quinta-feira, 7 de setembro de 2023

RELATÓRIO: Rússia e China minam democracia em África e elevam cleptocracia

© Reuters

POR LUSA   07/09/23 

O novo relatório do Fórum Internacional de Estudos Democráticos aponta que a Rússia e a China têm reforçado as redes cleptocráticas em África e minado a democracia nesse continente, com destaque para o papel do grupo Wagner nesse processo.

Num debate virtual organizado pelo Fundo Nacional para a Democracia, uma organização não-governamental norte-americana que visa promover a democracia noutros países, vários especialistas abordaram hoje as conclusões do relatório e apontaram como Pequim e Moscovo têm desempenhado "um papel crucial na viabilização da cleptocracia" em toda a África Subsariana.

Para JR Mailey, especialista da Iniciativa Global Contra o Crime Organizado Transnacional, o grupo mercenário russo Wagner posicionou-se como "tudo aquilo o que um Governo cleptocrata poderia querer e precisar".

"O Wagner é, de certa forma, um estudo de caso único porque tudo o que eles fornecem é uma espécie de kit de ferramentas rápido e sujo para se sobreviver como uma cleptocracia isolada(...). Simplesmente foram enviados instrutores para ajudar a reforçar a capacidade de um Governo para a segurança orientada para o regime, é disso que se trata universalmente. Eles ajudam a influenciar a opinião pública e não de forma a suavizar corações e mentes, mas, num sentido mais amplo, minam a capacidade dos adversários", disse Mailey sobre a atuação do Wagner em África.

De acordo com o relatório do Fórum Internacional de Estudos Democráticos, o motim de curta duração levado a cabo pelo grupo Wagner em junho na Rússia "colocou em evidência um dos obscuros tentáculos globais da influência da Rússia".

"Numa altura em que Moscovo está cada vez mais isolado diplomaticamente e economicamente, os interesses comerciais corrosivos do grupo Wagner e as relações acolhedoras em partes de África - com alguns dos regimes mais diplomaticamente isolados do continente - revelam até que ponto uma rede global de apoio cleptocrático tomou forma", diz o relatório.

Mailey frisou que o apoio militar oferecido pelo grupo paramilitar russo aos cleptocratas africanos tem pouco a ver com o fornecimento de segurança e estabilidade ao povo africano. Em vez disso, concentra-se na extração de recursos, na promoção de objetivos geopolíticos e em "servir como uma engrenagem brutal na máquina autoritária".

"Mesmo que o destino final do Grupo Wagner permaneça incerto, é pouco provável que estas tendências diminuam. As relações económicas opacas que o grupo Wagner desenvolveu no continente são, sem dúvida, demasiado lucrativas para que o Kremlin se renda", defendeu.

O relatório aponta também que o Governo Chinês e os seus representantes estão entrincheirados em redes corruptas em África, ajudando a encorajar e capacitar os cleptocratas locais que procuram enriquecer à custa das suas populações.

Além do envolvimento chinês de longa data nas indústrias madeireira e extrativa, Andrea Ngombet Malewa, fundador do Coletivo Sassoufit - organização que defende a democracia na República do Congo -, destacou a criação de um Banco Sino-Congolês para África que permitiria aos cleptocratas contornar os requisitos de transparência dos bancos ligados ao ocidente, proporcionando assim oportunidades de branqueamento de capitais com impunidade.

De acordo com o relatório, a cleptocracia é uma das principais causas do subdesenvolvimento, de violações dos direitos humanos e das guerras no continente africano.



Leia Também: O presidente francês, Emmanuel Macron, recusou na quarta-feira a possibilidade de existir bandeira russa nos Jogos Olímpicos de Paris2024, devido à invasão da Ucrânia em curso, apontando aos "crimes de guerra" cometidos pelo regime de Putin.

Guiné-Bissau: Advogado dos presos do caso "1 de fevereiro de 2022" exige sua libertação imediata

José Americo Bubo Na Tchuto, um dos detidos no caso "1 de fevereiro de 2022", Guiné-Bissau

Por  Lassana Cassamá   Voaportugues.com

Advogado Marcelino N’Tupe, que representa 23 dos 37 detidos, diz que as novas autoridades governamentais têm de ordenar a libertação imediata de todos os detidos, de acordo com a anterior decisão judicial.

BISSAU — O advogado de vários detidos a 1 de fevereiro de 2022, na sequência de uma alegada tentativa de golpe de Estado na Guiné-Bissau, volta a pedir a libertação dos seus constituintes que há muito viram excedido o limite da prisão preventiva, um dia depois de o vice-presidente do Parlamento, Fernando Dias, ter pedido as secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que intervenha para a libertação ou julgamento dos presos.

A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) pediu autorização para visitar os presos, o que até agora foi sempre negado.

Na opinião do advogado Marcelino N’Tupe, que representa 23 dos 37 detidos, as novas autoridades governamentais têm de ordenar a “libertação imediata” de todos os detidos, de acordo com a anterior decisão judicial.

"Nós não temos nenhuma movimentação jurídica para fazer. Tudo que está aqui é a libertação imediata das pessoas detidas. Há uma decisão do Tribunal e essa decisão tem que ser cumprida imediatamente", diz N´Tupe.

