terça-feira, 22 de agosto de 2023

𝗠𝗜𝗡𝗜𝗦𝗧𝗥𝗢 𝗗𝗔 𝗘𝗗𝗨𝗖𝗔ÇÃ𝗢 𝗡𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗟 𝗘𝗫𝗜𝗚𝗘 𝗔 𝗣𝗨𝗕𝗟𝗜𝗖𝗔ÇÃ𝗢 𝗗𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗦𝗨𝗟𝗧𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗡𝗔𝗜𝗦 𝗗𝗢 𝗔𝗡𝗢 𝗟𝗘𝗧𝗜𝗩𝗢 𝟮𝟬𝟮𝟮-𝟮𝟬𝟮𝟯

  Rádio Jovem Bissau

O Ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica, suspende, “com caráter de urgência", o processo de matrículas em curso  nas Escolas Superiores de Educação do novo ano letivo 2023-2024.

Braima Sanhá sustenta a decisão invocando a não publicação dos resultados finais dos alunos referentes ao ano letivo 2022-2023, assim como a não entrega do calendário escolar para o  ano letivo 2023-2024.

No despacho com a data de 21 de Agosto  consultado pela nossa estação emissora, o responsável pela tutela da pasta, para além de suspender temporariamente as  matrículas, decidiu igualmente proibir temporariamente todas as despesas inerentes às matrículas efetuadas.

“O Ministério da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Cientifica tem registado com bastante preocupação a situação do processo inicial da realização das matrículas em algumas Unidades Escolares que compõem a Escola Superior de Educação (ESSE), sem a conclusão devida do ano escolar." Lê-se no despacho.  

Ainda o mesmo documento acrescenta: "Isto é, a não publicação dos resultados finais dos alunos referente ao ano letivo 2022-2023, o incumprimento da entrega de lista dos estudantes que concluíram, com sucesso, o ano, assim como o calendário escolar para o ano letivo 2023-2024."

UNIÃO AFRICANA suspende Níger e manifesta reservas sobre intervenção da CEDEAO

© Lusa

POR LUSA  22/08/23 

A União Africana (UA) anunciou hoje a suspensão do Níger das suas instituições, na sequência do golpe de Estado de 26 de julho, e manifestou reservas quanto a uma eventual intervenção militar da África Ocidental.

O Conselho de Paz e Segurança (CPS) da UA "toma nota da decisão" da CEDEAO Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental "de enviar uma força" para o Níger e pede à Comissão da organização pan-africana que "proceda a uma avaliação das implicações económicas, sociais e de segurança" de tal envio, anunciou este orgão da UA através de um comunicado.

O CPS decidiu igualmente "suspender imediatamente a participação da República do Níger em todas as atividades da UA e dos seus órgãos e instituições até à restauração efetiva da ordem constitucional no país", segundo o comunicado publicado hoje.

A posição, assumida num contexto de fortes divergências no seio da UA sobre este assunto, assenta em decisões tomadas numa reunião sobre "a situação no Níger", realizada a 14 de agosto.

Na sequência do derrube pelos militares do Presidente nigerino, Mohamed Bazoum, eleito em 2021, a CEDEAO anunciou em 10 de agosto a sua intenção de enviar uma força da África Ocidental "para restaurar a ordem constitucional no Níger".

A CEDEAO continua a reiterar a preferência por uma solução diplomática, mas mantém a ameaça de recorrer à força, uma opção em relação à qual a UA está dividida.

Na passada sexta-feira, no final de uma reunião de chefes de Estado-Maior da CEDEAO em Acra, capital do Gana, o comissário da organização regional para os Assuntos Políticos, a Paz e a Segurança, Abdel-Fatau Musah, indicou que "o dia da intervenção" tinha sido fixado, assim como "os objetivos estratégicos, o equipamento necessário e o compromisso dos Estados-membros".

"Se uma agressão for levada a cabo contra nós, não será o passeio no parque que alguns parecem acreditar", respondeu este sábado o novo homem forte do Níger, o general Abdourahamane Tiani.

A CEDEAO considerou esta segunda-feira "inaceitável" um período de transição máximo de "três anos" apontado, no sábado, pelo líder da junta militar do Níger.

"Queremos que a ordem constitucional seja restaurada o mais rápido possível", disse Abdel-Fatau Musah.

No sábado, uma delegação da CEDEAO liderada pelo ex-presidente nigeriano Abdulsalami Abubakar deslocou-se ao Níger para negociar uma saída para a crise, tendo sido recebida por Tiani, e mantido contactos com Mohamed Bazoum, detido desde o golpe.

Durante as conversações, Tiani defendeu o fim das sanções económicas e da proibição de viagens, impostas pela CEDEAO na sequência do golpe de Estado de 26 de julho, e no final garantiu perante a televisão nacional que a transição para o poder político pode durar até três anos, ameaçando as forças estrangeiras contra a preparação de uma eventual intervenção militar regional.

O Níger é o quinto país da África Ocidental a ser liderado por uma junta militar, depois do Mali, da Guiné-Conacri e do Burkina Faso, que também tiveram golpes militares entre 2020 e 2022, além do Chade, onde o atual Presidente sucedeu ao seu pai, morto em combate.

Desde o derrube do regime do Presidente Bazoum, a comunidade internacional teme ainda mais instabilidade na região do Sahel, que enfrenta crescentes insurgências de grupos fundamentalistas islâmicos ligados aos grupos extremistas Estado Islâmico e Al-Qaida.

Muitos países, liderados pelos Estados Unidos, bem como a ONU e a União Europeia, apelaram a uma resolução pacífica da crise.


