terça-feira, 6 de setembro de 2022

ONU alerta para perigosidade e aumento de mortes nas missões em África

© Lusa

Por LUSA  06/09/22

O subsecretário-geral para Operações de Paz da ONU, Jean-Pierre Lacroix, alertou hoje para a perigosidade de missões de paz em África e lamentou que o número de mortes por atos maliciosos tenha duplicado nos últimos anos.

Num 'briefing' perante o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), Lacroix indicou que ataques contra forças de manutenção da paz utilizando artilharia explosiva e dispositivos explosivos improvisados persistem em 2022 e estão em níveis tão altos quanto os registados no ano passado.

"Apesar dos enormes esforços, a diminuição anual do número das nossas forças de paz perdidas foi revertida. Em 2021, o número de mortes por atos maliciosos duplicou em relação a 2020, de 13 para 25. Infelizmente, essa tendência continua, com 21 mortes por atos maliciosos até 26 de agosto de 2022", detalhou o subsecretário-geral.

De acordo com o diplomata francês, a Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização do Mali (Minusma) "continua a ser a missão de paz mais perigosa", mas a Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização da República Centro-Africana (Minusca) e a Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo (Monusco) enfrentam uma ameaça crescente e sustentada.

Face às ameaças crescentes, foi feita uma revisão estratégica independente das respostas das operações da ONU e as recomendações estão a ser implementadas, segundo Lacroix.

"Até agora, fizemos um progresso significativo melhorando as capacidades para combater explosivos improvisados em missões onde essa ameaça está a evoluir. E continuaremos a levar adiante as recomendações da revisão, mas é necessário o apoio dos Estados-membros para atender plenamente essas recomendações", disse, apelando à oferta de meios de especialização em defesa de base e exercício em áreas de alta ameaça.

Em relação à exploração e abuso sexual por parte de membros das missões de paz da ONU, o Fundo Fiduciário para apoio às vítimas estabeleceu um projeto no Sudão do Sul para oferecer apoio psicossocial, médico e jurídico.

Nesse sentido, o Secretariado da ONU irá envolver-se com os Estados-membros para discutir compromissos concretos para resolver casos de reconhecimento de paternidade e pensão alimentícia para vítimas.

"Estamos a avançar no desenvolvimento de um mecanismo confidencial para permitir aos Estados-membros um acesso mais fácil a informações sobre alegações contra os seus respetivos funcionários", afirmou o subsecretário-geral.

Apesar de todos os problemas e desafios, o diplomata destacou que as forças de paz da ONU permanecem na linha de frente dos conflitos, esforçando-se para impedir a propagação e escalada do "flagelo da guerra" através das fronteiras.

"Eles protegem civis, apoiam cessar-fogo, promovem os direitos humanos e unem comunidades e países. Eles enfrentam riscos sem precedentes, incluindo alvos de extremistas violentos. Desafios dessa magnitude só podem ser superados trabalhando coletivamente para encontrar soluções políticas para os conflitos", advogou perante as missões diplomáticas junto à ONU.

Líder do PAIGC consegue autorização judicial para viajar hoje para Lisboa

©Rádio Jovem Bissau 

Por LUSA  06/09/22 

O líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, conseguiu autorização para viajar hoje para Lisboa, após ter sido impedido pela Procuradoria-Geral da República (PGR), na sexta-feira passada.

Domingos Simões Pereira embarcou hoje ao início da tarde no voo da TAP, com destino à capital portuguesa, onde deverá chegar ao final do dia. O advogado Carlos Pinto Pereira, que viaja juntamente com o presidente do PAIGC, confirmou aos jornalistas, por telefone, que ambos já estavam sentados no interior do avião.

Fonte da PGR, contactada pela Lusa, confirmou haver um despacho a autorizar a saída de Domingos Simões Pereira do país.

Liz Truss indigitada primeira-ministra britânica pela rainha

© Reuters

Por LUSA  06/09/22 

Liz Truss foi hoje indigitada primeira-ministra do Reino Unido depois de se encontrar com a rainha Isabel II, que lhe pediu para formar um novo governo após aceitar a demissão de Boris Johnson.

"A Rainha recebeu em audiência" Liz Truss "e pediu que formasse um novo governo", anunciou através da rede social Twitter, momentos depois de publicar uma foto da monarca de 96 anos apoiada numa bengala, apertando a mão àquela que se torna a 15.ª primeira-ministra em 70 anos de reinado.

A audiência teve lugar no Castelo de Balmoral, na Escócia, e não no Palácio de Buckingham, em Londres, como é tradicional, devido aos problemas de mobilidade de Isabel II.

Boris Johnson saiu minutos antes, cerca das 12:00, onde tinha chegado esta manhã esta manhã com a esposa, Carrie, para ser recebido pela rainha.

Num comunicado, a família real indicou que Johnson "apresentou a sua demissão como primeiro-ministro e Primeiro Lorde do Tesouro, que sua majestade teve o prazer gracioso de aceitar".