Por outro lado, o advogado de José Américo Bubo Na Tchuto, antigo Chefe de Estado Maior da Armada, Júlio Nhaté, ex-Comandante do Para-comando e Chefe de Quadros do Estado Maior General, e outras dezenas de oficiais e civis atrás das grades, espera das novas autoridades governamentais medidas conducentes a soltura dos detidos.

"As novas autoridades foram eleitas para governar e governar significa resolver os problemas do povo. Ora se governar incide sobre o interesse do povo, acho que o novo Governo deve dar prioridade para a libertação dessas pessoas, sob pena de não estar a governar", conclui aquele advogado.

Na terça-feira, 5, num encontro com o representante especial do secretário-geral das Nações Unidas e diretor do Escritório para a África Ocidental, Leonardo Simão, o primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), Fernando Dias, pediu a António Guterres que intervenha para que os militares e civis detidos no caso de 1 de fevereiro de 2022 possam ser libertados.

Para a LGDH, na pessoa do seu vice-presidente, Bubacar Turé, à luz da legislação guineense, os detidos do caso 1 de fevereiro estão numa situação de sequestro.

"Já pedimos uma autorização ao Ministério do Interior para proceder a primeira visita aos detidos, já que nunca fomos autorizados para esse efeito. Portanto, será uma oportunidade para reiterar a nossa posição de pedir a libertação imediata de todos os detidos em conexão a este caso. Neste momento, todos os prazos legais e processuais foram largamente ultrapassados. Portanto, o regime jurídico ou a situação jurídica desses detidos é o sequestro. Ou seja, estão sequestrados pelo Estado da Guiné-Bissau", advoga Turé.

As novas autoridades governamentais estão sob pressão para ordenar a libertação de mais de três dezenas de militares e civis presos em conexão ao ataque armado contra a sede do Governo no dia 1 de fevereiro de 2022, quando o então Governo estava em reunião de Conselho de Ministros.

quarta-feira, 6 de setembro de 2023

GABÃO: Golpistas anunciam que presidente deposto do Gabão "é livre de circular"

© AFP via Getty Images

POR LUSA   06/09/23 

O Presidente deposto do Gabão, Ali Bongo Ondimba, é "livre de circular" e "pode viajar para o estrangeiro se o desejar", anunciou o general Brice Oligui Nguema, que o derrubou há uma semana, numa declaração na televisão estatal.

Bongo, que está no poder há 14 anos, está em prisão domiciliária desde o golpe militar de 30 de agosto, realizado sem derramamento de sangue menos de uma hora depois de as autoridades eleitorais do Gabão terem anunciado a vitória do Presidente deposto Ali Bongo, nas disputadas eleições de 26 de julho.

Os golpistas colocaram Bongo, de quem Nguema é primo, em prisão domiciliária por "alta traição às instituições do Estado" e "desvio maciço de fundos públicos", entre outros crimes.

O golpe de Estado no Gabão, uma das potências petrolíferas da África subsariana, é o segundo a ocorrer em pouco mais de um mês em África, depois de o exército ter tomado o poder no Níger, a 26 de julho.

O Gabão juntou-se à lista de países que tiveram golpes de Estado bem-sucedidos nos últimos três anos, que, para além do Níger, inclui o Mali (agosto de 2020 e maio de 2021), a Guiné-Conacri (setembro de 2021), o Sudão (outubro de 2021) e o Burkina Faso (janeiro e setembro de 2022).


Níger. UE lamenta obstáculos à liberdade de circulação de embaixador

© AFP via Getty Images

POR LUSA   06/09/23 

A União Europeia (UE) lamentou hoje os "obstáculos" aos movimentos do seu embaixador no Níger, onde os soldados tomaram o poder no final de julho e, desde então, mantêm em cativeiro o Presidente eleito, Mohamed Bazoum.

"A União Europeia condena e lamenta a obstrução à liberdade de circulação de que o embaixador europeu colocado em Niamey foi vítima, na terça-feira, 05 de setembro, a caminho da embaixada francesa", declarou a UE em comunicado.

"Nos termos da Convenção de Viena de 1961 [sobre as relações diplomáticas], o embaixador da União Europeia foi devidamente acreditado e deve, por conseguinte, poder desempenhar a sua missão no pleno respeito da referida Convenção", prossegue a organização.

No comunicado de imprensa não são fornecidos quaisquer pormenores sobre o incidente em questão.

A UE condenou veementemente a tomada do poder pelos militares no Níger em 26 de julho, suspendeu a sua ajuda orçamental ao país do Sahel e avisou que poderia impor sanções contra os autores do golpe de Estado.

A França, antiga potência colonial, não reconhece as novas autoridades de Niamey e mantém o seu embaixador no país, apesar da coação das novas autoridades, que exigem a sua partida e ameaçam expulsá-lo.



Leia Também: Inundações provocaram 33 mortos no Níger

O Ministro Das Obras Públicas, Habitação e Urbanismo Sr. Ildefonso Duarte Pinto, recebeu hoje 06.09 uma visita de cortesia da delegação de Banco ECOBANK.

A visita enquadra-se nas discussões sobre eventuais parcerias.

 Ministério Das Obras Publicas, Habitação e Urbanismo    MOPHU/06.09.2023


UCRÂNIA: Bispos ucranianos expressam sofrimento e deceção ao Papa Francisco

© Horacio Villalobos/Getty Images

POR LUSA    06/09/23 

Os bispos ucranianos expressaram hoje ao Papa Francisco "o sofrimento e uma certa deceção" do povo da Ucrânia com algumas declarações e gestos do chefe da Igreja Católica, anunciaram os religiosos.