TRÁFICO DE DROGA: Tenta embarcar rumo a Lisboa com 5 kg de cocaína escondidos em sutiãs

© Polícia Federal

Notícias ao Minuto   22/08/23 

Detido é sueco e tem 78 anos. Às autoridades garantiu que a mala foi-lhe entregue por um desconhecido.

A Polícia Federal brasileira deteve na noite de sexta-feira um idoso de nacionalidade sueca, de 78 anos, no Aeroporto Internacional Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, Natal, quando este tentava embarcar com destino a Lisboa, com 4,7 kg de cocaína escondida em peças de roupa femininas.

De acordo com as autoridades brasileiras, o homem foi apanhado durante uma fiscalização de rotina. Na mala do passageiro, os agentes apanharam a droga a servir de enchimento a vários modelos de sutiãs.

De imediato, o turista foi detido e conduzido à esquadra. Ao ser interrogado, garantiu que a mala foi-lhe entregue por um desconhecido, alegadamente relacionado com um empresário que conheceu virtualmente, e que lhe pediu para a transportar até Paris, França.

Apesar disto, o idoso continua detido e vai responder pelo crime de tráfico internacional de estupefacientes.


Irão apresenta novo 'drone' com alcance de 2.000 quilómetros

© Lusa

POR LUSA    22/08/23 

As autoridades iranianas apresentaram hoje um novo 'drone', indicando que tem um raio de alcance de 2.000 quilómetros, pode permanecer no ar por 24 horas e transportar vários tipos de armamentos.

O novo 'drone' [aparelho aéreo não tripulado] foi apresentado durante a cerimónia do Dia da Indústria de Defesa, na presença do Presidente iraniano, Ebrahim Raisi, informou a agência de notícias iraniana Fars, ligada à Guarda Revolucionária.

O Mohajer-10 - que significa Migrante - tem um raio de alcance de 2.000 quilómetros, pode voar a uma velocidade máxima de 210 quilómetros por hora, permanecer 24 horas no ar e transportar até 300 quilos de carga, segundo as autoridades iranianas.

Além disso, possui sistemas de "guerra eletrónica" e sistemas de "inteligência", além de capacidade para transportar todos os tipos de munições e bombas", referiu a agência Fars.

A apresentação do novo armamento contou ainda com a presença do ministro da Defesa, brigadeiro-general Mohamad Reza Qarai Ashtiani, e de outros altos funcionários das Forças Armadas do país.

"Espero que o esforço de todos nós expanda a grandeza, a honra e o poder do país", disse Raisi, de acordo com a agência de notícias iraniana Tasnim.

Na cerimónia também foi apresentada uma nova bomba teleguiada, "Arman 1", sobre a qual não foram fornecidos mais detalhes.

O Irão possui uma desenvolvida indústria de fabrico de 'drones kamikaze'. Em abril passado, foi testado com sucesso o 'drone' Me'raj-532, com um alcance de 450 quilómetros, a uma altura de 12.000 pés e voar durante três horas.

Os países ocidentais denunciaram que o Irão vendeu 'drones kamikaze' Shahed-136/131 à Rússia para serem utilizados na guerra na Ucrânia, algo que Teerão nega.

Em resposta à venda destes 'drones', a União Europeia (UE), os Estados Unidos e o Reino Unido sancionaram indivíduos e empresas ligadas à produção destes aparelhos aéreos não tripulados iranianos.


OUSMANE SONKO: Líder da oposição no Senegal retoma greve de fome apesar de frágil estado

© Getty Images

POR LUSA  22/08/23 

O líder da oposição senegalesa, Ousmane Sonko, retomou esta semana a greve de fome, apesar de ter sido hospitalizado após um agravamento do seu estado de saúde devido à forma de protesto que iniciou em 31 de julho.

O advogado de Sonko, Ciré Clédor Ly, alertou para a degradação do estado de saúde do seu constituinte e mostrou-se muito preocupado com as "sequelas" que esta greve de fome está a deixar em Sonko.

"É um precedente perigoso chegar a extremos que podem custar a vida de um adversário político", advertiu Ly, citado pelo portal noticioso Senego.

"Há sempre tempo para salvar vidas e iniciar mecanismos para reconciliar corações e mentes, restabelecendo o Estado de Direito e respeitando os fundamentos de um Estado democrático", afirmou o advogado.

Sonko foi retirado dos cadernos eleitorais e não poderá participar nas eleições de 2024, devido a uma condenação na justiça. Em resposta, o seu partido, o agora dissolvido Patriotas Africanos do Senegal para o Trabalho, a Ética e a Fraternidade (Pastef), apelou à população para que protestasse contra o que considera ser um novo episódio na longa perseguição política de que diz ter sido alvo durante anos.

Sonko foi detido em 28 de julho e encontra-se em prisão preventiva desde 31 de julho, dia em que o ministério do Interior senegalês anunciou igualmente a dissolução do seu partido. Sonko iniciou a greve de fome no dia em que foi colocado em prisão preventiva.

Desde a sua detenção, eclodiram vários tumultos em Dacar e noutras cidades do país entre as forças policiais e os jovens, que queimaram pneus, montaram barricadas e bloquearam estradas em sinal de protesto.

Os protestos resultantes da prisão de Sonko somam já 15 mortes e danos materiais consideráveis.

Ousmane Sonko foi condenado em 01 de junho a dois anos de prisão por aliciamento de menores, um veredito que o torna inelegível para se candidatar a eleições, de acordo com os seus advogados e juristas. O político senegalês enfrenta ainda outro processo, aberto em março de 2021, por alegada violação de uma mulher.

O popular líder da oposição tem denunciado reiteradamente a "instrumentalização" da justiça pelo Presidente senegalês, Macky Sall, para o impedir de concorrer às próximas eleições presidenciais, previstas para 2024.