Liz Truss encontra-se agora a viajar de regresso a Londres para a residência oficial em Downing Street, onde fará um discurso pelas 16:00 e começar a anunciar a composição do governo. 

A transição resultou da eleição interna para a liderança do Partido Conservador iniciada em julho, da qual Truss foi declarada vencedora na segunda-feira com 57% dos votos. 

Num breve discurso de despedida à porta de Downing Street pelas 7:30 desta manhã, Boris Johnson reivindicou uma série de medidas tomadas durante o tempo em funções perante de uma multidão de apoiantes, assessores e jornalistas. 

Johnson comparou-se a um "foguetão que completou a missão" e voltou a entrar na atmosfera. 

"Darei a este governo o meu apoio incondicional", prometeu.

O mandato durou três anos e 44 dias, um dos mais curtos na história mas ainda assim um mês a mais do que a antecessora Theresa May, resultado de uma série de escândalos que desencadeou dezenas de demissões no governo no início de Julho.

Eleita por 57% dos 142.000 militantes do Partido Conservador que votaram, contra 43% do rival Rishi Sunak, Liz Truss, 47 anos, foi até agora ministra dos Negócios Estrangeiros.

Na segunda-feira prometeu governar "como Conservadora", pôr em prática "um plano ousado para reduzir impostos e fazer crescer a nossa economia" e derrotar os Trabalhistas nas eleições legislativas previstas para 2024.

Como terceira primeira-ministra depois de Margaret Thatcher (1979-1990) e Theresa May (2016-2019), o anúncio da composição do governo na terça-feira será um primeiro teste de Truss, que fez campanha com políticas à direita.

O ministro da Economia, Kwasi Kwarteng, 47 anos, é apontado pela imprensa como o próximo ministro das Finanças, a procuradora-geral, Suella Braverman, 42 anos, deverá assumir o Ministério do Interior, James Cleverly, de 53 anos, passará da Educação para osNegócios Estrangeiros, e a ministra do Trabalho, Theresa Coffey, é esperada no Ministério da Saúde. 

O ministro da Defesa, Ben Wallace, deverá permanecer em funções, mas Nadine Dorries recusou continuar com a pasta da Cultura e os ministros da Justiça, Dominic Raab, e dos Transportes, Grant Shapps, deverão ser preteridos devido ao apoio a Sunak. 

Depois da estreia de Truss no debate semanal com os deputados e frente ao líder da oposição, o Trabalhista Keir Starmer, no Parlamento, na quarta-feira, o novo governo pretende anunciar já na quinta-feira um pacote para tentar travar a crise económica. 

Segundo a imprensa britânica, este incluirá um congelamento dos preços da energia para famílias e empresas. 

Dentro de dias é esperado o anúncio de cortes fiscais para impulsionar a economia prometidos durante a campanha. 

Truss herda de Boris Johnson um partido Conservador polarizado e um grupo parlamentar que apoiou maioritariamente Rishi Sunak, antigo ministro das Finanças. 

Desde segunda-feira que os apelos à unidade multiplicaram-se, liderados por Boris Johnson, que, por enquanto, se mantém como deputado, ao contrário do que fizeram antecessores como David Cameron ou Tony Blair.

O governo e a SFI assinam contrato de prestação de serviços de consultoria em trasações

 Radio TV Bantaba  Setembro 6, 2022

O Ministro dos Transportes e Comunicações, Dr. Aristides Ocante da Silva, assinou esta na segunda feira, 5 de Setembro, na presença do staff do seu gabinete, do Representante Residente do Banco Mundial para a Guiné-Bissau, Região Oeste e Centro, Senhora Anne-lucie Lefevre, do Representante da SFI (Sociedade Financeira Internacional) para Senegal, Guiné-Bissau, Gâmbia, Mauritânia e Cabo-Verde, Chefe da Delegação da SFI, Senhora Jesiane Kwenda, dos funcionários do Ministério dos Transportes e Comunicações, da Guiné Telecom, da Guinétel e Presidentes do Conselho de Administração e Directores Gerais dos organismos autónomos sob tutela do Ministério, o Contrato de Prestação de Serviços de Consultoria em Transação.

No acto, o titular da pasta dos Transportes e Comunicações disse que este acto representa uma etapa neste processo de relançamento da Guiné Telecom e Guinétel, após tantos trabalhos realizados desde 2020.

Dr. Aristides Ocante, afirmou que, o Governo no quadro da parceria com o Banco Mundial, solicitou a assistência da Sociedade Financeira Internacional, para prestar serviço de consultoria como Consultor Principal, para o relançamento da Guiné Telecom e Guinétel, com objectivo de vender 80% das ações da Guiné Telecom, aos investidores privados.

O responsável máximo do Setor dos Transportes e Comunicações, garantiu que se todas as fases forem cumpridas, então estaremos em condições de ver, num curto espaço de tempo, o regresso das duas empresas nacionais ao mercado nacional e internacional para funcionar normalmente, num ambiente competitivo.

