[Publi-reportagem] A Administração da Empresa “Água Vida”, que comercializa água potável em embalagem plástica, responsabilizou segunda-feira, 13 de agosto 2018, as autoridades ambientais pelo prejuízo causado à empresa. Os danos, segundo a empresa, são estimados em 45 milhões de francos cfa. A empresa adianta ainda que a direção-geral do Ambiente a acusou de “embalar água no saco plástico impróprio nocivo à vida humana”, pelo que mandou prender o rolo da embalagem de saco plástico utilizado pela empresa através de uma viatura de remoção de lixos da Câmara Municipal de Bissau.
Os responsáveis da empresa alegam que o empreendimento detém todos os documentos necessários “emitidos pelas autoridades guineenses” que “comprovam que sacos plásticos em causa estão em condições e não têm nenhum problema que prejudique ou que põe em causa a vida dos consumidores”.
Simplício Upa Correia, Contabilista da Empresa “Água Vida”, disse na sua comunicação que o que está a acontecer com a empresa “não passa de uma sabotagem e a tentativa de eliminar a concorrência”.
Correia explicou que depois da chegada do contentor com sacos plásticos, uma amostra que foi “submetido à direção-geral do ambiente” para teste. Acrescenta neste sentido que depois de teste que durou três dias, concluiu-se que sacos plásticos importados pela empresa “eram apropriados para embalagem da água comercializada pela empresa”.
“Sinceramente fomos surpreendidos com a apreensão dos sacos através de um documento judicial que ordena a recolha de todos os sacos plásticos, alegando que de acordo com o teste feito, o produto que usamos era inapropriado para o uso pretendido. É o mesmo saco que o ambiente já tinha examinado e comprovado o seu uso, portanto isso deixa-nos a chegar à conclusão que é um ato de sabotagem”, notou.
Assegurou ainda que a empresa apresentou igualmente aos agentes do ambiente, o documento recebido da parte do Ministério da Saúde Pública, que aprova o uso da embalagem plástica. Sustenta que “mesmo com esse documento, os agentes retiraram-nos dos todos os plásticos, depois o carro usado para transportar os plásticos não apresentava mínimas condições higiénicas, porque estava sujo”.
“Quando abordei o inspetor sobre a nova decisão de nos retirar os sacos plásticos com alegações de que eram impróprios para embalar água, ele respondeu-me que a decisão anterior que autorizava o uso de sacos era para facilitar que o contentor fosse despachado. Imaginem se fosse um produto prejudicial que punha em risco a vida das pessoas deixaria que matasse muitas pessoas e depois mandar recolhê-lo…”, questionou.
O advogado da Empresa, Tiago Banca, explicou por seu lado que a direção-geral do ambiente degradou a imagem da Empresa “Água Vida” e, ao mesmo tempo, causou enormes prejuízos técnicos e financeiros estimados em milhões de francos cfa, tendo em conta a sua capacidade de produção diária. No entanto, afirmou neste particular que a empresa tem “documentos comprovativos” da autorização para trabalhar com os referidos rolos de plásticos emitidos pela Secretária de Estado do Ambiente, através da sua direção-geral.
“O despacho do Ministério Público ordena apenas a apreensão de sacos plásticos nos armazéns e, não nas fábricas e nem nas empresas, mas a grande verdade é que a Empresa ‘Água Viva’ não é armazém, mas sim uma fábrica de embalagem de água que tem todos os documentos de autorização que a permite trabalhar e não só, como também é uma empresa que cumpre com as suas obrigações de pagamento de todas as taxas exigidas pelas autoridades nacionais, portanto não pode ser prejudicada desta forma apenas para eliminar a concorrência. Temos documentos dos responsáveis pelo regulamento do sector para a produção e venda da água e garantiram que as embalagens utilizadas pela empresa não põem em causa a saúde pública”, insistiu.
Frisou ainda que se os instrumentos utilizados pela fábrica fossem inapropriados para o consumo humano, portanto não seria permitido a sua importação porque foram analisados antes para apurar se não põe em cauda ou não a saúde pública.
Uma das funcionárias da empresa, Hélia Pires, disse que foram obrigados a parar a produção de água embalada por duas semanas sem um justificativo convincente. No entanto, avançou que a empresa vai levar à justiça a Secretaria de Estado do Ambiente pelos prejuízos causados à empresa. Segundo a mesma funcionária, a empresa possui condições exigidas muito melhor do que as outras empresas concorrentes.
“Portanto, a direção do ambiente fez saber que existem três empresas que não têm sacos de embalagem óxidos biografáveis, mas do momento somos a única empresa fechada e onde estão as outras”, questionou.
Empresa “Água Vida” conta no momento com cinco (5) funcionários efetivos e 25 contratados. A empresa produz diariamente mais de mil embalagens de água distribuída às regiões e aos clientes da capital Bissau e que corresponde a uma soma de 625 mil francos cfa.
Por: Assana Sambú
Foto: AS
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