sexta-feira, 30 de agosto de 2024
O Djumbaidim 2024 chegou ao fim com muita alegria e sucesso!
O campo de férias, realizado na Igreja Santo António de Bandim, em Bissau, reuniu cerca de 600 crianças dos 3 aos 13 anos durante 30 dias de muitas atividades de lazer, aprendizagem e desenvolvimento.
Com o apoio da Primeira Dama, as crianças puderam viver momentos inesquecíveis, cheios de diversão e crescimento.
Agradecimentos a todos que contribuíram para que esta edição fosse tão especial. Que venham mais eventos como este, promovendo o bem-estar e a felicidade das nossas crianças!
Conferência de Imprensa do Conselho de Anciões do MADEM-G15, liderada pela Adja Satu Camará.
Países do Pacífico rejeitam apelos para cortar relações com Taiwan
Por Lusa 30/08/24
Os líderes dos países insulares do Pacífico reunidos em Tonga rejeitaram hoje apelos, apoiados pela China, para cortar relações com Taiwan, dizendo que a aliança regional manterá a política diplomática que tem há décadas.
O Fórum das Ilhas do Pacífico rejeitou assim as exigências de alguns membros, aliados de Pequim, que tinham instado a organização a deixar de considerar Taipé como um parceiro de desenvolvimento.
Numa declaração final, os líderes reafirmaram um acordo assinado em 1992 que autoriza conversações com Taiwan.
A China tem trabalhado para excluir Taiwan -- uma ilha democrática governada de forma autónoma que considera fazer parte do seu território -- dos fóruns internacionais.
As Ilhas Salomão, o principal parceiro de Pequim no Pacífico Sul e que acolherão o Fórum das Ilhas do Pacífico em 2025, pretendiam que Taiwan perdesse o estatuto de parceiro no Fórum, irritando alguns aliados de Taipé.
A aliança regional está dividida entre países que mantêm relações diplomáticas com a China e outros com Taiwan.
Além de Tuvalu, Palau e as Ilhas Marshall reconhecem Taipé.
Palau deverá realizar eleições gerais este ano e os laços diplomáticos com Taiwan - e uma potencial mudança a favor da China - deverão estar entre as questões principais durante a campanha eleitoral.
Nos últimos cinco anos, as Ilhas Salomão, Kiribati e Nauru romperam relações diplomáticas com Taipé a favor de Pequim.
Taiwan enviou o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Tien Chung-kwang, a Tonga para reforçar os laços com os aliados insulares do Pacífico.
Na quarta-feira, o Fórum aprovou um plano, financiado em cerca de 400 milhões de dólares (mais de 358 milhões de euros) pela Austrália, para melhorar a formação policial e criar uma unidade regional, após a China ter assinado pactos de segurança com algumas nações da área.
A Austrália, que juntamente com os Estados Unidos tem historicamente sido a principal influência sobre as nações do Pacífico, tem voltado a sua atenção para a região desde o opaco pacto de segurança assinado em 2022 entre a China e as Ilhas Salomão.
A China mantém uma presença policial modesta, mas visível nas Ilhas Salomão, para onde envia agentes para treinar a polícia local em táticas de tiroteio e motim.
Semanas antes da reunião em Tonga, os líderes das Fiji, Vanuatu e Ilhas Salomão deslocaram-se a Pequim, onde destacaram a cooperação com a China e a capacidade do gigante asiático para prestar assistência ao desenvolvimento e os seus objetivos de segurança.
O Fórum das Ilhas do Pacífico é constituído pela Austrália, Fiji, Ilhas Cook, Nova Caledónia, Polinésia Francesa, Micronésia, Nauru, Nova Zelândia, Niue, Palau, Papua Nova Guiné, Ilhas Marshall, Samoa, Ilhas Salomão, Tonga, Tuvalu e Vanuatu, enquanto Kiribati anunciou a saída da organização.
Líder de APU-PDGB regressa ao país e promete falar à imprensa depois de concertação com direção da Aliança “Kumba Lanta”
Bissau, 30 Ago 24 (ANG) – O líder da Assembleia do Povo Unido, Partido Demorático da Guiné-Bissau(APU-PDGB) regressou hoje ao país, depois de uma ausência de dois meses.
Á sua chegada, Nuno Gomes Nabiam encontrou o aeroporto internacional Osvaldo Vieira, totalmente “deserto” dos seus dirigentes e militantes que o prometiam uma receção calorosa, devido ao cerco policial ao perímetro aeroportuário.
O líder de APU-PDGB e da Aliança “Kumba Lanta”, foi-se obrigado a dirigir-se para a sua residência onde estava a sua espera alguns dirigentes, militantes do partido e os jornalistas.
Ao dirigir-se aos jornalistas presentes na sua residência, Nuno Gomes Nabiam promete falar só depois de uma concertação com a direção da Aliança “Kumba Lanta”.