Nesta perspectiva, a Guiné Telecom passará a ser uma entidade gestora de infraestruturas e prestadora de serviços de telecomunicações fixo para as operadoras do setor, nesse caso: gestor do backbone nacional e operador de telefónia fixa, Internet e televisão nas casas) enquanto que, a Guinétel com Licença Integrada (2G/3G/4G/5G), como futura operadora da rede da telefonia móvel.

Dr. Ocante da Silva disse ainda que, com a alienação/venda dos 80% das ações da Guiné Telecom, o Governo estará em condições de fazer face a situação social pendente dos salários em atraso para com os trabalhadores das duas sociedades, bem como o pagamento dos atrasados da Segurança Social.

O Ministro dos Transportes e Comunicações, não deixou de exprimir em nome do Governo da Guiné-Bissau e em seu nome próprio, toda a gratidão aos seus predecessores, a Comissão Interministerial, ao Banco Mundial e a Sociedade Financeira Internacional-SFI e demais instituições, pela contribuição importante dada a fim de permitir hoje a assinatura de transação para a privatização parcial da Guiné Telecom e Guinétel.

De salientar que, a SFI, vai assistir o Governo através da Comissão Interministerial, que vai validar todos os trabalhos da SFI antes da sua adopção.

Buli Conté

PRESIDENTE DA REPÚBLICA E COMANDANTE SUPREMO DAS FORÇAS ARMADAS E PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DA CONFERÊNCIA DOS CHEFES DE ESTADO E DE GOVERNO DA CEDEAO PARTE EM MISSÃO OFICIAL PARA BRASIL E CUBA.

 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

O Presidente da República da Guiné Bissau, Comandante Supremo das Forças Armadas e Presidente em Exercício da CEDEAO, deixou esta manhã Bissau para assistir às Comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil e de seguida desloca-se à Cuba para uma Visita Oficial.


PRESIDENTE DA REPÚBLICA E COMANDANTE SUPREMO DAS FORÇAS ARMADAS ENTREGA VIATURAS E MATERIAIS DIVERSOS PROVENIENTES DA REPÚBLICA POPULAR DA CHINA E DA TURQUIA AOS MINISTÉRIOS DA DEFESA E DO INTERIOR.

 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

O Presidente da República da Guiné-Bissau, Comandante Supremo das Forças Armadas e Presidente em Exercício da CEDEAO, General Úmaro Sissoco Embaló, procedeu a  entrega  de viaturas e alguns materiais aos Ministérios da Defesa e Interior

"Desta vez, como temos vindo a fazer com o Ministério da Saúde e outros apetrechar estes ministérios e vamos fazendo aos poucos em relação às necessidades doutros sectores", afirmou Chefe de Estado guineense General Úmaro Sissoco Embaló, na cerimónia de entrega desses meios vindos da República Popular da China e da Turquia.

Sublinhando que o Estado está a disponibilizar mais meios de manutenção da ordem pública, o Presidente anunciado como defesa e segurança que os equipamentos fabricados fazem parte do erário público e devem ser estimados.

"Têm de ter responsabilidade no uso das viaturas. Isto fique o carro quem sabe estabelecer bem claro o carro tem de andar limpo", afirmou, destacando que nas viaturas vai ser integrado um 'chip' de controlo.

Umaro Sissoco Embaló também que "até fevereiro Bissau vai toda alcatroada", lembrando as obras que já foram feitas no Hospital Nacional Simão Mendes, maior do país, e as disse que foram iniciadas no principal liceu da capital guineense.

"A nossa geração não pode ser só do concreto, mas pode ser afirmada. É só uma questão de sermos organizados transparentes na gestão",

O Presidente pediu igualmente militares e forças como de segurança para as pessoas políticas e para não usarem a violência contra as pessoas igualmente, mas a "pedagogia".



PRESIDENTE DA REPÚBLICA E COMANDANTE SUPREMO DAS FORÇAS ARMADAS RECEBEU EM AUDIÊNCIA OS REPRESENTANTES DO GIABA.

 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

O Presidente da Guiné-Bissau, Comandante Supremo das Forças Armadas e Presidente em Exercício da CEDEAO, General Úmaro Sissoco Embaló, está determinado em lutar contra a corrupção e a criminalidade transnacional, disse hoje o diretor-geral do Grupo Intergovernamental de Ação Contra o Branqueamento de Dinheiro na África Ocidental (GIABA), Edwin Harris

“Constatamos que temos à frente deste país um homem determinado em lutar contra a corrupção e em apoiar a estabilidade e a segurança da região contra o crime transnacional”, afirmou Edwin Harris no final de um encontro com o Chefe de Estado guineense General Úmaro Sissoco Embaló, no Palácio da Presidência, em Bissau.

O novo diretor-geral do Grupo Intergovernamental de Ação Contra o Branqueamento de Dinheiro na África Ocidental (GIABA) iniciou hoje uma visita de trabalho à Guiné-Bissau, que se vai prolongar até quarta-feira.

