Kane Farabaugh, da VOA, esteve na Geórgia para reportar sobre este marco histórico. A narração é de Mayra de Lassalette
terça-feira, 1 de outubro de 2024
Pelo menos 25 mortos em incêndio num autocarro escolar na Tailândia... As equipas de salvamento encontraram dezenas de corpos carbonizados e vários feridos depois de um embate após despiste ter incendiado o autocarro.
© X/Reprodução Chaudhary Parvez Notícias ao Minuto 01/10/24
Um incêndio num autocarro que transportava alunos da escola Wat Khao Phaya, em Uthai Thani, Banguecoque, na Tailândia, matou pelo menos 25 estudantes, avança a Reuters, citando fonte do governo. Entre os vários feridos, 16 foram hospitalizados.
Para já, a polícia não consegue ainda confirmar o número certo de feridos.
O veículo descontrolou-se e embateu numa barreira metálica, tendo o embate provocado um incêndio que rapidamente consumiu todo o autocarro. Na viatura viajavam 42 alunos e alguns professores que iam a caminho de Ayutthaya em visita de estudo.
O acidente aconteceu por volta das 12h20 (6h20 em Portugal Continental) e os bombeiros precisaram de uma hora para apagar o fogo.
Nesta visita de estudo estavam a ser utilizados três autocarros.
Leia Também: Padre britânico morre após noite de drogas e sexo em reitoria na Bélgica... Padre estava na Bélgica por causa da visita do Papa ao país.
Israel iniciou ataques terrestres "limitados e direcionados" contra Hezbollah
©Lusa Notícias ao Minuto 01/10/24
As Forças Armadas de Israel (IDF) confirmaram que iniciaram esta noite ataques terrestres "limitados, localizados e direcionados" contra "alvos terroristas e infraestruturas do Hezbollah no sul do Líbano".
"Estes alvos estão localizados em aldeias perto da fronteira e representam uma ameaça imediata para as comunidades israelitas no norte de Israel", frisaram as IDF, numa nota na rede social Telegram.
A incursão terrestre, que começou "há algumas horas" após decisão política, está a ser realizado "com base em informações precisas contra alvos terroristas e infraestruturas do Hezbollah no sul do Líbano".
"As IDF estão a operar de acordo com um plano metódico estabelecido pelo Estado-Maior e pelo Comando do Norte, para o qual os militares das IDF treinaram e se prepararam nos últimos meses", destacaram ainda as forças israelitas na mesma nota.
A Força Aérea israelita e a artilharia das IDF estão a apoiar as forças terrestres com ataques precisos contra alvos militares na área, detalhou ainda.
"As IDF continuam a operar para atingir os objetivos da guerra e estão a fazer tudo o que é necessário para defender os cidadãos de Israel e devolver os cidadãos do Norte de Israel às suas casas", sublinharam ainda.
Aguardava-se na noite de segunda-feira uma incursão terrestre israelita no sul do Líbano, depois de Israel ter informado os Estados Unidos sobre operações terrestres limitadas contra o Hezbollah no país vizinho.
Antes da confirmação da incursão terrestre, foram registados, na segunda-feira à noite, "bombardeamentos de artilharia pesada" contra o sul do Líbano.
O grupo xiita libanês emitiu também um comunicado à noite, afirmando que atingiu tropas israelitas destacadas na fronteira, embora não tivesse confirmado qualquer incursão terrestre.
As IDF já tinham declarado "zonas militares fechadas" três localidades fronteiriças em torno da fronteira com o Líbano, Metula, Misgav Am e Kfar Giladi, no norte de Israel.
Fonte oficial militar libanesa tinha referido à AFP, sob condição de anonimato, que o Exército libanês reposicionou e reagrupou as suas forças no sul do país.
Por outro lado, os subúrbios a sul de Beirute, um bastião do movimento xiita Hezbollah, registaram pelo menos seis explosões na segunda-feira noite, momentos depois das forças israelitas terem pedido aos residentes para saírem das suas casas para usa segurança.
Israel tem lançado na última semana uma vaga de ataques aéreos mortíferos contra bastiões do Hezbollah no Líbano no início deste mês.
O Hezbollah começou a disparar 'rockets' contra o norte de Israel em 08 de outubro, dizendo que o fazia em apoio do seu aliado Hamas, um movimento islamista palestiniano em guerra contra Israel na Faixa de Gaza desde 07 de outubro, dia do seu ataque sem precedentes em solo israelita.
Leia Também: EUA apoiam ataques terrestres de Israel contra Hezbollah no sul do Líbano
segunda-feira, 30 de setembro de 2024
A Costa do Marfim aumentou o preço de compra do quilo de cacau aos agricultores para 1.800 francos CFA (2,7 euros), valor recorde, num ano de máximos históricos nos preços mundiais, anunciou hoje o ministro da Agricultura.
© Lusa Notícias ao Minuto 30/09/24
Costa do Marfim aumenta preço do quilo de cacau para nível recorde
A Costa do Marfim aumentou o preço de compra do quilo de cacau aos agricultores para 1.800 francos CFA (2,7 euros), valor recorde, num ano de máximos históricos nos preços mundiais, anunciou hoje o ministro da Agricultura.
"O Governo decidiu um aumento de 20%", afirmou Kobenan Kouassi Adjoumani, numa cerimónia em Abidjan, capital da Costa do Marfim, país que é o primeiro produtor mundial de cacau.
Em abril, o preço de compra da colheita intermédia - que se prolongou até setembro - foi fixado em 1.500 francos CFA (2,3 euros), um montante já histórico. Em 2023, o preço era de 1.000 francos CFA (1,8 euros) por quilo.
A Costa do Marfim vende as suas sementes de cacau antecipadamente e o preço de compra é fixado pelo Governo. Este facto torna-o menos vulnerável às flutuações do mercado - tanto para cima como para baixo - do que noutros países, como os Camarões, um produtor mais pequeno, onde o sistema é liberalizado.
O cacau da Costa do Marfim representa 45% da produção mundial (mais de 2 milhões de toneladas) e 14% do PIB daquele país da África Ocidental.