A Assembleia do Povo Unido, Partido Democrático da Guiné-Bissau, (APU-PDGB), tinha manifestado a sua determinação de concentrar os seus dirigentes e militantes hoje nas mediações do aeroporto internacional Osvaldo Vieira, para a receção do seu líder, Nuno Gomes Nabiam, desafiando o despacho do Ministério do Interior e da Ordem Pública que proibiu atos de manifestações públicas em todo o território nacional desde dia 15 de Janeiro do presente ano.
quinta-feira, 29 de agosto de 2024
Frente Social Em Conferência de imprensa Sobre Anúncio Público da Entrega de Caderno Revindicativo.
Cruz Vermelha regista mais de 71 mil desaparecidos em África
© Christopher Furlong/Getty Images
Por Lusa 29/08/24
O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) tem registos de mais de 71 mil pessoas desaparecidas em África, dado que representa um aumento de 75% face aos números de 2019, informou hoje aquela organização.
África é o continente com o maior número de pessoas desaparecidas, o maior número de crianças não acompanhadas e o maior número de reagrupamentos familiares, de acordo com os casos documentados pelo CICV até ao final de junho.
O CICV esclareceu que os números referem-se apenas aos casos registados naquela entidade e pelas secções nacionais da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho como desaparecidos no final de junho e "não representam o número total de pessoas desaparecidas em África".
Os desaparecimentos são "uma das consequências humanitárias mais prejudiciais e duradouras dos conflitos armados e de outras situações de violência", disse o diretor regional do CICV para África, Patrick Youssef, citado na mesma nota.
"Por detrás de cada pessoa desaparecida há inúmeras outras que sofrem de angústia e incerteza. É uma tragédia humanitária para as famílias, que tem consequências para a sociedade como um todo", sublinhou Youssef na nota emitida por ocasião do Dia Internacional dos Desaparecidos, que se assinala sexta-feira.
Os conflitos armados prolongados em África levaram ao desaparecimento de milhares de pessoas.
O continente é também muito sujeito a desastres naturais, alguns deles exacerbados pelas alterações climáticas, enquanto as perigosas viagens migratórias colocam pessoas vulneráveis em risco de separação e desaparecimento.
Face a esta realidade, o CICV apelou a um "esforço internacional mais determinado" para prevenir e resolver o problema das pessoas desaparecidas.
A vontade política, sublinhou, é um "passo essencial" para garantir os recursos necessários para resolver a situação, incluindo a cooperação entre as autoridades, tanto a nível nacional como transfronteiriço.
"Nos conflitos armados, tanto os civis como os combatentes desaparecem. Podem desaparecer quando são presos ou capturados, detidos e mantidos incomunicáveis. Podem estar vivos, mas simplesmente não têm meios para contactar as famílias", recordou o responsável do CICV.
Crocodilo mais velho do mundo tem 123 anos e 10 mil filhos... Henry vive em cativeiro na África do Sul, devido ao seu passado "obscuro".
© Crocworld Conservation Centre
Por Notícias ao Minuto 29/08/24
Conheça Henry, um crocodilo do Nilo com cerca de 4,8 metros de comprimento e 750 kg, que vive em cativeiro na África do Sul, e que é reconhecido por biólogos e ambientalistas como o crocodilo mais velho do mundo.
De acordo com os meios de comunicação social locais, Henry nasceu a 16 de dezembro de 1900, no Delta do Okavango, no Botsuana, Património Mundial da UNESCO.
Ao longo da sua vida adulta teve seis parceiras, com quem concebeu cerca de 10 mil filhos.
No entanto, apesar de agora ser muito acarinhado e símbolo da preservação de espécies, Henry tem um passado "obscuro".
Acredita-se que tenha sido colocado em cativeiro, pelo conhecido caçador de elefantes Henry Neumann (a quem deve o seu nome), depois de ter comido várias crianças de uma tribo do Botsuana. Era isso, ou matá-lo.
Henry mora agora no Crocworld Conservation Centre em Scottburgh, na vizinha África do Sul.
quarta-feira, 28 de agosto de 2024
Tomada de posse da Comissão Organizadora do Congresso Extraordinário do Madem-G15 - Braima Camara
PR Umaro Sissoco Embaló visita as instalações do Ministério dos Antigos Combatentes da Liberdade da Pátria.
Convocada Reunião do Conselho NATO-Ucrânia após vaga de ataques russos
© Lusa
Por Lusa 28/08/24
O Conselho da NATO-Ucrânia vai reunir-se hoje à tarde, a pedido de Kiev, na sequência da vaga de ataques russos que visou cidades e infraestruturas ucranianas na segunda e terça-feira, anunciou a Aliança Atlântica.
O ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umerov, deverá "informar os aliados, por vídeo, sobre a situação no campo de batalha", disse um porta-voz da NATO, citado pela agência noticiosa francesa AFP.
A defesa antiaérea, que a Ucrânia assume como uma necessidade crucial, será um dos temas da reunião, segundo fontes diplomáticas, igualmente citadas pela AFP.
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu a ajuda das forças aéreas dos países vizinhos europeus para destruir as vagas de mísseis e 'drones' (aeronaves não tripuladas) russos que atingiram o território ucraniano de forma maciça no início desta semana.