Durante a sua estada em Bissau, Edwin Harris vai reunir-se com vários ministros do Governo, liderado por Nuno Gomes Nabiam, para os sensibilizar para uma “luta eficaz contra o crime financeiro, branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo”, afirmou.

“E também para trabalhar de forma estreita com o comité interministerial para ver como ultrapassar as lacunas reveladas pelos relatórios de avaliação mútua e de avaliação nacional dos riscos da Guiné-Bissau”, salientou.

Os relatórios revelaram algumas deficiências, mas segundo Edwin Harris, o Presidente guineense “exprimiu o seu compromisso em reforçar a prevenção”.

O presidente da Célula Nacional de Tratamento Financeiro (CENTIF) da Guiné-Bissau, Justino Sá, afirmou recentemente que o país é vulnerável ao financiamento do terrorismo e branqueamento de capitais.

“A Guiné-Bissau é um país vulnerável, permeável a esses flagelos. Um país onde não se vê a presença do Estado em todo o território nacional é um país de risco para que os criminosos aproveitem essa ausência do Estado para praticar atos ilícitos, como crime de tráfico de droga, que é um crime subjacente ao branqueamento de capitais associado ao aumento crescente do crime de corrupção na Guiné-Bissau”, afirmou num seminário para analisar aqueles flagelos.

No mesmo seminário, Justino Sá disse que mais de 80 milhões de euros escaparam ao Estado entre 2013 e 2018 devido a ações criminosas.


UCRÂNIA/RÚSSIA: Gazprom publica vídeo a desligar gás à Europa. "O inverno será longo"... Rússia cortou o fornecimento através do gasoduto Nord Stream.

© Twitter

Notícias ao Minuto 06/09/22 

A empresa estatal russa Gazprom publicou um caricato vídeo intitulado de "O inverno será longo". Nele mostra o gás a ser desligado à Europa e o continente a congelar no inverno. 

Anton Gerashchenko, conselheiro oficial e anterior vice-ministro do Ministério da Administração Interna da Ucrânia, partilhou o vídeo e atirou: "Será que pensam realmente que podem matar milhares de ucranianos, capturar territórios de outro país, e a Europa olhará para o outro lado, com medo de chantagem de gás?"

Rússia defende-se das críticas da União Europeia pelo corte de gás à Europa

A Rússia defendeu-se esta segunda-feira das críticas da União Europeia por cortar o fornecimento através do gasoduto Nord Stream afirmando ser o resultado das sanções e ações ocidentais e alertou que os preços do gás podem subir ainda mais.

No programa 'Moscovo.Kremlin.Putin' do canal de televisão público Rossía-1, tanto o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, como o vice-primeiro-ministro Alexander Novak, responsável pelas questões energéticas, asseguraram que a suspensão indefinida do fornecimento de gás através do Nord Stream não é responsabilidade da Gazprom.

O consórcio russo de gás anunciou na sexta-feira que ia suspender por completo o fluxo de gás para a Europa através da Alemanha devido a uma fuga de óleo encontrada numa turbina da única unidade compressora que ainda estava em operação, algo que a União Europeia (UE) classificou de "falácia" e apontou como mais uma prova de que a Rússia não é um fornecedor confiável.

"A Gazprom conquistou a sua reputação como garante confiável de segurança energética e fornecedora de confiança durante muitas décadas. E estamos convencidos de que a Gazprom não deu um único passo que abale essa reputação", disse Peskov.

"Se os europeus tomarem uma decisão absolutamente absurda de se recusarem a reparar o seu equipamento, ou melhor, o equipamento que pertence à Gazprom, mas que, segundo o contrato, devem reparar, não é culpa da Gazprom, é culpa dos políticos que tomaram a decisão sobre as sanções", acrescentou.

Peskov enfatizou que "são esses políticos infelizes que agora estão a obrigar os seus cidadãos a morrer de derrames cerebrais quando veem as faturas de eletricidade".

"E agora, quando estiver mais frio, a situação piorará ainda mais", previu.

O vice-primeiro-ministro Alexander Novak expressou-se em termos semelhantes, afirmando que "foram completamente violadas todas as condições do contrato de reparação" e "violadas as condições de transporte deste equipamento".

UCRÂNIA/RÚSSIA: Mais de 50.000 soldados russos e 380 crianças ucranianas mortos, diz Kyiv

© Getty Images

Por LUSA  06/09/22 

As autoridades ucranianas declararam hoje que mais 50.000 soldados russos e também 380 crianças ucranianas já morreram desde a invasão russa na Ucrânia, que teve início em 24 de fevereiro por ordem do Presidente russo, Vladimir Putin.

O Estado-Maior do Exército ucraniano indicou, numa mensagem publicada na rede social Facebook, que "cerca de 50.150" soldados russos morreram no quadro dos combates, incluindo 350 nas últimas 24 horas.

Segundo a fonte, desde o início da invasão foram destruídos 2.077 tanques de guerra, 1.179 sistemas de artilharia, 296 lançadores de foguetes múltiplos autopropulsados e blindados, 156 sistemas antiaéreos, 236 aviões e 207 helicópteros da Ucrânia.