Conhecido pelo seu discurso "antissistema", Sonko critica a má governação, a corrupção e o neo-colonialismo francês, e tem muitos seguidores entre a juventude senegalesa.


Leia Também: Líder da oposição no Senegal recupera consciência nos cuidados intensivos

ANÁLISE: Ausência de Putin da cimeira dos BRICS é uma "humilhação" para a Rússia

Por SIC Notícias  22/08/23

Germano Almeida, comentador da SIC, aponta temas importantes em cima da mesa na Cimeira dos BRICS e destaca o futuro desta aliança. Sobre o grupo Wagner, alerta que continuam a cometer crimes violentos.

Germano Almeida, comentador da SIC, considera que a ausência do Presidente da Rússia, Vladimir Putin, da cimeira dos BRICS é uma "humilhação". Sobre o grupo Wagner, alerta que continuam a cometer crimes violentos e defende que África poderá ser o destino de Prigozhin.

"É uma humilhação para a Rússia o facto de Putin não poder entrar em solo sul-africano, na sequência do mandado de detenção do Tribunal Penal Internacional (TPI). Enquanto estarão presentes os Presidentes de outros países, da Rússia vai estar o ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergey Lavrov", afirma.

O comentador da SIC destaca a importância da cimeira dos BRICS, a primeira presencial depois da pandemia. Com quase quatro dezenas de países a quererem entrar para o bloco, poderá tronar-se uma "espécie de G20 alternativo do novo Sul Global". Indica ainda que haverá dois temas "importantes": a desdolarização e a guerra na Ucrânia.

A 15.ª cimeira de chefes de Estado e de Governo dos BRICS decorre a partir desta terça-feira e até quinta-feira, com mais de 60 líderes do Sul Global, em Sandton - o subúrbio mais rico situado no norte de Joanesburgo, África do Sul.

Sobre as últimas visitas do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, à Suécia, Dinamarca, Países Baixos e Grécia, realça os avanços em relação aos caças F-16 e à formação de pilotos e mecânicos ucranianos.

Na Edição da Manhã, Germano Almeida alerta que, de acordo com o Instituto para o Estudo da Guerra, o grupo Wagner continua a cometer crimes violentos.

"A embaixada dos EUA enviou uma recomendação importante para cidadãos da Bielorrússia. Aconselharam os cidadãos a sair imediatamente na sequência da Lituânia ter encerrado postos fronteiriços", acrescenta.

O comentador da SIC acredita que "o destino" de Prigozhin poderá ser o continente africano. O líder do grupo mercenário Wagner reapareceu esta segunda-feira pela primeira vez desde o assalto falhado ao Kremlin, a 24 de junho, e deu a entender que voltou a África.


Leia Também: Portugal vai treinar pilotos e mecânicos ucranianos para caças F-16

Escalada devido a F-16? Podolyak rejeita e pede "decisões semelhantes"

© Getty Images

Notícias ao Minuto    22/08/23 

Na ótica de Podolyak, "os países que estão atualmente a transferir equipamento de aviação para a Ucrânia demonstram abertamente que estão profundamente interessados em proteger o direito internacional, a democracia e a justiça".

O conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, rejeitou, esta terça-feira, que o envio de caças F-16 por parte da Dinamarca e dos Países Baixos à Ucrânia venha a contribuir para a escalada do conflito contra a Rússia, apelando a “decisões semelhantes” por parte dos restantes parceiros daquele país invadido.

“O fornecimento de aviões de combate F-16 para a Ucrânia relaciona-se, antes de mais, com a plena compreensão por parte dos países doadores (países nórdicos) da natureza geral da guerra e desta fase específica”, começou por explicar o responsável, na rede social X (antigo Twitter).

E esclareceu: “Trata-se também da desescalada, da redução significativa dos riscos de expansão da guerra e da aceleração de um final justo. Trata-se de minimizar as perdas ucranianas, otimizar as operações ofensivas e aumentar a eficácia da destruição do grupo de ocupação russo.”

Na sua ótica, “os países que estão atualmente a transferir equipamento de aviação para a Ucrânia demonstram abertamente que estão profundamente interessados em proteger o direito internacional, a democracia e a justiça”, ressalvando, contudo, que “tudo isto só será possível se a Rússia for absolutamente derrotada”.

“É extremamente importante que os outros parceiros da Ucrânia tomem decisões semelhantes”, apelou.

De notar que, na segunda-feira, o embaixador russo Vladimir Barbin condenou o fornecimento de caças F-16 à Ucrânia por parte da Dinamarca e dos Países Baixos, atirando que “ao refugiar-se na premissa de que a própria Ucrânia deve determinar as condições para a paz, a Dinamarca procura, com as suas ações e palavras, deixar a Ucrânia sem outra escolha a não ser continuar o confronto militar com a Rússia”.

No entanto, o ministro da Defesa dinamarquês, Jakob Ellemann-Jensen, ressalvou que a Ucrânia só poderá usar as aeronaves no seu território.

"Doamos armas com a condição de que sejam usadas para expulsar o inimigo do território da Ucrânia. E não mais do que isso. Essas são as condições, sejam tanques, aviões de combate ou qualquer outra coisa", disse, na segunda-feira.

Recorde-se que a Dinamarca doará 19 caças F-16 à Ucrânia, enquanto os Países Baixos fornecerão 42 aeronaves, naquilo que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, considerou ser uma decisão “histórica”.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 9.444 civis desde o início da guerra e 26.384 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.


Leia Também: F-16 para a Ucrânia? "Não brinquem com aviões", avisa Medvedev

AFEGANISTÃO: Mais de 200 funcionários do antigo governo foram mortos por talibãs

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POR LUSA   22/08/23 

Mais de 200 execuções extrajudiciais de ex-funcionários do Governo e das forças de segurança afegãs ocorreram desde que os talibãs assumiram o controlo do país há dois anos, segundo um relatório da ONU hoje divulgado.