Alguns gestos e declarações do Papa "são dolorosos e difíceis para o povo ucraniano, que está atualmente a sangrar na luta pela sua dignidade e independência", afirmaram os bispos num comunicado citado pela agência espanhola EFE.

Francisco reuniu-se com os bispos que estão em Roma para participar no Sínodo da Igreja Greco-Católica Ucraniana, até 13 de setembro, e o encontro foi uma oportunidade para uma "conversa franca", segundo descreveram no comunicado.

Os bispos disseram que expressaram ao Papa o que os fiéis lhes confiaram para transmitir, incluindo mal-entendidos surgidos entre Kiev e o Vaticano desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.

Tais mal-entendidos "são usados pela propaganda russa para justificar e apoiar a ideologia assassina do mundo russo", disse o chefe da Igreja Greco-Católica Ucraniana, o arcebispo Sviatoslav Shevchuk.

"Os fiéis da nossa Igreja são sensíveis a cada palavra de Vossa Santidade como voz universal da verdade e da justiça", afirmou.

O Papa foi criticado recentemente, incluindo pela diplomacia ucraniana, por ter elogiado a herança cultural da Rússia durante um encontro com jovens russos.

Francisco esclareceu na segunda-feira, durante a viagem de regresso de uma visita à Mongólia, que se limitou a repetir o que diz sempre aos jovens em todo o mundo de que devem preservar a herança cultural.

Francisco reconheceu que "talvez não tenha sido muito feliz" quando se referiu à Grande Rússia, nomeando Pedro o Grande e Catarina da Rússia, mas assegurou que só estava a pensar na dimensão cultural.

"Não era uma referência ao plano geográfico, mas antes cultural", afirmou então.

Os bispos ucranianos referiram que o Papa explicou o significado do que disse aos estudantes russos e reafirmou estar com o povo ucraniano.

Como gesto especial, o Papa argentino tinha consigo um ícone da Theotokos (Mãe de Deus), que lhe foi oferecido por Sviatoslav Shevchuk quando o chefe da igreja ucraniana foi bispo auxiliar em Buenos Aires.

"Rezo todos os dias pela Ucrânia diante dele", disse aos bispos ucranianos.

Os bispos agradeceram as iniciativas de Francisco para a libertação de prisioneiros de guerra e os esforços do seu enviado pessoal, o cardeal Matteo Zuppi, para tentar a paz entre a Rússia e a Ucrânia.

Apelaram à continuação dos esforços para a libertação dos prisioneiros de guerra, mencionando em particular os padres redentoristas Ivan Levytskyi e Bohdan Haleta, que ainda se encontram em cativeiro na Rússia.

O Vaticano disse, num comunicado separado, que no encontro de quase duas horas Francisco contou aos bispos que as crianças ucranianas com que se encontra nas audiências "olham e esquecem-se de sorrir".

"Este é um dos frutos da guerra: tirar o sorriso às crianças", acrescentou Francisco, citado pelo Vaticano.


INQUÉRITO: Navio russo transportou equipamento militar dos EAU para África do Sul

© Wikimedia/ Limewrite

POR LUSA   06/09/23 

A África do Sul adquiriu o equipamento militar transportado pelo navio mercante russo Lady R a uma empresa nos Emirados Árabes Unidos, indicou um inquérito presidencial à controversa operação que os Estados Unidos alegaram ser de apoio à Rússia.

"O painel estabeleceu que a mercadoria que foi entregue pelo navio Lady R em Simonstown era equipamento para a SANDF [Forças Armadas da África do Sul], que havia solicitado, tinha sido encomendado pela Armscor [a agência de aquisição de armamentos do Ministério da Defesa sul-africano] e que era aguardado desde 2018. O equipamento foi encomendado a uma empresa sediada nos Emirados Árabes Unidos. Estava muito atrasado", lê-se no sumário do relatório de uma investigação, divulgado pela Presidência da República sul-africana, a que a Lusa teve acesso.

O painel de investigação escusou-se a qualificar o tipo de "equipamento" descarregado pelo navio russo na base naval sul-africana.

Todavia, no documento refere-se que "o painel examinou toda a legislação aplicável, incluindo os requisitos rigorosos da África do Sul para a importação e exportação de armas convencionais".

O documento, de quatro páginas, explica que "o fabrico, embalagem e entrega do equipamento foram atrasados, entre outros, pelos surtos de covid-19 e pelo conflito Rússia-Ucrânia". 

"Nem a SANDF, a Armscor ou a AB Logistics, a divisão da Armscor responsável pela prestação de serviços logísticos de frete e viagens à Armscor e à SANDF, escolheram o Lady R como meio para entrega, nem tiveram controlo sobre o processo, nos termos contratuais. Na verdade, a África do Sul não teve qualquer controlo sobre a escolha do navio", refere-se no sumário da investigação divulgado pela Presidência sul-africana.

O painel apontou que as autoridades da Defesa sul-africana tomaram conhecimento, em outubro de 2022, que o navio Lady R estava sob sanções dos Estados Unidos da América (EUA) "quando o navio já se encontrava a caminho", sublinhando que "essas sanções não tinham sido aprovadas pelas Nações Unidas e, portanto, não eram vinculativas para a África do Sul".

