Fundado por 27 mulheres negras de diversas áreas, o INMUNE, entidade feminista e antirracista, pretende "incentivar as mulheres negras a terem uma maior participação na vida política nacional", de forma a que o posicionamento das negras e dos negros ganhe maior visibilidade no espaço público.
O debate em torno do racismo em Portugal tem vindo a ganhar visibilidade no espaço público, muito devido ao contributo do ativismo negro. No passado dia 27 de julho, depois de 27 mulheres negras, de diversas áreas de formação e de vários setores da sociedade, se terem unido para lutar pela maior visibilidade e pelo reconhecimento das mulheres negras na sociedade portuguesa, nasceu uma organização “feminista interseccional e antirracista”, o Instituto da Mulher Negra em Portugal (INMUNE).
A direção do INUME é constituída pela presidenta* Joacine Katar Moreira, doutorada na área das Ciências Sociais, pela vice-presidenta Zia Soares, atriz e diretora artística, e pela vogal Carla Costa, bióloga e empreendedora. “Apenas dei o primeiro passo para a sua criação [do INMUNE] porque uma entidade deste tipo fazia muita falta e era desejada por todas as mulheres que abraçaram de imediato o projeto”, começa por dizer Joacine Katar Moreira numa entrevista por e-mail ao Notícias ao Minuto.
Esta vontade em comum, continua a presidenta da INMUNE, traduziu-se na vontade de “poder pensar e induzir mudanças que possam beneficiar a nossa categoria que é historicamente a mais desprotegida”.
Joacine Katar Moreira refere que “as mulheres negras são as grandes sobreviventes da História”, porque “sobreviveram ao colonialismo, ao racismo, à escravatura”, mas há ainda muitas batalhas a travar, como o combate ao machismo e ao sexismo, ou a luta para garantir que os direitos que têm sido conquistados não lhes são retirados. Por isso, a missão do INMUNE passa por “trabalhar para pôr fim à normalização da violência contra todas as mulheres, jovens e meninas”.
Todas nós já sentimos os efeitos do racismo nas nossas vidas, seja de forma mais velada, seja de forma mais direta
Assumindo-se como uma entidade feminista e antirracista, porque “sermos feministas e sermos antirracistas são dois lados da mesma moeda”, uma vez que “a luta antirracista só faz sentido se for feminista, e vice-versa”, o INMUNE reitera que é uma entidade apartidária, mas não apolítica, que defende uma maior representação das mulheres negras na sociedade portuguesa. “Queremos incentivar as mulheres negras a terem uma maior participação na vida política nacional, quer através da sua integração nas estruturas partidárias, quer como candidatas independentes, [assim como] através de um incremento da sua participação eleitoral e cívica”, sublinha a presidenta do INMUNE.
Feministas interseccionais
Joacine Katar Moreira faz questão de realçar que as mulheres do INMUNE definem-se como “feministas interseccionais”, isto é, uma corrente feminista que considera que o racismo ou o colonialismo não podem ser excluídos das reivindicações feministas. No entanto, sublinha, “aquilo que mais afeta as nossas vidas, antes até da questão de género, de sermos mulheres, é a nossa cor de pele”.
“Todas nós já sentimos os efeitos do racismo nas nossas vidas, seja de forma mais velada, seja de forma mais direta, e isso faz com que seja imperativo lutar por uma maior justiça social”, remata.
Devido ao facto de as suas fundadores serem mulheres de diversas áreas de formação, desde realizadoras a professoras, de estudantes a contabilistas, de empresárias a mulheres que, neste momento, se encontram desempregadas, o INMUNE pretende atuar em áreas transversais, que, como adianta Joacine Katar Moreira, podem passar pela escrita de artigos, pela edição de livros, por entrevistas e materiais audiovisuais, sempre com o objetivo de estimular o debate.
Joacine Katar Moreira é a presidenta do INMUNE - Instituto da Mulher Negra em Portugal
© Marlene Nobre
Para tal, a entidade possui oito departamentos para intervir junto das mulheres negras e da comunidade, que vão desde o departamento da sororidade e entreajuda ao departamento da cultura, artes e espetáculos, passando pelo departamento de género, feminismos e questões LGBTQI+ ou pelo departamento da infância e juventude.
Não incluir as nossas perspetivas e ignorar as nossas vozes em questões como a existência de um museu denominado ‘da descoberta’ ou ‘da viagem’ é excluir-nos numa sociedade de que somos parte
O INMUNE está a preparar o plano de atividades anual, que será apresentado durante o próximo mês de setembro, mas a organização adianta que está em curso a preparação de duas conferências, uma sobre feminismo negro e afrocentrado, e outra sobre as identidades negras em Portugal, contando sempre com a ajuda do Facebook para provocar debates e reflexões.
"Faltava no debate público o posicionamento coletivo das negras e negros"
Antes de o INMUNE estar registado oficialmente, as fundadoras da organização propuseram e enviaram uma carta contra a criação de um futuro museu “da descoberta” ou “da viagem”, um projeto do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, que tem gerado uma grande discussão em torno do nome do museu, e que levou a uma primeira carta, assinada por historiadores e cientistas sociais que contestam a designação do futuro museu.
Portugal precisa de lidar com o seu passado colonial pautando pela verdade
Em junho, numa carta intitulada “Não a um museu contra nós”, 100 pessoas negras, incluindo as fundadoras do INMUNE, manifestaram a sua oposição a um “museu construído sobre os ombros do silenciamento da nossa História, com o dinheiro dos impostos de negras e negros deste país”.
