quarta-feira, 5 de março de 2025

Os líderes árabes adotaram hoje no Cairo um plano para a reconstrução da Faixa de Gaza e o regresso da Autoridade Palestiniana, apresentado como alternativa ao plano de Donald Trump de colocar o território sob controlo americano.

© Ashraf Amra/Anadolu via Getty Images  Lusa  05/03/2025 

Cimeira árabe adota plano de reconstrução de Gaza em alternativa ao de Trump

Os líderes árabes adotaram hoje no Cairo um plano para a reconstrução da Faixa de Gaza e o regresso da Autoridade Palestiniana, apresentado como alternativa ao plano de Donald Trump de colocar o território sob controlo americano.

Os líderes dos países da Liga Árabe alertaram contra as tentativas "odiosas" de deslocar a população de Gaza, e apelaram para a união dos palestinianos sob a égide da Organização de Libertação da Palestina (OLP), excluindo efetivamente o movimento islamita Hamas, que não é membro daquela entidade.

Acordaram ainda em criar um fundo para financiar a reconstrução de Gaza, destruída por 15 meses de guerra entre Israel e o Hamas, e apelaram para uma contribuição internacional para acelerar o processo.

Segundo o plano a Faixa de Gaza será administrada durante um período de transição por um comité de tecnocratas palestinianos, antes de a Autoridade Palestiniana retomar o controlo do território.

Na cimeira, o Egito apresentou um plano de 53 mil milhões de dólares (50 mil milhões de euros) em cinco anos, uma estimativa equivalente à da ONU, para reconstruir a Faixa de Gaza.

Por seu lado, o Hamas "saudou" o plano árabe e a criação de um comité para gerir o território após a guerra.

A primeira fase da reconstrução, com uma duração de seis meses, será consagrada à remoção dos escombros, à desminagem e ao alojamento provisório de mais de 1,5 milhões de pessoas.

Seguir-se-ão duas fases de reconstrução, a primeira das quais abrangerá as infraestruturas essenciais e o alojamento permanente e a segunda as que incluem um porto comercial e um aeroporto.

O presidente egípcio Abdel Fattah al-Sissi afirmou que o plano garantirá que os 2,4 milhões de habitantes de Gaza permaneçam nas suas terras, em resposta ao plano do Presidente dos EUA de os expulsar para o Egito e a Jordânia e transformar o território na "Riviera do Médio Oriente".

No entanto, Sissi não criticou diretamente o plano de Donald Trump, que causou um protesto internacional no início de fevereiro, e disse que o presidente norte-americano era "capaz de alcançar a paz" na região.

"Qualquer tentativa odiosa de deslocar o povo palestiniano ou (...) anexar parte dos territórios palestinianos ocupados mergulharia a região numa nova fase de conflito (...) que representa uma clara ameaça à (...) paz" no Médio Oriente, refere o comunicado final divulgado pela cimeira.

O Cairo vai procurar o apoio dos países muçulmanos para o seu plano numa cimeira de emergência da Organização de Cooperação Islâmica (OCI), na sexta-feira, em Jeddah, na Arábia Saudita, para que o projeto "se torne um plano árabe e islâmico", segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros egípcio, Badr Abdelatty.

A cimeira realizou-se num contexto de impasse sobre a continuação do cessar-fogo em vigor desde 19 de janeiro, entre Israel, que exige a "desmilitarização total" de Gaza, e o Hamas, que insiste em permanecer no território.

O movimento islamita tomou o poder no território em 2007, depois de ter destituído a Autoridade Palestiniana, liderada por Mahmoud Abbas, de 89 anos, que afirmou nesta cimeira estar preparado para organizar eleições presidenciais e legislativas nos Territórios Palestinianos "no próximo ano", "desde que as condições estejam reunidas".

O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, que também esteve no Cairo, afirmou que a ONU "apoia firmemente" o plano árabe.

O Governo israelita continua a repetir que se reserva o direito de retomar os combates em qualquer altura para aniquilar o Hamas se este não depuser as armas, e lamentou que a cimeira extraordinária de líderes da Liga Árabe, na qual participaram também a União Africana (UA) e a União Europeia (UE), tenha optado pelo plano egípcio para a reconstrução de Gaza sem avaliar a ideia de Donald Trump.

A primeira fase da trégua de 42 dias entre Israel e o Hamas terminou em 1 de março, depois de ter permitido o regresso de 33 reféns detidos em Gaza em troca da libertação por Israel de cerca de 1.800 detidos palestinianos.

As duas partes estão agora em desacordo sobre a próxima fase do processo, cuja primeira consequência é o bloqueio imposto por Israel no domingo à entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza sitiada.

Por outro lado, os islamitas voltaram a insistir na "necessidade de obrigar" Israel a aplicar a segunda fase do acordo de cessar-fogo, que deveria ter entrado em vigor no domingo, e a "rejeitar qualquer projeto que vise a deslocação dos palestinianos".

Israel quer que a primeira fase da trégua seja prolongada até meados de abril, enquanto o Hamas insiste na aplicação da segunda fase, que prevê um cessar-fogo permanente e a libertação de todos os reféns.

"A ideia do presidente Trump é uma oportunidade para os habitantes de Gaza terem liberdade de escolha com base no livre arbítrio - é isso que deveria ter sido pressionado", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros numa mensagem no X.

