Bissau, 12 ago 21 (ANG) – O governo guineense, através do Programa Nacional de Luta contra o Paludismo (PNLCP) leva a cabo desde segunda-feira uma campanha de distribuição de medicamentos de prevenção de paludismo para as crianças menores de 5 anos, nas regiãos de Bafatá, Gabu, Bolama e Tombali.
Em declarações à imprensa, o coordenador do PNLCP, Paulo Djata disse que prespectivam atingir 18.059 crianças de três a onze meses e 80.061 meninos de 12 a 59 meses ou seja crianças de zero à quartos anos, nas quatro regiões acima referidas.
Segundo Djata, 8.829 crianças de três a 11 meses e 39. 142 meninos de 12 a 59 meses pertencem à região de Bafatá, 139 e 614 crianças de três meses a quatro anos à Bolama, 8.507 e 37.715 da mesma idade à Gabu e para região de Tombali prevê-se que sejam abrangidas um total de 584 crianças de três a 11 meses e 2.590 de zero a quatro anos.
Disse que a campanha em curso é feita todos os anos no país nas regiões com maior número de casos de paludismo, que são as regiões de Bolama, Bafatá, Gabu e Tombali.
Instado a falar sobre os motivos da não realização da campanha ao nivel nacional, Paulo Djata informou que antes do inicio da campanha, no periodo de alta transmissão de paludismo no país, um certo número de meninos foram submetidos ao teste de paludismo e detectou-se que as regiãos excluidas tiveram uma taxa de infecção abaixo de 60 por cento.
Segundo Paulo Djata, atitulo de exemplo, no ano passado 91.300 casos de paludismo entre adultos e crianças foram registados nessas quatro regiões, dos quais 43.533 são da região de Gabu, 33.400 da região de Bafatá, 12.769 à Tombali e 1.598 casos à Bolama.
Interrogado das razões de recorrer a distribuição de medicamentos e não os mosquiteiros impregnados, disse que normalmente na luta contra qualquer doença não se deve aplicar uma só estratégia, mas sim estratégias combinadas.
“Foi esse o caso. Para além da distribuição de tendas oferecemos também medicamentos de prevenção de paludismo para as crianças, associado ao saneamento das habitações”, disse.
Referiu que a campanha de quimioprevenção sazonal começou no país em 2016, nas regiões de Bafatá e Gabu, e que no ano passado foi alargada para as regiões de Bolama Bijagos, Tombali , e que no Sector Autonomo de Bissau é feita apenas na área sanitária do bairro de Plack II.
“Este ano, os Bijagós não foi abrangido pela campanha devido a um estudo em curso nessa zona sobre o impacto do paludismo. Para não defraudar os resultados decidimos deixá-lo de fora”, disse.
Para esta campanha, segundo o coordenador do PNLCP, mais de 100 técnicos de saúde foram mobilizados para medicar os 18.059 crianças previstas de três a onze meses e 80.061 de 12 a 59 meses ou seja crianças de zero a quartos anos, entre os meses de Agosto e Novembro.
Perguntado se os técnicos dispõem de equipamentos de prevenção indivudual da Covid-19, disse que, por enquanto, ainda não,mas que foram aconselhados a usarem máscaras facial e gel para se protegerem da infecção do novo coronavirus.
“O paludismo constitui a primeira causa de consulta médica na Guiné-Bissau”, confirmou Paula Djata quando respondia se a doença ainda é a principal causa de morte de adultos e crianças no país.
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