No Gana, país vizinho e segundo maior produtor mundial, onde o preço também é fixado pelo Governo, as autoridades colocaram igualmente o preço em cerca de 1.800 francos CFA em meados de setembro, o que representa um aumento de 45% para a campanha de 2024/2025, visando, nomeadamente, combater o contrabando.
Os preços mundiais do cacau dispararam ao longo do ano passado, ultrapassando os 10.000 dólares (cerca de 9.000 euros) por tonelada em Nova Iorque no início do ano. Em Londres, o preço para entrega em setembro de 2024 aumentou cerca de 170% no espaço de um ano.
A principal razão para este aumento é a queda da produção mundial de cacau, que se deve, na Costa do Marfim e no Gana, a condições climatéricas desfavoráveis, que afetaram as colheitas.
Hoje, o ministro da Agricultura da Costa do Marfim anunciou também um aumento do preço de compra do café, fixado em 1.500 francos CFA (2,3 euros), contra 900 francos (1,3 euros) no ano passado.
Adjoumani acrescentou que os produtores de cacau e de café beneficiarão igualmente de uma cobertura sanitária universal gratuita (CMU), paga pelo Conseil Café-Cacao (Conselho do Café-Cacau), organismo responsável pela regulamentação destes dois setores.
Segundo o Governo, o setor do cacau na Costa do Marfim assegura cerca de um milhão de empregos e a subsistência de 5 milhões de pessoas.
Guiné-Bissau. Presidente Sissoco recebe partidos políticos
Por: Rádio Capital Fm
Bissau - (30.09.2024) - O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, recebe esta terça-feira, 1 de Outubro, em audiência, os partidos políticos com assento parlamentar, sem especificar o teor da agenda.
Na agenda na posse da CFM, Sissoco recebe Domingos Simões Pereira, líder da Coligação PAI-TERRA RANKA, Adja Satu Camará, líder de uma ala do MADEM-G15, Félix Nandunguê, líder também de uma da ala do Partido da Renovação Social, Botche Candé, do PTG, Nuno Gomes Nabiam, de APU-PDGB, e representante do Partido Unido Social Democrática.
As Direções do MADEM-G15 e do PRS lideradas pelo Braima Camará e Fernando Dias, respetivamente, não foram convocadas para o encontro desta terça-feira.
Licença definitiva: FÓRUM DOS ÓRGÃOS DA COMUNICAÇÃO SOCIAL CONSIDERA “DESENQUADRO” O VALOR DE DEZ MILHÕES DE F.CFA FIXADO PELO GOVERNO
Por O DEMOCRATA 30/09/2024
O secretário executivo do Fórum dos órgãos de comunicação social privados do país, Casimiro Jorge Cajucam, afirmou que o valor estipulado pelo governo guineense de dez milhões de francos CFAs para emissão de licenças aos órgãos de comunicação social privados “está desenquadrado da realidade económica dos órgãos privados”.
O Fórum dos órgãos de comunicação social da Guiné-Bissau foi recebido, esta segunda-feira, 30 de setembro de 2024, em audiência, pelo ministro da comunicação social, Florentino Dias, com quem disse ter analisado a medida do governo guineense para a emissão de licenças aos órgãos no país.
A saída do encontro, Casimiro Jorge Cajucam frisou que o Fórum está satisfeito com a abertura do ministro de tutela, que disse ter prometido criar facilidades para que esse caso não seja um problema aos órgãos de comunicação social.
“O ministro Florentino Dias foi muito aberto e cordial com o Fórum. Evocou as razões por que essa medida foi adotada, mas garantiu criar facilidades para que essa decisão não seja um problema aos órgãos de comunicação. Garantiu-nos que o executivo está a ponderar fazer um retoque no valor fixado”, precisou, realçando a disponibilidade e abertura do ministro para que os órgãos privados possam, pelo menos, no futuro funcionar já com um Alvará definitivo e estarem juridicamente protegidos pela lei no exercício das suas funções
Casimiro Jorge Cajucam disse acreditar no bom senso do governo e espera que a decisão que vai ser tomada não vai dificultar, nem o governo, nem os órgãos de comunicação social, razão pela vai o Fórum deverá nos próximos dias reportar aos diretores de diferentes órgãos os consensos os sinais encontrados no primeiro encontro com o novo ministro.
“Nos próximos tempos, faremos uma comunicação formal que será entregue ao ministro para que, junto com a sua equipa e o governo no seu todo, possam fazer um trabalho eficaz e que não prejudique nenhuma parte”, prometeu.
O secretário executivo do Fórum dos órgãos de comunicação social privados do país lamentou o valor fixado, uma vez que muitos órgãos não conseguem garantir nem sequer subsídios aos seus colaboradores, que por sinal trabalham em regime de voluntariado.
“Significa que nem todos órgãos estarão em condições de arcar com esse valor, porque tudo e mais alguma ginástica que possam fazer será apenas no sentido de angariar fundos para pagar os dez milhões de francos CFAs”, sublinhou.
O governo determinou que, doravante, os órgãos de comunicação social privados devem requerer as licenças de emissão no valor de dez milhões de francos CFAs.
Por: Filomeno Sambú
Morreram sete altos comandantes e oficiais do Hezbollah. Quem são eles?
© ATTA KENARE/AFP via Getty Images Por Notícias ao Minuto 30/09/24
Em pouco mais de uma semana, a intensificação dos ataques israelitas no Líbano provocou a morte de sete comandantes e oficiais do grupo militante do Líbano Hezbollah, incluindo o líder do grupo - Hassan Nasrallah.
A ofensiva israelita sob o Líbano já causou cerca de 1.000 mortes. Entre elas estiveram sete membros com cargos de notoriedade no Hezbollah, aponta a Associated Press. Quem são eles?
Hassan Nasrallah (na foto). Era líder do Hezbollah desde 1992 e viu o grupo crescer até se tornar uma das principais forças paramilitares no Médio Oriente. O Hezbollah entrou na arena política do Líbano e, ao mesmo tempo, participou em vários conflitos locais. O grupo teve um papel fulcral na manutenção do presidente sírio Bashar Al Assad no poder.
