A apresentar mensagens correspondentes à consulta Artur Silva ordenadas por data. Ordenar por relevância Mostrar todas as mensagens
A apresentar mensagens correspondentes à consulta Artur Silva ordenadas por data. Ordenar por relevância Mostrar todas as mensagens

sábado, 24 de fevereiro de 2024

Miss CEDEAO Guiné-Bissau 2024.

Fonte: Top GB Internacional

 Em 2023 a Top GB Internacional, selecionou duas representantes guineenses: a  representante Daimara Adainca Carlitos da Silva, foi titulada com o título de miss CEDEAO Internacional Guiné-Bissau e  Nayde Indi, foi titulada com o título de Miss CEDEAO Internacional diáspora Portugal,  para  representar o país no concurso de Miss CEDEAO Internacional, que será realizado em Bruxelas este ano, entre dias 28  de fevereiro a 05 de Março. O concurso irá contar com  países membros de CEDEAO e com diásporas.

No entanto, a representante Daimara Adainca Carlitos da Silva, tem patrocínio de bilhete de avião, hotel e logística, mais ainda lhe falta visto de entrada para Bruxelas, a organização já diligênciou junto com os  parceiros do estado para concessão do visto para a participação da Guiné-Bissau.

  A representante da diáspora, graças a Deus com o apoio do nosso representante do corpo diplomata Sr, embaixador  Artur Silva, em Portugal, que fez um grande papel, nos atendeu  imediatamente e apoiou a miss no bilhete de avião e logística e permitiu dar acompanhamento no que for necessário, para garantir  representação condigna.

Da mesma forma, o nosso representante do corpo diplomata Sr, embaixador Hélder Vaz, em Bruxelas,  foi muito ágil e flexível, logo que recebeu o nosso email atendeu imediatamente e deu a garantia do acompanhamento da nossa representante como embaixador no país onde será o palco do grande final miss CEDEAO Internacional. 

Assim, queremos  agradecer  pela senciblidade  de boa fé de ajudar e acompanhar a nossa representante, que bem merece apoio do estado e governo da Guiné-Bissau.

Unidos pela Boa causa, Guiné-Bissau em primeiro lugar!

Viva cultura guineense! 

Viva turismo! 

Viva juventude! 

Viva mulher guineense! 

Um bem haja a todos.


terça-feira, 30 de janeiro de 2024

ARTIGO CIENTÍFICO PERTENCENTE AO DR° Isnaba Dos Santos, JURISTA E DOCENTE DA FACULDADE DE DIREITO DE BISSAU.

Fonte: Estamos a Trabalhar

" ...Semipresidencialismo guineense, mais do suficiente, tem proporcionado a instabilidade permanente..."

Título; SISTEMA DE GOVERNOS DEMOCRÁTICOS:

SUBTÍTULO; Entre outros, o presidencialista, o parlamentarista ou o semipresidencialista.

Qual é o sistema ideal para Guiné-Bissau?

Quando se fala de sistema de governo é importante que se perceba que se trata da sede do poder (órgão onde centra o poder politico administrativo).

Todavia, no que respeita à classificação dos sistemas políticos de governo, interessa sobretudo analisar o modo como está estruturado o aparelho do Estado, por forma a descobrir onde reside a sede do poder real ou aparente do Poder, isto é, identificar a pessoa, o órgão ou conjunto de órgãos sem seu consentimento o Poder não está disponível.

Geralmente os textos constitucionais situam a sede do exercício do Poder em um dos órgãos supremo do Estado ao qual atribuem a responsabilidade de consentir quando e em que circunstâncias o Poder deve ser exercido. É este órgão que responde perante o eleitorado pela política geral da governação do país e é a sua preponderância em relação aos outros órgãos de soberania que permite identificar o tipo do sistema do governo. 

Para Prof. Marcelo Rebelo de Sousa, proceder a uma distinção básica entre os sistemas de governo é necessário tomar em consideração um conjunto de critérios: elenco dos órgãos de soberania, a sua composição, modo de designação dos seus titulares, as competências e o controlo do exercício das suas funções.

O Prof. Jorge Miranda, por seu turno, entende que a apreciação do sistema de governo num plano jurídico-constitucional implica que se tenha em atenção três conceitos jurídicos de suma importância:

O da separação de poderes

O da dependência, independência ou interdependência dos órgãos

O de responsabilidade politica, de um órgão ou de titulares de um órgão perante outro órgão 

Prof. Jorge Reis Novais afirma que “ na caracterização de um sistema de Governo não interessa apenas a enumeração ou a forma de composição ou a constituição dos deferentes órgãos de exercício do poder politico, ou descrição dos poderes de que dispõe cada um deles, mas sobretudo a natureza dos laços que estabelecem entre si, as modalidades institucionais e a prática do seu inter-relacionamento e o peso relativo que cada um manifesta no sistema do poder”.

Com esta nota sou, em tópicos, a caracterizar cada um dos sistemas dos governos democrático acima anunciado:

Sistema parlamentar

O parlamentarismo é um sistema político de governo democrático que se caracteriza essencialmente pelas seguintes regras jurídicas fundamentais comuns:responsabilidade do governo perante parlamento, reconhecimento do parlamento como fonte de todos os poderes, ausência de democracia direta, não eleição do chefe do estado por sufrágio universal, acumulação de poderes e funções.

Uma das ideias básicas do Parlamentarismo é a existência de uma estreita ligação entre o Parlamento e o Governo, que se traduz num equilíbrio de poderes e na ideia de colaboração entre estes dois órgãos.

No parlamentarismo o Governo dirige e coordena a acção do poder executivo, assumindo a direcção da política sob a orientação de um chefe de governo (primeiro-ministro, chanceler, presidente do Conselho de Ministros).

Um outro traço característico de sistema parlamentarista reside no fato de o Chefe de Estado, nas formas dos Estados Republicanos, não ser eleito por sufrágio universal, de fato nos sistemas parlamentares, o Presidente da República é eleito por um colégio restrito, cuja composição varia de uns países para outros.

Sistema presidencialista

O sistema presidencialista fundamenta-se no princípio de separação de poderes, na eleição do chefe de Estado por sufrágio universal, na atribuição ao Presidente da República das funções de Chefe de Estado e de Chefe de Executivo, na independência do Governo face ao Parlamento e na impossibilidade do Chefe do Estado dissolver o parlamento, mas pode vetar as leis advenientes do parlamento influenciando assim posição deste.

Neste sistema as instituições estão concebidas de forma muito semelhante à ideia tradicional de separação de poderes. Um outro traço deste sistema é a inexistência de um Governo como órgão colegial autónomo, executivo é unicamente constituído pelo presidente, auxiliado pelos chefes de vários departamentos da Administração.

Nos EUA a concomitante existência entre Presidente e o Congresso de uma relação de equilíbrio na qual através de um complexo sistema de pesos e contra-pesos (“cheksand Balances”) se efectiva.

Sistemas Mistos Semipresidencialista 

O semipresidencialismo é uma mescla de presidencialismo e parlamentarismo. O esquema institucional no semipresidencialismo é muito parecido com o do sistema parlamentar, pois também existe um Chefe de Estado e um Chefe do Governo e o executivo só pode governar se tiver a confiança do Parlamento.

No semipresidencialismo o Chefe de Estado é eleito pelo sufrágio universal, não se limita a exercer as funções representativas que é reservado no sistema parlamentar. Pelo contrário, é ele que dirige o Governo e que toma as grandes decisões politicas sem ser responsável por elas perante o Parlamento. Além disso, tem a faculdade de assumir poderes extraordinários, em caso de emergência. O chefe de Estado desfruta de amplos poderes, sendo por isso o elemento central do sistema.