Os grupos mais visados pelos talibãs têm sido antigos membros do exército, da polícia e dos serviços de informação do país, de acordo com a Missão de Assistência das Nações Unidas (UNAMA) no Afeganistão.

A UNAMA documentou pelo menos 800 violações dos direitos humanos contra antigos funcionários do Governo afegão e das forças de segurança entre 15 de agosto de 2021, quando os talibãs tomaram o poder, e o fim de junho de 2023.

Os talibãs varreram o Afeganistão quando as tropas dos Estados Unidos e da NATO se encontravam nas últimas semanas da sua retirada do país, após duas décadas de guerra.

As forças afegãs treinadas e apoiadas pelos EUA desmoronaram diante do avanço dos talibãs e o ex-presidente afegão, Ashraf Ghani, fugiu do país.

"Indivíduos foram detidos pelas forças de segurança de facto (talibã) do país, muitas vezes brevemente, antes de serem mortos. Alguns foram levados para centros de detenção e mortos enquanto estavam sob custódia, outros foram levados para locais desconhecidos e mortos, os seus corpos foram abandonados ou entregues a familiares", afirmou o relatório da ONU.

O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, disse, num comunicado de imprensa, que este relatório da ONU "apresenta uma imagem preocupante do tratamento de indivíduos ligados ao antigo Governo e às forças de segurança".

"Ainda mais, dado que lhes foi garantido que não seriam alvo, é uma traição à confiança do povo", disse Turk.

Turk instou os governantes talibãs do Afeganistão -- as "autoridades de facto" do país - a cumprirem as suas "obrigações ao abrigo do Direito internacional dos direitos humanos, evitando novas violações e responsabilizando os perpetradores" de crimes.

Desde a tomada do poder no Afeganistão, os talibãs (que governaram o Afegansitão num outro período na década de 1990) não enfrentaram oposição significativa e evitaram divisões internas.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) do Afeganistão rejeitou o relatório, sublinhando que não tinha conhecimento de quaisquer casos de violações dos direitos humanos cometidos por autoridades ou funcionários ligados aos talibãs.

"Assassínios sem julgamento, detenções arbitrárias, prisões, tortura e outros atos contra os direitos humanos cometidos pelos trabalhadores das instituições de segurança do Emirado Islâmico contra funcionários e forças de segurança do governo anterior não foram relatados", afirmou em comunicado do MNE afegão.

O relatório afirma que os ex-soldados afegãos correm maior risco de sofrer violações dos direitos humanos, seguidos pela polícia e pelos funcionários dos serviços de informação. As violações foram registadas em todas as 34 províncias, com um número maior nas províncias de Cabul, Kandahar e Balkh.

A maioria das violações ocorreu nos quatro meses que se seguiram à tomada do poder pelos talibãs, tendo a UNAMA registado quase metade de todas as execuções extrajudiciais de antigos funcionários do governo e das forças de segurança afegãs durante este período. Entretanto, as violações de direitos continuaram mesmo depois disso, com 70 execuções extrajudiciais registadas em 2022, acrescentou o relatório.

A UNAMA registou pelo menos 14 casos de desaparecimento forçado de antigos funcionários do governo e membros das forças de segurança afegãs. A ONU documentou mais de 424 detenções arbitrárias, nomeadamente de ex-funcionários do governo e membros das forças de segurança afegãs, enquanto mais de 144 casos de tortura e maus-tratos foram documentados no relatório, incluindo espancamentos com canos e cabos, ameaças verbais e outros abusos.

Apesar das promessas iniciais de uma administração moderada, os talibãs aplicaram regras duras no país, proibindo a educação das raparigas após o sexto ano e impedindo as mulheres afegãs participarem na vida pública, incluindo o trabalho para organizações não-governamentais e para a ONU.


Ucrânia destrói bombardeiro supersónico russo a sul de São Petersburgo

© Reprodução/Twitter

Notícias ao Minuto   22/08/23 

O Ministério da Defesa da Rússia adiantou que o "ataque terrorista" ocorreu na base militar de Soltsy-2, na região de Novgorod, tendo sido apenas registados danos materiais.

A Ucrânia terá destruído um bombardeiro supersónico russo num ataque com drones levado a cabo a sul de São Petersburgo, no sábado.

Imagens publicadas nas redes sociais, e verificadas pela BBC, mostram a aeronave Tupolev Tu-22 em chamas.

O Ministério da Defesa da Rússia adiantou que o "ataque terrorista" ocorreu na base militar de Soltsy-2, na região de Novgorod, tendo sido apenas registados danos materiais.

Além disso, imagens de satélite aparentam dar conta de que aviões anteriormente estacionados na base militar desapareceram, ainda que possam ter sido relocalizados.

Já o Ministério da Defesa do Reino Unido considerou, no seu mais recente relatório, que os ataques com drones que têm assolado a Rússia nos últimos dias deverão estar a ser lançados a partir do interior do território daquele país, esta terça-feira.

Dando conta dos relatos de que um bombardeiro supersónico russo foi destruído no dia 19 de agosto, os serviços secretos acreditam que o território russo está a ser atacado a partir de dentro, uma vez que "é improvável que veículos aéreos não tripulados tenham a capacidade de chegar a Soltsky-2 vindos de fora da Rússia".

Isto porque, conforme assinalado pelo organismo, a base de Soltsy-2 fica a cerca de 650 quilómetros da fronteira entre os dois países.

Segundo a BBC, Kyiv ainda não comentou o sucedido, nem assumiu responsabilidade pelo alegado ataque.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 9.444 civis desde o início da guerra e 26.384 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.