Nabil Kaouk. O anterior chefe adjunto do Conselho Central do Hezbollah, morreu no sábado passado num ataque aéreo de Israel. Juntou-se ao grupo nos seus primórdios, na década de 1980, tendo servido como comandante militar no sul do Líbano de 1995 a 2010.
Ibrahim Akil. Era um alto comandante que dirigia as Forças Radwan - elite do Hezbollah - e era também membro do mais alto órgão militar - o Conselho da Jihad -. Há anos que constava na lista de procurados pelos Estados Unidos por fazer parte do grupo que levou a cabo o atentado de 1983 contra a Embaixada dos EUA em Beirute e orquestrou um sequestro de reféns alemães e americanos.
Ahmad Wehbe. O ex-comandante das Forças de Radwan desempenhou um papel crucial no desenvolvimento do grupo desde a sua formação há quase duas décadas. Morreu juntamente com Akil num ataque aéreo israelita nos subúrbios do sul de Beirute.
Ali Karaki. Liderou a frente sul do Hezbollah, desempenhando um papel central no conflito que está hoje em curso. Os Estados Unidos descreveram-no como uma figura importante na liderança do Hezbollah.
Mohammad Surour. Era o chefe da unidade de drones do Hezbollah, que foi usada pela primeira vez no atual conflito com Israel. Sob o seu comando, o Hezbollah conseguiu enviar drones explosivos e de reconhecimento em Israel.
Ibrahim Kobeissi. Liderava a unidade de mísseis do Hezbollah. O exército israelita afirma que Kobeissi planeou o rapto e o assassínio de três soldados israelitas na fronteira norte em 2000, cujos corpos foram devolvidos numa troca de prisioneiros com o Hezbollah quatro anos mais tarde.
Leia Também: A agência da ONU para os refugiados palestinianos disse que um importante comandante do Hamas morto no Líbano hoje era um dos seus funcionários, suspenso desde que surgiram alegações das suas ligações ao grupo em março.
Leia Também: Telavive lançou fortes bombardeamentos e ataques aéreos em várias cidades e aldeias do sul do Líbano, perto da fronteira com Israel. Mais cedo Israel tinha pedido aos residentes de Dahiyeh para abandonarem as suas casas.
Leia Também: O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse hoje que não há "nenhum lugar no Médio Oriente" que não possa ser alcançado por Israel, enquanto o seu Exército bombardeia alvos do Hezbollah no Líbano.
Putin promulga recrutamento de mais 130.000 pessoas para o Exército
© ALEXANDER KAZAKOV/POOL/AFP via Getty Images Por Lusa 30/09/24
O Presidente russo, Vladimir Putin, assinou hoje um decreto que ordena o recrutamento de cerca de 133 mil pessoas para o serviço militar, entre outubro e dezembro, para reforçar a preparação militar da população em plena guerra.
"De 01 de outubro a 31 de dezembro de 2024, 133 mil cidadãos da Federação Russa com idades compreendidas entre os 18 e os 30 anos, que não estejam na reserva e estejam sujeitos ao serviço militar, serão convocados para o serviço militar", refere o documento hoje assinado pelo Presidente russo.
O vice-chefe da Direção Principal de Organização e Mobilização do Estado-Maior General das Forças Armadas Russas, Vladimir Tsimlyanski, esclareceu que estes recrutas não serão enviados para a área da "operação militar especial", um eufemismo pelo qual Moscovo se refere à invasão da Ucrânia.
O período de treino militar na Rússia é de 12 meses.
Durante a campanha de recrutamento da primavera passada, cerca de 150 mil russos foram convocados para o serviço militar obrigatório, segundo a agência russa Interfax.
No final de fevereiro de 2022, o Presidente Putin ordenou a invasão da Ucrânia, iniciando assim uma guerra cujo desfecho permanece incerto e na qual os avanços de ambos os lados parecem estar estagnados nas mesmas posições quase desde o início das hostilidades.
Guiné-Bissau. Colectivo de Advogados de PAIGC em Conferência de Imprensa "sobre o "Processo Resgate".
Por Lusa / Radio Voz Do Povo 30/09/24
O coletivo de advogados do PAIGC considerou hoje que a reabertura do chamado "Processo Resgate" aos bancos visa apenas impedir o presidente do partido, Domingos Simões Pereira, de concorrer às eleições que se avizinham na Guiné-Bissau.
O secretário do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) juntou hoje o coletivo de advogados numa conferência de imprensa, em Bissau, para reagir à reabertura do processo anunciada a 26 de setembro pelo Procurador-Geral da República.
Em causa está um empréstimo de cerca de 36 mil milhões de francos cfa (cerca de 55 milhões de euros), contraído pelo Governo, em 2015, quando Domingos Simões Pereira era primeiro-ministro da Guiné-Bissau.
O caso foi alvo de vários processos em tribunal que resultaram em arquivamento, sendo que apenas um deles chegou a julgamento, tendo como arguido o então ministro das Finanças, Geraldo Martins, que foi absolvido.
Para Octávio Lopes, do coletivo de advogados do PAIGC, "esta tentativa de reabertura do processo não se pode dissociar do momento e do contexto político" com a aproximação de eleições, nomeadamente legislativas anunciadas para 24 de novembro e presidenciais reclamadas para este ano, mas que o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, que termina o mandato em fevereiro, só quer marcar para o final de 2025.
"Era necessário reabilitar, ressuscitar algum instrumento, sob a capa de processo, que pudesse permitir essa decisão final de o impedir de participar nas eleições", afirmou o advogado para quem "o modo inconfesso, a razão não assumida deste processo, o fim último visado deste processo é tão e só impedir o engenheiro Domingos Simões Pereira de se apresentar como candidato presidencial nas próximas eleições presidenciais".
Os advogados consideraram que "é pouco expectável que assim seja, porque, independentemente de alguns atos isolados de magistrados identificados", creem e mantêm "a confiança no poder judicial no seu todo".