Entre outros traços característicos deste sistema, consiste no fato de o Executivo depender simultaneamente do presidente da República e do parlamento.

O Presidente pode dissolver Parlamento, tem poder de nomeação do Primeiro-ministro e restantes membros de Governo, de criar e extinguir os ministérios, de promulgar as leis, de nomear altos funcionários, e titulares de outros órgãos, possibilidade de suscitar a fiscalização da constitucionalidade das leis, e, eventualmente de demitir o Primeiro-Ministro e de desencadear o processo de referendo nacional.

O semipresidencialismo pode revestir uma preponderância dos elementos de presidencialismo (sistema guineense) ou uma preponderância das variáveis parlamentares.

EXPERIÊNCIA DO SEMIPRESIDENCIALISMO GUINEENSE.

A 11 de Junho de 1994, desencadeou-se o processo eleitoral com a abertura da campanha para primeiras eleições presidenciais e legislativas na República da Guiné-Bissau, que tiveram lugar no dia 17 de Julho do mesmo ano, que em conformidade com os resultados publicados no Boletim oficial, Nº 28 de 18 de Julho de 1994, o Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) saiu como vencedor destas legislativas, obtendo 142.577 votos, equivalentes a 46,20%, elegeu desta forma 62 deputados à ANP, contra 19, 12, 6 e 1 deputados, de RGB/MB, PRS, UM e FLING, respectivamente.

Houve segunda volta das presidenciais realizadas no dia 7 de Agosto, que em conformidade com os resultados publicados no Boletim oficial, Nº 35, de 30 de Agosto de 1994, se elegeu Presidente da República o General João Bernardo Vieira, com 161.083 votos, contra o Dr. KumbaYalá com 148.664 votos, correspondente assim, a 52% e 48%, respectivamente.

Nesta sequência o Presidente da República General João Bernardo, (primeiro PR eleito democraticamente), tomou posse no dia 29 de Setembro do 1994, após a tomada de posse, ao abrigo do disposto no art.º 1.º do Decreto-Presidencial nº1/94, de 31 de Outubro, publicado no Boletim Oficial, Nº 45, de 7 de Novembro, nomeou para cargo de Primeiro-Ministro, Coronel Manuel Saturnino Costa.

 Conforme se constata no preâmbulo do Decreto-Presidencial nº5/97, de 30 de Maio, publicado no Boletim Oficial Nº 22, de 22 de Julho, a  24 de Maio de 1997, por Decreto-Presidencial nº4/97, demitiu o Governo liderado pelo Coronel Manuel Saturnino Costa, ou seja, este liderou governo por período de dois (2) anos e sete (7) meses.

Em consequência da demissão acima referida, por Decreto-Presidencial nº 5/97 de 30 de Maio, publicado no Boletim Oficial Nº 22, de 2 de Junho, nomeou o Eng.º Carlos Correia, para exercer as funções do Primeiro-Ministro, cargo este que exerceu até dia 3 de Dezembro de 1998, altura em que através do Decreto-presidencial n.º9/98, publicado no Boletim Oficial Numero 27, de 7 de Dezembro, nomeou o Senhor Francisco José Fadul, Primeiro-Ministro do Governo de Unidade Nacional da República da Guiné-Bissau, nomeação decorrente do Acordo de paz de Abuja, de 1 de Novembro de 1998, que ao abrigo da cláusula n.º4, as partes subscritoras aceitaram promover a curto prazo a formação de um Governo de Unidade Nacional.

Analisados os Decretos-Presidenciais de exoneração do Eng.º Carlos Correia e da nomeação do Senhor Francisco José Fadul, PRS NIM PA PAGA RENDA NA SEDI EKA TENE.

ALGUIM KU BONA BOTA DITO EL KU PAGA BOS RENDA NA SEDI.apercebe-se que, pela pressão política, o Presidente da República, General João Bernardo Vieira, nomeou o Senhor Francisco José Fadul, Primeiro-Ministro antes de exonerar o Eng.º Carlos Correia (aquele nomeado por Decreto-Presidencial n.º9/98 e este exonerado por Decreto-Presidencial nº10/98, ambos de 3 de Dezembro, ou seja, a Guiné-Bissau já experimentou horas de existência, ao mesmo tempo, de dois Primeiros-Ministros).

Assim, o Governo liderado pelo Eng.º Carlos Correia durou um (1) ano e sete (7) meses e o liderado pelo Francisco José Fadul é de um (1) ano e dois (2) meses.

Com a consumação de golpe de Estado em 11 de Maio de 1999, três dias depois, isto é, a 14 de Maio de 1999, o Senhor Malam Bacai Sanhá, então Presidente da ANP, assumiu interinamente a Chefia de Estado até dia 17 de Fevereiro de 2000.

De salientar que em 1999, realizou-se as eleições presidenciais e legislativas em que, conforme os resultados publicados no Suplemento ao Boletim Oficial Nº 1, de 4 de Janeiro de 2000 o Partido da Renovação Social (PRS), saiu vencedor com 105.736 votos, correspondentes a 38 assentos no parlamento e o segundo mais votado o PAIGC, com 23 deputados.

O Senhor MalamBacaiSanhá e Dr. KumbaYalám passaram para segunda volta das eleições presidenciais que tiveram lugar no dia 16 de Janeiro de 2000, que em conformidade com os resultados publicados no Suplemento ao Boletim Oficial Nº 4, de 25 de Janeiro de 2000, saiu como vencedor Dr. KumbaYalá, com 251.193 votos, equivalentes a 72% e Senhor Malam Bacai Sanhá, derrotado com 97.670 votos correspondente a 28%.

Assim, no dia 17 de Fevereiro de 2000, tomou posse como Presidente da República, o Dr. KumbaYalá (do PRS), que pelo Decreto-Presidencial n.º1/2000, de 18 de Fevereiro, publicado no Boletim Oficial da República da Guiné-Bissau, Número 10, de 6 de Março de 2000, nomeou o Dr. Caetano Intchama (do PRS) para cargo do Primeiro-Ministro.

A 19 de Março de 2001, por Decreto-Presidencial n.º29/2001, publicado no Suplemento ao Boletim Oficial Número 14, de 3 de Abril, o Presidente da República, Dr. KumbaYalá, nomeou para exercer o cargo do Primeiro-Ministro o Dr. Faustino FudutImbali, isto é, o Dr. Caetano Intchama, exerceu função do PM por período de um (1) ano e um (1) mês, de 18 de Fevereiro de 2000 a 19 de Março de 2001.

Passados nove (9) meses, exonerou o Dr. Faustino FudutImbali, no cargo do Primeiro-Ministro, através do Decreto-Presidencial nº67/2001, de 7 de Dezembro, no dia seguinte, ou seja, a 8 de Dezembro do mesmo ano, nomeou o Eng.º Alamara Intchia Nhassé, para chefiar Governo, através do Decreto-Presidencial nº 68/2001, ambos publicados no Boletim Oficial da República da Guiné-Bissau, Número 50, de 10 de Dezembro.

Em 2002, dia 17 de Novembro nomeou Mário Pires, Primeiro-Ministro,na sequência da dissolução da ANP.

O Dr. KumbaYalá, dissolveu a ANP, marcou eleições antecipadas para Fevereiro de 2003, que adiou para Abril, depois para Julho, finalmente, para 12 de Outubro de 2003, antes desta data, os militares tomaram poder por via de golpe de Estado no dia 14 de Setembro de 2003.

Após golpe de Estado, foi instituído o Conselho Nacional de Transição que consentiu a nomeação do Senhor Henrique Pereira Rosa, Presidente da República de Transição, no dia 28 de Setembro de 2003, função que exerceu até 1 de Outubro de 2005. 