"Os agentes de navegação em Ngqura/Port Elizabeth, onde o navio inicialmente pretendia atracar, recusaram-se a prestar assistência ao navio em resultado das sanções dos EUA. Isto só se tornou aparente quando o navio já se aproximava de águas sul-africanas", adiantou.

Segundo o painel, para resolver a situação, "a SANDF, em colaboração com a Armscor e o fornecedor, decidiu orientar o navio a atracar em Simonstown, onde a mercadoria/equipamento foram descarregados".

Segundo o documento, o equipamento militar foi descarregado durante a noite, entre os dias 07 e 09 de dezembro de 2022, sublinhando que "os detalhes do equipamento descarregado e o uso a que se destina são do conhecimento do Painel".

"Apesar de alguns rumores de que algum equipamento ou armas foram carregados no Lady R, o Painel não encontrou provas que fundamentassem essas alegações. As provas disponíveis apenas confirmaram o descarregamento e que não houve nada carregado", concluiu o painel de investigação.

Em comunicado, divulgado na noite de terça-feira, a Presidência da República sul-africana considerou como encerrada a investigação sobre a polémica despoletada pelos EUA em torno do navio russo Lady R.

"Devido à natureza confidencial das provas que informaram o relatório, o Governo não se pronunciará mais publicamente sobre a substância do relatório", afirmou.

Numa comunicação ao país na noite anterior, o Presidente Ramaphosa disse que o relatório permanecerá confidencial por motivos de defesa e segurança nacional do país.

O chefe de Estado sul-africano nomeou o painel liderado pelo juiz reformado Phineas Mojapelo para investigar as alegações dos Estados Unidos de que o navio russo transportava armas e munições da África do Sul com destino à Rússia para a guerra na Ucrânia.

Em maio, o embaixador dos Estados Unidos na África do Sul, Reuben Brigety, alegou publicamente que Pretória tinha carregado armas e munições no navio russo Lady R, que atracou na base naval de Simonstown, próximo da Cidade do Cabo, entre 06 e 09 de dezembro de 2022.

Na altura, as alegações do embaixador norte-americano colocaram também o foco na insistência da África do Sul em se manter "não-alinhada" com os países da Europa e do Ocidente que prestam apoio militar a Kiev como resposta à guerra da Rússia na Ucrânia, optando por encetar esforços diplomáticos de paz para a resolução do conflito.

O embaixador dos EUA não divulgou publicamente as provas do alegado fornecimento sul-africano de armas e munições à Rússia para a guerra na Ucrânia.


Ucrânia. Pelo menos 16 mortos em ataque russo na região de Donetsk

© Twitter/NEXTA

Notícias ao Minuto   06/09/23 

O primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal confirmou ainda que há uma criança entre as vítimas mortais do bombardeamento.

Pelo menos 16 pessoas morreram esta quarta-feira na sequência de um ataque russo ocorrido na cidade de Kostiantynivka, na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, de acordo com o conselheiro presidencial Mykhailo Podolyak, em declarações à agência Reuters. 

Podolyak não deu outros detalhes sobre o ataque. Contudo, o presidente Volodymyr Zelensky declarou que "um mercado, lojas e uma farmácia" foram  atingidos.

"Pessoas que não fizeram nada de errado. Muitos feridos. Infelizmente, o número de vítimas e de feridos pode aumentar", referiu numa publicação na rede social Telegram.

"Este mal russo deve ser derrotado o mais rapidamente possível", acrescentou Zelensky.

Entretanto, o primeiro-ministro ucraniano Denys Shmyhal confirmou ainda que há uma criança entre as vítimas mortais do bombardeamento.

"Como resultado do bombardeamento ao mercado, já se sabe que 16 pessoas morreram, incluindo uma criança. Pelo menos 20 pessoas ficaram feridas", declarou, acrescentando que "todos os serviços estão a funcionar" e que "o fogo já foi controlado".

As autoridades de Moscovo ainda não comentaram estas alegações.

Kostiantynivka, na região oriental de Donetsk, fica perto da linha de frente de combate.

Vídeos que já estão a circular nas redes sociais mostram o momento da explosão e os estragos provocados no local.



Leia Também: As imagens da destruição provocada por míssil russo em Donetsk

Conselho de Ministros aprova Programa de Emergência para setores da Cultura, Juventude e Desportos

Bissau, 06 Set 23 (ANG) - O Conselho de Ministros aprovou na quarta-feira o Programa de Emergência para setores da Cultura, Juventude e Desportos e   instituiu os seus membros a analisarem as ações programáticas dos respetivos pelouros, no Projeto de Programa do Governo com a finalidade de indicar as alterações necessárias até ao  dia 12 de Setembro em curso, refere o Comunicado de Conselho, à que a ANG teve acesso.

Segundo o comunicado, no capítulo de nomeações, o Conselho de Ministros deu anuência a que, por Despacho do Primeiro-ministro, se efetue a movimentação do Pessoal Dirigente da Administração Pública, conforme se indica:  para Autoridade Reguladora do Setor dos Combustíveis, Derivados do Petróleo e do Gás Natural(Arseco), Alberto Filomeno Pinto Cabral é nomeado Presidente do Conselho de Administração, Mário Adão Almeida primeiro Vogal e Luís Vaz Martins segundo Vogal.

