores políticos nas questões de natureza essencialmente jurídica, corrupção, impunidade, tráfico de pessoas e o envolvimento de altas autoridades no narcotráfico.  

“Temos assistido ao longo dos tempos as  violações gritantes dos direitos humanos na Guiné-Bissau, mesmo aqueles direitos mais sagrados, liberdades e garantias fundamentais dos cidadãos, são vergonhosamente postas em causa e o principal violador destes direitos é o próprio Estado”, disse.

O ativista frisou que a inoperância das instituições competentes na fiscalização das normas e ações governativas tem mergulhado o país numa situação de caos cada vez mais preocupante.

No documento lê-se que a radiografia que hoje se faz é de um país “desgovernado, sequestrado por uma classe política despreparada, mergulhada numa corrupção patológica, no nepotismo, no tráfico de influências, entre outras condutas que têm minado o sonho do martirizado povo guineense, particularmente dos jovens, que clamam por um país de oportunidades e de realizações”. 

O documento refere que a recente história da democracia na Guiné-Bissau tem sido marcada pelas sucessivas instabilidades político-institucionais, resultantes da incapacidade dos atores políticos em criar consensos à volta dos maiores interesses do país.

“De recorrentes golpes de Estado e consequentemente às mudanças de governação, têm sido breves momentos de construção de consensos entre os atores políticos para definir os acordos de partilha do bem público e que rapidamente voltam a entrar em conflitos. Os interesses partidários e pessoais têm, ao longo dos tempos, se sobrepostos aos interesses nacionais”, refere a mesma nota.

Segundo documento consultado pelo jornal O Democrata, o nível de ostentação da riqueza por parte dos gestores públicos demonstra o quão “gritante é o nível de corrupção” no aparelho do Estado e os órgãos da administração da justiça “têm fingido fazer a justiça, dando um amém aos corruptos para continuarem a prática”.

Por: Tiago Seide

CAN 2021: Covid-19 manda para casa metade da delegação da Guiné-Bissau

 CAN 2021, Baciro Candé, treinador da equipa da Guiné-Bissau, 11 Jan 2022

VOA

Guiné-equatorial protagoniza surpresa da prova ao vencer a campeão em título Argélia, que tem ameaçada a passagem à fase seguinte

YAOUNDÉ — A delegação da Guiné-Bissau que acompanha a selecção nacional de futebol no Campeonato Africano de Nações (CAN) 2021 viu-se reduzida para metade devido a um surto de covid-19.

Todo o corpo directivo da Federação Nacional de Futebol, incluindo o seu Presidente, o secretário de Estado dos Desportos, funcionários do Governo e alguns jornalistas foram obrigados a regressar a Bissau por estarem infectados.

No sábado, 15, o seleccionador Baciro Candé não orientou a equipa no jogo que a sua equipa perdeu contra o Egipto (0-1)por ter dado positivo, bem como mais três jogadores.

Desconhece-se, por agora, quantos jogadores poderão estar impedidos de jogar na quarta-feira, 19, no decisivo encontro ante a Nigéria, que vai determinar a passagem ou não dos “Djurtus” para a fase seguinte.

Surpresa

Quanto aos jogos deste domingo, 16, a surpresa, a primeira grande da prova, foi protagonizada pela Guiné-Equatorial que venceu a campeã em título Argélia por 1-0, deixando os magrebinos com um pé fora da competição.

Esteban Obiang foi o carrasco da equipa capitaneada pela estrela do Manchester City, Riyad Mahrez, ao marcar o único golo do jogo, a 20 minutos do fim, em Douala.

Depois do empate a zero golo ante a Costa do Marfim, as “Raposas do Deserto” têm apenas um ponto e vão enfrentar na última jornada a também favorita Costa do Marfim, que lidera o Grupo E com quatro pontos, depois de empatar hoje com a Serra Leoa.

Nesta segunda-feira, começam a ficar definidas as equipas que passam aos oitavos-de-final, com o início da última jornada da fase de grupos.

Cabo Verde joga com os Camarões e com uma vitória consegue o apuramento directo e com um empate deve ser respescado como um dos melhores terceiros.

Os Camarões já estão classificados.