"Nas várias regiões da Ucrânia, poderíamos fazer muito mais para proteger vidas se as forças aéreas dos nossos vizinhos europeus trabalhassem em conjunto com os nossos [caças] F-16 e as nossas defesas antiaéreas", disse Zelensky, exigindo "soluções'".
Na segunda-feira, no maior ataque russo das últimas semanas, 15 regiões da Ucrânia foram alvo de um total de 236 mísseis e 'drones', segundo Kyiv, que afirma ter abatido 201.
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.
Os aliados de Kyiv também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
O Conselho NATO-Ucrânia foi criado em julho de 2023 para aproximar Kyiv da Aliança Atlântica.
Leia Também: Exército ucraniano abate caça russo em Donetsk
Preguiça mais velha do mundo morre na Alemanha aos 54 anos... Jan vivia há 38 num Zoo, onde foi pai de 22 crias.
© Zoo Krefeld
Por Notícias ao Minuto 28/08/24
A preguiça mais velha do mundo morreu, na semana passada, aos 54 anos, no Zoo onde vivia, na cidade alemã de Krefeld.
A morte de Jan, que entrou para o Guinness como o exemplar mais idoso da sua espécie aos cuidados de humanos, foi confirmada na terça-feira, 27 de agosto, pelo Jardim Zoológico.
"Foi muito difícil para os tratadores se despedirem dele. Alguns conheciam-no e cuidavam dele há mais de 25 anos", lê-se na nota.
Além de ser recordista a nível da idade, Jan ficou conhecido pelo grande número de filhos que concebeu ao longo dos anos com as fêmeas Lolita e Trine. Ao todo teve 22 filhos, o mais novo nascido no passado mês de março.
De acordo com o site Deutsche Welle, Jan nasceu na natureza em 1969. Depois de uma breve passagem pelo Zoológico de Hamburgo, em 1986, foi entregue a Krefeld, onde vivia há 38 anos.
A Guiné-Bissau está a preparar um plano de contingência para lidar com eventuais casos de monkeypox (mpox), que atualmente não tem capacidade para diagnosticar, disse hoje Plácido Cardoso, secretário do Centro Operacional de Emergência em Saúde.
© Lusa
Por Lusa 28/08/24
Mpox. Sem capacidade de testar Guiné, prepara plano de contingência
A Guiné-Bissau está a preparar um plano de contingência para lidar com eventuais casos de monkeypox (mpox), que atualmente não tem capacidade para diagnosticar, disse hoje Plácido Cardoso, secretário do Centro Operacional de Emergência em Saúde.
De acordo com o este responsável médico, na terça-feira, ocorreu a primeira reunião para a definição do plano de contingência e nos próximos dias o Governo, através do Ministério da Saúde Pública, fará uma comunicação oficial sobre de que forma o vírus será tratado se chegar ao país.
Plácido Cardoso realçou que as autoridades sanitárias estão a tomar as medidas para reforçar o controlo nas fronteiras do país, onde de momento não há conhecimento de suspeitas de casos, mas avançou que também não é possível fazer testes.
"Neste momento não temos capacidade laboratorial de diagnóstico, mas estamos a trabalhar na aquisição de reagentes", declarou o médico guineense.
O plano de contingência, entre outros, irá proceder a um diagnóstico da logística existente no país, nomeadamente dos materiais de proteção adquiridos aquando da pandemia da covid-19, assinalou Cardoso.
O secretário do Centro Operacional de Emergência em Saúde observou que o surto deste vírus é um tema que preocupa, mas tranquilizou a população guineense dizendo que o mpox já existiu no passado, nomeadamente em 2022, tendo atingido vários países africanos e europeus.
A "gravidade e intensidade" do vírus não são iguais à covid-19, referiu Plácido Cardoso, mas frisou que as medidas de prevenção, nomeadamente o distanciamento pessoal, a lavagem das mãos e o tratamento do lixo doméstico, podem ajudar a mitigar a situação.
Disse ainda que em certos países africanos, nomeadamente na Costa do Marfim, Benim e Libéria, "a doença (causada pelo vírus mpox) é quase que endémica".
Com uma nova variante em circulação, considerada mais perigosa do que a detetada em 2022, a OMS declarou em meados de agosto o surto de mpox em África como emergência global de saúde, com casos confirmados entre crianças e adultos de mais de uma dezena de países.
Mais de 22.800 casos e pelo menos 622 mortes por monkeypox foram registados desde janeiro em 13 países africanos, confirmou hoje a União Africana (UA), enquanto o continente aguarda por vacinas.
A nova variante pode ser facilmente transmitida por contacto próximo entre duas pessoas, sem necessidade de contacto sexual.
Leia Também: Mpox: Cabo Verde cria equipa de intervenção para orientar prevenção
Perseverance da NASA iniciou subida íngreme até ao topo de cratera em Marte
SIC Notícias 27 ago 2024
Desde a aterragem no planeta vermelho, em 2021, o veículo espacial de seis rodas recolheu 22 amostras de núcleos rochosos do fundo da cratera, que já esteve cheia de água.