Leia Também: A Rússia anunciou que abateu hoje dois drones ucranianos na região de Moscovo, onde os incidentes deste tipo têm aumentado nas últimas semanas.

segunda-feira, 21 de agosto de 2023

Kim Jong Un inspeciona uma unidade da Marinha do Exército Popular da Coreia

Fonte: Agência Central de Notícias da Coreia

Kim Jong Un, Secretário-geral do Partido de Trabalho da Coreia e Presidente de Assuntos de Estado da República Popular Democrática da Coreia, inspecionou a 2ª flotilha de navios de superfície da Frota do Mar do Leste do Exército Popular da Coreia.

Ele aprendeu detalhadamente sobre os preparativos de combate e guerra dos navios de superfície, a vida dos marinheiros e o plano de reconstrução da base naval. Em seguida, montado no a guarda costeira 661, indagou detalhadamente sobre o seu armamento e preparativos de combate, verificando se os marinheiros mantinham elevada mobilidade e uma poderosa força de ataque, de forma a fazer face a qualquer imprevisto, e que estavam permanentemente prontos a intervir.

Naquele dia, ele assistiu ao exercício estratégico de lançamento de mísseis de cruzeiro dos marinheiros da guarda costeira. O míssil atingiu o alvo com precisão.

Insistindo na missão de grande importância que cabe à marinha do EPC de aniquilar, em caso de eventual acontecimento, a vontade de guerra do inimigo, observou em particular:

Todas as unidades navais de superfície e submarinas devem estar sempre em plena prontidão e, ao mesmo tempo, inflamar o zelo pelo fortalecimento do treinamento de combate para aumentar continuamente a capacidade real de combate, de modo a cumprir ativamente sua missão de combate em todas as circunstâncias adversas.

Como sempre é enfatizado, o resultado de uma batalha depende do valor político, ideológico e moral dos militares. O que é realmente necessário no campo de batalha não é a superioridade numérica e técnica de armas e equipamentos, mas o poder ideológico e moral avassalador dos soldados que os manuseiam. Um soldado imbuído de um espírito irredutível pode derrotar qualquer inimigo e vencer qualquer batalha. É importante que tal tradição e tal espírito de nosso exército sejam continuados sem o menor desvio pela geração de hoje.

Expressou a sua esperança e a sua certeza de que todos os nossos marinheiros se prepararão plenamente para formar a vanguarda da defesa nacional e a tropa de assalto marítimo para assim defender e com certeza fazer brilhar as reputações e honrar os heróicos marinheiros da geração anterior que fizeram milagres sem precedentes em a história da guerra naval.

Os carpinteiros da cidade de Bissau pedem ao novo governo a criar condições para a retoma de trabalhos de cerrações no país.

Numa ronda feita pela Rádio Capital FM a diferentes carpintarias da capital guineense, os carpinteiros falam das dificuldades enfrentadas diariamente nas suas atividades.

Mamadú Candé    Rádio Capital Fm   Data: 21.08.2023

Visita do Ministro as Direções do Ministério.

Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos  

Níger. Centenas de camiões chegaram com alimentos do Burkina Faso

© Getty Images

POR LUSA      21/08/23 

Uma coluna de 300 camiões, principalmente carregados de comida, chegou hoje a Niamey, proveniente do Burkina Faso, para contrariar as sanções impostas por vários dos seus vizinhos da África Ocidental, na sequência de um golpe de Estado.

"Chegaram a Niamey cerca de 300 camiões", disse à AFP o diretor regional das alfândegas, o coronel Adamou Zaroumeye.

Os camiões "vêm do Burkina Faso e transportam principalmente produtos alimentares", sal, milho e artigos para o lar, disse, acrescentando que se trata de uma "lufada de ar fresco" para o Níger.

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) impôs pesadas sanções económicas contra o Níger em 30 de julho, em resposta ao golpe de Estado que derrubou o Presidente eleito Mohamed Bazoum em 26 de julho.

O Benin e a Nigéria fecharam as suas fronteiras, interrompendo o abastecimento do Níger.

As forças armadas do Burkina Faso e depois do Níger asseguraram a segurança da coluna, segundo as autoridades nigerinas.

Seydou Mié Zanaidou, um dos motorista da caravana, disse à AFP que viajou de Kaya, no Burkina Faso, para Dori, uma cidade no leste do país, antes de atravessar a fronteira com o Níger, perto da cidade de Tera, e continuar até Niamey.

O Burkina Faso, que também é governado por militares que chegaram ao poder através de um golpe de Estado e que foi igualmente suspenso da CEDEAO, não tardou a manifestar a sua solidariedade para com os golpistas do Níger.

O Programa Alimentar Mundial (PAM), a agência alimentar das Nações Unidas, alertou na quarta-feira que as sanções regionais e o encerramento das fronteiras estavam a "afetar grandemente o fornecimento de alimentos e medicamentos vitais ao Níger".



Leia Também: Níger. CEDEAO considera "inaceitável" período de três anos para transição

Guiné-Bissau: Ministra do Interior promete acabar com raptos e espancamentos de cidadãos

Por Rádio Capital Fm

Bissau - (21.08.2023) - A nova titular da pasta do Interior, Adiato Djaló Nandigna, promete restaurar a confiança entre as forças de ordem e os cidadãos.

A promessa da governante foi deixada esta segunda-feira, 21, após visitas efetuadas as instalações do Comissariado da Polícia de Ordem Pública, da Policia da Intervenção Rápida e da Brigada de Polícia de Transito. 

Visita que a permitiu inteirar-se das dificuldades com que estas corporações deparam. 