No outro jogo, o Burkina Faso joga com a fraca Etiópia e, tal como Cabo Verde, com uma vitória consegue o apuramento directo e com um empate deve ser respescado como um dos melhores terceiros.

domingo, 16 de janeiro de 2022

Guiné-Bissau: PR fala com djurtus via zoom


 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló 

Segundo e último dia do Fórum dos Secretários Regionais | BAFATÁ


 Madem-G15 Movimento para Alternância Democrática


Morreu antigo Presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keita

Faleceu hoje o Ex-Presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keïta.

Por LUSA  16/01/22 

O ex-Presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keita, que liderou o país entre 2013 e 2020, morreu hoje na sua casa, em Bamako, informou a família.

"O Presidente IBK [Ibrahim Boubacar Keita] morreu esta manhã às 09:00 [hora local, mesma hora em Lisboa] na sua casa", em Bamaco, disse um familiar à agência francesa de notícias AFP.

A informação foi confirmada por vários membros da família.

Keita - ou 'IBK', como era conhecido - tinha 76 anos e subiu ao poder em 2013 na sequência de eleições nas quais superou mais de duas dezenas de candidatos e recebeu 77% dos votos.

Em agosto de 2020, foi deposto por um golpe militar e anunciou, algumas horas depois, a sua demissão e a de todo o Governo numa declaração transmitida pela televisão nacional.

Keita, que foi, na altura, detido na companhia do primeiro-ministro Boubou Cissé, foi levado para um acampamento militar onde se iniciou um motim e surgiu por volta da meia-noite na televisão pública ORTM, usando máscara.

Na declaração, citada então pela AFP, disse que tinha trabalhado desde a sua eleição, em 2013, para 'dar a volta' ao país e "dar corpo e vida" ao exército maliano, que enfrenta a violência 'jihadista' há anos.

Apresentado como "Presidente cessante", Keita referiu-se depois às "várias manifestações" que exigiram, durante meses, a sua partida, afirmando que "o pior aconteceu".

Os acontecimentos foram, na altura, acompanhados "com grande preocupação" por Portugal, como afirmou então o ministro da Defesa, já que estavam destacados 63 militares da Força Aérea Portuguesa, no âmbito da Missão Multidimensional Integrada para a Estabilização do Mali (Minusma), das Nações Unidas.

CAN - O GOLO ANULADO DOS DJURTOS ...VEJA AQUI O GOLO DE MAMA BALDÉ, ANULADO PELA AQUIPA DE ARBITRAGEM

O MAGNIFICO GOLO DO MAMA BALDE ANULADO PELA EQUIPA DE ARBITRAGEM.👇

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CAN’2021: DJURTUS PERDEM INJUSTAMENTE CONTRA EGITO

©️ O Golo GB
POR O GOLO GB  JANEIRO 15, 2022

A seleção nacional de futebol, Djurtus, perdeu hoje, (15.01), injustamente por uma bola sem resposta, frente ao Egito, na segunda jornada do grupo D da fase final do CAN Totalenergies 2021, a decorrer nos Camarões.

Numa partida marcada com anulação daquele que podia ser considerado o melhor golo até nesse momento, na 33.ª edição da prova.

O golo de Egito foi apontado por Mohamed Salah aos 69 minutos da partida.

A Guiné-Bissau fez uma boa partida, apesar de os Faraós esteveram melhores em termos de posse de bola, mas os comandados de Baciro Candé estiveram muito bem organizados defensivamente.

A Guiné-Bissau empatou a partida aos 82 muitos, numa grande jogada individual de Mama Baldé, depois de receber um pase longo de Moreto Cassamá. O avançado guineese foi mais forte na disputa de bola com o adversário, e já dentro de grande área, fez um remate bem colocado no canto inferior direito, batendo o guarda-redes egípcio, Mohamed El Shenawy.

Mas o árbitro de Burunde Ndabihawenimana Pacifique, invalidou injustamente o golo depois de recorrer ao video árbitro.

Recorde-se que a seleção da Nigéria já apurada para a próxima fase, lidera o grupo D com 6 pontos, seguido do Egito com 3, enquanto os Djurtus e o Sudão somam um ponto cada.

Na próxima e última jornada da fase de grupos a Guiné-Bissau vai defrontar as Super Águias da Nigéria e o Egito joga contra o Sudão, ambas as partidas serão no dia 19 de Janeiro no Estádio Rounmdé Adjia, em Garoua.