O rover Perseverance da agência espacial norte-americana (NASA) está a enfrentar um novo desafio em Marte de ultrapassar uma subida íngreme até ao topo da cratera, onde passou os últimos três anos e meio.
O veículo espacial de seis rodas irá subir 305 metros até à borda da cratera de Jezero para desenterrar amostras de rocha, noticiou na terça-feira a agência Associated Press (AP).
Desde a aterragem no planeta vermelho, em 2021, o Perseverance recolheu 22 amostras de núcleos rochosos do fundo da cratera, que já esteve cheia de água.
As amostras do rover podem ajudar os cientistas a descobrir como era o clima do planeta há milhares de milhões de anos e a descobrir se existia alguma vida marciana antiga.
A NASA está ainda a explorar formas de trazer amostras de rochas para a Terra de uma forma mais rápida e barata.
A base rochosa na borda da cratera pode fornecer vestígios sobre como surgiram planetas rochosos como Marte e a Terra, sublinhou Steven Lee, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, na Califórnia.
@NASA
Mas o caminho a seguir não será fácil. O Perseverance escalará terrenos rochosos e encostas com até 23 graus na viagem de um mês.
"Perseverance é certamente um verdadeiro soldado", sublinhou Lee, sobre o rover que percorreu cerca de 29 quilómetros durante a sua exploração.
A rocha no topo da cratera pode ter origem em fontes hidrotermais anteriores, locais onde a água aquecida e os minerais dissolvidos foram expelidos depois de circularem por baixo da superfície do planeta.
Na Terra, locais semelhantes, como o Parque Nacional de Yellowstone, são considerados o berço da vida.
terça-feira, 27 de agosto de 2024
O medicamento que devia tomar com água da torneira, avisa farmacêutica
© Shutterstock
Por Notícias ao Minuto 27/08/24
Em causa pode estar a forma como o corpo o absorve. Nem a água mineral engarrafada é uma opção. Saiba tudo.
A água mineral engarrafada é a escolha de muitas pessoas para tomar medicamentos. Contudo, existem alguns que não devem ser tomados desta forma. Nestes casos, a água da torneira é mesmo a melhor opção. Um aviso é deixado por uma farmacêutica.
Na sua conta de TikTok, Elena Monje partilhou um vídeo em que alerta para a toma de ácido alendrónico, usado para o tratamento da osteoporose, com água mineral.
"O motivo está relacionado com o fato que serem mal absorvidos na presença de outros alimentos ou sais minerais", explica a especialista. Refere que este é o tipo de informação que se encontra também na bula do medicamento.
Por outro lado, depois da toma do ácido, não deve deitar-se durante a meia hora seguinte. Assim, deverá ficar sentado, de pé ou a andar. Trata-se de uma forma de evitar qualquer tipo de refluxo que possa levar à "inflamação, irritação ou úlceras no esófago", continua.
Deverá ser também tomado 30 minutos antes da ingestão dos primeiros alimentos do dia e também sem outro tipo de bebidas açucaradas ou até de água com gás.
Leia Também: Depressão. Música pode ajudar quando os medicamentos falham, diz estudo
Netanyahu celebra libertação de refém. "Continuaremos a agir deste modo"
© Amos Ben Gershom/GPO via Getty Images
Por Lusa 27/08/24
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, celebrou hoje o resgate de um refém na Faixa de Gaza e prometeu que o Exército vai continuar a trabalhar para recuperar as restantes pessoas mantidas em cativeiro pelo grupo islamita palestiniano Hamas.
"Trabalhamos incansavelmente para trazer de volta todos os sequestrados. Fazemo-lo de duas formas: através de negociações e operações de libertação. Ambas as formas exigem a nossa presença militar no terreno e uma pressão incessante sobre o Hamas", declarou o chefe do Governo israelita, deixando a promessa: "Continuaremos a agir deste modo até os trazermos todos de volta para casa".
O Exército israelita resgatou hoje o refém Kaid Farhan al-Qadi, um beduíno de 52 anos, no sul da Faixa de Gaza, onde estava mantido em cativeiro pelo Hamas desde o ataque que o grupo palestiniano realizou no sul de Israel em 7 de outubro do ano passado.
Após o resgate, Netanyahu telefonou a al-Qadi e disse-lhe que todo o povo israelita está entusiasmado com a sua libertação, segundo um comunicado do gabinete do governante.
O principal porta-voz das Forças Armadas, Daniel Hagari, descreveu que os comandos israelitas resgataram al-Qadi num túnel subterrâneo, após relatórios precisos dos serviços de informação, mas não forneceu mais detalhes.
Segundo fontes palestinianas, o homem foi resgatado na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, onde as forças israelitas operam no terreno desde o início de maio.
O jornal israelita Haaretz afirma que o homem conseguiu escapar do cativeiro num dos túneis do Hamas antes de ser resgatado pelos militares.