“Não incluir as nossas perspetivas e ignorar as nossas vozes em questões como a existência de um museu denominado ‘da descoberta’ ou ‘da viagem’ é excluir-nos numa sociedade de que somos parte importante e para a qual contribuímos todos os dias”, explica Joacine Katar Moreira.
Considerando que “Portugal é um país estruturalmente racista” e que “é importante reconhecermos este facto para que se operem mudanças”, a presidenta do INMUNE nota que “faltava no debate público o posicionamento coletivo das negras e negros sobre esta matéria”.
Esta ausência de debate em torno do passado colonial português, visível, por exemplo, no facto de “um livro 6.º ano de 2016 continuar a considerar ‘escravos’ ‘produtos de grande valor’, e dos mitos criados em torno deste passado, atenuado por teses lusotropicalistas ou de negação da violência do tráfico de pessoas escravizadas, leva o INMUNE a agir.
“É importante explicar que ‘escravos’ são ‘pessoas escravizadas’ e que o serem ‘produtos’ naquela época histórica adveio de ideias racistas e da desumanização dos africanos”, reitera Joacine Katar Moreira. É preciso “mudar a forma como as instituições do Estado e a sociedade em geral lidam com os descendentes destes africanos colonizados”.
Por isso, “Portugal precisa de lidar com o seu passado colonial pautando pela verdade”. Essa é uma das grandes missões do INMUNE: questionar esse passado e estimular o debate sobre o presente e o futuro.
*A responsável faz questão que a designação seja presidenta e não presidente.
NAOM
Com o pleito eleitoral de 18 de novembro no horizonte a Assembleia do Povo Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), afina a máquina e começa a preparar o derradeiro momento, organizando e redimencionando as estruturas do aparelho partidário.
Hoje na sua sede nacional, foram empossados 28 Secretários Nacionais para áreas operacionais e membros do conselho da administração, que irão coadjugar o Secretario Nacional e seus adjuntos nas tarrefas de assegurar a coesão e o regular funcionamento das estruturas partidárias.
No acto, os empossados juraram fidelidade aos princípios superiores do partido.
Presidiu o acto, o 2° Vice-Presidente Doutor Armando Mango, na presença do Secretario Nacional Doutor Juliano Augusto Fernandes, e dos respectivos Secretários Nacionais Adjunto. Texto e Fotos: Sydney Monteiro
ditaduraeconsenso
Obrigado emigrantes se não foram vocês juntamentos com os irmãos aqui na Guiné-Bissau e amigos esta aldeia praticamente estará no total abandono e isolamento total, pois mesmo com os esforços ASSOFAC o governo nem dignou para fazer algo para esta população. Todos vamos dizer algo gratificantes aos nossos bons Filhos em diáspora ou então os emigrantes de Canhob.
Associaçao dos filhos e amigos de Canhob.
A Guiné-Bissau não mudará instantaneamente, só mudará se a sua sociedade política tiver a vontade de mudança que nunca esteve inscrito nos seus curriculuns de governação que apresentam aos cidadãos eleitores nos processos eleitorais que o país já observara ao longo da sua abertura política e democrática.
A sociedade política nacional deve saber que a nossa Guiné-Bissau quer, depois do próximo processo eleitoral de 18 de Novembro deste ano, outro tipo de políticas e outro tipo de políticos.
O grande perigo da nossa sociedade e da democracia nacional é manter outra vez, num cenário pós-eleições legislativas de 18 de Novembro, com uma sociedade política sem capacidade de resposta às necessidades da nossa população. O que fará permanecer, na nossa esfera pública, o fenômeno de radicalização e populismo político que ameaçarão permanentemente a democracia e asfixiarão a sociedade civil conduzindo o país a um retrocesso no seu processo de desenvolvimento económica e social.
Os membros da sociedade política cujo curriculum será ratificado pelos cidadãos eleitores nacionais no próximo processo eleitoral de 18 de Novembro deste ano, devem apostar no fortalecimento da sociedade civil e na educação da nova geração que promovam, num futuro próximo, a melhoria da qualidade das políticas públicas. A implementação de uma verdadeira políticas públicas torna consequentemente o cidadão guineense mais exigente. O que também transforma a nossa sociedade política numa sociedade mais comprometida com o desenvolvimento social mais justo e equitativo na Guiné-Bissau.
A dimensão da inovação social e organizacional serão instrumentos fundamentais para os membros da sociedade política nacional que assumirão a gestão das políticas públicas depois das próximas eleições legislativas. Adicionar a inovação social com a inovação organizacional permitirá os membros do próximo governo saída das eleições legislativas apropriação de um real processo de desenvolvimento inclusivo que será favorável às mudanças sociais nas organizações sem fenómenos de radicalismo social e política.
Os membros da próxima sociedade política nacional que governará a Guiné-Bissau devem apropriar do nosso processo do desenvolvimento. Não devem, como acontecia com sucessivos membros de governos dos anos transactos, delegar aos nossos parceiros de desenvolvimento a sua responsabilidade de desenvolvimento do país. Se assim for, não conseguirão jamais promover o tão desejável desenvolvimento inclusivo que o país precisa como pão para boca. Aliás, diga-se em boa verdade, nas próximas dêcadas a Guiné-Bissau precisa mais de um processo do desenvolvimento inclusivo e não de um governo inclusivo de amoquismo político que obstaculiza a implementação das novas políticas públicas.