O ataque do Hamas no sul de Israel fez 1.218 mortos israelitas, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais e incluindo os reféns que morreram ou foram mortos em cativeiro.

A resposta do exército israelita causou pelo menos 48.405 mortos em Gaza, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas, considerados fiáveis pela ONU.


terça-feira, 4 de março de 2025

Saúde: Sintomas de falta de ferro que muitos desvalorizam (e não deviam)... É importante estar atento e não ignorar os sintomas. Saiba mais.

© Shutterstock   Notícias ao Minuto  04/03/2025

É importante lembrar que o ferro tem um papel crucial na "produção de glóbulos vermelhos no corpo", explica Stephanie Ooi, uma médica, citada no Mirror. Quando está em falta o corpo manifesta-se com sintomas como cansaço e fadiga, ambos são, muitas vezes, ignorados e associados a outros problemas. 

"É fácil ignorar os sentimentos de exaustão como resultado de um estilo de vida agitado", explica. Já nos meses de inverno podemos "naturalmente assumir que se devem aos dias mais curtos e às noites mais longas".

Geralmente, "os sintomas de níveis baixos de ferro incluem: fadiga, cansaço, função imunitária enfraquecida, assim como função cognitiva prejudicada, como dificuldade de concentração e de resolução de problemas". De acordo com a médica, "os episódios prolongados de fadiga ou qualquer um destes sintomas, quer apareçam isoladamente ou com outros, devem ser sempre investigados". 

"Para além de terem impacto na qualidade de vida, se não forem tratados, os níveis baixos de ferro têm impacto no sistema imunitário e podem tornar as pessoas mais susceptíveis a doenças e infeções", alerta a médica.

Por isso, a especialista recomenda uma que aposte em alimentos ricos em ferro, como "a carne vermelha, a carne de porco, os cereais enriquecidos e os vegetais de folhas verdes escuras". 


Leia Também: Com estas frutas e vegetais, nunca mais terá falta de ferro

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Estónia afirmou hoje que a decisão dos Estados Unidos de suspender a ajuda militar à Ucrânia obriga a Europa a aumentar e acelerar a sua ajuda à Ucrânia para colmatar a lacuna.

© Lusa   04/03/2025

Estónia insta Europa a "aumentar" ajuda à Ucrânia após anúncio dos EUA

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Estónia afirmou hoje que a decisão dos Estados Unidos de suspender a ajuda militar à Ucrânia obriga a Europa a aumentar e acelerar a sua ajuda à Ucrânia para colmatar a lacuna.

"A Europa deve aumentar a ajuda militar à Ucrânia para que este país possa continuar a lutar por uma paz justa e duradoura", declarou Margus Tsahkna em comunicado.

Tsahkna recordou que o Governo da Estónia já tinha decidido aumentar a sua ajuda este ano em 25% e entregar 10.000 cartuchos de artilharia à Ucrânia.

"A nossa decisão mostra que é possível tomar decisões novas e rápidas para ajudar a Ucrânia e apelamos para que todos os que apoiam a Ucrânia aumentem a sua ajuda o mais rapidamente possível", acrescentou.

O responsável avançou ainda que uma das opções para obter recursos adicionais para ajudar a Ucrânia é utilizar os activos congelados da Rússia, em que a Europa tem um papel decisivo, uma vez que a maioria desses activos está localizada na Europa.

"Antes do fim do prazo para a prorrogação das sanções contra a Rússia, em junho, deve ser tomada uma decisão política sobre a utilização dos activos congelados", insistiu, referindo que existem formas legais de o fazer.

O responsável sublinhou igualmente que o único responsável pela guerra "deve sentir-se pressionado e a vítima da agressão deve ter um forte apoio, porque esta é a única forma de forçar a Rússia a desistir dos seus objectivos e alcançar uma paz duradoura na Ucrânia".

Na segunda-feira à noite fonte da Casa Branca citada pela Associated Press (AP) referiu que Trump está focado em chegar a um acordo de paz para terminar a guerra que tem mais de três anos e que pretende ter Zelensky comprometido com esse objetivo.

A mesma fonte, que falou sob anonimato, acrescentou que os Estados Unidos estão a "suspender e a rever" a sua ajuda para "garantir que está a contribuir para uma solução".

Uma fonte da Casa Branca citada pela agência France-Presse (AFP), que também confirmou a suspensão da ajuda militar a Kyiv, sublinhou que os Estados Unidos "precisam que os seus parceiros também se comprometam a atingir o objetivo" da paz.

De acordo com a estação Fox News, citada pela agência Efe, esta medida interrompe a entrega de armas ou equipamentos que já se encontrem em território polaco e prontos para entrega final aos ucranianos.


Leia Também: A suspensão da ajuda militar dos Estados Unidos a Kyiv é a "melhor contribuição possível" para alcançar a paz na Ucrânia, defendeu hoje o Kremlin após o anúncio da Casa Branca, dias depois da altercação entre Trump e Zelensky.

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Amigos Irmãos de Canchungo homenageiam Américo Gomes.

 Radio Voz Do Povo 

Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló recebeu hoje [04.03], em audiencia a Rede das Mulheres Profissionais Maritimas e Portuárias da África Ocidental e Central.

 Radio Voz Do Povo

Said Rais Daula bai fala Mantenha de tchur di Americo Gomes.

 Abel Djassi / Estamos a Trabalhar

Famílias de norte-coreanos apanhados pela Ucrânia serão "executadas" ...Denúncia é feita por desertores norte-coreanos.