Israel e o Hamas chegaram a uma trégua que durou uma semana no final de novembro e que incluiu a libertação de 105 reféns em troca de 240 palestinianos presos nas cadeias israelitas.
Dos 251 sequestrados no ataque do Hamas em 7 de outubro, 104 permanecem no enclave, embora 34 sejam mortos confirmados, de acordo com números apontados pela agência espanhola EFE.
O Fórum das Famílias de Reféns, a principal plataforma que representa os familiares dos raptados pelo Hamas, celebrou o resgate, mas deixou claro que os restantes reféns precisam de um acordo de cessar-fogo no atual conflito para poderem sair.
"Pedimos urgentemente à comunidade internacional que mantenha pressão sobre o Hamas para que aceite o acordo proposto", afirmou o grupo.
A atual guerra foi desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas no sul de Israel, que, em retaliação, lançou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 40 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.
Leia Também: Mais um refém do Hamas resgatado pelo exército israelita em Gaza
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou hoje ter sido bem-sucedido o primeiro teste do míssil balístico de fabrico ucraniano, poucos dias após celebrar o uso de um novo drone-míssil de longo alcance.
© Lusa
Por Lusa 27/08/24
Zelensky anuncia que primeiro teste do míssil balístico foi bem-sucedido
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou hoje ter sido bem-sucedido o primeiro teste do míssil balístico de fabrico ucraniano, poucos dias após celebrar o uso de um novo drone-míssil de longo alcance.
"O primeiro míssil balístico ucraniano foi testado com sucesso", declarou o líder numa conferência de imprensa, em Kiev, congratulando a indústria de defesa do país, mas escusando-se a dar mais detalhes.
Estes mísseis têm uma trajetória predominantemente balística, ou seja, influenciada apenas pela gravidade e pela velocidade adquirida na propulsão inicial.
Há dois dias, Zelensky tinha comemorado a chegada ao campo de batalha de um novo drone-míssil de longo alcance, o 'Palianytsia', notando o sucesso da primeira utilização da nova arma.
Batizado numa referência a um pão ucraniano tradicional, o 'Palianytsia' "foi desenvolvido no país para destruir o potencial ofensivo" da Rússia, afirmou, nessa altura, o Presidente.
A indústria de defesa ucraniana, frequentemente apoiada por financiamentos ou parcerias ocidentais, expandiu-se significativamente desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022.
No final do ano passado, Zelensky tinha garantido que a Ucrânia produziria um milhão de drones em 2024 para responder às necessidades do exército.
Sobre a operação na região russa de Kursk, Zelensky caracterizou-a como operação defensiva e não uma ocupação.
"Não há uma ocupação pela nossa parte ao dia de hoje", afirmou o Presidente, que tem insistido que a ofensiva em Kursk, iniciada no passado dia 06, não visa ocupar regiões estrangeiras.
"Temos que defender o nosso território e estamos a usar todos os meios desde o território da Federação Russa para impedir que ocupem o nosso", justificou Zelensky sobre a operação em Kursk, onde, segundo o comandante-em-chefe das Forças Armadas Ucranianas, Oleksandr Syrsky, a Ucrânia controla cerca de cem localidades e quase 1.300 quilómetros quadrados.
Reportando-se à ausência de relatos de massacres, saques ou outros abusos por parte das tropas ucranianos na região russa em contradição com o exército russo na Ucrânia, o chefe de Estado afirmou: "Acredito que o nosso povo é simplesmente melhor".
"Nós comportamo-nos como seres humanos e é importante preservar isso", sublinhou.
O responsável acusou ainda o seu homólogo russo, Vladimir Putin, de preferir conquistar mais territórios ucranianos em vez de defender Kursk, referindo que, assim, a comunidade internacional, especialmente o Sul Global, percebe que esta guerra não é de natureza defensiva como tem argumentado o Kremlin.
O Presidente anunciou ainda a utilização de caças F-16, fornecidos pelos parceiros ocidentais, para repelir os últimos ataques aéreos russos em grande escala, ressalvando que o número de aeronaves recebidas não é "suficiente".
Leia Também: Ucrânia. Modi discute conflito com Putin (após conversa com Biden)
Em breve, a Guiné-Bissau poderá contar com uma linha marítima entre Conacri e Bissau, graças à Empresa Naval da República da Guiné Conacri. Neste momento, uma delegação do Ministério dos Transportes da Guiné Conacri está no país para realizar uma prospeção e estabelecer contactos com as autoridades nacionais. A delegação foi recebido pelo Primeiro-ministro, Rui Duarte Barros.
Sismo em Portugal já teve nove réplicas e foi o décimo maior desde o século XVI
SIC Notícias, 27 ago.2024
O IPMA frisou que na "estação acelerométrica mais próxima do epicentro do sismo do dia 26 de agosto, foram medidos os maiores valores de aceleração do movimento do solo alguma vez registados com instrumentação moderna em Portugal continental".