Uma política pública do desenvolvimento inclusivo só é sustentável na Guiné-Bissau quando a nossa sociedade política nacional apropriar do nosso processo do desenvolvimento porque, só assim é que a inovação social e organizacional poderão fazer partes integrantes do processo de apropriação. Temos, antes, de apropriar do processo do desenvolvimento para podermos ser inclusivos. Aliás, diga-se, em boa verdade, as causas da nossa fragilidade na gestão de desenvolvimento e da democracia nacional tem a sua residência na inovação social e organizacional. Porque, na verdade, a inovação social e organizacional consistem em encontrarmos soluções para resolver os problemas sem violar as regras pré-estabelecidas para o funcionamento da ordem pública e social.
Os membros da sociedade política nacional que governarão a nossa Guiné-Bissau, depois das legislativas de 18 de Novembro de 2018, devem ser capazes de convencer os nossos parceiros de desenvolvimento a aceitar ajuda ao orçamento em vez de ajuda por projecto. Ajuda por projecto não será eficiente, uma vez que entre a identificação do projecto e a sua realização passam, por vezes, mais de que cinco anos. Quando se chega aos cinco anos a situação que se queira modificar com o projecto já era diferente. Ajuda ao orçamento é mais eficiente que ajuda aos projectos, porque permite acelerar o desenvolvimento das políticas públicas sem modificar a situação do projecto.
António Nhaga
Director Geral
angloria.nhaga@gmail.com
No quadro do processo de lançamento de um novo Programa de Fortalecimento da Família (PFF), financiado pela SOS Holanda e destinado à promoção dos Direitos da Criança em 3 (três) comunidades da Região de Cacheu, concretamente, nos Sectores de Canchungo e Cacheu, a Direção Nacional das Aldeias de Crianças SOS da Guiné-Bissau pretende contratar um Consultor, nacional ou estrangeiro,para a elaboração de uma Proposta de Programa (Program Proposal), devendo os concorrentes, além de profundos conhecimentos sobre os Direitos da Criança, possuir o seguinte perfil:
• Competência e experiência comprovadas para conduzir os inquéritos sobre os Direitos da Criança;
• Uma boa compreensão do trabalho de desenvolvimento comunitário e do sistema de proteção social e comunitário do país;
• Uma boa compreensão da desinstitucionalização e do cuidado alternativo das crianças;
• Excelentes competências analíticas, de pesquisa e de redação de relatórios;
• Boas competências de facilitação e de comunicação;
Ainda, seria desejável que os concorrentes tenham:
• Uma formação em ciências sociais ou em outro domínio conexo;
• Um conhecimento razoável da organização Aldeias de Crianças SOS.
Os concorrentes devem apresentar os seguintes documentos:
• Carta de intenção dirigida ao Diretor Nacional da SOS Guiné-Bissau;
• Fotocópia do Bilhete de Identidade ou do Passaporte, com prazos válidos;
• Cópia credível dos diplomas ou certificados profissionais;
• Curriculum Vitae.
Os/as concorrentes poderão obter mais informações e/ou esclarecimentos, incluindo os Termos de Referência na Direção Nacional de Coordenação SOS, em Bissau ou solicitando-os através do seguinte endereço eletrónico: domingos.francisco@sosbissau.org
As candidaturas podem ser submetidas eletronicamente em formato PDF e enviadas até o dia 17 de Agosto de 2018, às 12 horas para o seguinte endereço eletrónico: nelson.medina@sosbissau.org, com CC para joao.ferreira@sosbissau.org e domingos.francisco@sosbissau.org
Em caso de impossibilidade de envio eletrônico das candidaturas, os concorrentes podem dirigir-se para:
DIRECÇÃO NACIONAL DE COORDENAÇÃO
Aldeias de Crianças SOS Guiné Bissau
Rua D. Settimio Arturo Ferrazzetta
(Estrada de Granja) B.P: B 696 Bissau
Guiné-Bissau
Tel: +245/95 606 98 76
Encorajamos as candidaturas femininas e oferecemos honorários compatíveis com a tarefa, assim como, a oportunidade de prestar serviço para uma ONG reconhecida e de boa reputação.
Bissau, 7 de Agosto de 2018
A Direção Nacional,
Amor e um lar para cada criança
OdemocrataGB
A equipa de especialistas em oftalmologia, estiveram 12 dias na Guiné-Bissau e fizeram inúmeras consultas aos pacientes nacionais com problemas oftalmológicos, foram realizadas cerca de 216 cirurgias com sucesso aos pacientes oriundos de várias regiões do nosso país.
A equipa médica chinesa também deu formação aos técnicos nacionais.
O nosso muito obrigado!
José Mário Vaz - Presidente da Republica da Guiné-Bissau
A qualidade das obras executadas por empresas chinesas em Angola deixa muito a desejar. Estradas, hospitais e casas apresentam muitos problemas em pouco tempo de duração. Falta fiscalização e a corrupção continua.
Centralidade do Kilamba, em Luanda
Com o fim da guerra em 2002, Angola solicitou uma linha de crédito à China avaliada em cerca de 60 mil milhões de dólares para a reconstrução nacional. Dívida que tem sido paga com petróleo angolano.