 © Radio TV Bantaba   Adiato Djalo Nandigna promete resolver dificuldades identificadas nas esquadras visitadas☝

Adiato Djaló Nandigna disse que vão criar mecanismos para pôr cobro a situação de raptos e espancamentos de cidadãos que têm sido verificados no país durante os últimos três anos.

ʺPensamos que vamos pôr cobro a essa situação. Não vamos adiantar, porque primeiro é conhecer. Para executar o programa do Governo é preciso saber quais são os recursos humanos e os meios disponíveis", considera.

Para Adiato Djaló Nandiga, o Ministério do Interior tem uma grande responsabilidade para com o país, "porque a sua missão é garantir a segurança e o cumprimento das leis que estão plasmadas na Constituição da República da Guiné-Bissau". 

"A nossa missão é garantir a segurança do povo guineense. Temos uma missão difícil, que pensamos, e podemos dizer que também não é difícil, pois a missão das Forças de Segurança tem como lema: a ordem e a disciplina. Daí que têm que saber que a sua missão fundamental é garantir segurança ao povo e, assim, quando um cidadão vê um agente de segurança sentir-se que realmente está seguro e com todos os seus bens. Essa é a nossa missãoʺ, concluiu a Ministra do Interior. 

Durante a sua visita, Adiato Djaló Nandinga esteve  acompanhada do Secretário de Estado da Ordem Pública, Marciano Indi, e do Comissário Nacional da Polícia de Ordem Pública, Tomas Djassi.

Por Sulai Seide

Papa reúne com chefe do Estado-Maior dos EUA para falar da Ucrânia

© Reuters

POR LUSA   21/08/23 

O Papa Francisco recebeu hoje no Vaticano o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas dos Estados Unidos, Mark Milley, para falar, em especial, sobre a guerra na Ucrânia.

O líder da Igreja Católica está "evidentemente muito preocupado com as centenas de milhares de pessoas que foram mortas ou feridas e as vidas civis inocentes que foram ceifadas", declarou Mark Milley à imprensa após o encontro, já a bordo de um avião militar norte-americano.

"Ele está muito interessado no meu ponto de vista sobre a situação e a evolução da guerra, bem como na tragédia em curso na Ucrânia", acrescentou o general.

O Exército norte-americano tem fornecido equipamento militar à Ucrânia e treinado as suas tropas para combater a invasão russa, iniciada há quase um ano e meio, a 24 de fevereiro de 2022.

Essa ajuda contribuiu para que Kiev recuperasse algum terreno às forças russas, protagonizando desde o princípio de junho uma vasta contraofensiva.

Mas a operação está a ser muito difícil, porque os militares russos passaram o inverno e a primavera a reforçar as suas posições com trincheiras, explosivos antitanque e centenas de quilómetros de campos minados.

O Papa apela com muita regularidade para que se ponha fim à guerra na Ucrânia, e o seu enviado para a paz deslocou-se a Kiev e a Moscovo em junho.

Mark Milley, católico praticante, indicou ter abordado com o Papa outros assuntos e que falaram "muito de África".


Leia Também: Kyiv anuncia "sucessos" em Zaporíjia e Rússia diz ter repelido ataques

Novo governo da Nigéria toma posse e PR admite "desafios assustadores"

© Lusa

POR LUSA  21/08/23 

O presidente da Nigéria, Bola Tinubu, deu hoje posse a 45 ministros quase três meses após a sua eleição, prometendo que o seu governo irá acelerar a agenda de desenvolvimento e "satisfazer as exigências" dos cidadãos.

"Temos de nos responsabilizar mutuamente, temos de fazer o nosso trabalho para satisfazer as exigências de todos os nigerianos", disse o Presidente aos ministros durante a cerimónia de tomada de posse, em Abuja.

De acordo com a agência Associated Press, Tinubu reconheceu os desafios "assustadores" da Nigéria, mas afirmou que a constituição do novo Governo é uma oportunidade para implementar "as reformas há muito necessárias".

Este é o maior governo da Nigéria desde o regresso do país à democracia em 1999, o que suscitou críticas sobre as elevadas despesas do governo, apesar das promessas de Tinubu de reduzir os custos.

Menos de 20% dos membros do Governo são mulheres, dando continuidade a uma longa tradição de fraca representação feminina na classe dirigente.

Além de tecnocratas do setor privado, os ministros incluem também vários leais ao partido, incluindo antigos governadores que ajudaram a mobilizar o apoio a Tinubu durante a campanha presidencial.

O antigo banqueiro de investimento Wale Edun foi nomeado Ministro das Finanças e ministro Coordenador da Economia, enquanto Ali Pate, um antigo diretor do Banco Mundial que recentemente recusou uma nomeação para dirigir a aliança mundial de vacinas Gavi, foi nomeado ministro da Saúde e da Segurança Social.


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Abate de drone causa dois feridos em Moscovo

 Voaportugues.com  21/08/23

Duas pessoas ficaram feridas em Moscovo, na segunda-feira, quando os destroços de um drone ucraniano destruído pelas defesas aéreas russas caíram sobre uma casa, de acordo com o governador regional.

As autoridades russas afirmaram que a Ucrânia lançou um ataque com um drone que visava as regiões de Moscovo e Kaluga. O ataque aéreo interrompeu temporariamente os voos em vários aeroportos russos, mas o serviço foi retomado mais tarde.

Tanto a Rússia como a Ucrânia utilizaram drones para atingir o lado oposto, com danos no solo frequentemente causados por destroços de aeronaves abatidas.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, agradeceu aos legisladores dinamarqueses quando se dirigiu a Copenhaga na segunda-feira, um dia depois de a Dinamarca e os Países Baixos terem anunciado que iriam fornecer às forças ucranianas caças F-16 fabricados nos EUA.