O sismo que ocorreu na madrugada de segunda-feira em Portugal foi o décimo maior desde o século XVI e já teve nove réplicas, não sentidas e de pequena magnitude, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
O abalo, de magnitude de 5.3 na escala de Richter, foi registado às 05h11 de segunda-feira nas estações da Rede Sísmica do continente, com epicentro a cerca de 60 quilómetros a Oeste de Sines.
"Em termos de magnitude, e considerando uma área com um raio de 100 quilómetros em torno do epicentro, trata-se do 10.º maior sismo ocorrido desde o séc. XVI, sendo esta zona muito marcada pela ocorrência, em 1858, de um terramoto histórico particularmente importante, conhecido como o sismo de Setúbal e que teve uma magnitude de M7.1", pode ler-se.
O IPMA frisou ainda que na "estação acelerométrica mais próxima do epicentro do sismo do dia 26 de agosto, foram medidos os maiores valores de aceleração do movimento do solo alguma vez registados com instrumentação moderna em Portugal continental".
Desde as 05h47 de segunda-feira que se registaram nove réplicas de pequena magnitude, as mais recentes às 00h14 e 00h30 de terça-feira, indicou também o IPMA, em comunicado.
"Através do questionário macrossísmico online, foram já rececionados no IPMA mais de 19 mil testemunhos referenciando os efeitos deste sismo", acrescentou.
O sismo teve uma intensidade máxima de IV/V na escala de Mercalli, classificada como moderada a forte, sendo seguido de pelo menos quatro réplicas, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Com intensidade V, considerada forte, os efeitos podem sentir-se fora de casa, caso ocorra durante a noite pode acordar as pessoas, "os líquidos oscilam e alguns extravasam", explica o IPMA.
"Pequenos objetos em equilíbrio instável deslocam-se ou são derrubados. As portas oscilam, fecham-se ou abrem-se. Os estores e os quadros movem-se. Os pêndulos dos relógios param ou iniciam ou alteram o seu estado de oscilação" quando de regista uma intensidade de V.
O abalo foi sentido em várias zonas de Portugal e com maior intensidade nas regiões de Setúbal e Lisboa.
O Presidente da República recebeu, as cartas credenciais do novo embaixador do Reino de Espanha, Sr. Enrique Conde León.
Guerra na Ucrânia: "A brincar com o fogo". Rússia deixa alerta aos EUA sobre III Guerra
© MAXIM SHEMETOV/POOL/AFP via Getty Images
Notícias ao Minuto 27/08/24
As declarações de Lavrov surgem após as forças ucranianas terem dado início, a 6 de agosto, a uma ofensiva terrestre sem precedentes na região fronteiriça russa de Kursk.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, alertou, esta terça-feira, os Estados Unidos que uma possível Terceira Guerra Mundial não afetará apenas a Europa e acusou o Ocidente de estar a "brincar com o fogo".
As declarações de Lavrov surgem após as forças ucranianas terem dado início, a 6 de agosto, a uma ofensiva terrestre sem precedentes na região fronteiriça russa de Kursk, ao mesmo tempo que tentam conter os avanços das tropas de Moscovo na província de Donetsk.
Segundo o Exército ucraniano, alguns dos ataques levados a cabo contra a logística militar russa e a concentração de forças têm sido feitos com armas fornecidas pelos seus parceiros ocidentais.
Para Lavrov, o fornecimento de armas mostra que o Ocidente está a "pedir problemas", além de estar a "brincar com o fogo" em relação às armas nucleares.
"Estamos agora a confirmar, mais uma vez, que brincar com o fogo - e eles são como crianças pequenas a brincar com fósforos - é uma coisa muito perigosa para os tios e tias adultos a quem foram confiadas armas nucleares num ou noutro país ocidental", disse Lavrov aos jornalistas em Moscovo, citado pela agência de notícias Reuters.
"Os americanos associam inequivocamente as conversas sobre a Terceira Guerra Mundial a algo que, Deus nos livre, se acontecer, afetará exclusivamente a Europa", acrescentou.
Sublinhe-se que a indústria de defesa ucraniana, frequentemente apoiada por financiamentos ou parcerias ocidentais, expandiu-se significativamente desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022.
Recentemente, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou ainda a utilização de caças F-16, fornecidos pelos parceiros ocidentais, para repelir os últimos ataques aéreos russos em grande escala, ressalvando que o número de aeronaves recebidas não é "suficiente".
segunda-feira, 26 de agosto de 2024
Aladje Cheick Saico Umaro Seide deu declarações sobre a situação do país.
Guiné-Bissau: Num gesto de compromisso com a nação, o Presidente da Guiné-Bissau foi ao encontro do seu povo, percorrendo as ruas e ouvindo diretamente a voz da população.
Escutando atentamente
as necessidades, sugestões e aspirações dos guineenses, reafirmando o
seu compromisso em trabalhar por um futuro melhor.
Com o coração
aberto, recebeu o carinho e o apoio da sua gente, reforçando que a
verdadeira liderança se faz lado a lado com o povo.
Declarações encomendadas do Primeiro-ministro Temor-leste, Xanana Gusmão, sobre a sua alegada instabilidade política institucional na Guiné-Bissau, deve ser considerada de traição ao legado histórico do povo guineense.