Para a construção de infraestruturas sociais, a mão de obra, as empresas e algum material vieram do gigante asiático. "A matriz chinesa é comunista e não prima pela qualidade, mas pela satisfação das necessidades de todos. A construção obedeceu a uma regra no sentido de construir quantidade. E quando construímos em quantidade, o preço é baixo e a qualidade também é menor", explica David Kissadila, especialista em políticas públicas.
As linhas rodoviárias e ferroviárias construídas pelas empresas chinesas em Angola, apesar de permitirem a circulação de pessoas em bens, são de péssima qualidade, comenta o politólogo João Locombo.
"Só demonstra que o processo de fiscalização das obras públicas levado a cabo até então foi um processo falhado. Isso engloba não só as habitações como as próprias estradas", destaca.
"Temos vindo a ver a necessidade de se reconstruir de dois em dois anos a mesma estrada em que ontem se gastou milhões e milhões e nem sequer tem cinco anos de existência", afirma o especialista.
Não faltam exemplos de má construção
As centralidades do Sequele e do Kilamba, em Luanda, apresentam problemas de infiltração de água, deficiência das redes técnicas e fissuras. A estrada que liga Luanda ao Huambo é outro dos exemplos do mau trabalho efetuado pelos chineses.
O Hospital Geral de Luanda teve de ser demolido em 2010, apenas quatro anos depois da sua inauguração. Também as linhas férreas construídas têm baixa taxa de operacionalidade.
Davida Kissadila diz que os efeitos da má qualidade das obras já se sentem - basta ver as várias reportagens que têm sido feitas sobre as centralidades. "Os materiais utilizados não são de primeira linha em termos de industrialização. As reparações e as manutenções são constantes porque o material utilizado não é de grande qualidade. Vemos isso nas fechaduras, nos mosaicos, nas paredes", explica.
O analista aponta também a corrupção como estando na base da fraca qualidade das obras. "Todos se aproveitam dos negócios do Estado para se enriquecer", lembra. "Aqui legalizou-se os 10% dos contratos das empreitadas. Quer dizer que quando uma empresa assinava um contrato de investimento tinha a obrigação de devolver mais 10% ao Estado".
DW
O embaixador da República Popular da China no país, Jin Hongjun, reafirma que a área de saúde continua a ser fundamental na cooperação com a Guiné-Bissau
O diplomata chinês falava, esta quinta-feira (09), depois do encontro com o chefe de Estado guineense, José Mário Vaz. Em cima da mesa estava o evoluir da operação gratuita de catarata que a equipa medica Chinesa denominada “viagem de caridade” realiza, neste momento, no país.
Para Jin a escolha foi feita na sequência das “preocupações” das autoridades guineenses em relação a promoção da saúde pública.
“Vamos voltar a mandar as equipas chinesas como aconteceu a quando do surgimento da Ébola. Além de manter aqui uma equipa médica chinesa permanente, desta vez, vamos continuar no esforço de trazer mais equipas médicas chinesas quando necessário e conforme as capacidades económicas que a parte chinesa dispõe”, promete.
Por outro lado, Jin diz que a equipa medica Chinesa, que se encontra pela primeira vez na sub-região e nos PALOP, conseguiu realizar com sucessos os trabalhos operando mais de duas centenas de pessoas.
“A equipa que esteve aqui durante doze (12) dias conseguiu fazer exames em mais de 400 doentes oriundos de quase toda a Guiné-Bissau e chegaram a fazer 216 cirurgias e todas decorreram com grande sucesso e além disso todos os equipamentos que trouxemos da China vamos doar ao governo da Guiné-Bissau que ronda mais de 165 milhões de francos cfa. Durante os doze dias conseguimos formar técnicos nacionais que já podem continuar a resolver o problema dos doentes que sofrem de cataratas na Guiné-Bissau”, explica.
Apoio às eleições
Entretanto, na mesma ocasião, interrogada se a República da China já recebeu o convite para apoiar as eleições legislativas de 18 de Novembro, o embaixador Chinês confirma que o seu país já entregou ao Estado guineense “uma pequena parte” mas em termos de materiais.
“Espero que possamos, dentro das nossas capacidades, poder satisfazer uma outra parte dos pedidos. Vamos continuar a ajuda”, promete.
As eleições legislativas estão marcadas para daqui a pouco mais de três meses e o processo de recenseamento começa a 23 de Agosto corrente e o governo ainda continua a carecer de kits desejados para o processo. Enquanto isto os partidos políticos estão a acusar uns aos outros pelo não interesse no cumprimento do calendário eleitoral.
Por: Elisangila Raisa dos Santos / Braima Siga
radiosolmansi.net
O Tribunal de Justiça da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) condenou o Estado da Guiné-Bissau a pagar uma indemnização à família do antigo Presidente "Nino" Vieira, refere a Liga Guineense dos Direitos Humanos.
Numa publicação nas redes sociais, a Liga Guineense dos Direitos Humanos refere que o "Tribunal de Justiça da CEDEAO condenou a 24 de maio de 2018 o Estado da Guiné-Bissau a pagar uma indemnização de 40 milhões de francos cfa [cerca de 61 mil euros] a uma parte da família do malogrado João Bernardo 'Nino' Vieira".
O antigo Presidente guineense João Bernardo "Nino" Vieira foi assassinado a 02 de março de 2009, horas depois de o chefe das Forças Armadas do país, general Tagmé Na Waie, ter sido morto numa explosão, ocorrida no Estado-Maior. Até hoje, ninguém foi condenado pelo assassínio dos dois homens.