O Estado-Maior do Exército afirmou que as forças russas também sofreram a perda de 876 drones, 209 mísseis de cruzeiro, 15 navios e 3.305 veículos e tanques de combustível, antes de sublinhar que "os dados ainda estão a ser atualizados".

"O inimigo russo sofreu as maiores perdas durante o último dia na direção de Donetsk", disse o Exército ucraniano.

Por outro lado, a fonte indicou que "o inimigo continua a concentrar os seus esforços em estabilizar o controlo total sobre o território da região de Donetsk, mantendo os distritos temporariamente ocupados em Kherson, parte de Kharkiv, Zaporijia e Mikolaiv".

"Ainda existe a ameaça de ataques aéreos e de mísseis em massa contra infraestruturas militares e civis em todo o território da Ucrânia", referiu o Exército ucraniano, afirmando ainda que "nas águas do Mar Negro, navios inimigos com mísseis de cruzeiro 'Kalibr' ainda estão prontos para serem usados".

Por fim, as autoridades ucranianas disseram que as tropas do país "repeliram com sucesso as tentativas ofensivas do inimigo nas áreas de Soledar, Zaitseve, Shakhta Butivka e Spartak".

A Procuradoria ucraniana também divulgou hoje, através de uma mensagem na rede social Telegram, que conseguiu verificar a morte de 382 crianças e que "mais de 741" também ficaram feridas na Ucrânia.

"Esses números não são definitivos, já que os trabalhos estão em andamento nos locais das hostilidades ativas e nos territórios temporariamente ocupados e libertados", indicou a Procuradoria.

A província de Donetsk é a que apresenta o maior número de vítimas, com 389 vítimas entre mortos e feridos. Depois estão as regiões de Kharkiv, com 204; Kyiv, com 116; Mikolaiv, com 71; Chernigov, com 68; Lugansk, com 61; Kherson, com 55; Zaporijia, com 46; e Dnipropetrovsk, com 26.

A fonte indicou que 2.328 instituições de ensino sofreram danos materiais devido aos ataques das forças russas, das quais 289 foram "completamente destruídas".

No discurso de despedida, Boris Johnson diz que cumpriu a função e garantiu ao governo de Liz Truss o seu "apoio fervoroso"

Boris Johnson (Associated Press)

Cnnportugal.iol.pt  06/09/22

Boris Johnson despediu-se dos britânicos lembrando que o seu governo conseguiu realizar o Brexit.Também garantiu apoio a Liz Truss, a nova primeira-ministra eleita pelo Partido Conservador, e deixou recados a Vladimir Putin

Boris Johnson, o primeiro-ministro cessante do Reino Unido, discursou pela última vez esta terça-feira em frente do número 10 de Downing Street, a residência oficial do primeiro-ministro britânico em Londres. No discurso de despedida, logo às 7:30, Johnson garantiu que irá oferecer um apoio "fervoroso" ao governo de Liz Truss, que venceu ontem as eleições para a liderança do Partido Conservador, e que o novo executivo tudo fará "para ultrapassar a crise energética".

Assinalando que saiu antes de terminar o mandato porque a contestação interna assim o exigiu e as regras mudaram a meio da corrida - "mas isso não importa agora", acrescentou rapidamente - Boris Johnson não deixou de sublinhar que cumpriu a sua função e que agora, perante o novo governo, adotará uma postura discreta.

"Deixem-me dizer que sou agora um daqueles propulsores que cumpriu a sua função e irá reentrar na atmosfera suavemente e mergulhar de forma invisível num canto remoto e obscuro do Pacífico", afirmou. "Não oferecerei a este governo nada mais do que o meu apoio fervoroso", disse ainda. 

Num balanço do seu mandato, o antigo governante sublinhou que conseguiu mais polícias, novos hospitais e mais enfermeiros, recordando também que aumentou salários dos professores e melhorou as vias férreas e rodoviárias. Johnson também lembrou que fez cumprir o Brexit e que fez a mais rápida distribuição da Europa da vacina contra a covid-19. 

A propósito da atualidade internacional, Boris Johnson falou também sobre a guerra na Ucrânia: "Putin não consegue chantagear-nos", garantiu, acrescentando que o presidente russo não será capaz de fazer bullying aos britânicos com a crise energética que provocou e que está muito iludido se pensa o contrário. "Sei que Liz Truss e este governo tudo farão para ultrapassar a crise energética", referiu. 

Num discuso breve, Boris Johnson não deixou de agradecer à equipa de Downing Street todo o apoio, agradecendo igualmente ao seu cão, Dilyn, e dizendo que se até Dilyn e Larry, que é o gato de Downing Street, conseguiram ultrapassar as suas diferenças e deixar para trás "dificuldades ocasionais", o mesmo conseguirá fazer o Partido Conservador britânico. 

Johnson concluiu dizendo que colocou alicerces que resistirão ao tempo, seja porque o Reino Unido reconquistou o controlo da sua legislação ou porque foi criada infraestrutura nova e vital. 