O embaixador russo na Dinamarca, Vladimir Barbin, afirmou, em comunicado, que a decisão da Dinamarca de enviar F-16 para a Ucrânia "conduz a uma escalada do conflito".

A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, comprometeu-se a enviar 19 F-16 para a Ucrânia e disse esperar que os primeiros seis sejam entregues no início de 2024.

O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, não especificou o número de F-16 que o seu país irá fornecer, nem a data em que as entregas poderão ter lugar. O primeiro-ministro holandês afirmou que o calendário depende da rapidez com que as tripulações e as infra-estruturas ucranianas estiverem prontas.

Os F-16 não vão ajudar imediatamente no esforço de guerra. De qualquer forma, trata-se de um compromisso a longo prazo dos Países Baixos", afirmou Rutte no domingo. "Queremos que estejam activos e operacionais o mais rapidamente possível. Não no próximo mês, isso é impossível, mas esperamos que seja logo a seguir".

Os governos holandês e dinamarquês estão envolvidos numa coligação que está a trabalhar na formação de pilotos ucranianos para pilotarem os caças avançados.

Os caças não deverão afetar a trajetória da guerra tão cedo, de acordo com as autoridades americanas.

O general da Força Aérea dos EUA, James Hecker, disse aos jornalistas na sexta-feira, numa reunião virtual do Grupo de Escritores de Defesa, que não há atualmente perspectivas de a Ucrânia ou a Rússia ganharem vantagem no ar.

"Não creio que alguém consiga a superioridade aérea enquanto o número de mísseis terra-ar se mantiver suficientemente elevado", disse Hecker, em resposta a uma pergunta da VOA.

"Tanto a Ucrânia como a Rússia têm sistemas integrados de defesa aérea e antimíssil muito bons", disse ele. "Só isso é o que tem impedido [a Rússia ou a Ucrânia] de obter superioridade aérea."

Com The Associated Press, Agence France-Presse e Reuters

"Os médicos suspensos no Sistema de Saúde serão reintegrados o mais rápido possivel", anuncia o novo Ministro de Saúde, Domingos Malu após a visita esta segunda-feira (21.08) no "Hospital Nacional Simão Mendes".

 Radio Voz Do Povo

O novo Ministro do Comércio afirmou hoje que o período de emergência visa minimizar o sofrimento da população. JAMEL JOÃO HANDEM incumbiu o novo Inspetor-Geral do Comércio para fiscalizar as medidas por forma a mitigar o impacto negativo de subida dos produtos alimentícios em relação ao custo de vida da população.

 Radio Voz Do Povo

Níger. CEDEAO considera "inaceitável" período de três anos para transição

© Getty Images

POR LUSA  21/08/23 

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) considerou hoje "inaceitável" um período de transição máximo de "três anos" apontado pelo líder da junta militar do Níger, general Abdourahamane Tiani, que tomou o poder em 26 de julho.

"Um período de transição de três anos é inaceitável", disse Abdel-Fatau Musah, comissário para a segurança e política da CEDEAO, numa entrevista à Al Jazeera, reagindo ao anúncio que fez no sábado o líder da junta militar que derrubou o Presidente eleito, Mohamed Bazoum.

"Queremos que a ordem constitucional seja restaurada o mais rápido possível", disse Musah.

No sábado, uma delegação da CEDEAO liderada pelo ex-presidente nigeriano Abdulsalami Abubakar deslocou-se ao Níger para negociar uma saída para a crise.

Ao contrário de uma mediação anterior da África Ocidental, no início de agosto, desta vez os emissários puderam trocar impressões com o general Tiani, e também contactar com Mohamed Bazoum, mantido prisioneiro desde o golpe.

A reunião, na qual participou o líder da junta, foi marcada pela diferença de tom que os militares adotaram, sendo inflexíveis na manutenção do poder, mas pedindo desculpa por qualquer eventual desrespeito relativamente ao bloco regional.

Durante as conversações, Tiani defendeu o fim das sanções económicas e da proibição de viagens, impostas pela CEDEAO na sequência do golpe de Estado de 26 de julho, argumentando com o sofrimento da população.

Pouco depois da reunião, o general foi à televisão garantir que a transição para o poder político pode durar até três anos e ameaçou as forças estrangeiras sobre um eventual ataque.

"Se um ataque for preparado contra nós, não será o 'passeio no parque' que alguns parecem acreditar", alertou.

A saída da crise ainda está longe de ser alcançada porque a CEDEAO exige a reintegração de Bazoum e a sua libertação imediata.

A organização da África Ocidental, que impõe pesadas sanções económicas contra o Níger desde 30 de julho, ameaça usar a força se não obtiver resposta às suas solicitações, mas não especifica o calendário ou os detalhes de tal operação.

Neste contexto de instabilidade, o ex-líder rebelde tuaregue Rhissa Ag Boula anunciou que pode voltar a pegar em armas para retirar do poder a junta militar, depois de considerar que a mediação da CEDEAO falhou.

Num comunicado do grupo que lidera, divulgado no domingo, manifestou o seu apoio à CEDEAO no objetivo de retirar a junta militar do poder, mas considera necessário iniciar "hostilidades" contra "os inimigos da paz e da tranquilidade social" para o conseguir.

Boula está determinado a iniciar uma "ação militar" para garantir que a estabilidade política regresse ao Níger e indicou que os militares serão "os únicos responsáveis" pelas consequências que o golpe pode trazer.

O Níger é o quarto país da África Ocidental a ser liderado por uma junta militar, depois do Mali, da Guiné-Conacri e do Burkina Faso, que também tiveram golpes de Estado entre 2020 e 2022.