Para o jurista, trata-se de "um processo 'kafkiano', em que o visado nunca foi notificado, não tem conhecimento técnico deste processo, foi investigado, foi julgado e condenado sem que nunca tivesse qualquer intervenção no processo".
Os advogados do PAIGC entendem que o empréstimo que deu origem a este processo, que se arrasta há anos pelos tribunais guineenses, foi uma "medida política para que, resultado dessa maior disponibilidade financeira e de tesouraria, o Governo estivesse em condições de melhor atender aos setores sociais de maior fragilidade, quer seja a educação, quer seja a saúde".
"É esta a orientação política que o primeiro-ministro dá ao ministro das Finanças, em estrito cumprimento do programa do Governo. O que sucede é que o Ministério Público avoca a si a competência de proceder à fiscalização política do mérito da decisão de orientação do primeiro-ministro", argumentou.
A intervenção do Ministério Público é interpretada pelos advogados como uma "violação do princípio da separação de poderes" e, por isso, inconstitucional, na medida em que pretende exercer "funções de fiscalização política que a Constituição confere ao parlamento".
O que disseram entender como a "judicialização das questões políticas", o que terá como resultado o que denominam de "um governo de juízes".
"Vão acabar por ser os juízes, o poder judicial no seu todo, a manter-se esta prática inconstitucional, a decidir sobre o mérito das questões políticas, se o investimento na educação é oportuno ou é conveniente, se o investimento na saúde é prioritário, se o investimento nas infraestruturas deve anteceder ou suceder ao investimento na Justiça", concretizou Octávio Lopes.
"Não é esta a função do poder judicial, não é este o mandato constitucional do poder judicial e muito menos atribuições e funções constitucionais do Procurador-Geral da República", afirmou.
Leia Também: A Comissão Nacional de Eleições (CNE) moçambicana afastou hoje o cenário de "enchimento de urnas" nas eleições gerais de outubro, como receia a oposição, assinalando que partidos e eleitorado estão atentos à forma como vai decorrer o escrutínio.
"O Hezbollah tem de decidir o que quer ser: um partido político no Líbano ou um grupo terrorista"
O comentador Francisco Pereira Coutinho diz que as próximas semanas vão ser decisivas, sobretudo para o Hezbollah, uma vez que tem de tomar uma decisão no que concerne à sua posição face a Israel
Leia Também: As forças armadas israelitas confirmaram hoje que mataram o líder do movimento islamita palestiniano Hamas no Líbano durante a noite, onde está a realizar ataques contra o Hezbollah libanês.
Partido dos Trabalhadores Guineenses PTG, integra a Coligação Eleitoral, PLATAFORMA REPUBLICANA "NÔ CUMPU GUINÉ".
Estudo. Proteínas na urina das grávidas podem prever doenças cardiovasculares... A conclusão é de um estudo divulgado pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.
© Shutterstock Por Lusa 30/09/24
A presença de determinadas proteínas na urina das grávidas pode ajudar a identificar as que correm maior risco de desenvolver problemas cardíacos no pós-parto, indica um estudo hoje divulgado pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP).
O trabalho, que foi publicado no final de junho na Scientific Reports (grupo Nature), analisou as proteínas presentes na urina (proteoma) de 59 grávidas, das quais 32 eram saudáveis e 27 tinham pelo menos um fator de risco cardiovascular.
Em comunicado, a FMUP descreve que foram realizadas medições durante o terceiro trimestre de gravidez e seis meses após o parto.
Tendo em conta que a gravidez obriga o corpo da mulher a adaptar-se ao crescimento e desenvolvimento do feto e que o coração é um dos órgãos que sofrem ajustes, como um aumento da massa do ventrículo esquerdo, o principal objetivo deste estudo era a identificação do perfil de proteínas na urina de mulheres sem fatores de risco e com fatores de risco, nomeadamente obesidade e/ou hipertensão e/ou diabetes tipo 2 ou gestacional.
Entre as 342 proteínas presentes na urina consideradas, a investigação identificou 17 proteínas relacionadas com alterações cardíacas persistentes após o parto, nomeadamente com o aumento da massa do ventrículo esquerdo.
Os autores concluíram que as proteínas identificadas na urina podem indicar como o coração se readapta após a gravidez.
Algumas dessas proteínas sinalizam "uma recuperação mais lenta do ventrículo esquerdo, enquanto outras indicam um retorno mais rápido à condição normal", é descrito na síntese enviada à Lusa.
Assim, estas proteínas poderão funcionar como biomarcadores, refletindo as mudanças estruturais e funcionais que ocorrem no coração durante e após a gravidez, ou seja poder-se-á sinalizar grávidas com maior probabilidade de desenvolver alterações cardiovasculares, nomeadamente uma remodelagem cardíaca incompleta, que parece ser precursora do desenvolvimento das doenças cardiovasculares a longo prazo.
"Esta abordagem salienta a pertinência de um acompanhamento mais próximo dessas mulheres principalmente após a gravidez", alertam os investigadores, citados no comunicado da FMUP.
Distinguido com o Prémio Saúde Cardiovascular da Mulher pela Sociedade Portuguesa de Cardiologia conjuntamente com a Organon no Congresso Português de Cardiologia 2024, este estudo é parte integrante do projeto PERIMYR, uma iniciativa que visa aprofundar o conhecimento sobre os riscos cardiovasculares durante a gravidez e no período pós-parto.
Participaram neste estudo Inês Falcão Pires, António Barros, Ana Ferreira, Fábio Trindade, Juliana Morais, Sílvia Diaz, Francisca Saraiva, Carla Sousa, Carla Ramalho, Rui Vitorino e Adelino Leite-Moreira, da FMUP e UnIC@RISE/RISE-Health, Ana Paula Machado, da ULS de São João, Maria João Azevedo, da University of Amsterdam e Vrije Universiteit Amsterdam, Thibaut Douché e Mariette Matondo, da Proteomic Platform, Mass Spectrometry for Biology Unit, Institut Pasteur, Université Paris Cité.