"Independentemente de eventuais erros ou vícios deste processo, trata-se de um aviso sério ao Estado guineense sobre as suas responsabilidades no combate à impunidade", sublinha a Liga.
Na publicação, a organização não-governamental refere também que é "inaceitável" que nove anos depois dos "acontecimentos macabros", a justiça guineense não tenha identificado os atores "morais e materiais".
No final de dezembro de 2017, o Procurador-Geral da República da Guiné-Bissau, Bacari Biai, mandou arquivar o processo de investigações ao assassínio do antigo Presidente, em obediência a uma ordem judicial.
Segundo Bacari Biai, o processo foi arquivado porque o Supremo Tribunal de Justiça (que também tem funções de Tribunal Constitucional) mandou que seis depois do início de qualquer investigação em curso no Ministério Público ou há uma acusação ou o processo é arquivado.
Em outubro de 2017, a antiga mulher de 'Nino' Vieira, Nazaré Vieira, disse, em entrevista, que tinha exigido um julgamento para explicar as circunstâncias da morte do marido e que tinha apresentado uma queixa no Tribunal de Justiça da CEDEAO.
Por NAOM
O vencimento de Marcelo é o valor de referência para os salários de todos os autarcas e presidentes de Junta do país. O ECO fez as contas e diz-lhe quanto ganham esses políticos.
Quanto ganha o Presidente da República? No seu primeiro ano nesse cargo, Marcelo Rebelo de Sousa adiantou, descontraído, que ser chefe de Estado não é uma posição propriamente lucrativa, dizendo que o seu salário não é pequeno, mas “justo”. “Tenho de gerir com muito cuidado a [minha] economia”, acrescentou, no entanto, o político, já que, afinal, tem de dar o exemplo de “parcimónia” nas Finanças.
Ainda que tenha dito que não recebe o suficiente para comprar obras de arte caras — isto, durante uma visita à exposição que marcou os 60 anos da Liga Portuguesa de Deficiente Motores — o Presidente da República aufere, todos os meses, o montante que serve de referência para o estabelecimento dos rendimentos dos demais titulares de cargos políticos, do presidente de junta de freguesia ao primeiro-ministro.
Em cada um desses degraus da escada que termina com o vencimento de Marcelo Rebelo de Sousa, muitas são as nuances que fazem emagrecer e engordar os salários dos responsáveis. O ECO reuniu aqui todos esses detalhes para que mate a curiosidade e fique a saber quanto ganha o seu presidente da junta de freguesia, o autarca que lidera o seu município e, é claro, o chefe de Estado.
1. Quanto ganha um presidente de junta?
Na sua grande maioria, os presidentes das juntas de freguesia portuguesas não são remunerados.
Das mais de três milhares de juntas de freguesia espalhadas por todo o território lusitano, pouco mais de 13% reúnem efetivamente as características certas para verem os seus líderes remunerados pelo Orçamento do Estado.
Como dita o velho ditado, receber um salário à custa de ocupar tal cargo não é para quem quer… é para quem tem nas mãos uma freguesia com as condições certas. Para começar, só podem assumir essa posição a tempo inteiro, os políticos que liderem freguesias com mais de 10 mil eleitores ou com sete mil eleitores numa área de 100 quilómetros quadrados. Ou seja, apenas 224 das 3.091 freguesias nacionais podem ter presidentes em permanência, garante o Portal Autárquico.
Destes políticos, aqueles que têm controlo das rédeas de freguesias com mais de 10 mil eleitores, mas menos de 20 mil recebem, no final do mês, o equivalente a 22% do vencimento de Marcelo Rebelo de Sousa, isto é, 1.678,67 euros. Já aqueles que lideram freguesias com mais de 20 mil eleitores ganham 25% do salário referido, ou seja, 1.907,58 euros.
A estes rendimentos somam-se despesas de representação — correspondentes a 30% das respetivas remunerações (503,60 euros, no primeiro caso, e 572,27 euros, no segundo) — dois subsídios extraordinários anuais iguais à remuneração (em junho e novembro), segurança social e subsídio de refeição.
Por outro lado, caso a freguesia tenha pelo menos cinco mil eleitores e menos de 10 mil ou 3.500 numa área de 50 quilómetros quadrados, fica em cima da mesa a possibilidade do político eleito assumir o cargo em questão a tempo parcial.
Nessas situações, as remunerações são obviamente mais baixas: o equivalente a 10% do vencimento de Marcelo Rebelo de Sousa é concedido, mensalmente, aos presidentes de Junta com mais de cinco mil eleitores mas menos de 20 mil, isto é, 763,03 euros; aqueles que comandam freguesias com mais de duas dezenas de milhares de votantes recebem, por sua vez, 12% do rendimento referido, ou seja, 915,64 euros.
2. Quanto ganha um presidente de câmara?
Medina e Moreira são os autarcas que mais ganham em todo o país.TIAGO PETINGA / LUSA 26 junho, 2017
É em Lisboa e no Porto que os autarcas mais ganham. O valor fixado é o equivalente a 55% do vencimento do Presidente da República, ou seja, 4.196,68 euros. Esse montante sofre, contudo, uma redução de 5% ao abrigo da Lei nº 47/201 de 7 de setembro e passa, todos os meses, para 3.986,85 euros.