© Scott Peterson/Getty Images   Notícias ao Minuto  04/03/2025

As famílias dos soldados norte-coreanos que forem capturados em combate contra a Ucrânia serão executadas, denunciaram antigos soldados das forças armadas de Pyongyang à ABC News. 

Este é apontado como o motivo para que a maioria dos soldados norte-coreanos esteja a tirar a própria vida antes de serem capturados - foi-lhes disto que as suas famílias seriam executadas caso fossem apanhados vivos. 

"A maioria dos soldados mata-se antes de serem mortos pelo inimigo. É uma vergonha ser capturado", disse Ryu Seong-hyeon, que desertou para a Coreia do Sul em 2019, após atravessar um campo minado na zona desmilitarizada que separa o Norte do Sul. 

"Se os soldados forem capturados e derem informações ao inimigo, as suas famílias serão castigadas, irão para um campo de prisioneiros políticos ou, pior ainda, serão executados à frente do povo", disse outro desertor norte-coreano, identificado como Pak Yusung.

Tal como já tinha sido descrito pelas forças de Kyiv, os antigos soldados também sugeriram que os norte-coreanos, na guerra da Ucrânia, têm tido dificuldade em adaptar-se ao campo de batalha moderno, acreditando que a maioria dos soldados nunca terá visto um drone na vida. 

"Antes de partirem, não têm qualquer prática de defesa contra um drone ou de luta contra os ucranianos, e é por isso que morrem como cães", disse Ryu. "Não têm a capacidade, a língua ou a informação", acrescentou. 

De realçar que os serviços secretos sul-coreanos também afirmaram que a Coreia do Norte deu instruções claras aos soldados para que se suicidassem para evitarem ser capturados vivos.

Ryu e Pak afirmam também que os soldados norte-coreanos acreditam que estão a matar norte-americanos. "Desde tenra idade que lhes é dito que devem odiar os 'lobos' americanos, e agora dizem-lhes que estão finalmente a matar americanos", disseram. 

Estima-se que Pyongyang tenha enviado mais de 12.000 soldados para a Rússia para lutar na guerra da Ucrânia. O número de baixas entre as fileiras das forças norte-coreanas já terá ultrapassado as 3.000, incluindo cerca de 300 mortos e 2.700 feridos. 


Leia Também: Primeiro-ministro francês critica suspensão de ajuda dos EUA à Ucrânia

Granadas de fumo lançadas no parlamento sérvio por oposição política... As granadas e o gás lacrimogéneo foram lançados por deputados da oposição do país como protesto contra as políticas governamentais.

© SERBIAN PARLIAMENT POOL / VIDEOPLUS/Handout via REUTERS  Notícias ao Minuto 04/03/2025 

Granadas de fumo e gás lacrimogéneo foram lançados dentro do parlamento da Sérvia por deputados da oposição, em Belgrado, na manhã desta terça-feira, avança a Reuters.

Duas pessoas ficaram feridas na sequência dos lançamentos. Uma deputada Jasmina Obradović, do partido SNS, sofreu um AVC e está em estado crítico, revela ainda a agência.

O lançamento dos explosivos foram uma forma de protesto contra as políticas governamentais e em apoio aos estudantes que se manifestam contra a corrupção do regime autoritário do presidente Aleksandar Vucic.

Em cima da mesa estava a aprovação pelo parlamento de uma lei que aumenta os fundos para as universidades - uma das principais reivindicações dos estudantes, mas os partidos da oposição insistiram que a sessão - no primeiro dia da sessão legislativa da primavera - era ilegal, noticia a Associated Press (AP).

No entender da oposição, os deputados deveriam, primeiro, confirmar a demissão do primeiro-ministro, Milos Vucevic, e do seu Governo.

A presidente do parlamento, Ana Brnabic, criticou os atos da oposição, que apelidou de "gangue terrorista" e disse que "a revolução falhou".

"Este país vai viver, este país vai trabalhar e este país vai continuar a ganhar", referiu, segundo imagens televisivas citadas pela agência France-Presse (AFP).

O caos no parlamento começou cerca de uma hora depois do começo da sessão, com a oposição a assobiar em apitos e a segurar uma tarja em que se lia: "a Sérvia levantou-se para que o regime caísse".

As imagens, transmitidas em direto, mostram confrontos entre deputados que levaram, depois, a que fossem atiradas tochas e granadas de fumo.

Os protestos no país foram desencadeados no dia 01 de novembro, aquando da morte de 15 pessoas provocada pelo colapso da cobertura de betão da estação ferroviária de Novi Sad, que tinha acabado de ser renovada através de um investimento público.

Desde o colapso do viaduto, têm-se realizado regularmente protestos e bloqueios um pouco por toda a Sérvia.

No final de janeiro, o primeiro-ministro sérvio Milos Vucevic anunciou a sua demissão, após quase três meses do movimento de protesto, assegurando que a sua decisão era irrevogável.


Durante a presidência do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, as relações entre a Guiné-Bissau e a República Francesa alcançaram um novo patamar, atingindo um alto nível de excelência.

O Presidente da República foi recebido no Palácio de Eliseu pelo seu homólogo francês, Emmanuel Macron. Ambos analisaram as relações bilaterais, trocaram impressões sobre os desafios na Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental e partilharam as suas visões para a paz na Ucrânia.