Leia Também: Estudo: Dormir pouco durante a gravidez afeta o cérebro do bebé
O movimento islamita palestiniano Hamas anunciou hoje que o líder do grupo no Líbano, Fatah Sharif Abu Al Amin, foi morto, num ataque aéreo contra o sul do Líbano, atribuído a Israel.
© Lusa Por Lusa 30/09/24
Líder do Hamas no Líbano morto num ataque aéreo
O movimento islamita palestiniano Hamas anunciou hoje que o líder do grupo no Líbano, Fatah Sharif Abu Al Amin, foi morto, num ataque aéreo contra o sul do Líbano, atribuído a Israel.
"O comandante Fatah Sharif morreu hoje de madrugada após uma operação terrorista e criminosa de assassínio num ataque aéreo que teve como alvo toda a sua família na sua casa no campo de refugiados de Al Bass, no sul do Líbano" disse o Hamas.
Num comunicado, o grupo disse que o alegado ataque israelita vitimou, além de Fatah Sharif, descrito como membro da liderança do Hamas no estrangeiro, a esposa, o filho e a nora.
A agência de notícias oficial libanesa ANI avançou um ataque aéreo contra o campo, situado junto à cidade de Tiro, no sul do país.
O exército israelita anunciou que aviões de combate atingiram dezenas de alvos do Hezbollah na região de Bekaa, no leste do Líbano, durante a madrugada, incluindo "dezenas de lançadores e edifícios onde as armas foram armazenadas".
Israel "continuará a atacar à força, a danificar e a degradar as capacidades militares e as infra-estruturas do Hezbollah", acrescentaram as forças armadas.
Os ataques contra o leste do Líbano causaram pelo menos 105 mortos, de acordo com um balanço oficial.
Horas antes, a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) anunciou a morte de três dirigentes num ataque que visou um edifício residencial no centro de Beirute, atribuindo a ação a Israel.
"Mohammad Abdel-Aal (...), chefe do departamento de segurança militar, Imad Odeh, membro do (...) comando militar no Líbano, e Abdelrahmane Abdel-Aal morreram mártires após um cobarde assassínio perpetrado por um avião sionista de ocupação em Cola", um bairro predominantemente sunita de Beirute, indicou a FPLP, logo após o ataque, num comunicado divulgado no portal oficial do movimento.
A FPLP, uma organização palestiniana secular de esquerda, descrita como terrorista por Israel e pela União Europeia, tem apoiado as operações do movimento xiita libanês Hezbollah contra o norte de Israel, desde outubro de 2023, em solidariedade com o grupo islamita palestiniano Hamas.
Uma fonte da segurança do Líbano disse que pelo menos quatro pessoas morreram hoje num ataque de um 'drone' israelita, uma aeronave não tripulada, que visou um edifício residencial em Beirute.
Caso se confirme a autoria do ataque, trata-se da primeira incursão israelita no centro da capital libanesa desde o ataque do Hamas contra Israel, em 07 de outubro de 2023.
Segundo a fonte, citada pela agência de notícias francesa France--Presse, o apartamento alvo do ataque pertence à Jamaa Islamiya.
Formado em 1960, este grupo islamita libanês -- um ramo da organização islâmica radical Irmandade Muçulmana no Líbano - tem também apoiado as operações do Hezbollah contra o norte de Israel.
Israel respondeu com ataques aéreos que já mataram o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah.
Leia Também:
Hezbollah nega eleição de Hashem Safi al-Din como novo líder
O grupo xiita libanês Hezbollah negou esta segunda-feira que o clérigo Hashem Safi al-Din tenha sido eleito como novo secretário-geral do movimento político e armado da organização.
Proibidos telemóveis e máquinas nas cabines de voto em Moçambique
© Lusa Por Lusa 30/09/24
O Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE) de Moçambique proibiu o uso de telemóvel e máquinas fotográficas nas cabines de voto das eleições gerais de 09 de outubro.
De acordo com uma instrução, é decidida a proibição do uso do telemóvel e máquinas fotográficas nas cabines, bem como o "porte de carteiras, mochilas e outros objetos similares, durante as operações eleitorais, por parte dos sete membros da mesa da assembleia de voto".
Além disso, num outro artigo, é definida a proibição "para todos os cidadãos" do "uso do telemóvel, máquinas fotográficas, porte de carteiras, mochilas e outros objetos similares nas cabines".
"O uso do telemóvel deve ser feito fora da sala onde foi constituída e funciona a mesa da assembleia de voto, de modo a não perturbar o decurso normal das operações eleitorais", lê-se ainda no documento, de 26 de setembro, sendo que apenas se admite a exceção do uso do telemóvel pelo presidente da assembleia de voto, "sempre que tiver necessidade de estabelecer contacto" com o STAE.
A instrução visa a materialização de uma deliberação da Comissão Nacional de Eleições, sobre a "restrição do uso de telefone, proibição de porte de carteiras, mochilas e outros objetos similares durante as operações eleitorais" nas mesas das assembleias de voto.
Moçambique realiza em 09 de outubro as sétimas eleições presidenciais, às quais já não concorre o atual chefe de Estado, Filipe Nyusi, que atingiu o limite constitucional de dois mandatos, em simultâneo com as sétimas legislativas e quartas para assembleias e governadores provinciais.
Mais de 17 milhões de eleitores estão inscritos para votar, incluindo 333.839 recenseados no estrangeiro, de acordo com dados da Comissão Nacional de Eleições.
Concorrem à Presidência da República Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, Ossufo Momade, apoiado pela Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), o maior partido da oposição, Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceiro partido mais representado no parlamento, e Venâncio Mondlane, ex-membro e ex-deputado da Renamo, apoiado pelo Partido Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos), movimento sem representação parlamentar.
Leia Também: O candidato presidencial Venâncio Mondlane avisou este domingo em Montepuez, norte de Moçambique, que após "50 anos de humilhação e de roubo", o "tsunami" pós eleições gerais de 09 de outubro "vai rebentar com tudo", porque "desta vez acabou".
Pelo menos 193 pessoas morreram no Nepal na sequência de inundações e deslizamentos de terras provocados por chuvas torrenciais, nomeadamente na capital Katmandu, de acordo com um novo balanço oficial hoje divulgado.