De referir que o Conselho Nacional de Transição também consentiu a nomeação do Senhor António Artur Sanha, Primeiro-Ministro, no dia 28 de Setembro de 2003, até 10 de Maio de 2004.

Em cumprimento de, entre outros, desideratos do Conselho Nacional de Transição, Presidente da República de Transição, através Decreto-Presidencial nº57/2003, de 16 de Dezembro anunciou a data de eleições legislativas, para dias 28 de Março, em que, conforme os resultados eleitorais publicados no Boletim Oficial da República da Guiné-Bissau, número 18, de 19 de Janeiro de 2004, o PAIGC, saiu vencedor com 145.316 votos, correspondente a 45%, obtendo assim, 45 mandatos.

Com este resultado e com vista a formação de um novo Governo, Senhor Henrique Pereira Rosa, Presidente da República de Transição, através do Decreto-Presidencial nº8/2004, de 10 de Maio, publicado no Suplemento ao Boletim Oficial da Número 19, de 11 de Maio de 2004, nomeou Primeiro-Ministro o Senhor Carlos Gomes Júnior.

A 19 de Junho de 2005, realizou-se a primeira volta das eleições presidenciais, marcadas por Decreto-Presidencial n.º03/2005, de 20 de Março, em que o General João Bernardo Vieira, obteve 128.918 votos equivalente a 28,87%, e Senhor Malam Bacai Sanhá, obteve 158.276 votos,correspondente a 35,45% apurando, assim, os dois candidatos para a segunda volta.

Segunda volta das presidenciais foram realizadas no dia 24 de Julho, de 2005, em que saiu como vencedor, General João Bernardo Vieira, resultado confirmado pelo Acórdão n.º02/2005, de 19 de Agosto, publicado no Suplemento ao Boletim Oficial da República da Guiné-Bissau, Número 33, de 19 de Agosto de 2005, que tomou posse no dia 2 de  Outubro de 2005.

Depois de ser investido ao cargo do Presidente da República, exonerou Senhor Carlos Gomes Júnior das funções do Primeiro-Ministro através do Decreto-Presidencial nº 54/2005, de 28 de Outubro, conforme se lê no preâmbulo do Decreto-Presidencial nº55/2005, de 2 de Novembro, publicado no Boletim Oficial da República da Guiné-Bissau, Número 45, de 7 de Novembro de 2005, o que implica dizer que Carlos Gomes Júnior liderou Governo por período de um (1) ano e seis (6) meses.

Em consequência da exoneração supra referenciada, através do Decreto-Presidencial nº55/2005, de 2 de Novembro, publicado no Boletim Oficial da República da Guiné-Bissau, Número 45, de 7 de Novembro de 2005, o Presidente da República General João Bernardo Vieira, nomeou Dr. Aristides Gomes, para chefiar o Executivo. Decorrido dois (2) anos e cinco (5) meses, isto é, de 2 de Novembro de 2005 à 3 de Abril de 2007, exonerou este do cargo do Primeiro-Ministro, através do Decreto-Presidencial nº8/2007, de 3 de Abril publicado no Boletim Oficial da República da Guiné-Bissau, Número 17, de 23 de Abril de 2007, de imediato, nomeou Eng.º Martinho N´dafaCabi,em substituição do Dr. Aristides Gomesno referido cargo, por via do Decreto-Presidencial nº9/2007, de 3 de Abril, publicado no Bolitim Oficial, acima referido.

De salientar que, por Decreto-Presidencial nº57/2008 e Decreto-Presidencial nº58/2008, ambos de 5 de Agosto de 2008, publicados no Boletim Oficial da República da Guiné-Bissau, número 33, de 18 de Agosto de 2008, o Presidente da República João Bernardo Vieira, dissolveu e demitiu, Assembleia Nacional Popular e o Governo de Martinho N´dafaCabi, respectivamente.

De dizer que o Governo de Martinho N´dafaCabi durou um (1) ano e quatro (4) meses.

Na decorrência disso, nomeou Eng.º Carlos Augusto Gomes Correia, Primeiro-Ministro, através do Decreto-Presidencial nº 59/2008, de 5 de Agosto, publicado no Boletim Oficial da República da Guiné-Bissau, número 33, de 18 de Agosto de 2008. Ou seja, no dia 5 de Agosto de 2008, o país conheceu três Decretos Presidenciais, um de dissolução da ANP, um da demissão do Governo e outro da nomeação do novo Primeiro-Ministro.

Com fundamento no desfecho das eleições legislativas de 16 de Novembro de 2008, em que, de acordo com os resultados publicados no 3º Suplemento ao Boletim Oficial Númreo 50, de 18 de Dezembro de 2008, o PAIGC obteve 227.350 votos, correspondentes a 49,52%, com este resultado elegeu 67 deputados, portanto, vencedor, o Presidente da República João Bernardo Vieira, em cumprimento com a Constituição da República, demitiu o Governo liderado pelo Eng.º Carlos Augusto Gomes Correia, através do Decreto-Presidencial nº67-A/2008, de 25 de Dezembro, publicado no 3º Suplemento ao Boletim Oficial da República da Guiné-Bissau, número 51, de 26 de Dezembro de 2008.

Assim, conclui-se que o Eng.º Carlos Augusto Gomes Correia liderou o Governo por períodoapenas de quatro (4) meses.

Por conseguinte, nomeou o Senhor Carlos Gomes Júnior, Primeiro-Ministro, através do Decreto-Presidencial nº68/2008, de 25 de Dezembro, (dia do Natal), publicado no 3º Suplemento ao Boletim Oficial da República da Guiné-Bissau, Número 51, de 26 de Dezembro de 2008.

Após o golpe de Estado de 2 de Marco de 2009, o Dr. Raimundo Pereira, entao Presidente da ANP sucedeu interinamente, o General Joao Bernardo Veira, na chefia do Estado, até a realização das eleições presidenciais antecipadas, em que na segunda volta, dia 26 de Julho de 2009, o Senhor Malam Bacai Sanhá, foi proclamado, pela Comissão Nacional de Eleições, vencedor obtendo assim, 63,52 de votos.

Tomou posse, o Senhor Malam Bacai Sanhá, no dia 8 de Setembro de 2009, no Estadio 24 de Setembro, em Bissau.

Após as legislativas de 2009, em que saiu como vencedor o PAIGC, assim o Senhor Malam Bacai Sanhá, nomeou o senho Carlos Gomes Junior como Primeiro Ministro. 

Na decorrência da morte do então Prsidente da República Senhor Malam Bacai Sanhá, o Dr. Raimundo Pereira, assumiu, pela segunda vez, enquanto Presidente do Parlamento, o cargo de chefe de Estado interino, dia 9 de Janeiro a 12 de Abril de 2012.

Após o golpe de Estado de 12 de Abril de 2012, foi nomeado o novo Presidente da República interino, o Senhor Manuel Serifo Nhamadjo, através do consentimento dos Partidos Políticos signatários do Pacto de Transicao Politica, que de seguida nomeou o Eng.º Rui Duarte Barros, Primeiro-Ministro, por Decreto Presidencial n.º7/2012, de 16 de Maio, função que desempenhou ate 26 de Junho de 2014. 

O Eng. Rui Duarte Barros, chefiou Governo por período de dois (2) anos e um (1) mês.

A 13 de Abril de 2014, teveram lugar as eleições presidenciais e legislativas.

Conforme publicado no Suplemento ao Boletim Oficial da Republica da Guiné-Bissau, Número 17, de 29 de Abril de 2014, nas eleições legislativas de 13 de Abril de 2014, o PAIGC obteve 281.408 votos, correspondentes a 47,98%, com esse resultado elegeu 57 deputados portanto, vencedor das referidas eleicoes.