No final do seu discurso, o antigo primeiro-ministro entrou num automóvel com a mulher, Carrie, para se dirigiem ao aeroporto. Seguirão depois de avião para Balmoral, na Escócia, onde Boris Johnson será recebido pela rainha Isabel II antes de a monarca indigitar, na tarde desta segunda-feira, Liz Truss como nova primeira-ministra do Reino Unido.

Boris Johnson demitiu-se no início de julho, garantindo logo que ficaria na liderança do governo até ser eleito novo líder. O anúncio da saída de Johnson surgiu depois de mais de 50 membros do executivo britânico terem apresentado a demissão, em protesto pelos contínuos escândalos que envolveram Boris Johnson, relacionados nomeadamente com a quebra das regras de contenção impostas durante a pandemia de covid-19.

Rússia compra material militar à Coreia do Norte

© Reuters

Por LUSA  06/09/22 

A Rússia está a comprar milhões de projéteis e foguetes de artilharia à Coreia do Norte, noticia hoje o New York Times, indicando que as sanções estão a dificultar o acesso de Moscovo aos mercados de armamento.

O jornal norte-americano cita documentos desclassificados pelos serviços de informações dos Estados Unidos, referindo que a Rússia tem sido obrigada a "recorrer a 'Estados párias' para se abastecer" de material militar indispensável para a campanha de Moscovo em território ucraniano. 

A notícia do New York Times é publicada poucos dias depois de a Rússia ter recebido os primeiros envios de aparelhos voadores não tripulados (drones) de fabrico iraniano, alguns dos quais com problemas mecânicos, de acordo com fontes norte-americanas. 

A notícia publicada hoje recorda que os funcionários governamentais dos Estados Unidos acreditam que a decisão da Rússia ao recorrer ao Irão e mais recentemente à Coreia do Norte é um sinal de que as restrições impostas às exportações estão a afetar a capacidade de Moscovo na obtenção de material de guerra.

O jornal refere que Washington não forneceu "detalhes sobre os documentos desclassificados pelos serviços de informações" pelo que não se conhece ainda de forma exata o tipo de armamento que está a ser adquirido por Moscovo em Pyongyang.

O New York Times ressalva que não há ainda informações sobre a quantidade das remessas e que os primeiros dados sobre os negócios com a Coreia do Norte ainda não foram confirmados por fontes independentes. 

Mesmo assim, um funcionário da Administração dos Estados Unidos disse que além dos foguetes de artilharia de curto alcance e munições é possível que a Rússia tente comprar à Coreia do Norte "equipamento adicional".

"O Kremlin deveria sentir-se alarmado por ter de comprar seja o que for à Coreia do Norte", disse Mason Clark que dirige a secção Rússia no Instituto para o Estudo da Guerra (ISW, na sigla em inglês), um centro independente de análise norte-americano.

Antes do novo ataque da Rússia contra a Ucrânia, que começou em 24 de fevereiro, a Casa Branca começou a desclassificar os relatórios dos serviços de informações sobre os planos militares de Moscovo, recorda a notícia publicada hoje pelo New York Times.

O mesmo jornal publicou anteriormente várias notícias sobre "lutas internas no Exército russo" e os primeiros relatórios sobre a aquisição dos drones ao Irão. 

Apesar das sanções internacionais, a Rússia mantém a atividade económica interna em virtude do elevado preço da energia que impôs aos vários mercados, em todo o mundo. 

Mesmo assim, e de acordo com as fontes do New York Times, que não foram identificadas, referem que as sanções norte-americanas e europeias bloquearam a capacidade da Rússia na compra de armamento ou produtos eletrónicos usados em equipamentos militares. 

Por outro lado, Washington esperava que a República Popular da China viesse a opor-se aos controles de exportação continuando a abastecer o Exército russo. 

Nos últimos dias, fontes norte-americanas assinalaram que apesar de Pequim estar a comprar com desconto petróleo russo, o embargo às exportações para o Exército de Moscovo está a ser respeitado.

Segundo o New York Times, a República Popular da China não está a vender equipamento militar à Rússia, "até ao momento".

segunda-feira, 5 de setembro de 2022

COMUNICADO DE IMPRENSA - sobre o caso de interdição de viagem do Senhor Eng. Domingos Simões Pereira



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Líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira (esq.), e Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló

DW.COM  09.05.2022

Umaro Sissoco Embaló demarcou-se de qualquer envolvimento no processo que impede o líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, de sair do país. O Presidente guineense lembrou que ninguém está acima da lei.

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, garante que não foi responsável pelo impedimento da viagem do líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, o seu adversário nas últimas eleições presidenciais realizadas no país.

Na sexta-feira passada, as forças de segurança voltaram a impedir Domingos Simões Pereira de sair do país.  