© Getty Images Por Lusa 30/09/24
Cheias e inundações causam pelo menos 193 mortos no Nepal
Pelo menos 193 pessoas morreram no Nepal na sequência de inundações e deslizamentos de terras provocados por chuvas torrenciais, nomeadamente na capital Katmandu, de acordo com um novo balanço oficial hoje divulgado.
Um anterior balanço, divulgado no domingo, dava conta de 170 vítimas mortais e várias dezenas de pessoas desaparecidas.
Num comunicado, a polícia do Nepal referiu que 31 pessoas ainda estavam desaparecidas e 96 pessoas ficaram feridas em todo o país dos Himalaias, onde os esforço de busca e salvamento foram intensificados.
Muitas das mortes ocorreram em Katmandu, que sofreu fortes chuvas, inundando grande parte do sul da capital.
Pelo menos três autocarros com destino a Katmandu, que tinham ficado presos em engarrafamentos numa autoestrada a sul da cidade, foram soterrados por um deslizamento de terras que matou pelo menos 35 pessoas.
As três autoestradas que ligam a capital ao resto do país foram bloqueadas por deslizamentos de terras.
"A nossa prioridade é a busca e o salvamento, incluindo as pessoas que estão presas nas estradas", disse à agência de notícias France-Presse o porta-voz do Ministério do Interior, Rishi Ram Tiwari.
O exército nepalês indicou já ter realizado mais de quatro operações de retirada de pessoas, nomeadamente com recurso a helicópteros, lanchas e botes salva-vidas.
Bulldozers e outras máquinas de escavação foram utilizadas para limpar as estradas.
A paralisação da rede rodoviária provocou a escassez de produtos hortícolas na capital, cujos preços aumentaram significativamente.
"Normalmente recebemos 600 a 700 toneladas de legumes todos os dias, ontem [domingo] só recebemos 156 toneladas", disse Binay Shrestha, um grossista num dos principais mercados de Katmandu.
"A produção está disponível, mas está bloqueada pelo estado das estradas", acrescentou.
Grandes zonas do leste e do centro do país foram atingidas por cheias desde sexta-feira, tal como distritos inteiros de Katmandu.
De acordo com o Departamento de Hidrologia e Meteorologia, uma estação no aeroporto de Katmandu registou 240 milímetros de chuva, o nível mais elevado desde 2002.
O tempo melhorou a partir de domingo, depois de três dias de chuvas de monção, facilitando os trabalhos de resgate e limpeza.
Os voos domésticos foram retomados na manhã de domingo de e para Katmandu, depois de terem sido totalmente suspensos a partir da noite de sexta-feira. Mais de 150 voos foram cancelados.
O Governo nepalês anunciou o fecho de escolas e universidades no país durante três dias.
A época das monções começou em junho e geralmente prolonga-se até meio de setembro.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, transmitiu no domingo ao homólogo do Nepal uma mensagem de condolências e "profunda solidariedade" pelas "trágicas consequências" provocadas pelas cheias, refere uma breve nota publicada no portal da Presidência.
Leia Também: O furacão Helene causou pelo menos 93 mortos no leste e sudeste dos Estados Unidos, incluindo na Carolina do Norte, onde as autoridades declararam o estado de calamidade para facilitar a assistência à população afetada.
domingo, 29 de setembro de 2024
EUA anunciam que têm "tropas adicionais" prontas para as "contingências" de um eventual ataque do Irão a Israel
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Por CNN Portugal 29/09/24
EUA pedem solução diplomática mas estão prontos para tomar "as medidas necessárias" caso a ameaça escale
As Forças de Defesa Israel (IDF) continuam a atacar alvos do Hezbollah no Líbano, mesmo depois de alegarem ter matado “a maioria” dos dirigentes daquela milícia xiita libanesa. Só este domingo, perto de 50 pessoas morreram na sequência de ataques israelitas, sobretudo no leste e sul do Líbano.
Só na província de Baalbek-Hermel, no leste do Líbano, morreram pelo menos 21 pessoas e há registo de 47 feridos, de acordo com o Ministério da Saúde libanês. As IDF dizem ter atingido também alvos Houthis no Iémen, designadamente uma central de energia e o porto marítimo de Hodeida, em retaliação pelo ataque dos Houthis, que lançaram no sábado um míssil balístico contra o aeroporto Ben Gurion, perto de Telavive, quando o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu estava a chegar de Nova Iorque. Os ataques contra alvos Houthis no Iémen fizeram pelo menos quatro mortos.
No total, há registo de mil mortos e mais de 6.000 feridos no Líbano como resultado dos ataques israelitas à capital, Beirute, e a outras partes do país nas duas últimas semanas.
Neste contexto, o Irão não afasta a possibilidade de abrir uma guerra com Israel. Isso mesmo deixou claro o chefe da diplomacia iraniana, Abbas Araghchi, que alertou este domingo que “todas as possibilidades estão em aberto” no conflito com Israel, incluindo a guerra, após a morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, um aliado de Teerão.
“Todos reconhecem o perigo de uma guerra na região. Esta situação é muito perigosa e todas as possibilidades estão em aberto neste momento”, declarou Araghchi a partir de Nova Iorque, de acordo com a agência noticiosa iraniana Fars.
Isto no mesmo dia em que França, Alemanha e Reino Unido se juntaram num apelo para cessar-fogo “imediato” no Líbano. Receando uma incursão terrestre em Beirute, os ministros dos Negócios Estrangeiros de França, Alemanha e Reino Unido assinaram uma declaração a exigir um acordo para "cessar-fogo imediato" face à escalada do conflito na região.
O chefe da diplomacia francesa, Jean-Noël Barrot, defende que Telavive tem de “parar imediatamente os ataques ao Líbano”, enquanto o seu homólogo britânico, David Lammy, entende que “uma solução diplomática é a única via para restabelecer a segurança e a estabilidade do povo libanês e do povo israelita”.
