terça-feira, 21 de maio de 2024
No âmbito da Presidência Aberta, o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, foi recebido com pompa e circunstância na cidade de Canchungo, no norte do país.
O colapso das populações de peixes migratórios ameaça a segurança alimentar de milhões de pessoas e os ecossistemas críticos de água doce, indica um relatório hoje divulgado.
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Por Lusa 20/05/24
Colapso dos peixes migratórios ameaça alimentação de milhões de pessoas
O colapso das populações de peixes migratórios ameaça a segurança alimentar de milhões de pessoas e os ecossistemas críticos de água doce, indica um relatório hoje divulgado.
Em vésperas do Dia Mundial da Migração de Peixes, no próximo sábado, o documento salienta que desde 1970 se registou um declínio de 81% das populações de peixes migradores, sendo as quedas mais acentuadas na América Latina (91%), Caraíbas (91%) e Europa (75%).
No entanto a diminuição dos peixes de água doce regista-se em todo o mundo, o que põe em risco a segurança alimentar e os meios de subsistência de milhões de pessoas, a sobrevivência de muitas outras espécies, e a saúde a resiliência dos rios, lagos e zonas húmidas.
Os alertas fazem parte de um novo relatório do Índice Planeta Vivo, sobre peixes migratórios de água doce, publicado pela organização 'World Fish Migration Foudation' e outras entidades, incluindo a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) e a 'World Wide Fund for Nature' (WWF).
O Índice Planeta Vivo é um indicador global sobre o estado da biodiversidade, administrado pela Sociedade Zoológica de Londres em cooperação com a WWF.
No documento explica-se que metade das ameaças aos peixes migradores se relaciona com a degradação dos habitats, incluindo a construção de barragens e de outras barreiras nos rios, e a conversão das zonas húmidas para a agricultura. A sobre-exploração, o aumento da poluição e o agravamento dos impactos das alterações climáticas, estão também a diminuir as espécies de peixes migradores.
"O declínio catastrófico das populações de peixes migratórios é uma chamada de atenção para o mundo. Temos de atuar agora para salvar estas espécies fundamentais e os seus rios", afirmou, citado num comunicado sobre o relatório, Herman Wanningen, da 'World Fish Migration Foudation'.
O especialista considera que os peixes migratórios "são fundamentais para as culturas de muitos povos indígenas, alimentam milhões de pessoas em todo o mundo e sustentam uma vasta rede de espécies e ecossistemas", alertando que não se pode "continuar a deixar que eles escapem silenciosamente".
Os autores do documento salientam também que os peixes migratórios de água doce são vitais para a alimentação de milhões de pessoas, especialmente na Ásia, África e América Latina, e que são meio de subsistência para dezenas de milhões através da pesca local, comércio, indústria e pesca recreativa.
E destacam pela positiva que um terço das espécies monitorizadas aumentou, nomeadamente por melhor gestão de recursos, recuperação de habitats e remoção de barragens.
Na Europa e nos Estados Unidos já foram removidas milhares de barragens, diques, açudes e outras barreiras fluviais. No ano passado a Europa removeu um recorde de 487 barreiras, um aumento de 50 % em relação ao máximo anterior de 2022.
Os decisores de todo o mundo devem acelerar os esforços para proteger e restaurar os caudais dos rios, investindo em alternativas sustentáveis às barragens hidroelétricas que estão planeadas. E lembram os objetivos saídos da cimeira mundial sobre a biodiversidade Kunming-Montreal, no Canadá no final de 2022, de recuperação de 300.000 quilómetros de rios degradados.
A 'World Fish Migration Foudation' promove desde 2014 o Dia Mundial da Migração de Peixes, para aumentar a consciencialização sobre os peixes migratórios. Este ano celebra os rios livres e já conta com mais de 65 países participantes.
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segunda-feira, 20 de maio de 2024
Emissão de mandados de captura para Netanyahu e líder do Hamas é "inútil"... As declarações são do porta-voz do primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak.
© Jeff J Mitchell - WPA Pool/Getty Images
Por Notícias ao Minuto 20/05/24
Um porta-voz do primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, disse que a decisão do procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI) Kharim Khan de apelar à emissão de mandados de captura para líderes de Israel e do Hamas é "inútil".
"Esta ação é inútil em relação a uma pausa nos combates, à retirada de reféns ou à entrada de ajuda humanitária", disse o porta-voz, citado pela BBC.