#Alain Denis Ikoul furioso contra o árbitro da Guiné-Bissau - Egipto: 


🎙"Se o VAR só é útil para os árbitros africanos tomarem más decisões, então deve ser tirado deles muito rapidamente. " Tenho a impressão de que alguns árbitros africanos não estão prontos para esta tecnologia. Anula-se este belo golo da Bissau-Guiné é uma verdadeira Sodomia arbitrária. Jogar futebol não é abraçar no quarto, NÃO... Duelos acontecem, e isso faz parte do jogo. Esse árbitro roubou um ponto da Guiné-Bissau.

sábado, 15 de janeiro de 2022

Madem-G15: Está em curso o 4.º Fórum dos Secretários Regionais da Região de Bafatá.


MADEM | SPERANÇA DI POVO

#sperançadipovo

 Madem-G15 Movimento para Alternância Democrática / Agê𝐧𝐜𝐢𝐚 𝐆𝐨𝐦𝐞𝐬 𝐍𝐨𝐭í𝐜𝐢𝐚𝐬-𝐠𝐛

Decore hoje, 15/01/2022 no sector de Bafata, Região de Bafata 4º Fórum dos Secretários Regionais Cidade Bafata, Com animação Cultural alegria de Bafata

CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR AO VÍDEO

Decore hoje, 15/01/2022 no sector de Bafata, Região de Bafata 4º Fórum dos Secretários Regionais Cidade Bafata, Com animação Cultural alegria de Bafata

SOB-LEMA: Fortalecer as estruturais regionais do partido  rumo ao próximo embate eleitoral. 

Dias 15 e 16 de Janeiro | BAFATA.

MADEM-G15 I SPERANÇA DI POVO 🇬🇼

Madem-G15 Movimento para Alternância Democrática 

Na sua primeira mensagem do ano dirigida ao povo guineense, o Presidente do PAIGC Domingos Simões Pereira destaca a importância da luta para que possamos mudar o atual cenário.


 PAIGC 2022

Conheça Longyearbyen a cidade onde não se pode ser enterrado

Longyearbyen, a última cidade ao norte do planeta, é situada no meio do oceano ártico, em um arquipélago com mais ou menos 2000 habitantes, 31 nacionalidades.  
Nos anos 1950 entra em vigor um decreto que proíbe as pessoas de serem enterradas na cidade. 
Depois de descoberto que os corpos sepultados no cemitério local não estavam se decompondo devido a espessa camada de gelo no solo. 
Nos anos 90 pesquisadores exumaram corpos de vítimas de uma epidemia de Gripe Espanhola e constataram que o vírus da doença também congelado continuava viável e ativo. 👇

ESCOLA DE CAPÉ, Bafatá 📌

Fonte: Suzi Barbosa

Hoje partilho um daqueles dias em que sinto-me especialmente abençoada e, de coração cheio não só por viver mais um dia, mas por assistir à conquista dos outros. Outros que neste caso são crianças a conquistar o seu futuro aqui na Guiné-Bissau, mais exatamente em Bafatá.

Tive o privilégio de visitar a escola primária erguida na propriedade privada da minha família, Carlos Capé e Maimuna Capé, logo após a independência, em 1973, onde fui recebida por este maravilhoso grupo de estudantes que me quiseram agradecer pelos apoios dados à Escola de Capé aos longo destes anos.

Não se trata apenas de paredes, cadeiras, ardósias, palmatória, ou seja, um mobiliário previsto que se imagina para uma escola, não nada disso! Falo de um espaço de sonhos e esperança para crianças vindas das tabankas vizinhas, umas mais próximas, outras mais distantes. Muitas delas fazem quilómetros e quilómetros a pé para chegar a essa escola. 

O mosaico étnico e religioso sempre foi uma das característica do nosso povo, felizmente na nossa escolinha não existem diferenças apenas são crianças tolerantes a conviver entre si.

Em 2019, seguindo o exemplo dos meus pais, ampliei a escola para responder à grande demanda dos alunos do setor de Ganadu. 