Concorreram para segunda volta das presidenciais realizadas no dia 14 de Maio de 2014, o Dr. José Mário Vaz e o Eng.º Nuno Gomes Nabiam, em que o Dr. José Mário Vaz venceu com 364.394 votos contra 224.089 votos do eng. Nuno \gomes Nabiam, conforme os dados da Comissao nacional das Eleicoes, Departamento da Estatistica e Informatica.

Depois de tomar posse o Presidente da República Dr. José Mário Vaz, em Junho de 2014, nomeaou o Eng.º Domingos Simões Pereira, Primeiro-Ministro, com fundamento em grave crise política que se vivia, demitiu o Governo em questão em Agosto de 2015. Assim o Governo liderado pelo Eng.º Domingos Simões Pereira teve duração de um (1) ano e dois (2) meses.

Por Decreto-Presidencial n.º06/2015 de 20 de Agosto, o Presidente de República Dr. José Mário Vaz, nomeou Dr. BaciroDjá Primeiro-Ministro, decreto este que caiu por força do Acórdão do STJ N.º1/2015, de 8 de Setembro.

Em cumprimento do Acórdão do STJ acima mencionado o Presidente da República no dia 17 de Setembro de 2015, nomeou o Eng.º Carlos Correia, Primeiro-Ministro 

A 12 de Maio de 2016, com fundamento em não aprovação, pela ANP, do programa do Governo Liderado pelo Eng.º Carlos Correia, o Presidente da República Dr. José Mário Vaz, através do Decreto-presidencial Nº 1/2016, de 12 de Maio, o demitiu.

A 26 de Maio de 2016, por Decreto-Presidencial nº 2/2016, publicado no Suplemento ao Boletim Oficial da República da Guiné-Bissau, Número 23, de 7 de Junho de 2016, o Presidente da República Dr. José Mário Vaz, na sequência da demissão do Governo liderado pelo Eng.º Carlos Correia que durou oito (😎 meses, nomeou Dr. Baciro Djá, Primeiro-Ministro, cuja constitucionalidade foi confirmada pelo AcórdãoNº4/2016, de 14 de Julho.

Formou-se o novo Governo liderado pelo Dr. Baciro Djá, que durou seis (6) meses, isto é, de 25 de Maio a 15 de Novembro de 2016, foi demitido através do Decreto-Presidencial nº 9/2016, publicado no Suplemento ao Boletim Oficial da República da Guiné-Bissau, Numero 47, de 22 de Novembro de 2016, em consequência, no dia 18 de Novembro do mesmo ano, nomeou o General Umaro Sissoco Embaló, Chefe do Governo, por Decreto-Presidencial nº 10/2016, de 18 de Novembro, publicado no Suplemento ao Boletim Oficial da República da Guiné-Bissau, Número 47, de 22 de Novembro de 2016.

A 16 de Janeiro de 2018, por Decreto-Presidencial nº 1/2018, publicado no Boletim Oficial da República da Guiné-Bissau, Número 6, de 5 de Fevereiro de 2018, exonerou o General Umaro Sissoco Embaló, nas funções de Chefe do Governo, foi assim, um ano (1) e dois (2) meses a chefiar o Governo.

A 30 de Janeiro de 2018, o Presidente da República José Mário Vaz, nomeou o Embaixador Augusto Artur Silva, Primeiro-Ministro, através do Decreto-Presidencial nº 2/2018, publicado no Boletim Oficial da República da Guiné-Bissau, Número 8, de 19 de Fevereiro de 2018, três (3) meses depois, o exonerou pelo Decreto-Presidencial n.º5/2018, de 16 de Abril, publicado no Boletim Oficial da República da Guiné-Bissau, Número 16, de 16 de Abril, na mesma data através do Decreto-Presidencial n.º 6/2018, nomeou o Dr. Aristides Gomes, Primeiro-Ministro e marcou a data para as eleições legislativa para dia 18 de Novembro de 2018 através do Decreto-Presidencial n.º 7/2018, que se veio a realizar a 10 de Março de 2019.

Através do Decreto-Presidencial nº 2/2019, foi nomeado o Faustino Dr. Faustino Nbali, Primeiro-Ministro.

Em conformidade com os resultados eleitorais publicados no Suplemento ao Boletim Oficial Número 12, de 19 de Março de 2019, o PAIGC saiu vencedor das eleições legislativas de 10 de Março de 2019, obtendo assim, 212.148 votos, correspondente a 35,21%, votos equivalentes a 47 deputados 

Importa falar nesta análise, da segunda volta das eleições presidenciais que tiveram lugar no dia 29 de Dezembro de 2019, em que, conforme os resultados proclamados pela Comissão Nacional das Eleições, saiu como candidato eleito o General Umaro Sissoco Embaló, com 293.359 votos correspondentes a 53,55%, contra 254.468 votos equivalentes a 46,45%, de Domingos Simões Pereira.

A dia 27 de Fevereiro de 2020, tomou posse o General Umaro Sissoco Embaló, ao cargo do Presidente da República, considerando, entre outros, o apelo do, Primeiro-Ministro ao corpo diplomático acreditado no país, para não comparecer no ato de tomada de posse do Presidente da República eleito democraticamente, o Presidente da República General Umaro Sissoco Embaló, exonerou o Primeiro-Ministro, Aristides Gomes, através do Decreto-Presidencial n.º1/2020, publicado no 4º Suplemento ao Boletim Oficial da República da Guiné-Bissau, Número 9, de 28 de Fevereiro de 2020, facto que tornou imperiosa a necessidade de nomeação de um chefe de Governo, assim, nomeou o Eng.º Nuno Gomes Nabiam, Primeiro-Ministro através do Decreto-Presidencial n.º2/2020, publicado no 4º Suplemento ao Boletim Oficial da República da Guiné-Bissau, Número 9, de 28 de Fevereiro de 2020.

Após o termo da 10ª legislatura em 2023 tiveram lugar as eleições legislativas no dia 04 de Junho, vencidas pela Coligação Plataforma Aliança Inclusiva-Terra Ranka (PAI-TerraRanka), com 264.240 votos correspondentes a 39,38% de votos, o Presidente da República General Umaro Sissoco Embaló, em cumprimento da Constituição da República, demitiu o Governo liderado pelo Eng.º Nuno Gomes Nabiam  e nomeou o Dr. Geraldo Martins, Primeiro-Ministro, por Decreto Presidencial nº47/2023,e Decreto-Presidencial nº 48/2023, ambos de 7 de Agosto, respectivamente, publicados no Boletim Oficial da República da Guiné-Bissau, Nº33, de 14 de Agosto.

De 28 de Fevereiro de 2020 a 7 de Agosto de 2023, são três anos e seis meses de vigência do Governo liderado pelo Eng.º Nuno Gomes Nabiam ao Governo.

Volvidos três meses o Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, demitiu o Governo liderado pelo Dr. Geraldo Martins, por força da dissolução do Parlamento, através do Decreto-Presidencial n.º70/2023, de 4 de Dezembro. 

Analisado a situação política e no uso das suas prerrogativas e competências constitucionais, reconduziu o Dr. Geraldo Martins a cargo do Primeiro-Ministro, através do Decreto-Presidencial n.º 71/2023, de 12 de Dezembro, que dias depois exonerou através do Decreto-Presidencial n.º 72/2023, de 20 de Dezembro, assim, tornou-se imprescindível a nomeação de um Primeiro-Ministro que assegurasse o normal funcionamento das instituições República, foi assim, então que o Presidente da República por via do Decreto-Presidencial nº73/2023, de 20 de Dezembro, nomeou Eng.º Rui Duarte Barros, Primeiro-Ministro.