Nos demais municípios, os salários são relativamente mais magros: os líderes de câmaras com 40 mil ou mais eleitores auferem 50% do rendimento de Marcelo, isto é, 3.815,17 euros (3.624,41 euros com o corte referido); para autarquias com pelo menos 10 mil eleitores mas menos de 40 mil, o salário fixado para o cargo em causa é o equivalente a 45% do do Presidente da República, portanto 3.433,65 euros (3.261,97 euros com o corte assinalado). Por fim, para todas as outras situações, isto é, municípios mais pequenos, o salário é o correspondente a 40% do de Marcelo, ou seja, 3.052,13 euros (2.899,52 euros com o corte referido).
Em todos estes casos, acrescem dois subsídios extraordinários, ajudas de custo, subsídio de transporte, segurança social, viatura municipal e despesas de representação correspondentes a 30% das respetivas remunerações: 1.196,06 euros, no caso dos autarcas de Lisboa e do Porto; 1.087,32 euros para líderes de câmaras com 40 mil ou mais eleitores; 978,59 euros para líderes de câmaras com pelo menos 10 mil eleitores (mas menos de 40 mi); e 869,87 euros para todas as outras situações.
3. Quanto ganha o Presidente da República?
Vencimento do Presidente da República ultrapassa os sete mil euros mensais.Paula Nunes / ECO
Depois de tantas contas e degraus, resta saber qual é, de facto, o valor que ocupa o topo da escada e entra, todos os meses, na conta bancária de Marcelo Rebelo de Sousa. O vencimento do Presidente da República é regido por uma lei especial e está fixado nos 7.630,33 euros.
Com a redução de 5% que é exigida, por lei, a todos os titulares de cargos políticos, o salário em causa emagrece para 7.248,81 euros. A esse montante somam as despesas de representação — correspondentes, segundo a lei nº 26/84 de 31 de julho, a 40% da remuneração referida, isto é, 2.899,52 — e, é claro, o direito a uma viatura e residência oficiais.
Quanto custa produzir uma bola de Berlim? Os portugueses bebem muita cerveja? Quanto ganha um motorista da Uber? E um presidente de junta? A quem é que Portugal deve mais dinheiro? 31 dias e 31 perguntas. Durante o verão, o ECO preparou a “Sabia que…”, uma rubrica diária para dar 31 respostas.
sapo.pt
Neste estabelecimento de ensino, com cerca de 600 alunos, a falta de equipamento nas salas de aula exigia que até agora as crianças levassem o seu banquinho de casa para se sentarem a aprender.
O ano letivo 2018/2019 vai começar com a escola de cara lavada e com as crianças com condições bem melhores ara estudar.
Só por isso valeu a pena todo o esforço!
Barco que liga Bissau a Enxudé
Na entrada do barco
As secretárias bem acomodadas no barco
A chegada do material a Bissassema
Secretárias prontas a equipar as salas de aula
Descarga das secretárias e viagem até à sala de aula.
Afectos com Letras com Isabel Fona, diretora da Escola de Bissassema; — com Joana Benzinho, Beatriz Candeias e Isabel Fona.
Sala 1 equipada
Sala 2 equipada
Sala 3 equipada
#footfest2018 #afectoscomletras #guinebissau #ongd #escolaeuropeiabruxelas
Afectos Com Letras ONGD
Pessoas que só reclamam podem sugar toda a sua energia. Esteja alerta!
Os problemas são uma parte natural da vida, acontecem conosco, nossos amigos, entes queridos, até mesmo com as pessoas que consideramos incrivelmente sortudas.
Frequentemente, as pessoas em nossas vidas compartilham suas reclamações sobre algo ou alguém conosco. Por um lado, isso é natural, elas estão buscando uma maneira de aliviar a tensão. Por outro lado, no entanto, se convivemos a todo momento com pessoas que apenas reclamam, nossas energias acabam se esgotando.
Mostrar preocupação é bom e saudável, mostra para as pessoas que nos importamos com sua felicidade. Entretanto, precisamos também pensar em nós mesmos, em como a convivência constante com a negatividade pode nos prejudicar.
Estabelecer limites não é fácil. Não queremos que nossos amados nos percebam como egoístas ou insensíveis. Portanto, para evitar os conflitos, é importante ser capaz de identificar as situações tóxicas, compreender como elas podem influenciar nossas vidas e lidar com elas de forma sábia.
Porque é vital evitar as reclamações
Muitas vezes, as pessoas que vivem um padrão constante de reclamação enxergam a si mesmas como vítimas da situação, e não tomam uma atitude para mudar suas vidas.
Por muito tempo, nos sentimos tristes pelos infortúnios da outra pessoa, e buscamos muitas maneiras de ajudá-la a superar suas dificuldades. No entanto, com o passar do tempo percebemos que o problema não está no resto do mundo, mas sim na própria pessoa, na maneira como ela resolve se comportar diante da vida.
O que acontece conosco quando ouvimos constantemente as reclamações de alguém
As pessoas viciadas em reclamar possuem a habilidade de criar sentimentos de pena nos interlocutores, que, muitas vezes, começam a perceber os seus problemas dessas pessoas como seus próprios.
Isso, além de sugar uma grande quantidade de energia dessas pessoas, muda sua atitude. Dessa maneira, sua felicidade e realização começa a depender de como seus amigos “reclamões” estão se saindo na vida.
Sentimentos como frustração, culpa e tristeza começam a ser presente na vida dessas pessoas, resultando em alterações hormonais no cérebro que causam consequências negativas como:
- Desequilíbrio emocional
- Dificuldades para resolver problemas próprios
- Deterioração da concentração
- Pensamentos negativos
O que fazer para evitar os “reclamões”?