No Ministério da Economia e Finanças, Guilherme Monteiro foi  nomeado Inspetor Geral, Issa Jandi Diretor-geral do Plano, Mussa Sambi, Diretor-geral da Economia e Cristina da Silva Pedreira,Diretora-geral da Integração Regional, Chanceler Pereira,Diretor-geral das Contribuições e Impostos, Domingos Nbana, Diretor-geral de Controlo Financeiro e Hussein Bruno Jamil Jauad, Diretor-geral da Guiné-Bissau Investimentos.

“No Ministério da Educação Nacional, do Ensino Superior e Investigação Científica, Samuel Fernando Mango é nomeado Secretário-geral, Nkac Silva Morgado, Inspetor-geral, Ildo da Silva Diretor-geral de Ensino Básico e Secundário, Júlio Mendonça, Diretor-geral de Alfabetização e Educação Formal e Não Formal , Didier Fernandes de Pina Araújo, Diretor-geral da Agência Nacional de Formação Técnico-Profissional (ANAFOR), Ildo Ocante Ocundo,Diretor-geral da Escola Nacional da Administração (ENA) e Dúlia Paulo Gomes Barbosa e Silva, Diretora-geral da Cantina Escolar”, lê-se no comunicado.

No referido documento conta igualmente que, para Ministério das Pescas e da Economia Marítima António Domingos Tubento é nomeado  Secretário Geral, Paulo Baranção Inspetor Geral, Sebastião Pereira, Diretor Geral da Pesca Industrial, Gualdino Afonso Té, Diretor Geral da Pesca Artesanal, Herme Indi da Fonseca, Diretor Geral de Formação e Apoio ao Desenvolvimento das Pescas, Faustino Arlindo Seco Coiaté de Pina, Diretor Geral da Administração dos Portos de Pesca e Cipriano Fernandes Sá Coordenador do Instituto de Fiscalização e Controlo das Atividades de Pesca (IN-FISCAP).

No Ministério dos Transportes e Comunicações, Marcelino Mendes Pereira é nomeado Secretário Geral, Amadu Djaló, Diretor-geral da Viação e Transportes Terrestres (DGVTT), José António Có, Presidente do Conselho da Administração da Autoridade da Aviação Civil da Guiné-Bissau,

Idrissa Mané, Primeiro Vogal do Conselho da Administração da Autoridade da Aviação Civil, Domingos Mendes Lopes, segundo Vogal do Conselho da Administração da Autoridade da Aviação Civil e  Maria Rosária  Cruz de Almeida, primeiro Vogal do Conselho Fiscal da Autoridade da Aviação Civil.

Ainda para o Ministério dos Transportes e Comunicações, foram nomeados: Arlindo Mendes,   Presidente do Conselho de Administração do Instituto Marítimo Portuário (IMP), Abú Camará Primeiro Vogal do Conselho de Administração do IMP, Alziro Adriano da Silva, Presidente do Conselho de Administração das Empresas Nacionais de Aeroportos da Guiné-Bissau, Moro Mané, segundo Vogal do Conselho de Administração da Empresa Nacional do Aeroporto e Hélder de Barros, Presidente do Conselho de Administração  dos Portos da Guiné-Bissau (APGB).  

Ainda no Ministério dos Transportes e Comunicações foram nomeados: Aly Ijazy,   primeiro Vogal do Conselho de APGB, Pansau da Silva, segundo Vogal do Conselho de APGB, Anselmo Bartolomeu Gomes Lopes, Diretor-geral da APGB, Djamila Pereira, Presidente de Conselho Nacional dos Carregadores (CNC), Mamadu Selo Djaló, primeiro Vogal do CNC e Solange Pereira, Diretora-geral do CNC.

O comunicado de Conselho de Ministros informa também que, para o Ministério dos Recursos Naturais, Roberto Mbesba é novo nomeado Diretor-geral da Empresa Guineense de Petróleo e Carbonetos (PETROGUIN) e para Secretaria de Estado das Telecomunicações e da Economia Digital, Frederico Sanca  é nomeado Diretor-geral das Telecomunicações e Economia Digital.

Para a Secretaria de Estado da Comunicação Social, Hipólito José Mendes é nomeado Inspetor Geral, Carlos Emerson Gomes, Diretor-geral da Comunicação Social e Elci Pereira Dias, Diretora- geral do Jornal “Nô Pintcha”. 

ANG/AALS/ÂC//SG

Gostaríamos de aproveitar esta oportunidade para agradecer à Senhora Ministra da Função Pública por este excelente encontro de hoje com os dignos e legítimos representantes da UNTG, sob a direção do Sr. Júlio António Mendonça.

Senhora Ministra, são muitos os desafios que temos pela frente, mas temos a vontade de os ultrapassar num espírito de diálogo social.

Os trabalhadores guineenses precisam de soluções e não de problemas.

Felicitamo-lo, Senhora, por esta notável mudança de espírito no seio do Ministério.

Por  Página "Untg Untgcs"  


Saúde pública - ” Guiné-Bissau poderá ter barcos ambulâncias equipadas para assist{encia médica até final do ano”,diz Secretário da Celula de Apoio à Gestão ligada a Covid-19

Bissau, 05 Set 23 (ANG) – O secretário-geral da Célula de Apoio à Gestão Ligada a Covid-19, anúnciou , terça-feira, que o mais tardar até o final ou inicio do próximo ano, o país vai dispôr, com o apoio da Organização Mundial de Saúde (OMS) de Barcos Ambulâncias equipadas para assistência médica ,com o objetivo de permitir maior  facilidade na  evacuação de doentes à partir das ilhas.