@Presidência da República da Guiné-Bissau

Estados Unidos suspendem ajuda militar à Ucrânia... A decisão surge apenas dias depois do encontro tenso com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, na Casa Branca.

© ROBERTO SCHMIDT/AFP via Getty Images   Notícias ao Minuto 04/03/2025

O presidente norte-americano, Donald Trump, deu ordem para a suspensão do envio de novos carregamentos de armas das reservas norte-americanas, avança a Bloomberg. A decisão, anunciada esta segunda-feira, acontece apenas dias depois do encontro tenso com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, na Casa Branca.

A pausa estará em vigor até Trump determinar que Zelensky demonstra um "compromisso de boa-fé para com a paz", segundo revela um alto-responsável do departamento da Defesa norte-americano ao mesmo meio, mantendo o anonimato.

A suspensão aplicar-se-á a todo o equipamento militar dos EUA que não esteja atualmente na Ucrânia, incluindo armas em trânsito - em aeronaves ou navios - ou a aguardar na Polónia.

Também a Associated Press (AP), a citar fonte da Casa Branca, refere que Trump está focado em chegar a um acordo de paz para terminar a guerra e que pretende ter Zelensky comprometido com esse objetivo. Acrescenta ainda que os Estados Unidos estão a "suspender e a rever" a sua ajuda para "garantir que está a contribuir para uma solução".

Recorde-se que já ao final da noite de segunda-feira, o Wall Street Journal dava conta que a Administração Trump tinha deixado de financiar novas vendas de armas à Ucrânia e estaria a considerar congelar os carregamentos de armas das reservas norte-americanas.

Ainda na segunda-feira, os presidentes voltaram a trocar acusações, com Donald Trump a acusar Volodymyr Zelensky de não querer que "haja paz enquanto tiver o apoio" dos Estados Unidos. Em resposta, Zelensky garantiu que os ucranianos querem uma "paz verdadeira" e que esta é "necessária o mais rapidamente possível".


Leia Também: EUA estão a considerar congelar apoio militar à Ucrânia

Veja Também: "A Casa Branca está a repetir ipsis verbis aquilo que é dito em Moscovo"... Começa a intensificar-se a ideia nos Estados Unidos de que o presidente Volodymyr Zelensky não é o presidente certo para negociar com a administração americana


Amnistia Internacional num novo relatório... "Um silêncio ensurdecedor": os gritos ocultos dos prisioneiros ucranianos

Global Images Ukraine   André de Jesus sicnoticias.pt

Milhares de ucranianos, tanto militares como civis, continuam a sofrer em cativeiro, mantidos incomunicáveis e sujeitos a tortura e maus-tratos. A ausência de informação sobre o seu paradeiro e a recusa da Rússia em permitir o acesso de organizações humanitárias perpetuam um cenário de impunidade e desespero para as vítimas e para as famílias. Uma realidade denunciada pela Amnistia Internacional num novo relatório.

A Amnistia Internacional (AI) denuncia, num relatório divulgado esta terça-feira, que as autoridades russas têm sujeitado prisioneiros de guerra ucranianos e civis detidos a tortura, detenções prolongadas em regime de incomunicabilidade, desaparecimento forçado e outros tratamentos desumanos. De acordo com a organização, estas práticas constituem crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

O relatório, intitulado "Um silêncio ensurdecedor: Ucranianos mantidos incomunicáveis, desaparecidos à força e torturados em cativeiro russo", revela que os prisioneiros de guerra e civis ucranianos mantidos sob custódia russa desde fevereiro de 2022 têm sido deliberadamente isolados do mundo exterior, muitas vezes durante anos.

A ausência de informação sobre o paradeiro dos detidos facilita a prática de tortura e outros maus-tratos sem qualquer responsabilização.

Tortura e detenção em isolamento

A secretária-geral da Amnistia Internacional, Agnès Callamard, alerta que a "detenção sistémica em regime de incomunicabilidade de prisioneiros de guerra e civis ucranianos pela Rússia reflete uma política deliberada destinada a desumanizá-los e silenciá-los, deixando as suas famílias em agonia à espera de notícias".

Agnés Callamard

O relatório baseia-se em entrevistas realizadas na Ucrânia entre janeiro e novembro de 2024, envolvendo antigos prisioneiros de guerra, familiares de detidos e até mesmo prisioneiros de guerra russos detidos na Ucrânia.

As famílias dos prisioneiros relatam um desespero crescente perante a ausência de informações oficiais. Olena Kolesnyk, cujo marido foi capturado em julho de 2024, diz não saber onde procurá-lo nem para onde escrever. "Esta escuridão negra de não saber – está a matar-me", desabafa.

Desaparecimento forçado e negação de acesso humanitário

Dezenas de milhares de ucranianos estão desaparecidos em circunstâncias incertas. Muitos poderão estar detidos, enquanto outros poderão ter sido mortos. Em alguns casos, a Rússia reconheceu o cativeiro de prisioneiros de guerra, informando o Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), mas a organização alerta que centenas ou milhares de outros detidos podem não ter sido notificados.

Um desses casos é o de Volodymyr, marido de Khrystyna Makarchuk, que apareceu na televisão russa a descrever a sua captura. Apesar de a família ter recebido a confirmação indireta de que está vivo, a Rússia nunca reconheceu oficialmente a sua detenção, o que equivale a um desaparecimento forçado.

Além dos militares, também civis são alvos desta prática, que tem sido usada como instrumento de intimidação nas áreas sob controlo russo.