 Hoje, desejo enormemente que o sonho destas crianças, seja maior do que qualquer obstáculo que lhes possa surgir nas suas vidas. 🙏🏾🙏🏾

NOTA DE FELICITAÇÃO AO CAMARADA ALBERTO NBUNHE NAMBEIA

 Madem-G15 Movimento para Alternância Democrática

#SPERANÇADIPOVO

Guiné-Bissau: Militares guineenses convidados para para missōes internacionais de observação e manutenção da paz.


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BIAGUÊ NA N’TAN ANUNCIA A CRIAÇÃO DA ESCOLA DE FORMAÇÃO MILITAR

Odemocratagb.com
O Chefe de Estado-maior general das Forças Armadas, Biaguê Na N’Tan, anunciou a criação de uma Escola de Formação e Capacitação para Militares e paramilitares em Cumeré, para permitir que a classe castrense tenha condições de participar em missões de manutenção de paz no estrangeiro.

“É preciso formar os jovens. A França já nos deu uma bolsa de estudos. Neste momento, temos 91 militares a formarem-se na Rússia. Brasil, Marrocos e Portugal também. O ano de 2022 vai ser um ano em que vamos falar pouco. Mas vamos mostrar a nossa capacidade militar”, referiu está sexta-feira, 14 de janeiro de 2022, na cerimónia de cumprimentos de Ano Novo que recebeu das chefias  militares dos três ramos.

Na sua declaração, frisou que o Centro de Instrução de Cumeré não pode ficar sem ter uma Escola de Formação militar, tendo defendido a criação de uma “FORÇA UNIDA” que integrará militares e paramilitares, para a estabilização definitiva da Guiné-Bissau.

Biaguê Na N’tam anunciou ainda, para este ano, a participação dos militares guineenses em missão de observação em Moçambique e em exercício militar num país amigo da Guiné-Bissau, assim como vão fazer parte de uma força militar na República Centro Africana.

“Os convites foram feitos por termos criado condições para a paz e estabilidade no país. Se não tivéssemos criado essas condições, esses países não nos teriam convidado. Por isso, o meu apelo para todos é no sentido de conservarmos a paz no nosso país”, disse, elegendo 2022 como um ano para mostrar a capacidade dos militares na preservação da paz.

Perante esses fatos, o Chefe de Estado-maior general das Forças Armads apelou à classe castrense a criar condições para que haja a estabilidade definitiva na Guiné-Bissau.

“Já temos a paz na Guiné-Bissau. É preciso agora trabalharmos em conjunto para a estabilização do país. Se fizermos isso, o povo verá um país estável no qual os operadores económicos vão ter a coragem para vir investir, promover desenvolvimento e o bem-estar da população” disse.

“Recebi hoje, uma carta do chefe de Estado maior general das Forças Armadas de Portugal a solicitar-nos para participar num exercício militar conjunto. Portanto, vigiemos  juntos esta paz no país, porque vamos ter muitos ganhos” concluiu.

Por: Tiago Seide

sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Funcionários públicos do Ruanda que rejeitem vacinas são despedidos

© REUTERS/Pedro Nunes

Por LUSA  14/01/22 

Os funcionários públicos ruandeses que se recusam a ser vacinados contra a covid-19 terão que pedir a demissão, anunciaram quinta-feira à noite as autoridades do Ruanda.

"Os direitos das pessoas têm limites. Demos-lhes tempo para refletirem. Os que se recusaram categoricamente a serem vacinados, demitiram-se dos seus empregos", disse o ministro da Administração Pública, Jean-Marie Gatabazi, na televisão estatal.

O Estado deve proteger o direito dos vacinados de não serem infetados pelo vírus, acrescentou o governante.

No Ruanda, onde vigora o recolher obrigatório desde o início da pandemia de covid-19, a vacinação é obrigatória para utilizadores de transportes públicos, em restaurantes, mercados ou reuniões.

Na semana passada, o Governo pediu às empresas privadas que garantissem que os seus trabalhadores fossem todos vacinados, sob pena de "suspensão temporária de atividade" caso fosse registado um surto de infeções nos seus serviços.

Em novembro, Kigali exigiu aos funcionários públicos, ainda reticentes em se vacinarem, para o fazerem no prazo de 10 dias.

O anúncio de Gatabazi na noite de quinta-feira surge na sequência daquela exigência.