Plácido Cardoso fez este anúncio após a recepção de nove  viaturas Toyota todo terreno, duas câmaras mortuária e 12 aparelhos de Rx, doados pelo Banco Islâmico do Desenvolvimento ao Governo da Guiné-Bissau.

Segundo este responsavel, todos estes elementos estão no envelope sobre os quais estão a trabalhar, em colaboração com o OMS e outras instituições parceiras.

“Por isso, aproveito a oportunidade para agradecer a OMS pela deligência e engajamento na construção de uma “planta grande” de produção de oxigênio com a capacidade para abastecer , tanto  as estruturas sanitarias da capital Bissau assim como  as das regiões. O processo está numa fase avançada e, brevemente, poderemos chamar a imprensa para a sua apresentação pública”,disse.

Plácido Cardoso explicou que as duas morgues doadas  em  funcionamento preliminar, com capacidade de 12 cadáveres cada, já estão instaladas  no Hospital Nacional Simão Mendes e no Hospital Militar Cino-Guineense.

Cardoso acrescentou que vão continuar a trabalhar para que, minimamente, e num certo periodo de tempo, se possa criar um Serviço de Emergência Nacional, que não existe.

ANG/MSC/ÂC//SG

Bissau, 06 Set 23 (ANG) - O ministro da Educação, do Ensino Superior e Investigação Cièntífica, disse que o governo  tem em mãos um Plano de Emergência para o decurso de um ano letivo  sem sobressaltos.

Braima Sanhá falava  à Voz de América sobre as perspetivas para o novo ano letivo com  início previsto para  3 de Outubro, citando  um plano de emergência para os próximos 30 dias adoptado pelo Governo.

"Esse Plano de Emergência de 30 dias irá nos permitir que este ano letivo seja  de êxito. Mas, para que isso aconteça é necessário que haja uma estratégia de desenvolvimento, colaboração e trabalho  conjunto com todas as estruturas do país, particularmente os sindicatos, organizações sociopolíticas e as comunidades”, apontou Braima Sanhá.

Acrescentou que todas essas estruturas devem participar no processo de preparação do novo ano letivo e diz que só assim é que se pode ter condição efetiva e eficaz para ter um ano letivo de qualidade e sem sobressaltos.

O governante indicou que houve várias reuniões com os sindicatos e reitera que o diálogo é a base do trabalho.

"Outra ferramenta é a preparação dos quadros que vão trabalhar no sistema. Vamos estruturar as escolas, melhorá-las, e dar às escolas as condições para que possam funcionar. Uma delas é a capacitação dos professores, pôr à disposição os materiais didáticos, a tempo e hora. Na base disso podemos então avançar. Seja como for, não vamos ter tudo neste momento, pois a Educação é pesada. As coisas vão ser feitas passo a passo", garante Sanhá.

Por sua vez, o porta-voz dos sindicatos do setor, Sene Djassi declarou  que vão criar as condições para que haja um  ano letivo sem sobressaltos, contrariamente ao que foi registado nos últimos três anos, em que o sistema educativo quase não funcionou.

A espera de resolução no ministério estão os casos de dívida de subsídios de isolamento, de giz, da carga horária, assim como da dívida de alguns professores e novos ingressos referentes ao ano letivo 2021/2022 e de alguns professores contratados do mesmo ano.

Sene Djassi disse esperar do  novo Governo o atendimento destes pontos para o bem do sistema educativo, não obstante mostrar-se um pouco cauteloso.

"Habitualmente, qualquer governo sempre mostra abertura. Mas, levando alguns meses, a situação se complica. Seja como for, temos expectativas, aliás, o governo de PAI – Terra Ranka bem sabe que ganhou eleições, tendo em conta a má Governação do Governo cessante", conclui Djassi.

A Frente Comum  integra a Frente Nacional dos Professores (Frenaprof) e o Sindicato Democratico dos Professores (Sindeprof).

ANG/LPG/ÂC//SG

Putin ensina crianças em idade escolar (a manusear armas e granadas)

© Contributor/Getty Images

Notícias ao Minuto   06/09/23 

O novo currículo escolar russo, aprovado pelo parlamento no ano passado, visa preparar os alunos para o serviço militar.

O presidente russo Vladimir Putin deu pessoalmente uma aula numa escola russa, para apresentar os alunos ao novo e atualizado currículo - aprovado pelo parlamento no ano passado - destinado a doutriná-los na 'arte' das Forças Armadas, de acordo avançou, esta quarta-feira, o Ministério da Defesa do Reino Unido.

Segundo o ministério, o novo ano escolar na Rússia começou com um currículo atualizado, incorporando conteúdos sobre habilidades militares e propaganda pró-Kremlin sobre a história da Ucrânia. Os jovens vão aprender como manusear Kalashnikovs, granadas e drones como parte do curso 'Noções básicas de segurança da vida'.

As aulas de história vão incluir um exame sobre a reunificação da Crimeia com a Rússia e a 'operação militar especial' na Ucrânia.