Brendan Hoffman

Relatos de tortura e negligência médica

O relatório documenta também testemunhos de violência sistemática contra os prisioneiros. Volodymyr Shevchenko, um ex-prisioneiro de guerra, relatou que foi torturado desde o primeiro momento.

"Bateram-me com armas de choque, com bastões especiais. Vi homens a morrer porque os seus corações já não aguentavam mais", revela.

Outros detidos relatam recusa de tratamento médico adequado, mesmo em situações graves.

Violações do direito internacional

As ações da Rússia reportadas no relatório configuram violações flagrantes das Convenções de Genebra, que garantem aos prisioneiros de guerra direitos fundamentais, como correspondência com familiares, acesso a cuidados médicos e visitas de organizações internacionais.

Fotografias de várias pessoas desaparecidas expostas nos escritórios da "Edelweiss", uma associação composta por pessoas cujos entes queridos estão desaparecidos (Amnistia Internacional)

A Amnistia Internacional exige que Moscovo ponha termo às práticas de tortura e detenções arbitrárias, além de permitir o acesso de entidades humanitárias aos detidos. A AI defende ainda que a comunidade internacional deve usar todos os meios ao seu dispor para responsabilizar a Rússia por estas violações.

"Sem justiça, o sofrimento dos prisioneiros de guerra ucranianos, dos civis e das suas famílias só irá agravar-se", conclui Agnès Callamard.

Rússia: Um ataque de 'drones' provocou um incêndio esta noite numa instalação petrolífera na região russa de Rostov, na fronteira com a Ucrânia, segundo o governador regional em exercício, Yuri Sliusar.

© Vladimir Aleksandrov/Anadolu via Getty Images  Lusa  03/03/2025

Ataque de drones incendeia instalação petrolífera na região russa de Rostov

Um ataque de 'drones' provocou um incêndio esta noite numa instalação petrolífera na região russa de Rostov, na fronteira com a Ucrânia, segundo o governador regional em exercício, Yuri Sliusar.

A Ucrânia ataca regularmente alvos militares e instalações energéticas na Rússia, em retaliação pelos ataques diários do Kremlin contra o seu território desde fevereiro de 2022.

"Na sequência de um ataque maciço de 'drones' no distrito de Chertkovsky, deflagrou um incêndio" numa instalação petrolífera, declarou Slioussar no Telegram, sem dar mais pormenores.

"Os serviços de emergência em serviço acorreram ao local" e o pessoal foi retirado da instalação, sem causar vítimas, acrescentou Slioussar.

O canal Baza, na rede social Telegram e próximo das forças russas, publicou um vídeo que mostrava um incêndio no bairro de Chertkovsky, durante a noite.

Numa declaração posterior, o governador Yuri Sliusar acrescentou que tinha deflagrado um outro incêndio "num armazém" na aldeia de Sokhranovka, "devido à queda de destroços de 'drones'".

Sokhranovka é um dos dois pontos históricos de entrada de gás russo na Ucrânia, mas a circulação de gás para a Europa foi invadida desde que Kyiv declarou "força maior" em maio de 2022, na sequência do ataque russo.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.  

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

Já no quarto ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais.  


Leia Também: Kyiv reclama ataques contra fábricas militares na Rússia 

segunda-feira, 3 de março de 2025

Guiné-Bissau: Presidente guineense anuncia visita aos EUA para falar da Ucrânia... O chefe de Estado guineense diz que aguarda apenas pela "confirmação da data".

Por Lusa   03/03/2025

O presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, anunciou hoje que "brevemente" visitará os Estados Unidos da América para discutir a crise em torno da guerra da Ucrânia.

O anúncio foi feito à chegada a Bissau de um périplo de uma semana para uma visita de Estado à Rússia, com passagem pelo Azerbaijão, Hungria e França.

Sissoco Embaló disse que falou com Vladimir Putin sobre a situação da Ucrânia e da Rússia e anunciou que brevemente vai aos Estados Unidos com o mesmo fim.

O chefe de Estado guineense diz que aguarda apenas pela "confirmação da data".

"Estamos implicados na resolução da crise", indicou, defendendo que "qualquer pessoa, independentemente da sua localização geográfica, entende que a guerra não é solução".

Sissoco Embaló acredita que as partes "vão acabar por falar" e lembrou que, antes de viajar, teve "uma longa conversa telefónica com Zelensky", o presidente da Ucrânia.

Sobre esta viagem, o chefe de Estado indicou que o ministro dos Negócios Estrangeiros fará posteriormente um balanço, mas adiantou que a deslocação à Rússia foi "uma visita muito histórica".

Segundo disse, a Rússia aumentou a quota de formação, não só na área civil mas também na área militar e para equipamento militar à Guiné-Bissau.

"Nós não temos ameaças, mas isso não faz com que deixemos de estar armados", declarou, afirmando que "a Guiné-Bissau precisa renovar o seu armamento" e que "brevemente a Rússia vai enviar armamentos em termos de donativos".

A visita de Estado, a primeira de um Presidente da Guiné-Bissau à Rússia, serviu para "renovar as relações" entre os dois países, com um aumento das bolsas nas áreas de engenharia, nomeadamente para responder às empresas russas que fazem prospeção de petróleo e bauxite na Guiné-Bissau.