Por Eng. Santos Pereira
Temor-leste & Uma dívida externa à Guiné-Bissau
Declarações encomendadas do Primeiro-ministro Temor-leste, Xanana Gusmão, sobre a sua alegada instabilidade política institucional na Guiné-Bissau, deve ser considerada de traição ao legado histórico do povo guineense.
É importante frisar que a Guiné-Bissau foi o primeiro país que reconheceu a independência unilateral de Temor-leste em 1975.
A Guiné-Bissau sempre teve boas relações bilaterais com o Estado Temor-leste. As sucessivas declarações mesquinhas dos irresponsáveis políticos daquela pátria irmã, devem ser denunciadas por carecerem do conteúdo fiável e digno de representação estatal.
Do ponto de vista da estabilidade interna e institucional na Guiné-Bissau, vale lembrar ao Xanana Gusmão, que desde 2020 a presente data, nunca houve momentos de grande regozijo do povo guineense como está se sentir e viver.
Os interesses incofessos do Gusmão, revela o desconhecimento e atitude oportunista para se colocar no epicentro de audiência ao nível da CPLP e no mundo.
Pois, é verdade que falar do General Umaro Sissoco Embaló, seja de uma forma ou negativa, eleva o nível de audiência e atenção ao nível mundial. Embaló ultrapassa a dimensão político social guineense, é um fenómeno político da África Ocidental, quiçá da África em geral.
O protagonismo que se quer o Xanana Gusmão, através da influência geopolítica do Embaló no cenário geopolítico mundial é bem notável e de fácil descobrir, basta ver a falta de autencidade das suas declarações.
O Presidente da República, rejeitou a ideia de um Estado pequeno, isso resultou na preocupação e na perda de influência geopolítica de alguns países lisufonos que dominavam e até impunham suas decisões sobre a Guiné-Bissau. Hoje, já não podem fazê-lo por causa da defesa a integridade moral do Embaló ao nosso desígnio nacional.
Lembrar ao Xanana que a Guiné-Bissau jamais será como antes, um Estado ajoelhado, somos desde 2020, um Estado com a autoestima resgatada, pronta a dar resposta aos desafios nacionais.
Somos um Estado erguido, um país firme e determinado a defender os seus interesses.
Xanana Gusmão deve ter a vergonha na cara pelo desconhecimento da realidade política democrática guineense.
A CPLP é um anexo se comparado com a França, a CEDEAO, etc, como é possível questionar a estabilidade política num país que recebeu, durante dois 2, o Chefe de Estado francês, conferência dos Chefes de Estado e dos governos da CEDEAO e não pode receber a Cimeira da CPLP?
Esta resposta deve ser respondida com a humildade e seriedade exigida de um governante como é o caso de Xanana Gusmão, que neste momento é considerado de persona non grata, por ter faltado respeito ao máximo representante do Estado guineense, Comandante Supremo das Forças Armadas Republicanas, General Umaro Sissoco Embaló.
Não se atreva novamente, pois, terá resposta mais adequada.
Eng. Santos Pereira,
26/08/2024
A organização Human Rights Watch (HRW) denunciou hoje o recrutamento "ilegal" para o serviço militar de procuradores e de um juiz que investigavam alegados crimes cometidos por apoiantes da junta militar, no poder no Burkina Faso.
© Shutterstock
Por Lusa 21/08/24
ONG denuncia recrutamento militar forçado no Burkina Faso
A organização Human Rights Watch (HRW) denunciou hoje o recrutamento "ilegal" para o serviço militar de procuradores e de um juiz que investigavam alegados crimes cometidos por apoiantes da junta militar, no poder no Burkina Faso.
Segundo um comunicado da HRW, a junta militar, que governa o Burkina Faso desde o golpe de Estado de 30 de setembro de 2022, liderada pelo capitão Ibrahim Traoré, convocou "ilegalmente" para o serviço militar quatro procuradores, dois procuradores-adjuntos e um juiz de instrução através do recurso a uma lei de emergência.
"A junta do Burkina Faso não está a enganar ninguém ao forçar os procuradores que iniciam processos judiciais contra membros da junta a prestarem serviço militar", afirmou a investigadora sénior da HRW na região do Sahel, Ilaria Allegrozzi.
Segundo o relatório da organização de direitos humanos, o Exército do Burkina Faso notificou os sete procuradores judiciais do recrutamento forçado para participarem em exercícios de segurança governamental contra grupos terroristas na cidade de Kaya, na província de Sanmatenga, no centro do país.
"As autoridades deveriam revogar imediatamente esses falsos avisos de recrutamento", exigiu Allegrozzi.
Seis destas sete pessoas compareceram em 14 de agosto na base militar da capital do Burkina Faso, Ouagadougou. Desde então, a HRW diz que não se sabe do seu paradeiro.
