Sede do PAIGC em Bissau
Domingos Simões Pereira, antigo secretário executivo da CPLP, foi eleito presidente durante o oitavo congresso do partido.
Domingos Simões Pereira mereceu a confiança de 707 delegados, contra 436 de Braima Camara e 15 de Aristides Ocante da Silva.
Além de expressar o seu agradecimento e respeito pelos seus adversários, Domingos Simões Pereira lançou um apelo de união e reconciliação no seio do PAIGC.
Numa abordagem analítica à vitória de Domingos Simões Pereira, Rui Landim, uma das vozes notáveis no panorama de comunicação sobre o contexto político guineense, perspectivou três cenários em presença.
"Transmite um novo fôlego à vida política no país, é um ponto de viragem para as novas gerações que estão em vias de assumir a liderança do partido e, do ponto de vista democrático, foi dada agora uma lição nessa área", resumiu.
Os dois candidatos, Braima Camara e Aristides Ocante da Silva, reconheceram logo a derrota.
Uma atitude política que para Rui Landim representa uma lição democrática extraordinária, num país onde historicamente as contestações de resultados de disputas democráticas internas ou de dimensão nacional regem a actuação dos autores políticos.
O analista avança com perspectivas do que que será o PAIGC nos tempos que vem, em caso dos protagonistas deste congresso convergirem as suas posições em volta do interesse comum.