Na passagem pelo Azerbaijão, a convite do Presidente, Ilham Aliev, foi abordada a formação de 150 a 200 quadros guineenses naquele país, nas áreas do petróleo e agronomia, assim como da segurança.

O Azerbaijão vai enviar técnicos à Guiné-Bissau para prospeção de recursos mineiros.

Na Hungria, Sissoco Embaló encontrou-se com o homólogo Viktor Orbán, com quem assinou um acordo de cooperação para consultas diplomáticas e recebeu a oferta de bolsas de estudos para guineenses.

O Presidente guineense passou mais uma vez por França, onde disse ter passado em revista com o Presidente Macron a situação da África, no Congo e Ruanda.

"Estamos à procura de uma solução. Convidei os dois a irem à França", disse.

Sissoco Embaló adiantou ainda que a partir desta terça-feira começam a chegar a Bissau técnicos dos Emirados Árabes Unidos para tratar do alcatroamento de estradas, construção de hospitais de referência e aumento do número de cadeiras de hemodiálise, no Hospital Nacional Simão Mendes.


Leia Também: Embaló diz que Missão da CEDEAO "não voltará nunca mais" à Guiné-Bissau

A Ministra da Justiça, Maria do Céu Monteiro recebe a Representante Residente do PNUD e a Chefe de Escritório da UNODC no país.

@Radio Voz Do Povo

Guiné-Bissau: O presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, confirmou hoje que mandou embora a Missão da CEDEAO e afirmou que esta "não voltará nunca mais ao país".

Por  Lusa   03/03/2025

Embaló diz que Missão da CEDEAO "não voltará nunca mais" à Guiné-Bissau

O presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, confirmou hoje que mandou embora a Missão da CEDEAO e afirmou que esta "não voltará nunca mais ao país".

Missão CEDEAO violou regras estabelecidas...@Radio Voz Do Povo

Uma delegação de alto nível da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental esteve em Bissau de 21 a 28 de fevereiro a ouvir partidos políticos e organizações da sociedade para mediar o diálogo e propor uma saída para a crise.

A delegação deu conta num comunicado que, na madrugada de 01 de março, deixou Bissau sob ameaças de expulsão do presidenteda República, Umaro Sissoco Embaló.

"Eu é que corri (com a missão da CEDEAO) daqui. Sim fui eu", disse aos jornalistas à chegada ao aeroporto Osvaldo Vieira, em Bissau, depois de uma viagem de uma semana, que o levou à Rússia, Azerbaijão, Hungria e França.

O chefe de Estado guineense entende que a delegação extravasou a missão para que estava incumbida.

O roteiro inicial da missão foi alvo de críticas da oposição por não incluir nas auscultações contestatários do regime, como a coligação API Cabas Garandi ou a comissão permanente da Assembleia Nacional Popular eleita e substituída depois da dissolução do parlamento em dezembro de 2023.

A missão acabou por chamar todas as partes e o presidentediz que não voltará à Guiné-Bissau "nunca mais".

"Não voltarão cá nunca mais", afirmou, acrescentando que não aceita que a missão chegue ao país e "comece a inventar".

"Este país tem regras. Não é uma república das bananas", continuou, afiançando "não vão ouvir nada", numa referência a eventuais sanções por parte da CEDEAO.

A missão teve como propósito ouvir os intervenientes locais para mediar uma solução para a crise em torno das eleições presidenciais e legislativas.

A Assembleia foi dissolvida há mais de um ano e o presidentecompletou cinco anos de mandato a 27 de fevereiro, mas entende que este só termina em setembro, data da decisão judicial sobre os resultados eleitorais das presidenciais de 2019.

A Missão da CEDEAO já estava em Bissau e o chefe de Estado anunciou que vai marcar eleições gerais para 30 de novembro, o que reiterou hoje para dizer que não será a missão a impor uma solução.

Sissoco Embaló vincou que as decisões da CEDEAO são tomadas ao nível dos chefes de Estado e que a missão não tem poder de decisão, nem pode "tomar decisão contra Umaro Sissoco Embaló".

"Falo com Putin, Mácron, estamos à procura de soluções para os problemas do mundo", disse.

Sissoco Embaló disse ainda que "nem Trump (presidentedos Estados Unidos da América) o pode obrigar a fazer um Governo de unidade nacional, que tem sido pedido pela oposição até à realização de eleições.

O chefe de Estado guineense virou-se depois para o primeiro-ministro do Governo de iniciativa presidencial, Rui Duarte Barros, que se encontrava ao lado dele, para lhe dizer que se prepare para organizar as eleições dia 30 (de novembro).

Sissoco Embaló adiantou que esta semana vai convocar todos os partidos políticos e que vai fazer o decreto para convocar as eleições gerais para 30 de novembro.

Embaló referiu-se ainda aos que o passaram a tratar por ex-presidentedepois de 27 de fevereiro, escusando-se a fazer comentários à coligação PAI-Terra Ranka, liderada pelo adversário Domingos Simões Pereira, que foi deposta do Governo com a dissolução da Assembleia.

"Não vou dizer isso em relação à PAI -Terra Ranka porque esses sempre falham na estratégia, mas a API (Cabas Garandi) não podia entrar nisso porque são pessoas do meu campo", declarou.

A API reúne a ala do MADEM-G15, partido fundado por Sissoco Embaló, desavinda com o Presidente.

O chefe de Estado acabou por referir-se a Domingos Simões Pereira, também presidentedo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), afirmando que "sempre fez teatro".