Essas pessoas não sabem lidar com as fases difíceis da vida e vivem em um estado constante de frustração e culpa, usando suas energias para reclamar, ao invés de buscar solucionar seus problemas. Você pode sim fazer sua parte para ajudá-las, mas é importante manter em mente sua própria qualidade de vida.
Se perceber que suas tentativas de ajudar são em vão, o melhor a fazer é afastar-se e se concentrar no seu próprio sucesso.
Abaixo estão listados 4 comportamentos que nos ajudam a nos afastar dos reclamões:
1. Mantenha uma distância saudável
Quando você perceber que essas pessoas estão tentando manipulá-lo com seu comportamento de vítima, escolha manter uma distância saudável para não ceder a seus comportamentos tóxicos.
Se você se recusar a ouvir suas queixas constantes, elas perceberão que você não está disposto a receber suas energias negativas.
2. Seja franco com a pessoa sobre sua situação
Algumas pessoas só aprendem suas lições através da sinceridade. Então, se você chegou no seu limite, seja franco em relação à atitude da outra pessoa, mostrando que ela tem total responsabilidade sobre sua vida e sua situação atual.
Tente não absorver as questões pessoais dessa pessoa para si mesmo. Todos somos responsáveis pelas nossas próprias vidas.
3. Não demonstre “fraqueza”
Não se esqueça: na maioria das vezes, você estará lidando com um manipulador. Dessa maneira, é fundamental manter-se sério e firme em sua posição.
Certamente você sentirá empatia pela pessoa, mas mantenha o controle e transfira a ela a responsabilidade por sua própria vida.
4. Defina limites
Você tem direito a seu espaço pessoal. É você quem define até onde essa pessoa vai com suas reclamações. Defina limites e não permita que sua compaixão o faça perder o controle.
Se for necessário, coloque um ponto final na situação. Afinal, a responsabilidade de cuidar de sua saúde emocional e mental é apenas sua.
Você tem alguma pessoa reclamona em sua vida? Não permita ser afetado por sua negatividade! Siga os passos acima e cuide de sua qualidade de vida!
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Osegredo.com.br
Pelo menos vinte e duas pessoas morreram no Níger e cerca de 50 mil foram afetadas pelas inundações que atingiram o país, anunciaram na quarta-feira as autoridades.
"Até ao dia 06 de agosto, temos registo de pelo menos 49.845 pessoas afetadas (...) e, infelizmente, de 22 mortos", lamentou o ministro da Ação Humanitária, Laouan Magadji.
Em meados de julho, o balanço das Nações Unidas apontava para 13 mortos e 17 mil pessoas afetadas pelas chuvas torrenciais no Níger.
De acordo com o ministro, as inundações destruíram 3.131 casas e 3.902 hectares de plantações. Além disso, 26.344 cabeças de gado foram dizimadas e 33 poços de água potável danificados.
As áreas mais afetadas pelo clima são Maradi (centro-sul), Diffa (sudeste), Zinder (centro-leste), Tahoua (oeste).
Na capital, Niamey, as fortes chuvas registadas desde o início da semana deixaram sem casa pelo menos duas mil pessoas, a quem o Governo e várias instituições já distribuíram alimentos, roupas e mosquiteiros, garantiu o ministro.
Apesar da curta duração da estação chuvosa - não mais do que três meses - e da baixa pluviosidade, o país tem enfrentado inundações recorrentes nos últimos anos, inclusive nas áreas mais desérticas do Norte.
Um paradoxo neste estado muito seco, onde as colheitas fracas são geralmente causadas pela seca.
Em 2017, 56 pessoas, incluindo 20 em Niamey, morreram devido a inundações que afetaram mais de 206 mil pessoas, segundo a ONU.
Este ano, as autoridades anunciaram a conclusão da construção de várias represas para proteger milhares de habitantes da capital das inundações causadas pela inundação do rio Níger.
NAOM
O Ministério das Obras Públicas, Construções e Urbanismo anuncia a suspensão de trabalhos de manutenção pontual das principais artérias da capital e algumas vias do interior da Guiné-Bissau.
Em comunicado, este departamento governamental informa que a suspensão dos trabalhos tem a ver com as fortes chuvas que se fazem sentir nos últimos dias em todo o território nacional.
Mesmo com esta situação de ordem climatérica, o Ministério das Obras Públicas disse estar determinado a cumprir com os objetivos traçados no programa de manutenção das estradas, logo que as condições estejam reunidas retomar-se-ão as obras interrompidas.
Outrossim, a equipa ministerial das Obras Públicas diz estar também fortemente empenhada a trabalhar, de forma a garantir a melhor trafego rodoviárias do país.
cfm87.net
A Federação das Associações de Defesa e Promoção dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Guiné-Bissau considera vergonhosa e cruel a violação sexual de uma pessoa deficiente mental na região de Biombo, norte do país.
Uma situação denunciada dia 7 de agosto pela sua sobrinha da vítima a Capital FM, rádio notícias.
Em comunicado enviado esta quarta-feira a Capital FM, a organização da defesa e da promoção dos direitos das pessoas deficientes no país, exige das autoridades administrativas regionais daquela zona no sentido de investigarem apurar os autores do crime e que os mesmos sejam traduzidos a justiça e consequentemente responsabilizados pelos seus atos.