Segundo as cartas de despedimento consultadas pela agência France-Presse, algumas instituições governamentais já pediram aos seus funcionários que deixassem os empregos.

Pessoas que se recusam ser vacinadas, disseram à agência noticiosa que rejeitam as vacinas por motivos religiosos, pelo que consideraram o despedimento injustificado.

Um membro da confissão religiosa Igreja Adventista do Sétimo Dia, que vive no leste do Ruanda, disse, sob anonimato, que as autoridades locais o obrigaram a vacinar-se.

Cem ruandeses chegaram nos últimos dias à ilha de Idjwi, no lago Kivu, que faz fronteira entre o Ruanda e a República Democrática do Congo (RDCongo), alegando que fugiam às campanhas de vacinação.

Estes cidadãos foram devolvidos ao seu país na quinta-feira, segundo as autoridades locais.

As autoridades ruandesas negam que a vacinação é feita de forma obrigatória.

"Ninguém é obrigado a ser vacinado. Aqueles que fogem, como os que fugiram para a ilha de Idjwi, não foram obrigados a ser vacinados", disse Julien Mahoro Niyingabira, diretor do departamento governamental de comunicação em assuntos sanitários.

"Eles simplesmente não querem cumprir as regras que exigem que se deve estar vacinado para utilizar os transportes públicos, ir a mercados e outros locais. As regras são postas em prática para reduzir o risco de infeção", salientou.

Seis milhões de pessoas, de uma população total de 13 milhões, têm já a dupla vacinação no Ruanda, país que apresenta uma das melhores taxas de vacinação do continente africano.

O Ruanda registou 123.886 casos de covid-19 e 1.395 mortes desde o início da pandemia.

A covid-19 provocou 5.519.380 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países.


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Cumprimentos ano novo - CEGMFA exorta Forças Armadas a preservarem estabilidade do país

Bissau, 14 Jan 22 (ANG) – O Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas (CEMGFA), exortou hoje a classe castrense para tudo fazer para preservar a paz e estabilidade conseguida na Guiné-Bissau.

Biagué Na Ntan falava no habitual cumprimentos de  Ano Novo  de diferentes ramos que compõem as Forças Armadas, disse que não é por acaso que sempre apela a união no seio dos militares.

 “Digo isto porque nenhuma força pode obter vitória separada e só com a colaboração é que se ganha, por isso, agradeço à todos pelo trabalho feito ou seja esta paz que se vive no  país”, disse.

Biaguê Na Ntan disse que ele não é o principal obreiro dessa paz, e que todos contribuiram, acrescentando que  o passo seguinte é preservá-la para não escapar, criando  estabilidade definitiva no país.

Segundo o CEMGFA a estabilidade vivida no país já está a dar frutos no seio da classe castrense, uma vez que estão recebendo convites para missões internacionais de paz, nomeadamente  em Moçambique e na República Centro Africana e bolsas de estudos para França, Portugal e outros países.

Disse que o objectivo maior  este ano é a  criaçao de uma Escola Militar em Cumeré para formação e capacitação dos militares e Guarda Nacional.

Segundo ele, com estas portas que estão a abrir é preciso preparar a casa para poder estar à altura de responder  os compromissos que a globalização impõe.

Disse que a criação desta Escola em Cumeré vai ajudar aos jovens militares a estudar e posteriormente ir especializar-se no estrangeiros, tais como os  que estão actualmente  na Russia e Marrocos.

Em nome do colectivo dos oficiais das Forças Armadas, Alberto António Cuma elogiou o trabalho feito pelo Biague Na Ntan a frente dos militares durante os 08 anos como chefe máximo da hierarquia militar guineense.

Sustenta que apesar das dificuldades Na Ntan  conseguiu implementar muitos projectos internos, a  começar pelo respeito à Constituição do país e demais leis.

Segundo Cuma, Na Ntan colocou na prática a reorganização e restruturação das Forças Armadas, bem como a formação dos jovens quadros  e cumpriu a promessa de afastar os militares da política activa, reabilitação das infraestruturas militares, construção do Hospital Militar, criação dos Tribunais Militares nas Zonas Leste e Sul, entre outras  ações com a colaboração do Governo e os parceiros.