"Sequestrou o parlamento durante quatro anos, assaltou a sede do Governo um mês, sequestrou o Supremo, sem que nada acontecesse. Eu não faço isso. Perdeu as eleições (presidenciais) e chamaram-me presidenteautoproclamado até se cansarem. Vão-me chamar mais isso (ex-Presidente)", afirmou.

O presidente guineense disse ainda que "há muita gente que nem vai às eleições, uns porque roubaram o dinheiro do Estado e vão pagar esse dinheiro, outros não pagaram impostos e vão ter de pagar".


Presidente da República regressa ao país após a visita de Estado à Rússia e, confirma ter ordenado a saída da Missão da CEDEAO por violação do roteiro acordado.

General Umaro Sissoco Embaló anunciou que ainda esta semana vai ouvir os partidos para fixação da data das eleições gerais a 30 Novembro que, serão organizadas por Rui Duarte Barros, Primeiro-ministro, afastando qualquer hipótese de formação do Governo de Unidade Nacional.

@Radio Voz Do Povo 

COMUNICADO DO GOVERNO DA GUINÉ-BISSAU

 


Pentágono ordena pausa nas operações cibernéticas dos EUA contra a Rússia

Pete Hegseth (Olivier Hoslet/EPA)    Por  Agência Lusa

Pausa faz parte de um processo mais alargado de reavaliação das operações dos Estados Unidos contra a Rússia

O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, ordenou uma pausa em todas as operações cibernéticas do país contra a Rússia, incluindo ações ofensivas, informaram este domingo vários meios de comunicação social norte-americanos.

A pausa faz parte de um processo mais alargado de reavaliação das operações dos Estados Unidos contra a Rússia e a sua duração não está claramente definida, segundo o New York Times, que desenvolveu uma notícia avançada no final da semana passada pelo The Record.

De acordo com esta publicação, que cita três fontes não identificadas, Hegseth ordenou na semana passada que o Comando Cibernético dos Estados Unidos suspendesse todo o planeamento contra a Rússia, incluindo ações digitais ofensivas.

Hegseth terá dado instruções ao chefe do Comando Cibernético, general Timothy Haugh, que depois informou o diretor de operações cessante da organização, major-general do Corpo de Fuzileiros Navais, Ryan Heritage, da nova orientação, de acordo com as mesmas fontes, que não se quiseram identificar.

As instruções de Hegseth não se aplicam à Agência de Segurança Nacional, que Haugh também lidera, ou às suas tarefas de inteligência de sinais visando a Rússia, segundo as mesmas fontes.

Ainda que o âmbito completo da diretiva de Hegseth permaneça obscuro, é mais uma evidência dos esforços do novo inquilino da Casa Branca para normalizar os laços com Moscovo, em contramão com o que os Estados Unidos e aliados internacionais fizeram nos últimos três anos para isolar o Kremlin, na sequência da invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022.

Contactado pela agência France-Presse (AFP), o Pentágono recusou-se a comentar, invocando a necessidade de preservar a segurança operacional, ainda que, à semelhança de outras operações clandestinas, as ações no domínio cibernético quase nunca são comentadas pelas autoridades.

“Para o secretário (Pete) Hegseth, não há prioridade maior do que a segurança dos combatentes em todas as operações, incluindo as cibernéticas”, disse um funcionário do Pentágono, citado pela AFP.

A alegada pausa surge numa altura em que Donald Trump lidera uma aproximação histórica a Moscovo, a pretexto da guerra na Ucrânia.

“Devíamos passar menos tempo a preocuparmo-nos com Putin e mais tempo a preocuparmo-nos com os gangues de violadores imigrantes, os chefes da droga, os assassinos e os doentes psiquiátricos que entram no nosso país, para não acabarmos como a Europa”, afirmou este domingo à noite Donald Trump na rede social Truth Social.

O conselheiro de segurança dos Estados Unidos, Mike Waltz, questionado na CNN, no domingo, sobre esta aproximação à Rússia, refutou a existência da pausa operacional cibernética.

“Isso não foi discutido”, disse. “Haverá todo o tipo de alavancas, desde cenouras a paus, para pôr fim a esta guerra”, acrescentou.


Leia Também: Europa responde acordando para a necessidade de se defender sem contar com os Estados Unidos após Trump ter humilhado Zelensky

Comunicado conjunto PAI - Terra Ranka e API - Cabas Garandi Bissau, 03.03.25


PAIGC 2023

Guiné-Bissau. Morreu um dos condenados no caso "Avião de Droga"

Por  Radio Capital FM

Morreu esta segunda-feira (03.03), no Hospital Nacional Simão Mendes (HNSM), um dos condenados no caso da aeronave de droga apreendida em setembro do ano passado, em Bissau, com 2,6 toneladas de cocaína a abordo. 

Trata-se do cidadão brasileiro Marlos de Paula Balcaçar, cujos advogados alegavam sempre que estava doente, antes e durante o julgamento.

A informação foi confirmada, esta noite, à Capital FM, por uma fonte próxima do agora falecido.

"Foi internado, depois recebeu a alta, mais tarde reconduzido para o centro de detenções da Polícia Judiciária (PJ) em Bandim. Depois complicou-se o seu estado de saude e foi levado novamente ao Hospital Nacional Simão Mendes", explicou a fonte.