"O novo currículo serve três objetivos: doutrinar os estudantes com a lógica do Kremlin, incutir nos estudantes uma mentalidade marcial e reduzir os prazos de treino para a mobilização e implantação subsequentes", avançou o ministério.

"A introdução do manuseamento de drones indica a sua crescente importância no campo de batalha e as lições aprendidas sobre estes sistemas diretamente no conflito na Ucrânia", salientou, acrescentando, por fim, que é esperado que veteranos russos da linha de frente visitem os menores nas escolas.

De recordar que, no regresso às aulas na Ucrânia, há também crianças a ser ensinadas a pilotar drones, pelo menos, em Lviv.

"Esta é a nossa nova realidade", escreveu o presidente da Câmara de Lviv, numa publicação partilhada no Facebook, acompanhada por imagens de crianças durante esta aprendizagem. O responsável acrescentou que esta capacidade era "um dos elementos do programa 'Proteger a Ucrânia', que será estudado nas escolas".

Estes objetos tornaram-se, ao longo dos últimos meses, muito usados em ataques.

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que quase dez mil civis morreram e mais de 16 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.


Leia Também: A iniciativa 'Computadores portáteis para a Ucrânia', da União Europeia (UE), entregou a primeira remessa de mais de 1.000 equipamentos à Ucrânia, anunciou hoje a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen.

SUDÃO: Confrontos já deslocaram mais de cinco milhões de pessoas no Sudão

© Lusa

POR LUSA   06/09/23 

O confronto entre o exército do Sudão e as Forças de Apoio Rápido (FAR), de paramilitares rivais, provocou já o deslocamento de mais de cinco milhões de pessoas, anunciou hoje a agência das Nações Unidas para as migrações.

Mais de quatro milhões de pessoas foram deslocadas internamente desde o início dos conflitos, em meados de abril, enquanto outros 1,1 milhões fugiram para países vizinhos, anunciou a Organização Internacional para as Migrações.

Mais de 750.000 de pessoas deslocaram-se para o Egito ou para o Chade, segundo a agência das Nações Unidas.

Os esforços internacionais para mediar o conflito falharam até à data, não obstante os, pelo menos, nove acordos de cessar-fogo assinados até agora desde o início do conflito.

O Sudão mergulhou no caos há quase cinco meses, quando se transformaram em guerra aberta as tensões há muito latentes entre os militares, liderados pelo general Abdel Fattah al-Burhan, e as FAR, comandadas por Mohamed Hamdan Dagalo, ex-número 2 no Conselho Soberano - a junta militar que tomou o poder no país no golpe que depôs o antigo ditador Omal al-Bashir em abril de 2019.

Os combates reduziram a capital do Sudão, Cartum, a um campo de batalha urbano, sem que nenhuma das partes tenha conseguido obter o controlo da cidade.

Na região ocidental do Darfur - palco de uma campanha genocida no início da década de 2000 - o conflito transformou-se em violência étnica, com as FAR e milícias árabes aliadas a atacarem grupos étnicos africanos, segundo grupos de defesa dos direitos humanos e as Nações Unidas.


ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS: UE diz que 2023 deverá ser o ano mais quente. "Colapso climático começou"

© Reuters

Notícias ao Minuto   06/09/23 

Depois de três meses a registar recordes nas temperaturas máximas, a União Europeia avisa que também este ano deverá ser o mais quente da História.

O Serviço Europeu de Monitorização das Alterações Climáticas do Copernicus (C3S) anunciou, esta quarta-feira, que este ano será provavelmente o mais quente da História.

O serviço de monitorização da União Europeia (UE) falou sobre os últimos meses de verão, que atingiram recordes no Hemisfério Norte.

"Os três meses passados são os mais quentes que tivemos em, aproximadamente, 120 mil anos, por isso, efetivamente, na história da humanidade", referiu a diretora-adjunta deste serviço de monitorização europeu, Samantha Burgess, à agência France-Presse (AFP)

No Hemisfério Sul também foram batidos muitos recordes de calor em pleno inverno austral. Durante este período registaram-se sempre - tanto pela Europa como por outras partes do mundo - ondas de calor, secas e incêndios florestais.

Perante os resultados do C3S, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, já reagiu. "O nosso planeta acaba de passar  por uma temporada de ebulição - o verão mais quente já registado", referiu o responsável, citado pela AFP.

"O colapso climático começou", rematou Guterres.

"O nosso clima está a implodir mais depressa do que conseguimos aguentar, com fenómenos meteorológicos extremos a atingir todos os cantos do planeta", lamentou, apontado que os cientistas têm alertado "para as consequências da nossa dependência dos combustíveis fósseis".

Os alertas para estas situações têm vindo a ser deixados por várias entidades, tendo já no final de julho, o secretário-geral da ONU referido a questões das alterações climáticas como em "ebulição".

"As alterações climáticas estão aqui. São aterradoras. E isto é apenas o início. A era do aquecimento global acabou. Começou a era da ebulição global", refere.

O líder afirmou ainda que a temporada ia ser "cruel" para locais como a América do Norte, África e Europa - mas que também o resto do mundo era afetado. "Para o planeta inteiro, é um desastre", desenvolveu.