Recorde-se que Kharim Khan pediu a emissão de mandados de captura para o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu e para o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, bem como para o líder do Hamas em Gaza, Yahya Sinwar, o comandante das Brigadas Al-Qassam, Mohammed Al-Masri, e o chefe do gabinete político do Hamas, Ismail Haniyeh.
Um outro porta-voz do governo britânico disse, anteriormente, que Londres rejeita que o TPI tenha "jurisdição neste caso".
"O Reino Unido ainda não reconheceu a Palestina como um Estado, e Israel não é um Estado Parte no Estatuto de Roma [TPI]", acrescentou essa fonte, citada pela mesma cadeia televisiva.
Khan disse ter "motivos razoáveis para acreditar" que Netanyahu e Gallant "têm responsabilidade criminal por crimes de guerra e crimes contra a humanidade" cometidos em Gaza.
Os dois políticos israelitas são suspeitos de causar a fome de civis como método de guerra, de causar intencionalmente grande sofrimento ou ferimentos graves em pessoas e de homicídio voluntário.
São igualmente suspeitos de dirigir intencionalmente ataques contra uma população civil, de extermínio e assassínio, incluindo no contexto de mortes causadas pela fome, de perseguição e outros atos desumanos.
"Os crimes contra a humanidade imputados foram cometidos no âmbito de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil palestiniana, em conformidade com a política do Estado [de Israel]. Estes crimes, na nossa avaliação, continuam até hoje", afirmou.
As provas recolhidas mostram que Israel "privou intencional e sistematicamente" a população civil de Gaza de bens indispensáveis à sobrevivência humana, através da "imposição de um cerco total" ao enclave.
Tais medidas "foram acompanhadas de outros ataques a civis, incluindo os que faziam fila para obter alimentos, da obstrução à entrega de ajuda por parte das agências humanitárias e de ataques e assassínios de trabalhadores humanitários", segundo o TPI.
O tribunal considerou que os crimes imputados aos políticos israelitas visavam eliminar o Hamas, assegurar o regresso dos reféns e "punir coletivamente a população civil de Gaza, que era vista como uma ameaça a Israel".
Disse que os efeitos da utilização da fome como método de guerra, juntamente com outros ataques e castigos coletivos contra a população civil de Gaza, "são graves, visíveis e amplamente conhecidos".
"Incluem desnutrição, desidratação, sofrimento profundo e um número crescente de mortes entre a população palestiniana, incluindo bebés, outras crianças e mulheres", disse o TPI.
O tribunal referiu que "Israel, como todos os Estados, tem o direito de tomar medidas" para se defender, mas lembrou que esse direito não o isenta da obrigação de cumprir o direito internacional humanitário.
"Independentemente de quaisquer objetivos militares que possam ter, os meios que Israel escolheu para os alcançar em Gaza (...) são criminosos", acusou.
Os chefes do Hamas e das Brigadas Al-Qassam, braço armado do grupo extremista palestiniano que atacou Israel em 07 de outubro de 2023, são também suspeitos de crimes de guerra e crimes contra a humanidade.
O TPI cita os crimes de extermínio, homicídio, tomada de reféns, violação e outros atos de violência sexual, tratamento cruel, ultrajes à dignidade pessoal e outros atos desumanos, no contexto de cativeiro.
"Os crimes contra a humanidade imputados fizeram parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil de Israel pelo Hamas e outros grupos armados (...). Alguns desses crimes, em nossa opinião, continuam até hoje", referiu.
O TPI disse ter "motivos razoáveis para crer" que Sinwar, Al-Masri e Haniyeh "são criminalmente responsáveis pelo assassínio de centenas de civis israelitas" no ataque de 07 de outubro, e pela tomada de pelo menos 245 reféns.
Durante "visitas pessoais aos reféns pouco depois do seu rapto, reconheceram a responsabilidade por esses crimes", afirmou.
Os investigadores consideraram que os crimes de que são suspeitos Sinwar, Al-Masri e Haniyeh "não poderiam ter sido cometidos sem as suas ações", pelo que são acusados como coautores e como líderes.
"Se não demonstrarmos a nossa vontade de aplicar a lei de forma equitativa, se esta for vista como sendo aplicada de forma seletiva, estaremos a criar as condições para o seu colapso", disse o TPI.