VOLTANDO A QUESTÃO LEVANTADA NESTA REFLEXÃO DIRIA EU O SEGUINTE:

Há quase trinta (30) anos do semipresidencialismo guineense, no decurso normal das coisas, o país devia conhecer 6 Presidentes da República, mas pela instabilidade política permanente, conheceu 11 Presidentes da República, sendo 6 eleitos democraticamente e 5 interinos, conta com 26 Primeiros-Ministros, quando devia contar com 8 Primeiros-Ministros e o Parlamento que caiu devia ser o 8º, mas pelas razões acima invocadas é o 11º Parlamento, isto mostra claramente que, tanto os Presidentes da República, os Parlamentos, assim como, os Governos, todos, desde de 1994 a esta parte, passaram por ciclo permanente de instabilidade política.

Analisado minuciosamente as relações entre os órgãos da soberania, designadamente, o Presidente da República, o Parlamento e o Governo, constata-se inequivocamente que a experiência vivida do Semipresidencialismo guineense, mais do suficiente, tem proporcionado a instabilidade permanente aos mesmos.

Assim, concluo que tanto os Presidentes da República, os Parlamentos, assim como, os Governos, no Semipresidencialismo guineense desconhecem estabilidade institucional, há quase 3 décadas de democracia guineense. 

 Para terminar, sou da opinião de que é PRESIDENCIALISMO, sistema que melhor se ajusta a realidade concreta da Guiné-Bissau, nesta ordem de ideia, recomendo/convido à todos os atores políticos guineenses para conjugarem esforços a fim de desencadearem os procedimentos necessários com vista a criar os mecanismos políticos imprescindíveis e apontar as soluções tendentes a instituição e efectivação do PRESIDENCIALISMO, na República da Guiné-Bissau, por forma a assegurar a estabilidade aos órgãos de soberania. 

O PRESIDENCIALISMO, garante a estabilidade aos órgãos de soberania, porque fundamenta-se no princípio de separação de poderes, na atribuição ao Presidente da República das funções de Chefe do Estado e de Chefe do Executivo, na independência do Governo face ao Parlamento e na impossibilidade do Chefe do Estado dissolver o parlamento, assim consegue-se garantir a almejada estabilidade aos órgão de soberania, (PR não dissolve ANP, nem demite Governo, porque a sua pessoa coincide com a do Chefe de Governo).

BIBLIOGRAFIA:

Jorge Reis Novais, Semipresidencialismo, Volume I, Teoria do Sistema de Governo Semipresidencial, Almedina, Coimbra, 2007;

Jorge Reis Novais, Sistema Semipresidencial Português, Semipresidencialismo Volume II, Almedina, Coimbra, 2010;

Jorge Miranda e E. Kafft Costa, as Constiruiçõesdos Estados de Língua Portuguesa, Uma Visão Comparativa, Lisboa Editorial Juruá, 2013, pp.65-68; 

Jorge Miranda, Ciência Política, formas de Governo, Lisboa, 1992, pp,113-139; 

Marcelo Caetano, Manual de Ciencia política e Direito constitucional, Revista por Miguel Galvão Telles, Tomo I, reimpressão, Livraria Almedina, Coimbra, 1995, pp.350-376; 

António José Fernandes, Introdução à Ciencia Política, 3ª Edição, Porto Editora, pp. 150-155; 

Fernando Loureiro Bastos, Ciência Política, guia de estudo, Lisboa, 1999, pp.198-204;

Jorge Miranda/Rui Medeiros, Constituição Anotada, Tomo II, Coimbra Editora, 2006; 

J. J. Gomes Canotilho, Vital Moreira, Constituição da República Portuguesa Anotada, 2ª edição revista e ampliada, 2º Volume, Coimbra Editora, 1985;

JURISPRUDÊNCIAS: 

Acórdão do STJ Nº1/1997 de 30 de Setembro; 

Acórdão do STJ Nº4/2008 de 31 de Agosto; 

Acórdão do STJ Nº1/2015, de 08 de Setembro; 

Acórdão do STJ Nº2/2016 de 22 de Março, 

Acórdão STJ Nº4/2016, de 14 de Julho.

CONSTITUIÇÕES DA REPÚBLICA ANALISADAS: 

Constituição da República de Angola; 

Constituição da Republica Democrática de Timor-Leste;

Constituição de São-Tomé e Príncipe;

Constituição da República da Moçambique;

Constituição da República do Senegal

Dr. Isnaba dos Santos, Jurista

Bissau, 29 de Janeiro de 2024.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

GUINÉ-BISSAU: Hélder Vaz nomeado representante da Guiné-Bissau junto da União Europeia

© Lusa

POR LUSA  15/02/23 

O antigo embaixador guineense em Lisboa Hélder Vaz vai passar a exercer funções de embaixador da Guiné-Bissau na Bélgica e de representante do país junto da União Europeia, segundo um decreto presidencial.

"Éo Senhor Hélder Jorge Vaz Gomes Lopes, nomeado Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República da Guiné-Bissau no Reino da Bélgica, funções que exercerá cumulativamente com as de Representante da Guiné-Bissau junto da União Europeia", refere o decreto presidencial a que a Lusa teve hoje acesso.

Desde 2016, Hélder Vaz era embaixador da Guiné-Bissau em Portugal, cargo do qual foi exonerado em janeiro passado.

Para o cargo de embaixador da Guiné-Bissau em Portugal foi nomeado Artur Silva, antigo ministro dos Negócios Estrangeiros guineense.

terça-feira, 3 de janeiro de 2023

PR nomeia dois embaixadores_Portugal e Argélia.

Radio Voz Do Povo

Tratam-se do antigo primeiro-ministro, Augusto Artur António da Silva para Portugal e Mamadu Aliu Jalo para Argélia.

Como novo embaixador extraordinário e plenipotenciário da república da Guiné-Bissau na república portuguesa, Artur da Silva substitui no cargo o embaixador Hélder Jorge Vaz Gomes Lopes que desempenhava as mesmas funções desde 2016.  

Artur da Silva ocupou as funções dos Ministros dos Negócios Estrangeiros, das Pescas, da Educação e da Defesa Nacional.

Atual cônsul da Guiné-Bissau na Mauritânia, Mamadu Aliu Jaló, assume as funções do novo embaixador extraordinário e plenipotenciário da República da Guiné-Bissau na República Argelina Democrática Popular substituindo no cargo o embaixador Pedro Maria Mendes Costa nomeado em 2017.  

Licenciado em Relações Internacionais e, pós-graduado em Estudos Africanos, Aliu Jalo é técnico superior do Ministério dos Negócios Estrangeiros, foi cônsul em Conacri, diretor geral dos Correios e diretor dos Assuntos Bilaterais do Ministério dos Negócios Estrangeiros. 

@Radiovozdopovo.






sábado, 22 de janeiro de 2022

PAIGC CC - RESOLUÇÕES FINAIS

Por Ditaduraeconsenso.blogspot.com

PARTIDO AFRICANO PARA A INDEPENDÊNCIA DA GUINÉ E CABO VERDE

IIª- Reunião Extraordinária do Comité Central do PAIGC

20 e 21de Janeiro de 2022

Resoluções Finais

(aprovada por unanimidade pelos 236 participantes dos 351 Convocados)

O Comité Central do PAIGC, reuniu-se nos dias 20 e 21 de Janeiro de 2022 no salão nobre Amílcar Cabral, na sua IIª Sessão Extraordinária, à luz do nº1 do art.º 34º dos Estatutos do partido, sob a presidência do Camarada Eng.º Domingos Simões Pereira, Presidente do PAIGC.