“Durante os seus oito anos a frente das Forças Armadas, o país conseguiu estabilizar e repôr a sua confiança perante a comunidade internacional, facto que permitiu a Guiné-Bissau reconquistar a sua credibilidade politica e económica  e social perante os parceiros e amigos. Por isso, o colectivo dos oficiais das FARP deseja-lhe um bom ano 2022, com saude e longa vida a nossa frente”, frisou Cuma.

Para o representante do Ministério do Interior, Arafan Mané, os trabalhos feitos sob a orientação do CEMGFA deixa marcas posítivas na vida dos guineenses. Mané pede à todos para seguirem o exemplo de Biagué Na Ntan tal como este o fez em relação a Cabral, Nino Vieira e outros, tendo pedido as Forças de Ordem e Segurança a se afastarem da politica activa.

“Por isso, peço ao Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas a dar mais impulso ao problema dos antigos combatentes para que possam ter uma reforma condigna, dando lugar aos mais jovens, uma vez que a idade não perdoa”, salientou. 

ANG/MSC/ÂC//SG

Dionísio Cabi reconhece a sua derrota e consequente vitória de Alberto Mbunhe Nambeia no VI Congresso Ordinário do PRS.


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Milhares concentram-se no Mali para manifestação

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Por LUSA  14/01/22

Milhares de malianos estão hoje a concentrar-se em Bamaco e no resto do Mali para se manifestar, a pedido da junta militar, contra as sanções da organização dos Estados da África Ocidental.

Vestidos com as cores nacionais -- verde, amarelo e vermelho -- os manifestantes começaram a concentrar-se na praça da Independência, na capital, para a oração semanal, iniciando uma mobilização organizada pelos militares, conta a agência France-Presse.

Em Tombuctu, os manifestantes concentraram-se na praça de Sankoré, em frente da mesquita, segundo fontes ouvidas pela agência noticiosa.

Imagens divulgadas nas redes sociais mostram uma densa multidão a marchar atrás da bandeira nacional nas ruas de Kadiolo, que faz fronteira com a Costa do Marfim, assim como em Bougouni, também no sul do país.

Alguns malianos ouvidos por um correspondente da AFP contaram que saíram à rua para defender o país, e não para apoiar a junta militar.

O líder da junta e presidente de transição, o coronel Assimi Goïta, aprovou um "plano de resposta" do Governo às sanções da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), escreveram os seus serviços na rede social Facebook.

"O objetivo do plano não é entrar num braço de ferro" com as organizações oeste-africanas e o Mali continua "aberto ao diálogo", acrescentaram.

O Governo maliano controlado pelos militares lançou na segunda-feira um apelo à população para manifestar o seu apoio às autoridades saídas do duplo golpe de Estado, face às sanções.

O Governo pediu ainda às autoridades religiosas que organizem orações em todos os locais de culto.

O coronel Goïta, que chegou à liderança do Mali através de um primeiro golpe de Estado em 2020 e entronizado presidente de transição após um segundo golpe em maio de 2021, exortou os malianos a "defenderem a pátria".

A CEDEAO decidiu no domingo, numa cimeira extraordinária em Acra, congelar as contas dos membros da junta militar do Mali nos bancos regionais, retirar os embaixadores dos países-membros da organização acreditados em Bamaco e suspender todas as transações comerciais com o país, com exceção de bens de primeira necessidade.

As novas sanções da CEDEAO são uma resposta à intenção do Governo do Mali de prolongar o período de transição por até cinco anos, o que significa adiar a data das eleições acordadas para 27 de fevereiro, consideradas um marco na recuperação da legitimidade constitucional após os dois golpes militares em agosto de 2020 e maio de 2021.

O embargo sobre as trocas comerciais e as transações financeiras suscita preocupações quanto ao seu impacto num país pobre e afetado pela violência e pela pandemia de covid-19.

O Mali enfrenta uma crise de segurança desde 2012 em resultado da emergência de vários grupos 'jihadistas' afiliados à Al-Qaida ou ao Estado Islâmico, que aproveitaram as debilidades do Estado maliano para se instalarem no terreno, alargando a área da presença em toda a região do Sahel.

Sucessivos episódios de violência obrigaram mais de 400.000 pessoas a fugir das suas casas e cerca de 5,9 milhões de malianos necessitam atualmente de ajuda humanitária, de acordo com o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA).