quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Trump bloqueia compra de fabricante norte-americano por empresa chinesa

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, bloqueou na quarta-feira a compra de um fabricante de semicondutores do estado de Oregon (noroeste) por uma empresa financiada pelo Governo chinês, por motivos de segurança.


Uma instância federal norte-americana, encarregada de rever o investimento estrangeiro por possível ameaça à segurança dos EUA, chumbou a proposta de 1,3 mil milhões de dólares (cerca de 1,1 mil milhões de euros) feita pela firma Lattice Semiconductor.

O negócio passou a estar sob escrutínio, desde que se tornou evidente que o comprador, a Canyon Bridge Capital Partners, é financiado pelo Governo chinês.

As firmas chinesas têm realizado grandes aquisições de empresas tecnológicas e marcas estrangeiras.

A maioria dos negócios na Europa e Estados Unidos é feita sem incidentes, mas outros suscitam críticas devido à possibilidade de representaram uma ameaça à segurança do respetivo país ou à perda de ativos importantes.

"Evidência credível leva-me a acreditar" que os compradores da Lattice "talvez adotem ações que ameacem afetar a segurança dos Estados Unidos", lê-se na ordem assinada por Trump.

Um comunicado da Casa Branca apontou a importância da "integridade da cadeia de fornecedores de semicondutores" para a segurança dos EUA, o papel do Governo chinês no negócio e o potencial para transferência de propriedade intelectual para um comprador estrangeiro.

Trump mostrou-se já preocupado com o estado do setor manufatureiro dos EUA e a sua habilidade para responder às necessidades da segurança norte-americana.

Em dezembro, o Governo alemão travou a aquisição da Aixtron, empresa alemã do setor tecnológico, por um grupo chinês, depois de o então Presidente dos EUA Barack Obama ter rejeitado a inclusão da unidade norte-americana da Aixtron, também por razões de segurança.

A Alemanha é o segundo maior destino do investimento chinês na Europa, ultrapassada apenas pelo Reino Unido. Portugal é o quarto, logo a seguir à França.

NAOM

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