Dos 351 membros do Comité Central convocados para esta Sessão, participaram 236membros, que aprovaram por maioria, com apenas um voto de abstenção, a seguinte ordem do dia: 

1. Situação política à luz dos preparativos do X Congresso Ordinário do PAIGC;

Na sessão de abertura, o Presidente do Partido, Eng.º Domingos Simões Pereira, cumprimentou os membros do Comité Central, convidando-os a participarem nos debates, com base na ordem do dia, colocando todas as eventuais questões que possam existir e sugerir melhores soluções adequadas para cada um em concreto, para um melhor e mais adequado funcionamento do bem-estar do partido.

Estando a reunião deste importante órgão do partido entre Congressos a decorrer numa data especial de âmbito nacional, dia 20 de Janeiro, dia dos heróis nacionais, o Presidente do partido, Camarada Engenheiro Domingos Simões Pereira, pediu um minuto de silêncio em memória dos Combatentes da Liberdade da Pátria que deram suas vidas, sangue e suor para que haja uma Guiné-Bissau livre e independente.

De seguida, o Camarada Presidente do partido, Engº Domingos Simões Pereira, passou palavra ao Camarada Comandante Manuel Santos (Manecas), Presidente da Comissão Nacional Preparatória do X Congresso do partido, que fez o ponto de situação dos trabalhos da preparação do Congresso aos Membros do Comité Central. 

2

Na sua alocução, informou o Comité Central de que os trabalhos desta estrutura de apoio ao X Congresso estão a correr normalmente, estando já concluídas as assembleias de bases e conferências de Secção a nível nacional, não havendo a registar situações alarmantes, salvo alguns casos nas conferências de secção e que já foram remetidos ao Conselho Nacional de Jurisdição, para os devidos efeitos.

Sublinhou ainda estar neste momento a ser elaborada a proposta do Guião para o Congresso, documento que será submetido aos membros do Comité Central na próxima sessão deste Órgão deliberativo visando a sua aprovação.

Referindo-se ainda a informações relacionadas com os trabalhos dos preparativos do Congresso, o Comité Central foi informado que, pese embora as orientações emanadas do Guião sobre o timing da deposição das candidaturas, tem-se registado casos de militantes que já endereçaram correspondências à Direcção Superior do partido e à Comissão Nacional Preparatória do Congresso, manifestando intenção de concorrer à liderança do PAIGC.

Outrossim, um grupo de 5 (cinco) dirigentes subscreveu uma Carta Aberta, deixando expressa a intenção de integrar um projecto para a nova liderança do Partido.

No tocante à situação política vigente no Pais, a intervenção de Umaro Sissoco Embaló, à margem da sua visita ao Hospital Simão Mendes, foi objeto de várias interpelações, que as consideraram como tentativas de ameaças descabidas, e de ingerências antidemocráticas e inconstitucionais na vida interna do Partido, pondo em causa a luta pela consolidação de um Estado de Direito Democrático na Guiné-Bissau.

Quanto aos outros acontecimentos marcantes da vida nacional, a Camarada Dra. Maria Odete Costa Semedo fez a restituição da sua participação na cerimónia de homenagem de um destacado dirigente do PAIGC, pela Universidade Colinas de Boé, no quadro de reconhecimento de homens e mulheres de cultura guineense. Trata-se do Camarada Adriano Gomes Ferreira (ATCHUTCHI), a quem foi atribuído um diploma de mérito, intitulado FIDJU DI GUINÉ BALI.

Esta distinção foi enaltecida pelo Presidente do PAIGC, quando retomou a palavra para continuar a dirigir os trabalhos da sessão. Foi nessa ocasião que o Camarada Eng. Domingos Simões Pereira se referiu à entrada, na Sede do Partido, de uma Carta Aberta subscrita por cinco dirigentes, e, que pela sua natureza, foi remetida a Comissão Nacional Preparatória, para efeitos de análise e tratamento. 

3

De seguida, seguiu-se um aturado debate sobre a Carta Aberta, tendo na base do mesmo sido produzidas as seguintes Resoluções:

1. Apelar aos dirigentes subscritores da Carta Aberta dirigida ao Presidente do Partido a reconsiderarem a sua posição, enquanto membros do Comité Central, respeitando escrupulosamente os procedimentos estatutários, sob pena de incorrerem em processo disciplinar, em conformidade com o Regulamento Disciplinar.

2. Aprovar uma moção de solidariedade e de confiança ao camarada Domingos Simões Pereira, encorajando-o a preparar e apresentar uma Moção de Estratégia ao X Congresso do Partido, visando concluir o seu Projecto de Sociedade, iniciado no Congresso de Cacheu.

3. Apelar a todos os militantes do PAIGC para a necessidade de cumprimento escrupuloso dos Estatutos e das normas regulamentares no processo de apresentação de Moções de Estratégia para a apresentação de candidaturas à Liderança do nosso Partido.

4. Aprovar uma moção de gratidão e reconhecimento aos Heróis Nacionais e Combatentes da Liberdade da Pátria pela abnegada, heróica e histórica luta armada, dirigida pelo PAIGC e o seu líder imortal Engº Amílcar Lopes Cabral, que levou à libertação total e à proclamação unilateral do Estado da Guiné-Bissau.

5. Aprovar uma moção de felicitação ao Camarada Adriano Gomes Ferreira (ATCHUTCHI) pela atribuição do Diploma intitulado “Fidju de Guiné Bali” que distingue mulheres e homens da Arte, Cultura e Cinema mais destacados;

6. Condenar, com veemência, as declarações do Senhor Umaru Sissoco Embaló, pelas sucessivas ameaças e tentativas de ingerência na vida do PAIGC, pondo em causa o projeto de consolidação de um Estado de Direito Democrático que todos os guineenses almejam;

7. Tomar nota de boa apreciação feita pelos membros do Comité Central relativamente aos trabalhos levados a cabo e os resultados obtidos até aqui pela Comissão Nacional Preparatória do Congresso, encorajando-a a prosseguir as tarefas que lhes são cometidas para assegurar o sucesso desta Reunião Magna.

4

No capítulo das Recomendações, os Membros do Comité Central presentes nesta 2ª Sessão Ordinária de 2022 deliberaram:

1. Que o Secretariado Nacional do PAIGC deve prosseguir as sessões de formação ideológica visando reforçar as capacidades das organizações de massas do Partido, consagrando sessões específicas para os Trabalhadores Sindicalizados sobre as grandes realizações do PAIGC nos primeiros anos pós-independência e na vigência do multipartidarismo na Guiné-Bissau.

Considerações Finais:

Não obstante o calor e a intensidade dos debates, esta 2ª Reunião Extraordinária do CC relativo ao Ano 2022 decorreu num ambiente de elevado espírito de camaradagem, militância, disciplina e transparência.

Feito em Bissau, aos vinte e um dias do mês de Janeiro de dois mil e vinte e dois.

O Comité Central

Sede Nacional do PAIGC Praça dos Heróis Nacionais

Leia Também: 

 PAIGC AMEAÇA SANCIONAR OS SUBSCRITORES DA CARTA ABERTA DIRIGIDA A DOMINGOS SIMÕES PEREIRA

Odemocratagb.com

O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) ameaça instaurar um processo disciplinar contra os subscritores da carta aberta dirigida ao presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, caso não reconsiderem as suas posições.

“Apelar aos dirigentes subscritores da Carta Aberta dirigida ao presidente do Partido a reconsiderarem a sua posição, enquanto membros do Comité Central, respeitando escrupulosamente os procedimentos estatutários, sob pena de incorrerem em processo disciplinar, em conformidade com o Regulamento Disciplinar” lê-se na resolução do Comité Central do partido. 