A terminar, Federação das Associações de Defesa e Promoção dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Guiné-Bissau a solicitou a assistência medica as autoridades sanitárias de Biombo a favor da vítima, a fim de minimizar o sofrimento que assola Anastácia da Silva Cá.
cfm87.net
Num novo relatório, os cientistas defendem que as árvores urbanas são uma importante estratégia para a melhoria da saúde pública nas cidades.
Ese as cidades conseguissem, com uma só medida, reduzir a obesidade e a depressão, aumentar a produtividade e o bem-estar e diminuir a incidência de asma e doenças cardíacas nos seus habitantes? As árvores urbanas oferecem todos estes benefícios e muito mais: filtram o ar, ajudando a remover as partículas finas emitidas pelos carros e fábricas, retêm a água da chuva e diminuem as despesas com o aquecimento.
Num novo relatório, realizado pela organização The Nature Conservancy, os cientistas defendem que as árvores urbanas são uma importante estratégia para a melhoria da saúde pública nas cidades, devendo ser financiadas como tal.
“Há muito tempo que vemos as árvores e os parques como artigos de luxo; contudo, trazer a natureza de volta para as cidades é uma estratégia crítica para se melhorar a saúde pública”, disse Robert McDonald, cientista da The Nature Conservancy e coautor do relatório.
Todos os anos, entre três e quatro milhões de pessoas morrem, em todo o mundo, devido à poluição atmosférica e aos seus impactos na saúde humana. A poluição do ar aumenta o risco de doenças respiratórias crónicas, havendo estudos que a associam ainda às doenças cardiovasculares e ao cancro. As ondas de calor nas zonas urbanas também fazem milhares de vítimas, por ano. Vários estudos têm demonstrado que o arvoredo urbano pode ser uma solução eficaz em termos de custos para ambos estes problemas.
Apesar de todos os estudos que documentam os benefícios dos espaços verdes, muitas cidades ainda não veem a ligação entre a saúde dos moradores e a presença de árvores no ambiente urbano.
Robert McDonald defende a necessidade da cooperação entre diferentes departamentos e a inclusão da natureza nos debates sobre ordenamento urbano.
“Não é suficiente falar-se apenas das razões que tornam as árvores tão importantes para a saúde. Temos de começar a discutir as razões sistemáticas por que é tão difícil para estes sectores interagirem – como o sector florestal pode começar a cooperar com o de saúde pública e como podemos criar ligações financeiras entre os dois”, disse o investigador.
“A comunicação e a coordenação entre os departamentos de parques, florestas e saúde pública de uma cidade são raras. Quebrar estas barreiras pode revelar novas fontes de financiamento para a plantação e gestão de árvores.”
O cientista dá como exemplo a cidade de Toronto, onde o departamento de saúde pública trabalhou em conjunto com o florestal para fazer frente à ilha de calor urbano. Como muitos edifícios em Toronto não possuem ar condicionado, os dois departamentos colaboraram de forma a colocarem, estrategicamente, árvores nos bairros onde as pessoas estão particularmente vulneráveis ao calor, devido ao seu estatuto socioeconómico ou idade.
O relatório diz ainda que o investimento na plantação de novas árvores – ou até na manutenção das existentes – está perpetuamente subfinanciado, mostrando que as cidades norte-americanas estão a gastar menos, em média, no arvoredo do que nas décadas anteriores. Os investigadores estimaram que despender apenas $8 (7€) por pessoa, por ano, numa cidade dos EUA, poderia cobrir o défice de financiamento e travar a perda de árvores urbanas e dos seus potenciais benefícios.
Outros trabalhos também têm mostrado que o arvoredo urbano tem um valor monetário significativo. Segundo um estudo do Serviço Florestal dos EUA, cada $1 gasto na plantação de árvores tem um retorno de cerca de $5,82 em benefícios públicos.
Num outro estudo, uma equipa de investigadores da Faculdade de Estudos Ambientais da Universidade do Estado de Nova Iorque concluiu que os benefícios das árvores para as megacidades tinham um valor médio anual de 430 milhões de euros (505 milhões de dólares), o equivalente a um milhão por km2 de árvores. Isto deve-se à prestação de serviços como a redução da poluição atmosférica, dos custos associados ao aquecimento e arrefecimento dos edifícios, das emissões de carbono e a retenção da água da chuva.
Com demasiada frequência, a presença ou ausência de natureza urbana, assim como os seus inúmeros benefícios, é ditada pelo nível de rendimentos de um bairro, o que resulta em desigualdades dramáticas em termos de saúde. De acordo com um estudo da Universidade de Glasgow, a taxa de mortalidade entre os homens de meia-idade que moram em zonas desfavorecidas com espaços verdes é inferior em 16% à dos que vivem em zonas desfavorecidas mais urbanizadas.
Para Robert McDonald, a chave é fazer-se a ligação entre as árvores urbanas e os seus efeitos positivos na saúde mental e física. “Um dos grandes objetivos deste relatório é fazer com que diversos serviços de saúde vejam que deviam estar a participar na discussão para tornar as cidades mais verdes”, declarou. “As árvores urbanas não podem ser consideradas um luxo, dado que constituem um elemento essencial para uma comunidade saudável e habitável e uma estratégia fundamental para a melhoria da saúde pública.”
theuniplanet.com
A ocasião serviu para apresentarem as suas dificuldades a nível das instalações na região de Quinara.
O ministro prometeu resolver o assunto com mais rapidamente possível.
Fonte: Cabral Ka Murri