Foi a terceira vez que o político foi impedido de deixar a Guiné-Bissau, desde que, no ano passado, o Ministério Público guineense decidiu aplicar-lhe medidas que restringem a sua circulação, devido a um processo judicial levantado contra o político. Num despacho datado de 10 de agosto de 2022, o Tribunal da Relação anulou as medidas de restrição de viagem ao líder do PAIGC, mas Simões Pereira foi impedido de aceder ao interior do Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, quando se preparava para se deslocar a Portugal.

Apesar de Simões Pereira não o ter mencionado no caso, o Presidente da República demarcou-se, esta segunda-feira (05.09), de qualquer envolvimento no processo.

"Lamento quando o cidadão Domingos Simões Pereira pensa que eu possa estar por trás do seu impedimento de sair do país. Se ele está cá ou fora do país, não tem nenhuma diferença para mim. [Mas] a justiça é para todos, e eu presenciei várias vezes em que ele [Simões Pereira] disse que o império da lei tem de funcionar na Guiné-Bissau. Se o tribunal o chamou, tem que ir responder, porque nem eu, nem ele estamos acima da lei", afirmou Sissoco Embaló.

Respeito à lei

Com o novo impedimento de viagem ao líder político, na vigência de uma decisão judicial contrária à decisão das autoridades, o jurista Cabi Sanhá adverte que a lei deve ser respeitada.

"Perante uma decisão do juiz, quer concordemos ou não, devemos respeitá-la. É a única saída que nós temos", disse Sanhá em declarações à DW África. "Pode-se levantar várias questões do ponto de vista da justeza da decisão, mas a grande verdade é que temos que respeitar, sob pena de estarmos perante situações que poderão sair fora do controlo de todos nós."  

Momentos após ser impedido de viajar, Domingos Simões Pereira queixou-se que a Guiné-Bissau está a atingir uma situação de "não-Estado, de anarquia total". Portanto, "ou todos nós, enquanto cidadãos, nos levantarmos para acabar com este estado de coisa, ou vamos chegar aos pontos em que vamos ser incapazes de exigir." 

Simões Pereira é acusado do envolvimento num processo de corrupção, conhecido por "Resgate aos Bancos", que tinha sido arquivado pela Justiça em 2017.

Cerimônia de entrega de viaturas e máquinas de construções e agrícolas pelo PR

@Radio Bantaba  Sep 5, 2022

Relatório: Facebook perdeu 20 milhões de utilizadores mensais na Europa... Esta perda foi registada na primeira metade de 2022.

© Reuters

Notícias ao Minuto  05/09/22 

O Facebook é uma das redes sociais mais utilizadas em todo o mundo mas, de acordo com dados apresentados pela TradingPlatforms.com, a plataforma liderada por Mark Zuckerberg perdeu 20 milhões de utilizadores mensais ativos na primeira metade de 2022.

No último trimestre de 2021 o Facebook atingiu um pico de utilizadores mensais ativos na Europa com 427 milhões, mais 8 milhões de utilizadores do que em 2020 e 33 milhões mais do que no período antes da pandemia de Covid-19. Todavia, com a perda deste primeiro semestre, o nível de utilizadores mensais ativos regressa aos níveis pré-pandemia.

O foco atual do Facebook não parece estar na Europa ou na América do Norte mas sim em outros territórios - como é o caso da Ásia na região do Pacífico - onde a empresa tem registado crescimento no número de utilizadores. Serve recordar que, só na Índia, o Facebook conta com quase 330 milhões de utilizadores.

Burkina Faso. Pelo menos 35 civis morrem em explosão de engenho artesanal

©  Lassana Bary/Twitter

Por LUSA  05/09/22 

Pelo menos 35 civis morreram e outros 37 ficaram feridos na segunda-feira quando um engenho artesanal explodiu à passagem de um comboio no norte do Burkina Faso, entre Djibo e Bourzanga, anunciou o governador da região do Sahel.

"Uma das carruagens que transportavam civis no referido comboio explodiu em contacto com um engenho explosivo improvisado. O número provisório de mortos às 17:00 (18:00 de Lisboa) dá conta de 35 mortos e 37 feridos, todos civis", refere o comunicado do governador Rodolphe Sorgho.

Estes comboios, escoltados pelo exército, abastecem as cidades do norte que estão sujeitas a bloqueios de grupos jihadistas, adiantou a agência France-Presse.

"Os elementos de escolta rapidamente protegeram o perímetro e tomaram medidas para ajudar as vítimas. Os feridos foram tratados e os casos graves foram evacuados para as estruturas apropriadas", avançou o comunicado, acrescentando que o comboio estava a sair do norte do país para seguir para a capital Ouagadougou.

No início de agosto, quinze soldados foram mortos no mesmo eixo Djibo-Bourzanga num duplo ataque com um engenho explosivo improvisado.

Nas últimas semanas, grupos jihadistas dinamitaram diversos locais nas principais estradas que levam às duas grandes cidades do norte do Burkina Faso, Dori e Djibo, numa tentativa de as isolar.

