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POR SARA GOUVEIA Notícias ao Minuto 14/08/21
O coordenador da Task Force, o vice-almirante Gouveia e Melo, visitou o centro de vacinação de Loures.
No dia em que os jovens de 16 e 17 anos começam a ser vacinados, este sábado, dia 13 de agosto, o coordenador da Task Force visitou o centro de vacinação de Loures. Em declarações aos jornalistas, Gouveia e Melo deu conta de que responderam ao agendamento "mais de 160 mil jovens", sendo que o universo são "190/200 mil, grosso modo".
"Tenho uma elevada expetativa de adesão a este processo. Andei pelos centros de vacinação de manhã e vi muita gente alegre por poder finalmente ser vacinado e por isso estou muito confiante de que isto vai correr muito bem", começou por dizer.
Questionado sobre se a vacina era mesmo a forma mais eficaz de combater a pandemia, o vice-almirante respondeu com ironia que "quem não acredita nisso poderia esperar para estarem infetados 10 milhões". "Só infetamos 1 milhão em 10 porque entretanto iniciou-se um processo de vacinação que nos veio resgatar de uma situação em que estávamos reféns de um vírus", acrescentou em tom mais sério.
Terceira dose?
Sobre a terceira dose, o coordenador apontou o facto de não ser técnico, mas recordou que, no mundo, "muitos países nem a primeira dose ainda têm". "Gostaria de dizer que não se deve ir por caminhos que nos retiram a capacidade de olhar para o mundo por receios infundados, ou que não estão perfeitamente estudados, e com esses receios sermos usados em estratégias, eventualmente, até comerciais mas que não têm nada de ético", atirou.
"O mundo precisa de ser vacinado, porque senão iremos ter um efeito de boomerang - este vírus vai mutar e poderá vir atacar-nos mais tarde quando julgamos estarmos todos protegidos", continuou, referindo que "é uma altura única para mostrarmos alguma superioridade ética e ajudarmos o mundo mais pobre e mais subdesenvolvido a livrar-se também deste vírus".
Validade de vacinas
Quanto à validade das vacinas, Gouveia e Melo avançou que "há cerca de meio milhão de vacinas", todas da AstraZeneca, cuja validade "acaba no fim de outubro" e estão a ser "doadas para utilização imediata". "Não se vão desperdiçar vacinas", garantiu.
"Temos muito cuidado com isso e estamos a fazer a doação para que as vacinas sejam úteis o mais rapidamente possível a outros povos e outras nações", como tais, disse, "Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Timor-Leste". O coordenador esclareceu que "ao todo, já foram enviadas mais de 200 mil vacinas e estão a ser enviadas mais. Tem de se perceber que só agora é que começamos a acumular vacinas".
Sobre as que estão mais perto do fim da validade, "no fim de outubro", confirmou que "são cerca de meio milhão, mas já têm destino e já estão a ser preparadas para serem distribuídas". As que ficam cá além dessas têm "validade até 2022", por isso "temos bastante tempo".
DJs nos centros de vacinação
Gouveia e Melo afastou a possibilidade de alargar, para já, a iniciativa nos centros de vacinação de Loures e Odivelas, que vão ter uma 'Casa Aberta' especial, com DJs a atuar- destinada a jovens de 16 e 17 anos - para inoculação até à 01h00 da manhã de domingo. "Acho uma iniciativa interessante, gosto de pensar fora da caixa e gosto também de ajudar a iniciativa local. É positiva e dada de boa vontade, mas vamos ver como corre. Não estou a dizer que é uma solução, mas é uma solução interessante e todos nós aprendemos com estas experiências", afiançou.
Por fim, o vice-almirante reforçou o apelo que tem vindo a ser feito até então. "Venham vacinar-se. Como isto é uma pandemia não há maniera de nos escondermos deste vírus. É uma questão de tempo. Portanto é melhor estarmos vacinados do que sermos apanhados numa esquina pelo vírus", rematou.