Desde o derrube do regime do Presidente Bazoum, a comunidade internacional teme ainda mais instabilidade na região do Sahel, que enfrenta crescentes insurgências de grupos fundamentalistas islâmicos ligados aos grupos extremistas Estado Islâmico e Al-Qaida.


Leia Também: Unicef alerta para situação desesperada de 2 milhões de crianças no Níger

MALI: Forças armadas do Mali repelem ataques e matam 11 rebeldes

© Getty Images

POR LUSA   21/08/23 

As forças armadas do Mali anunciaram hoje que 11 terroristas foram mortos e três soldados ficaram feridos numa intervenção para repelir ataques com explosivos em Ber, na região norte de Tombuctu.

O ataque ocorreu no domingo, quando um destacamento militar estacionado a cerca de 20 quilómetros da cidade de Ber detetou um engenho explosivo improvisado e foi atacado por "terroristas que estavam a bordo de veículos e motociclos", informou o exército num comunicado.

Segundo a mesma fonte, as tropas malianas conseguiram repelir os ataques.

Por outro lado, um grupo de combatentes leais ao grupo radical Estado Islâmico atacou um campo de refugiados na cidade de Menaka, no norte do país, também no domingo, matando uma pessoa e ferindo três, disse à agência Efe uma autoridade local.

O Governo central do Mali até agora não comentou este ataque.

O Mali vive uma profunda crise política e de segurança desde 2012, quando grupos rebeldes e combatentes extremistas assumiram o controlo do norte do país, e deteriorou-se após os dois golpes de Estado ocorridos em agosto de 2020 e maio de 2021.


Unicef alerta para situação desesperada de 2 milhões de crianças no Níger

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POR LUSA   21/08/23 

Mais de dois milhões de crianças estão "desesperadamente a precisar de assistência humanitária" no Níger, com uma elevada taxa de má nutrição, agravada por um golpe militar, avisou hoje o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

"A situação atual é de grande preocupação e acrescenta um já difícil panorama humanitário, com a prevalência de má nutrição severa entre as crianças a ser uma das piores na África Central e Ocidental, hoje mais de dois milhões de crianças sofrem com a crise e estão desesperadamente a precisar de assistência humanitária", lê-se num comunicado do representante da Unicef para o Níger, Stefano Savi.

"Mesmo antes da agitação civil e da instabilidade política no Níger, cerca de 1,5 milhões de crianças com menos de 5 anos vão estar mal nutridas este ano, com pelo menos 430 mil a irem sofrer da mais mortífera forma de má nutrição, e o número deve aumentar se os preços continuarem a aumentar e se a crise económica continuar a atingir as famílias e os seus rendimentos", acrescenta-se na nota divulgada em Genebra.

Stefano Savi escreve que apesar de a Unicef continuar a garantir assistência humanitária, é preciso fazer mais: "Com os recentes cortes de eletricidade, e 95% da cadeia de abastecimento de frio aos estabelecimentos de saúde dependente de eletricidade, é preciso fazer mais para garantir que as vacinas e outros medicamentos para as crianças não estejam em risco".

Além disso, a agência das Nações Unidas afirmou estar "alarmada" porque vários mantimentos e equipamentos "estão parados em diferentes pontos de entrada no país e têm urgentemente de prosseguir viagem".

Entre os exemplos apontados estão dois contentores presos na fronteira com o Benim e 19 contentores no porto de Cotonou, além de outros 29 contentores no mar.

"Estes mantimentos contra a má nutrição e imunização, que salvam vidas, estão em risco de perder a eficácia para as crianças que servimos, se a entrada no Níger continuar a ser adiada e se continuarem expostos aos elementos", concluiu o responsável.

Desde 30 de julho, o Níger está sob pesadas sanções financeiras e comerciais impostas pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que quer o retorno ao poder do Presidente deposto, Mohamed Bazoum, mantido prisioneiro desde o golpe de 26 de julho.

O Níger é o quarto país da África Ocidental a ser liderado por uma junta militar, depois do Mali, da Guiné-Conacri e do Burquina Faso, que também tiveram golpes de Estado entre 2020 e 2022.



Leia Também: Níger. Gabinete de Bazoum diz que junta golpista fechou-se ao diálogo

Rússia avisa que fornecimento de F-16 vai escalar o conflito na Ucrânia

© Reuters

Notícias ao Minuto   21/08/23 

O ministro da Defesa dinamarquês, Jakob Ellemann-Jensen, ressalvou que a Ucrânia só poderá usar as aeronaves no seu território.

A Rússia condenou, esta segunda-feira, o fornecimento de caças F-16 à Ucrânia por parte da Dinamarca e dos Países Baixos, considerando que a decisão contribuirá para a escalada do conflito.

"O facto de a Dinamarca ter decidido agora doar 19 aeronaves F-16 para a Ucrânia leva a uma escalada do conflito", disse o embaixador russo Vladimir Barbin, citado pela agência Reuters.

E atirou: "Ao refugiar-se na premissa de que a própria Ucrânia deve determinar as condições para a paz, a Dinamarca procura, com as suas ações e palavras, deixar a Ucrânia sem outra escolha a não ser continuar o confronto militar com a Rússia."

Ainda assim, o ministro da Defesa dinamarquês, Jakob Ellemann-Jensen, ressalvou que a Ucrânia só poderá usar as aeronaves no seu território.

"Doamos armas com a condição de que sejam usadas para expulsar o inimigo do território da Ucrânia. E não mais do que isso. Essas são as condições, sejam tanques, aviões de combate ou qualquer outra coisa", disse, esta segunda-feira.

De notar que a Dinamarca doará 19 caças F-16 à Ucrânia, enquanto os Países Baixos fornecerão 42 aeronaves, naquilo que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, considerou ser uma decisão “histórica”.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 9.444 civis desde o início da guerra e 26.384 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.



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