Já Annalena Baerbock, ministra alemã dos Negócios Estrangeiros, afirmou à emissora ARD que a morte de Hassan Nasrallah "ameaça desestabilizar todo o Líbano", o que "não é de todo do interesse de Israel em termos de segurança".
EUA prometem tomar “as medidas necessárias” em caso de ameaça do Irão
Os EUA, que justificaram o assassínio de Hassan Nasrallah como “uma medida de justiça” para com todas as vítimas do líder do Hezbollah ao longo dos seus 32 anos no poder, entendem agora que entrar numa “guerra total” com o Hezbollah e com o Irão “não é a forma alcançar” o objetivo de Israel de trazer de volta ao norte do país os residentes deslocados desde 7 de outubro.
"Se querem trazer essas pessoas de volta a casa de forma segura e sustentável, acreditamos que o caminho diplomático é o correto”, declarou o porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby.
Ainda assim, os EUA prometem responder com “as medidas necessárias” em caso de ameaça do Irão. Isso mesmo deixou claro o secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, que afirmou, em comunicado, que "os EUA estão determinados a impedir que o Irão, os seus parceiros e os seus representantes tirem partido da situação ou façam escalar o conflito", que se intensificou nos últimos dias com os bombardeamentos de Israel no Líbano.
Se o Irão ou os seus aliados "utilizarem este momento para atacar o pessoal ou os interesses dos Estados Unidos na região, os EUA tomarão todas as medidas necessárias para defender" o seu povo, advertiu.
Para prevenir isso mesmo, o Departamento de Defesa vai "reforçar ainda mais" as suas capacidades de defesa aérea na região "nos próximos dias" e tem tropas "adicionais" prontas a ser destacadas para o caso de ter de responder a "várias contingências", acrescenta-se no comunicado.
Apesar desta postura defensiva, o Pentágono garante que Lloyd Austin e os líderes do departamento continuam focados na "redução da escalada através da dissuasão e da diplomacia", bem como na "proteção dos cidadãos e das forças dos Estados Unidos" e na "defesa de Israel".
O exército de Israel disse hoje que efetuou cerca de 120 ataques adicionais contra o Hezbollah no Líbano, de onde o movimento xiita libanês pró-iraniano tem disparado 'rockets' contra o território israelita.
© Lusa Por Lusa 29/09/24
Israel anuncia cerca de 120 ataques adicionais contra Hezbollah
O exército de Israel disse hoje que efetuou cerca de 120 ataques adicionais contra o Hezbollah no Líbano, de onde o movimento xiita libanês pró-iraniano tem disparado 'rockets' contra o território israelita.
Segundo indicou um comunicado das forças militares de Telavive, o exército de Israel realizou "recentemente" ataques "em grande escala" contra "agentes do Hezbollah", visando um total de "cerca de 120 alvos" no sul do Líbano e no interior do território libanês.
O exército israelita realizou hoje ataques contra o Hezbollah, no Líbano, nos quais morreram perto de 50 pessoas, dois dias depois de ter morto o líder do movimento, Hassan Nasrallah, juntamente com dezenas de membros do grupo xiita libanês.
Israel e Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado diário desde outubro de 2023, após o ataque do Hamas em solo israelita que desencadeou a atual guerra na Faixa de Gaza, levando a que dezenas de milhares de pessoas tenham abandonado as suas casas em ambos os lados da fronteira israelo-libanesa.
Os ataques de Israel contra o Hezbollah intensificaram-se de forma substancial nos últimos dias, após as autoridades militares de Telavive terem anunciado uma deslocação das operações da Faixa de Gaza para o norte do país.
O Hezbollah integra o chamado "Eixo da Resistência", uma coligação liderada pelo Irão e contra Israel de que fazem parte também, entre outros, o grupo extremista palestiniano Hamas e os rebeldes huthis do Iémen.
Leia Também: O corpo do líder libanês do Hezbollah, Hassan Nasrallah, foi encontrado no sábado, um dia depois de um violento ataque israelita que o atingiu nos subúrbios do sul de Beirute, disse à AFP uma fonte próxima do movimento.
Leia Também: As forças armadas israelitas afirmam ter atingido alvos Huti no Iémen, como uma central de energia e o porto marítimo de Hodeida, desencadeando dezenas de ataques aéreos em resposta a um ataque recente a Israel.
Dinamarca anuncia nova ajuda militar a Kyiv... A Dinamarca anunciou hoje que vai conceder à Ucrânia 1,3 mil milhões de coroas (174 milhões de euros) para ajudar o país a armar-se e a criar um complexo industrial de defesa dinamarquês-ucraniano.
© Lusa Por Lusa 29/09/24
"Trata-se de entregar na frente armamento e equipamento produzidos na Ucrânia e financiados pela Dinamarca e por bens congelados russos", indicou o Ministério da Defesa dinamarquês num comunicado.
Além disso, "as guerras não são ganhas apenas no campo de batalha, mas também na indústria", sublinhou o ministro do Comércio e da Indústria, Morten Bødskov, citado noutro comunicado.
Com o novo polo industrial, pretende-se desenvolver novas parcerias de forma ainda mais direta.
A Dinamarca concluiu no final de fevereiro um acordo de segurança de dez anos com Kyiv, na sequência de acordos semelhantes assinados por Berlim, Londres e Paris.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após o desmoronamento da União Soviética - e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se, havendo mesmo alguns países a autorizar Kiev a utilizar armamento de longo alcance para atacar território russo.
Nas últimas semanas, as tropas russas, mais numerosas e mais bem equipadas, prosseguiram o seu avanço na frente oriental, apesar da ofensiva ucraniana na Rússia, na região de Kursk.
As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território.
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Imigração: Manifestação foi “tiro de partida” para “reconquista da identidade nacional”, defendeu André Ventura
Agência Lusa, 29/09/24
Num palco montado no Rossio, no final da manifestação, Ventura pediu a todos que gritassem o que “a Europa inteira tem de ouvir a partir de Lisboa”: “Aqui mandamos nós, aqui mandamos nós, aqui mandamos nós”, repetiu inúmeras vezes
O presidente do Chega defendeu que a manifestação deste domingo contra o que o partido considera ser a “imigração descontrolada” foi o “tiro de partida” para um movimento de “reconquista da identidade nacional”. Num palco montado no Rossio, no final da manifestação em Lisboa que durou cerca de hora e meia desde a Alameda, André Ventura pediu a todos que gritassem o que “a Europa inteira tem de ouvir a partir de Lisboa”.