Os crimes que motivaram os mandados de detenção "foram cometidos no contexto de um conflito armado internacional entre Israel e a Palestina e de um conflito armado não internacional entre Israel e o Hamas que decorreu em paralelo".
Leia Também: O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, considerou "escandaloso" o pedido de emissão de mandados de captura para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e para outros líderes do país, por parte do procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI), Kharim Khan.
Leia Também: O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acusou hoje o procurador-geral do Tribunal Penal Internacional (TPI) de "completa distorção da realidade", por equiparar forças israelitas aos "monstros do Hamas" ao pedir para ambos a emissão de mandados de captura.
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Cabo Verde: Vistos para Portugal? Denúncias ajudam em investigação, diz PGR
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Por Lusa 20/05/24
O Procurador-Geral da República de Cabo Verde, Luís Landim, disse hoje à Lusa que há denúncias que estão a ajudar a concluir a investigação a redes que cobram por serviços de facilitação de vistos para Portugal.
"Há denúncias que dão alguns dados bastante importantes para a conclusão da investigação", disse, sem conseguir "precisar uma data" para o termo.
A população "tem colaborado nessa questão dos vistos" para se averiguarem os casos e perceber "se há ou não crime", disse, sobre o processo aberto pelo Ministério Público e entregue à Polícia Judiciária.
"Estamos nesse trabalho para ver o que se pode apurar e chegar a conclusões. Estamos a aproximar-nos cada vez mais do bom ritmo das investigações, as coisas estão a andar bem", referiu, sem adiantar detalhes que possam prejudicar as averiguações.
O Ministério Público cabo-verdiano disponibiliza contactos para denúncias, anónimas, se necessário, no seu portal na Internet e Luís Landim classificou esta colaboração como fundamental.
No tema dos vistos, como noutros, "é necessária a colaboração da sociedade, senão, as coisas não andam: as pessoas que investigam não são adivinhos", referiu.
Uma das investigações em curso no Ministério Público diz respeito ao açambarcamento de vagas para agendamento de vistos para Portugal, por parte de empresas que depois cobram valores diferenciados para prestar esse serviço, que, se for tratado nos balcões públicos criados para o efeito, é gratuito.
No último ano, numa ronda por algumas dessas firmas na Praia, capital do arquipélago, a Lusa constatou que cobravam entre mil e 20 mil escudos (nove e 181 euros) por processo, podendo o valor aumentar em caso de prestação de outros serviços.
Na altura, o ministro das Comunidades de Cabo Verde, Jorge Santos, classificou como "traficantes" as empresas e particulares que açambarcam vagas para agendamento de vistos para Portugal e disse que estas devem ser punidas.
O Governo português anunciou este mês que se prepara para introduzir mudanças nos requisitos para atribuição de vistos para cidadãos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), voltando a ser necessário um comprovativo de meios de subsistência até arranjarem trabalho.
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Kuma;... Abos di PAIGC, kuta partilha e comenta koba mal di Belmiro ku Vasco, bo djudan partilha então é vídeo...
O Presidente da República General Umaro Sissoco Embalo, endereçou uma mensagem de condolências pela morte do Presidente do Irão, Ebrahim Raisi, expressando a sua solidariedade para com o povo irmão Iraniano, por este trágico acidente.
O Presidente da República recebeu em audiência os Chefes de Estados da CPLP, à margem da 25ª reunião de Chefes de Estado-Maior General das Forças Armadas dos Estados-Membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
Conselho Nacional da Juventude CNJ, reage sobre caso de naufrágio e da detenção dos manifestantes da FP
RDCongo. União Africana condena "firmemente" tentativa de golpe de Estado
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Por Lusa 20/05/24
O presidente da União Africana (UA) condenou "firmemente" a "tentativa de golpe de Estado" na madrugada de domingo na República Democrática do Congo (RDCongo) e saudou "o controlo da situação anunciado pelas forças de defesa e segurança" do país.
Numa mensagem divulgada no final do dia de domingo pela UA, Moussa Faki Mahamat aproveitou para condenar "qualquer uso da força para alterar a ordem constitucional em qualquer Estado africano, seja ele qual for", depois de ter "seguido com grande preocupação" os assaltos às residências do Presidente e do vice-primeiro-ministro congoleses.
Mahamat também aplaudiu o facto de os dirigentes das instituições estarem "sãos e salvos".