Em 6 de janeiro deste ano, Marlos e mais quatro tripulantes da aeronave foram condenados pelo coletivo de juízes do Tribunal Regional de Bissau, a 17 anos de prisão efetiva. 

O brasileiro não presenciou à leitura da sentença, por estar doente, apurou a CFM, na altura, no salão de julgamento do Tribunal Regional de Bissau.

Os condenados foram dois mexicanos, um colombiano, um cidadão do Equador e um brasileiro (já falecido) detidos, desde setembro de 2024, nas celas da Polícia Judiciária guineense.

A operação que ficou conhecida por "Landing" foi desencadeada em 7 de setembro de 2024, pela PJ guineense, que apreendeu uma aeronave, alegadamente proveniente da Venezuela, com 2,6 toneladas de cocaína, no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira.

Esta foi a maior apreensão de droga na história da Guiné-Bissau e contou com a colaboração dos parceiros internacionais da Polícia Judiciária, entre eles a DEA, Agência Norte-americana de combate à Droga.

Desfile Nacional de CARNAVAL 2025 na Guiné-Bissau

Radio TV Bantaba 

domingo, 2 de março de 2025

Líderes internacionais defendem união de esforços para apoio à Ucrânia

© Nicolas Economou/NurPhoto via Getty Images)   Lusa  02/03/2025 

A união de esforços para apoio à Ucrânia, mas também quanto à segurança na Europa foi defendida hoje pelos responsáveis turco, espanhol, neerlandês e norueguês que participaram na cimeira informal em Londres.

Pela Turquia, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Hakan Fidan, garantiu que o país quer contribuir para "reconstruir a arquitetura de segurança da Europa".

Citado pela Agência Anadolu, o governante notou que o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, "tem uma grande visão e uma grande vontade de a implementar", anunciando ainda que os participantes na cimeira de Londres concordaram em reunir-se com mais frequência, "não de seis em seis meses ou de dois em dois meses, mas de duas em duas ou de três em três semanas".

Erdogan tem uma boa relação com o Presidente russo, Vladimir Putin, e a Turquia, membro da NATO, não aplicou as sanções da UE contra a Rússia. Simultaneamente Ancara tem defendido uma solução pacífica para a guerra na Ucrânia que respeite a "soberania e integridade territorial" do país, incluindo a Crimeia.

O chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez, apoia todos os esforços de paz na Ucrânia, mas escusou-se a comentar pontos específicos do plano de paz anunciado pelo primeiro-ministro britânico.

Sem fazer declarações após a reunião, o governante garantiu nas redes sociais que a Espanha continuará a trabalhar com os seus aliados para construir a paz justa e duradoura de que a Ucrânia necessita.

O primeiro-ministro neerlandês, Dick Schoof, pediu uma Europa "unida" em relação à Ucrânia e com "maior responsabilidade" pela sua própria segurança, incluindo o reforço da defesa.

"Uma Ucrânia segura é do interesse de toda a Europa, incluindo os Países Baixos. É por isso que uma Europa unida é mais importante do que nunca. Temos de desempenhar um papel mais importante para garantir a segurança no nosso continente", defendeu nas redes sociais.

Esta abordagem assenta em três pilares, acrescentou, enumerando inicialmente "o apoio contínuo à Ucrânia, permitindo que o país negoceie a partir da posição mais forte possível e, assim, consiga uma paz duradoura".

Em segundo lugar, Schoof afirmou que "é necessário um plano europeu de garantias de segurança sólidas para proteger o continente - incluindo a Ucrânia - e impedir futuras agressões russas".

E, em terceiro lugar, "a Europa deve assumir uma maior responsabilidade pela sua própria segurança, nomeadamente através do reforço da defesa europeia".

O primeiro-ministro dos Países Baixos considerou que "as boas relações transatlânticas também são indispensáveis" e que deve haver trabalho em conjunto.

Pela Noruega, o chefe do governo, Jonas Gahr Støre, garantiu que a Europa está pronta para dar um apoio "mais forte e coordenado" à Ucrânia contra a Rússia, cujo conflito entrou em fevereiro no seu terceiro ano.

"Nunca vimos uma cooperação tão profunda entre os países europeus", acrescentou à agência noticiosa norueguesa NTB, acrescentando que após a reunião de Londres "existe um amplo acordo para trabalhar no sentido de manter os Estados Unidos envolvidos na paz na Europa", apesar das diferenças que possam separar os lados.

A reunião internacional em Londres, que contou com a presença do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ganhou particular significado após a discussão do chefe de Estado ucraniano, na sexta-feira, na Sala Oval da Casa Branca, com o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, e o seu vice-presidente, JD Vance.

"É muito importante que os Estados Unidos estejam envolvidos. Todos concordamos com isso. Vamos encontrar o caminho com os Estados Unidos", insistiu Støre.

A reunião de Londres, promovida pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, contou com a presença de vários líderes internacionais, dos presidentes do Conselho e da Comissão, António Costa e Ursula von der Leyen, respetivamente, do secretário-geral da NATO, Mark Rutte e do primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, além do líder ucraniano.


Leia Também: A União Europeia (UE) criticou hoje a recusa do Hamas em aceitar a prorrogação da primeira fase do acordo de cessar-fogo em Gaza, e o consequente bloqueio da ajuda humanitária por parte de Israel.

Primeiro dia do desfile do Carnaval 2025, sob lema "Diversidade Cultural, um Fator de Unidade Nacional".

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Radio Voz Do Povo  / Albano Barai