O Burkina Faso, onde os militares tomaram o poder em janeiro, prometendo fazer da luta contra os jihadistas a sua prioridade, enfrenta, assim como vários países vizinhos, a violência dos movimentos armados ligados à Al-Qaeda e ao grupo Estado Islâmico, que já causaram milhares de mortos e cerca de dois milhões de deslocados desde 2015.

Mais de 40% do território do Burkina Faso está fora do controlo do Estado, segundo dados oficiais, e os ataques multiplicaram-se desde o início do ano.

Detido após esfaquear namorada e fugir com filho de dois anos em Espanha... Incidente ocorreu em Úbeda, cidade situada em Andaluzia, Espanha.

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Notícias ao Minuto  05/09/22 

Uma mulher, de 33 anos, foi encontrada a sangrar na rua, esta segunda-feira, por volta das 20h00, após o namorado, de 42, a ter esfaqueado e fugido com o filho de dois anos, em Úbeda, cidade situada em Andaluzia, Espanha. 

A vítima foi transportada para o hospital em estado grave, mas não corre perigo de vida, noticiou o jornal espanhol ABC.

O agressor deixou a criança de dois anos na casa dos avós antes de fugir, mas acabou detido pela Guarda Civil espanhola em Santisteban del Puerto, também em Andaluzia.

Após ter sido alertada, as autoridades enviaram várias patrulhas da esquadra de polícia de Úbeda para o local e perceberam que a mulher tinha sido alvo de duas facadas.

Para além do protocolo de violência contra as mulheres, também o protocolo de busca e captura foi ativado de forma a encontrar o homem, que acabou por ser localizado pela polícia em La Carolina e detido, mais tarde, noutra cidade, a 46 quilómetros de distância.

Segundo fontes policiais, o agressor levou a criança para casa dos seus pais apesar de o tribunal ter decidido que a custódia seria entregue aos avós maternos.

A polícia forense e judicial espanhola está a investigar as circunstância em que ocorreu o incidente.


União Africana e líderes regionais felicitam novo presidente do Quénia

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Por LUSA  05/09/22 

A União Africana felicitou hoje o presidente eleito do Quénia, William Ruto, no seguimento da validação pelo tribunal dos resultados eleitorais das eleições de 9 de agosto, a que se juntaram vários líderes no continente.

"As minhas mais calorosas felicitações para o presidente eleito William Ruto por ser declarado o quinto presidente da República do Quénia, depois da confirmação dos resultados eleitorais", afirmou o presidente da comissão da União Africana (UA), Moussa Faki Mahamat, numa mensagem divulgada no Twitter.

O Presidente da República Democrática do Congo (RDCongo), Félix Tshisekedi, juntou-se às felicitações a Ruto, destacando a "maturidade democrática do povo do Quénia" e disse estar disposto a "trabalhar em conjunto para promover o desenvolvimento sustentável, a paz e a prosperidade" na região.

Também o presidente da Zâmbia, Hakainde Hichilema, afirmou esperar trabalhar com Ruto "para fortalecer e melhorar as boas relações históricas entre a Zâmbia e o Quénia, sempre tendo em conta as prioridades comuns dos dois povos".

Os líderes do Uganda e Burundi também publicaram mensagens de felicitações no Twitter, mostrando-se dispostos a fortalecer as relações com o Quénia.

De acordo com os números das eleições, o vice-presidente Wiliiam Ruto venceu as eleições presidenciais de 9 de agosto com 50,49% dos votos, enquanto o antigo primeiro-ministro e líder da oposição, Raila Odinga, apoiado por Kenyatta, ficou com 48,85% dos votos.

Ruto, de 55 anos, tomará posse a 13 de setembro, tornando-se o quinto presidente do Quénia desde a sua independência, em 1963.


Leia Também: EUA reconhecem vitória de William Ruto nas presidenciais do Quénia

Uma centena de terroristas morre afogada a fugir dos militares na Nigéria

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Por LUSA  05/09/22 

Cerca de 100 combatentes extremistas afogaram-se num rio no nordeste da Nigéria quando tentavam fugir de uma ofensiva militar, segundo fontes de segurança e residentes.

Os militares nigerianos lançaram uma ofensiva terrestre e aérea na semana passada para desalojar os fundamentalistas islâmicos de várias aldeias ao longo do rio Yezaram, obrigando os rebeldes a fugirem para o rio, com cerca de 100 a acabarem por morrer afogados.

O rio Yezaram situa-se no estado de Borno, perto da Floresta de Sambisa, o principal esconderijo dos combatentes do Boko Haram e do grupo Estado Islâmico na África Ocidental (Iswap).

Na quinta e sexta-feira, "mais de 100 terroristas morreram, a maioria deles por afogamento enquanto tentavam atravessar o rio", disse um responsável militar à agência de notícias France-Presse (AFP), que falou sob condição de anonimato, e confirmou também a morte de quatro soldados nigerianos na ofensiva.

O conflito de 13 anos no nordeste da Nigéria entre as autoridades e os rebeldes matou 40.000 pessoas e desalojou dois milhões de habitantes, que tiveram de abandonar as suas casas, de acordo com a ONU.