Várias dezenas de homens congoleses e estrangeiros, uniformizados e armados, falharam na madrugada de domingo a sua tentativa de golpe de Estado para depor o Presidente, Félix Tshisekedi, e instaurar um "novo Zaire", inspirado no regime ditatorial de Mobutu Sese Seco, no final do século passado.
Num comunicado em que denuncia o atentado, o Governo da RDCongo afirma que os atacantes eram de "várias nacionalidades", liderados pelo líder da diáspora congolesa, Christian Malanga, que foi morto no ataque.
O porta-voz das Forças Armadas da República Democrática do Congo (FARDC), Sylvain Ekenge, que afirmou numa breve mensagem na televisão pública, na manhã de domingo, ter "cortado pela raiz" a "tentativa de golpe de Estado", disse que os atacantes - todos mortos ou detidos - eram tanto congoleses como estrangeiros, embora sem especificar quaisquer outras nacionalidades.
No entanto, a embaixadora dos Estados Unidos na RDCongo, Lucy Tamlyn, disse estar "muito preocupada" com o alegado envolvimento de cidadãos norte-americanos e garantiu na sua conta na rede social X que o seu país iria cooperar com as autoridades congolesas na investigação.
Nas primeiras horas da manhã, Malanga publicou vários vídeos na rede social Facebook que mostravam um grupo de homens armados em uniforme militar, incluindo o seu filho Marcel Malanga, de 22 anos, no átrio e nos jardins do Palácio da Nação, a residência de Tshisekedi.
"Desfrutem da libertação do nosso novo Zaire", gritava Malanga em inglês, enquanto os seus apoiantes queimavam bandeiras da RDCongo, país vizinho de Angola.
Por volta das 04:30 locais (mesma hora em Lisboa), homens armados invadiram também a residência do vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Vital Kamerhe, num assalto em que ele e a sua família saíram ilesos, mas que fez pelo menos três mortos: Dois polícias encarregados da segurança do político e um dos atacantes.
A segurança foi reforçada no bairro de La Gombe, em Kinshasa, onde se situam as duas residências e algumas das principais sedes governamentais e diplomáticas da RDCongo.
Christian Malanga, que se intitulava comandante e usava frequentemente um uniforme militar, era bem conhecido nos círculos da diáspora congolesa nos Estados Unidos pelos seus discursos contra o Governo de Tshisekedi, que descrevia como um "regime ditatorial".
Dirigiu o movimento Novo Zaire e o Partido dos Congoleses Unidos (PCU), que agrupa congoleses residentes em todo o mundo, e chegou a declarar a sua intenção de se candidatar à Presidência da República.
Nascido em 1983 na então República do Zaire, Malanga viveu na África do Sul e na atual Essuatíni (antiga Suazilândia), antes de se estabelecer em Salt Lake City (Utah, Estados Unidos), após o seu pai ter sido exilado da RDCongo, em 1990.
Em fotos publicadas nas redes sociais, pode ser visto com o popular líder da oposição Martin Fayulu, que muitos consideram o legítimo vencedor das eleições de 2018, após as quais Tshisekedi chegou ao poder.
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Bissau acolhe 25ª Reunião dos Chefes de Estado-Maior General das Forças Armadas da CPLP, de 20 a 21 de Maio de 2024
Longevidade. Quatro dicas para viver muitos (e bons) anos... Um médico especializado em saúde cerebral explica os aspetos que deve ter em conta.
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Por Notícias ao Minuto 20/05/24
O 'segredo' para a longevidade é o que muitos sonham. Um médico norueguês, especializado em saúde cerebral, revelou algumas dicas chave que podem fazer a diferença.
Em declarações ao 'website' ABC Startsiden, Ole Petter Hjelle revelou que a prática de exercício físico, a alimentação saudável e o sono são fundamentais.
"Uma das coisas que talvez não falemos tanto é a importância do exercício e da atividade física para a saúde. O mesmo vale para a alimentação saudável, mas o que não falamos tanto é sobre o sono", revelou.
Refere que grande parte das pessoas apresenta uma deficiência de sono ao dormir apenas uma média de seis horas e meia.
Outro aspeto que revela ser fundamental para uma vida mais longa é a convivência social. "As boas relações sociais, na verdade, superam tudo o resto e o importante não é tanto a quantidade de relações que se tem, mas sim a sua qualidade", continua.