Os dirigentes do PAIGC, Artur Silva (antigo primeiro-ministro), Gilberto Charifo, deputado Houssein Farhat, Mário Dias Sami e Octávio Lopes (ex-deputados), denunciaram as tentativas de “restringir” a pluralidade de candidaturas, no próximo congresso do partido, criticando a liderança de Domingos Simões Pereira que levou  o partido a “somar derrotas e a perder tudo”, desde a Presidência da República, o governo e a maioria na Assembleia Nacional Popular (ANP), “por causa da sua agenda presidencialista”.

Na reunião extraordinária do órgão realizada nos dias 20 e 21 de janeiro, na qual participaram 236 dos 351 membros, o Comité Central aprovou uma moção de solidariedade e de confiança ao Domingos Simões Pereira, encorajando-o a preparar e apresentar uma Moção de Estratégia ao X Congresso do Partido, “visando concluir o seu Projeto de Sociedade, iniciado no Congresso de Cacheu”, apelando a todos os militantes do PAIGC para a necessidade de cumprimento escrupuloso dos Estatutos e das normas regulamentares no processo de apresentação de Moções de Estratégia para a apresentação de candidaturas à Liderança do Partido.

Sobre as declarações do Presidente da República, Umaro Sissoco Embalo, segundo as quais, não nomearia Domingos Simões Pereira como Primeiro-Ministro mesmo que o PAIGC vença as legislativas de 2023, os membros do Comité Central condenam, “com veemência”, tais declarações, considerando-as “sucessivas ameaças e tentativas de ingerência na vida do PAIGC”, pondo em causa o projeto de consolidação de um Estado de Direito Democrático que todos os guineenses almejam.

O Comité Central aprovou ainda uma moção de gratidão e reconhecimento aos Heróis Nacionais e Combatentes da Liberdade da Pátria “pela abnegada, heróica e histórica luta armada, dirigida pelo PAIGC e o seu líder imortal Engº Amílcar Lopes Cabral, que levou à libertação total e à proclamação unilateral do Estado da Guiné-Bissau”, assim como uma moção de felicitação ao Adriano Gomes Ferreira (ATCHUTCHI) pela atribuição do Diploma intitulado “Fidju de Guiné Bali” que distingue mulheres e homens da Arte, Cultura e Cinema mais destacados pela Universidade Colinas de Boé.

O PAIGC vai realizar em fevereiro próximo o seu X° congresso ordinário. Até aqui, manifestaram a intenção de candidatar-se à liderança do partido, os dirigentes Otávio Lopes e Martilénio dos Santos.

Por: Tiago Seide

terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Dirigentes do PAIGC criticam gestão de Simões Pereira e preparam moção de estratégia para congresso

VOA

Antigo primeiro-ministro Artur Silva e mais quatro dirigentes afirmam que de maior partido da Guiné-Bissau o PAIGC passou a maior da oposição ao perder 20 deputados

BISSAU — O presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, vai enferntar uma Moção de Estratégia Global durante o congresso marcado para decorrer de 17 a 20 de Fevereiro e começa a enfrentar uma oposição interna,

Numa carta aberta, cinco dirigentes do partido, entre eles o antigo primeiro-ministro Artur Silva, alertam Simões Pereira que a moção“não é contra o Presidente ou a sua direcção, é antes pelo contrário, uma agenda a favor do partido que irá incorporar uma estratégia que permita reconquistar as posições políticos e instituições que o partido perdeu nos últimos 8 anos e assim materializar o programa de desenvolvimento que o povo almeja e merece”.

Artur Silva, ex-primeiro-ministro e um dos subscritores da carta

Os subscritores dizem que “perante este cenário difícil” e visando “inverter a posição de menoridade política para que foi relegado, o partido deve protagonizar uma solução governativa, liderada pelo PAIGC, en conformidade com os resultados das eleições legislativas de 2019”.

Neste sentido, dizem ser ”urgente e necessário” o PAIGC abandonar a “agenda presidencial” e canalizar os esforços políticos “para o seu objectivo estatutário e programático, a governação”.

Para tanto, enfatizam, “basta que tenhamos humildade política para compreender e aceitar que os interesses colectivos devem prevalecer sobre as agendas pessoais de todos os militantes, independentemente das funções que exercem no partido”.

Os subscritores da carta destacam aspectos e contribuições positivos da gestão de Simões Pereira à frente do partido, nomeadamente “um discurso político diferente”, a elevação da participação cívica, a atracção do interesse da diáspora pelas causas nacionais.

Eles reconhecem também que ele “revelou resiliência estóica em momentos de grandes desafios e contribuiu para a valorização da cidadania durante as eleições presidenciais de 2019”.

Entretanto, a carta aponta várias críticas ao presidente do PAIGC desde a sua eleição para o cargo em Fevereiro de 2014, nomeadamente a perda de 20 deputados, de 67 para 47, nesses sete anos e a “difculdade de relacionamento institucional” com o antigo Presidente da República, José Mario Vaz, que mergulhou o país numa “instabilidade política”.

Em 2019, registou-se “o pior resultado eleitoral de toda a história democrática do partido em período constitucional”, lembram aqueles dirigentes que ainda acusam Simões Pereira de, após o nome dele ter sido “injustamente recusado para o ponto de primeiro-ministro”, ao invês de indicar “para o cargo o nome de um dos vice-presidentes, por ordem de precedência, conforme estabelecido pelos estatutos do partido, optou por uma escolha da sua confiança pessoal – camarada Aristides Gomes - para formar uma nova coligação governativa” que, segundo a carta, “veio a revelar-se frágil”.

Os subscritores vão mais longe e dizem que o partido, “ao endossar a sua candidatura à Presidência da República, tinha perfeita consciência que a mesma, para além de violar os estatutos do partido (o presidente do partido é candidato ao cargo de primeiro-ministro), constituía ameaça e risco sério para a continuidade do Governo (em caso de derrota), mas ainda assim julgou justo assumir e correr esse risco”.

“Hoje, o PAIGC, maior partido da Guiné-Bissau, foi reduzido ao estatuto de maior partido da oposição, com apenas 47 dos outrora 67 deputados”, afirmam os subscritores da carta que, no entanto, não assumem se, como sensibilidade, terão um candidato à liderança do PAIGC no congresso.

A carta, com data de 13 de Janeiro mas que só deu entrada no secretariado do partido, na segunda-feira, 17, é subscrita por Artur Silva, Gilberto Charifo, Houssein Farhat, Maria Dias Sami e Octávio Lopes.

O presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, ainda não se pronunciou.

Veja Também:

Um grupo de Altos Dirigentes de PAIGC endossaram uma carta ao presidente do “PARTIDO” lembrando-lhe das sucessivas perdas de deputados e prometeram adotar uma estratégia que irá permitir o PAIGC reconquistar seu espaço e, garantem que tal moção não é contra o Presidente de PAIGC! Os assinantes: Artur Silva, Otávio Lopes, Gilberto Cherifo, Mário Dias Sami e Hussain Farhat 

Confere a carta

@Estamos a Trabalhar 

terça-feira, 30 de novembro de 2021

PAIGC - CHEGARAM AS SANÇÕES

Artur Silva👇
Suzi Barbosa (5 anos de suspensão)👇


Cipriano Cassama 👇

Fonte: ditaduraeconsenso.blogspot.com

Leia Também: 


Por Lusa
    
O Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) suspendeu por um período de cinco anos a militância no partido da atual chefe da diplomacia guineense, Suzi Barbosa, anunciou hoje o partido.

"O coletivo da secção disciplinar do Conselho Nacional de Jurisdição e Fiscalização delibera em aplicar à arguida Suzi Carla Barbosa a pena de suspensão de cinco anos", pode ler-se no acórdão do processo disciplinar distribuído à imprensa.