Estes recrutamentos "forçados" estão abrangidos pela regra da "mobilização geral", declarada pelo Governo do Burkina Faso em abril de 2023, um plano para recuperar os territórios ocupados por grupos terroristas islâmicos ligados à Al-Qaida e ao Estado Islâmico.
Esta regra concede a Traoré, o Presidente de transição do país, "amplos poderes para combater a insurgência, incluindo a requisição de pessoas e propriedades e a restrição das liberdades civis", explicou a HRW.
Um tribunal burquinense decidiu em 13 de agosto passado que as ordens de recrutamento de dois dos sete funcionários "eram manifestamente ilegais e violavam as suas liberdades fundamentais", pelo que ordenou ao Governo que não as cumprisse.
Segundo a HRW, dois dias após esta decisão, uma coligação de três sindicatos judiciais do Burkina Faso sublinhou que os afetados foram convocados porque estavam a lidar com casos envolvendo pessoas que alegavam ser "apoiantes incondicionais do atual governo".
"São atos de humilhação e intimidação dos magistrados e estão a ser praticados apesar das decisões judiciais que os declaram nulos", acrescentam os sindicatos.
Entre os convocados está o procurador-geral do Tribunal Superior de Ouagadougou, que ordenou à Polícia que investigasse vários apoiantes da junta militar devido a queixas de cidadãos sobre o desaparecimento dos seus entes queridos.
Desde o golpe de Estado de setembro de 2022, liderado por Traoré, a junta tem reprimido cada vez mais a liberdade dos meios de comunicação social e o acesso à informação no país.
Em abril, o governo, que tem o poder desde o Golpe de Estado, suspendeu o funcionamento de vários meios de comunicação internacionais, como o jornal francês Le Monde e o jornal britânico The Guardian, por publicarem outro relatório da HRW sobre o alegado massacre de pelo menos 223 pessoas às mãos do Exército do Burkina Faso.
ONU pede proteção para civis ucranianos após vaga de bombardeamentos russos
© Lusa
Por Lusa 26/08/24
O coordenador do Escritório de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (OCHA, na sigla em inglês) na Ucrânia apelou hoje para a proteção dos civis, após uma das maiores vagas de bombardeamentos russos contra a infraestrutura energética do país.
"Tal como milhões de pessoas na Ucrânia, passei horas num abrigo esta manhã devido à contínua onda de ataques à Ucrânia por parte das Forças Armadas Russas", descreveu Matthias Schmale numa declaração hoje divulgada, lamentando a existência de civis mortos e feridos, além de danos em infraestruturas.
O responsável da agência das Nações Unidas criticou os raides aéreos russos, ao considerar que "é inaceitável que, em vez de seguirem com as suas vidas, os cidadãos deste país tenham de procurar segurança nas estações de metro e outros abrigos".
Mesmo na guerra, sublinhou, "existem regras" e o direito internacional humanitário "deve ser respeitado e os civis devem ser protegidos".
A Rússia lançou hoje contra a Ucrânia um ataque combinado massivo com mais de uma centena de mísseis e drones 'kamikaze' iranianos Shahed, segundo o Presidente ucraniano.
"Foi um dos maiores ataques, um ataque combinado. Mais de uma centena de mísseis de diferentes tipos e cerca de uma centena de drones Shahed" foram utilizados, afirmou Volodymyr Zelensky, num vídeo transmitido na rede social X pouco depois das 13:00 locais (menos duas horas em Lisboa).
Quinze regiões da Ucrânia foram atingidas no ataque russo que visava infraestruturas energéticas do país, de acordo com o Governo ucraniano, indicando, no seu último balanço, a existência de pelo menos quatro mortos.
O Ministério da Defesa russo confirmou um ataque massivo contra alvos da infraestrutura energética da Ucrânia, bem como estações de gás e aeródromos militares.
"Esta manhã, as Forças Armadas da Federação Russa lançaram um ataque massivo por via aérea e marítima com armas de alta precisão e longo alcance e veículos aéreos não tripulados contra instalações críticas de infraestruturas energéticas que garantem o funcionamento do complexo militar-industrial", indica um comunicado militar.
Além disso, segundo o comando russo, "estações de bombagem de gás nas regiões de Lviv, Ivano-Frankivsk e Kharkiv, que garantiam o funcionamento do sistema ucraniano de transporte de gás e armazéns com bombas e bombas aéreas foram atacadas, em aeródromos nas regiões de Kiev e Dniepropetrovsk".
Segundo os militares russos, "todos os objetivos" que Moscovo estabeleceu foram alcançados.
Este é o nono ataque massivo russo contra o sistema elétrico ucraniano desde 22 de março.
Os bombardeamentos de hoje surgem numa fase no conflito em que as forças ucranianas têm em curso, desde 06 de agosto, uma ofensiva terrestre na região fronteiriça russa de Kursk e procuram igualmente visar a infraestrutura energética e militar da Rússia.
Ao mesmo tempo, as tropas de Moscovo exercem pressão no campo de batalha ucraniano, registando avanços na província de Donetsk, no leste do país, e bombardeiam com frequência instalações energéticas, que provocam cortes de energia prolongados no país.