“Aqui mandamos nós, aqui mandamos nós, aqui mandamos nós”, repetiu inúmeras vezes. O líder do Chega admitiu que “uma manifestação não fará a transformação que Portugal precisa”, mas considerou que o protesto de hoje “é o tiro de partida”.
“O país costuma dizer que uma andorinha não faz a primavera, uma manifestação não faz a primavera. Mas é essa primavera lusitana, é essa primavera portuguesa que eu quero que vocês tenham no coração a partir de hoje: o maior movimento de sempre, de reconquista da alma nacional, de reconquista da nossa identidade e de reconquista desta bandeira”, disse.
Na audiência, ouviram-se gritos de “Reconquista, reconquista”, que é também o nome de um grupo ultranacionalista de extrema-direita.
Durante o comício e ao longo da manifestação, foram também audíveis os gritos de “Remigração é solução”, outro conceito utilizado pela extrema-direita para o retorno forçado de imigrantes aos países de origem.
No palco, Ventura não usou este termo, mas defendeu que não é ser radical defender que “quem comete crimes deve ser devolvido à sua terra”.
“A esses, sejam eles quem forem nós dizemos: deportação, deportação, deportação”, afirmou.
Dois detidos no percurso da manifestação do Chega contra a imigração "descontrolada"
Entretanto, a PSP fez saber através de um comunicado que deteve um homem e uma mulher, de 25 e 28 anos, por resistência e coação a funcionário e identificou outras quatro pessoas durante as duas manifestações antagónicas sobre imigração que hoje se cruzaram em Lisboa.
Em comunicado, a PSP refere que registou “dois detidos, um homem e uma mulher de, respetivamente, 25 e 28 anos, por resistência e coação a funcionário” e identificou quatro pessoas “que integravam a manifestação promovida pelo Partido Chega por infração à lei de segurança privada”.
A manifestação contra a imigração convocada pelo Chega, que mobilizou milhares de pessoas e a concentração pró-imigrantes na zona do Intendente, registou momentos de tensão.
A Polícia lembra que após a comunicação da realização de duas manifestações para o mesmo dia e para a mesma área geográfica, os serviços da PSP Lisboa avaliaram o risco dado que a “previsível ocorrência de manifestações com posicionamentos ideológicos antagónicos, existia uma forte possibilidade de ocorrência de confrontos, ainda que meramente verbais”.
Para a direção da PSP “a constante visibilidade e mobilidade dos meios policiais destacados para esta operação de segurança terão, assim, contribuído de forma significativa para a inexistência de situações de alteração da ordem pública”.
sábado, 28 de setembro de 2024
Missão da SpaceX descolou para resgatar astronautas presos na ISS
© Lusa Por Lusa 28/09/24
Uma missão da SpaceX descolou hoje com dois passageiros a bordo, em vez dos quatro inicialmente previstos, de forma a deixar dois lugares livres para os astronautas americanos que estão na Estação Espacial Internacional.
Os dois astronautas americanos estão na Estação Espacial Internacional há vários meses devido a falhas numa nave espacial da Boeing, indica a agência AFP.
O foguetão Falcon 9 descolou do Cabo Canaveral, na Florida (EUA), às 13:17 locais (17:17 GMT). O lançamento foi efetuado a partir de uma nova plataforma de lançamento, utilizada pela primeira vez para uma missão tripulada.
"Parabéns à NASA e à SpaceX por um lançamento bem sucedido. Este é um momento emocionante para a exploração e a inovação", disse o diretor da agência espacial americana, Bill Nelson.
A bordo da nave espacial estão o astronauta da NASA Nick Hague e o cosmonauta russo Alexander Gorbunov.
O regresso está previsto para fevereiro e os dois astronautas vão ser acompanhados pelos veteranos espaciais Butch Wilmore e Suni Williams, que descolaram no início de junho a bordo de uma nova nave espacial desenvolvida pela Boeing, a Starliner, no seu primeiro voo de teste com tripulação para a Estação Espacial (ISS).
A nave deveria regressar à Terra oito dias mais tarde, mas problemas detetados no seu sistema de propulsão levaram a NASA a questionar a sua fiabilidade.
Após semanas de testes, a agência espacial acabou por enviar a cápsula vazia do Boeing de volta à Terra e decidiu fazer regressar os dois tripulantes naufragados com a missão da SpaceX.
A empresa do bilionário Elon Musk é a responsável por esta missão regular de rotação da tripulação da ISS, que, como todas as outras, tem uma duração prevista de cerca de seis meses.
No entanto, o lançamento da Crew-9 foi adiado em meados de agosto para o final de setembro, para dar mais tempo às equipas da NASA para tomarem uma decisão sobre a nave espacial da Boeing.
O lançamento teve de ser novamente adiado por alguns dias devido à passagem do furacão Helene, que atingiu a Florida esta semana.
A nave espacial Dragon da SpaceX deverá acoplar-se à ISS por volta das 21:30 GMT de domingo.
Após um período de transferência com os quatro membros da missão anterior, a Crew-8, estes regressarão à Terra a bordo de outra nave espacial da SpaceX.
No total, Nick Hague e Alexandre Gorbounov passarão cerca de cinco meses na ISS. Butch Wilmore e Suni Williams ficarão cerca de oito meses.
Numa conferência de imprensa no início de setembro, ambos garantiram que se estavam a adaptar bem à sua estadia prolongada.
"A transição não tem sido muito difícil", disse Suni Williams. "Ambos viemos da Marinha, já fomos destacados antes. Não ficamos surpreendidos quando as missões mudam".
Estão previstas cerca de 200 experiências científicas durante a estadia da tripulação 9 no laboratório voador