O acórdão considera como "provado" que Suzi Barbosa "coadjuvou o autoproclamado Presidente no seu reconhecimento internacional", quando ainda decorria um contencioso eleitoral no Supremo Tribunal de Justiça, e que a atual ministra "acusou o partido de ser apegado ao poder, de corromper os juízes do Supremo Tribunal de Justiça, e de falta de honestidade no que se refere aos resultados eleitorais".

O acórdão considera também como provado que Suzi Barbosa "acusou o candidato presidencial do partido de ter conhecimento da perda de eleições" e "abandonou o Governo sem justificações ao partido e participou em outro sem anuência dos órgãos" do PAIGC.

Para o Conselho Nacional de Jurisdição e Fiscalização, Suzi Barbosa "demonstrou o seu desinteresse em cumprir com as regras do PAIGC, pois afirmou que antes de ser membro do PAIGC é guineense".

segunda-feira, 22 de novembro de 2021

PAIGC convoca 'bureau' e comité para discutir situação na Guiné-Bissau

© Lusa

Por LUSA  22/11/21

O Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) convocou reuniões do 'bureau' político e do comité central para, entre vários assuntos, discutir a situação política na Guiné-Bissau, refere a convocatória enviada à Lusa.

Segundo a convocatória, as reuniões vão decorrer nos dias 26 e 27 e serão debatidas a situação política do país, os processos em curso no Conselho Nacional de Jurisdição e Fiscalização e os preparativos dos congressos e conferências da juventude do partido, da União Democrática das Mulheres e da Conquatsa (Conferência Nacional dos Quadros Técnicos Militantes, Simpatizantes e Amigos do PAIGC).

Também será analisado, segundo a convocatória, o relatório do secretariado nacional sobre as decisões tomadas na última reunião do comité central.

A Guiné-Bissau tem vivido momentos de alguma tensão política, depois de o Presidente Umaro Sissoco Embaló ter voltado a ameaçar dissolver o parlamento e de o primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam, ter mandado reter um avião que aterrou no aeroporto Osvaldo Vieira, em Bissau, por alegada ordem da Presidência guineense.

O primeiro-ministro anunciou, entretanto, uma investigação externa em relação ao avião.

O chefe de Estado realizou na semana passada um Conselho de Estado para analisar a situação política do país, mas o primeiro-ministro não esteve presente, reforçando a ideia de que as relações entre os dois estão crispadas, depois de na celebração do dia das forças armadas o Presidente não ter cumprimentado publicamente Nuno Gomes Nabiam.

Mais tarde, foi divulgado à imprensa pela Presidência um vídeo de o chefe de Estado a cumprimentar o primeiro-ministro quando chegou ao estádio nacional 24 de Setembro, onde decorreram as cerimónias.

Já a nível interno do PAIGC, vencedor das legislativas de 2019, mas que não está no poder, o 'bureau' político e o comité central também devem ser informados sobre os processos em curso no Conselho Nacional de Jurisdição e Fiscalização.

No último ano, o Conselho Nacional de Jurisdição e Fiscalização do partido suspendeu a militância dos cinco deputados que votaram a favor do programa do Governo, liderado por Nuno Gomes Nabiam, e notificou o presidente do parlamento, Cipriano Cassamá, bem como o antigo primeiro-ministro Artur Silva, além do antigo líder do partido e ex-primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, e a atual chefe da diplomacia guineense, Suzi Barbosa.

domingo, 25 de abril de 2021

Últimas: Remodelação Governamental que mantém a figura do vice-Primeiro-ministro e, entrada de 9 novos membros no total 31 ministros e secretários.

Presidente da Guiné-Bissau aceita remodelação do Governo de Nuno Nabiam

Umaro Sissoco Embaló, aceitou remodelação do Governo proposta pelo primeiro-ministro, Nuno Nabiam, que tirou do executivo seis ministros e três secretários de Estado

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, aceitou hoje uma remodelação do Governo proposta pelo primeiro-ministro, Nuno Nabiam, que tirou do executivo seis ministros e três secretários de Estado.

Através de decretos presidenciais anunciados pelo gabinete de comunicação, a presidência guineense anunciou as saídas do Governo de Jorge Malu, ministro dos Recursos Naturais e Energia; Jorge Mandinga, Transportes e Comunicações; Abel da Silva, Agricultura e Desenvolvimento Rural; Artur Sanha, do Comércio e Indústria; António Deuna, da Saúde Pública,; e de Jibril Baldé, da Educação e Ensino Superior.

Também deixaram o Governo, Dara da Fonseca Ramos, secretária de Estado das Comunidades; Nhima Sissé, secretária de Estado do Turismo e Artesanato; e Conco Turé, secretário de Estado da Comunicação Social.

Entram para o Governo, Orlando Viegas, para a pasta de ministro dos Recursos Naturais e Energia; Marciano Barbeiro para Agricultura e Desenvolvimento Rural,; Iaia Djalo, para Justiça e dos Direitos Humanos,; Fernando Vaz, Turismo e porta-voz do executivo; Tcherno Djalo, Comércio e Indústria,; Cirilo Djalo para Educação e Ensino Superior; e Dionísio Cumba, Saúde Pública.

O executivo passa a contar com quatro ministros de Estado: Suzi Barbosa, que se mantém como ministra dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e Comunidades,; Orlando Viegas (do Partido da Renovação Social, PRS); Marciano Barbeiro (do Movimento para a Alternância Democrática, Madem G-15); e Botche Candé (figura próxima do Presidente guineense).

A deputada e advogada luso-guineense do Madem G-15, Salumé Santos Allouche, entra para o executivo como secretária de Estado das Comunidades, uma pasta que era ocupada por Dara da Fonseca Ramos.

Na nova configuração do Governo, é notório o reforço do “peso” do PRS, terceira força política no parlamento, em detrimento da Assembleia do Povo Unido — Partido Social-Democrata (APU-PDGB) do primeiro-ministro, Nuno Nabiam, quarta força política no parlamento guineense.

Alguns elementos transitaram do anterior executivo, mas ocupando outras funções: são os casos de Fernando Mendonça, que saiu da Justiça e Direitos Humanos para a Comunicação Social, e de Augusto Gomes, que deixa a secretaria de Estado da Cooperação Internacional para chefiar o ministério dos Transportes e Comunicações.

Tcherno Djalo, do PRS, antigo reitor da universidade Lusófona de Bissau, volta ao Governo, depois de ter sido conselheiro presidencial, para liderar a pasta do Comércio e Indústria; Tumane Baldé (PRS), ligado ao comissariado nacional luta contra a covid-19, regressa ao ministério da Administração Pública; e Iaia Djalo (líder do Partido da Nova Democracia, de que é o único deputado no parlamento), volta a assumir a pasta do ministro da Justiça e dos Direitos Humanos.

Dionísio Cumba (PRS), também médico ligado ao combate à covid-19, entra para o Governo pela primeira vez como ministro da Saúde Pública.

Fernando Vaz, até aqui um dos conselheiros do primeiro-ministro, retorna ao cargo de ministro do Turismo, que já ocupou em governos anteriores, mas agora para acumular com as funções de porta-voz do executivo.

O novo ministro da Educação e Ensino Superior, Cirilo Mamasaliu Djalo, é dirigente do Madem G-15 e era um dos diretores gerais do ministério que agora vai chefiar.

No decreto do presidente, Umaro Sissoco Embalo, no qual anunciou as mudanças, refere-se que as mesmas ocorreram sob proposta do primeiro-ministro, Nuno Nabiam para “melhorar a atividade governativa”.

MB // JMC

visao.sapo.pt  25.04.2021.. Atulizado às 09h12

Confira as notasos decretos:👇👇👇