Leia Também: Documentário sobre incêndios e alterações climáticas gravado em Portugal

PARLAMENTO GUINEENSE QUER QUE A ONU INTERVENHA PARA LIBERTAR DETIDOS DO CASO 1 DE FEVEREIRO

 O DEMOCRATA 
05/09/2023 

O primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), Fernando Dias, pediu esta terça-feira, 5 de setembro de 2023, ao Secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que intervenha para que possam ser libertados os militares detidos no caso de 1 de fevereiro de 2022.

“Informamos ao Representante do Secretário- geral da ONU que estamos a viver algumas situações em virtude de os detidos de caso de 1 de fevereiro ainda não terem sido libertados, nem julgados. Que seja uma preocupação do Secretário-geral acompanhar a Guiné-Bissau, no sentido de encontrar uma solução para este problema, porque é uma situação que poderá criar mal estar para a unidade nacional, com vista ao desenvolvimento do país” disse aos jornalistas, Fernando Dias, à saída do encontro na ANP com o Representante do Secretário-geral da ONU, Leonardo Simão. 


©Radio Voz Do Povo    Primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional Popular Fernando Dias pede a intervenção da Nações Unidas para uma solução em relação aos detidos no caso de 01 de Fevereiro. Dias falava esta terça-feira (05.09) após a saida do encontro com o Diplomata das Nações Unidas Leonardo Simão Representante Especial do Secretário Geral da ONU que se encontra em Bissau numa visita oficial de 2 dias a Bissau.

O 1° vice-presidente da ANP disse também ter solicitado o apoio da ONU à Guiné-Bissau, por a situação financeira do país não ser das melhores neste momento. 

“Aproveitamos para informar a delegação que o país precisa do apoio da comunidade internacional, porque a situação financeira não é das melhores, segundo as informações do governo. É preciso que a comunidade internacional tenha uma reação mais breve para alavancar a economia. Falar da paz sem a estabilidade econômica e financeira num país como a Guiné-Bissau é difícil” insistiu o também líder do Partido da Renovação Social (PRS).

Para Dias, a presença do representante do Secretário-geral da ONU no hemiciclo é motivo de alegria, porque a liderança da ANP deu conta que a comunidade internacional está disposta a acompanhar a Guiné-Bissau nesta nova fase e neste preciso momento em que o país está a precisar, tendo revelado que Leonardo Simão pediu-lhes que sejam parte integrante da estabilização do país.

“Confirmamos que vai ser o nosso papel. A par disso, informamos também que estamos a acompanhar as situações anormais em alguns países, sobretudo da CEDEAO, nomeadamente a subversão da ordem constitucional, situações que achamos que são preocupantes. Enquanto membros da CEDEAO, pedimos ao Representante do Secretário-geral que priorize o debate no seio das pessoas em conflito” apelou, sublinhando que só com o debate [diálogo] é que se consegue ultrapassar todos os diferendos.

“Qualquer outra forma ou meio utilizado não vai ajudar na resolução do problema. Somos Africanos. Temos metodologias próprias que devemos adotar para ultrapassar os grandes problemas que temos. A situação que está a acontecer não dignifica o homem africano, de maneira que é preciso que o próprio homem africano tenha cultura de debate para encontrar saídas possíveis para os problemas” concluiu Fernando Dias. 

Por: Tiago Seide

Qual é exatamente a força do exército russo?


 Considerado a quinta maior força militar do mundo, o exército russo não tem sido tão bem sucedido na Ucrânia como o Presidente Vladimir Putin inicialmente esperava quando invadiu o país há um ano e meio. 

A Voz da América conversou com especialistas americanos sobre a força militar da Rússia👇

 VOA Português 

Tempestade Haikui faz dois mortos e força retirada de milhares na China

© Getty Images

POR LUSA    06/09/23 

Pelo menos duas pessoas morreram e milhares foram retiradas devido às inundações causadas pela tempestade tropical Haikui, na província costeira de Fujian, no sudeste da China, informaram hoje as autoridades locais.

As escolas foram encerradas e os voos suspensos, e mais de 30 mil pessoas foram transferidas para locais seguros.

Dois bombeiros morreram depois de as águas da enchente terem arrastado um veículo dos bombeiros durante uma missão de resgate, informou a imprensa estatal.

O Haikui varreu Taiwan como um tufão no início desta semana, deixando dezenas de feridos e milhares de casas sem energia.

Entretanto, o Haikui enfraqueceu e converteu-se numa tempestade tropical quando atingiu Fujian, mas continuou a apresentar níveis recordes de chuva.

A área mais afetada situa-se entre a costa e as montanhas do interior e é particularmente propensa a inundações, levando muita população, ao longo das décadas, a migrar para outras partes da China ou a deslocar-se para o estrangeiro.

As autoridades fecharam escolas, suspenderam voos, pararam comboios e autocarros e enviaram dezenas de veículos de emergência em missões de resgate.

Mais de 30 mil pessoas foram retiradas e as perdas económicas são estimadas em mais de 75 milhões de dólares, segundo a imprensa estatal chinesa.

Partes de Fujian registaram chuvas superiores a 30 centímetros, quebrando recordes em toda a província.

Na cidade de Fuzhou, 50 mil pessoas foram afetadas, entre as quais mais de 36 mil foram transferidas para abrigos.

A China sofreu durante o verão algumas das chuvas mais fortes e inundações mais mortais dos últimos anos. Dezenas de pessoas morreram, inclusive em áreas montanhosas periféricas de Pequim.




Leia Também: As imagens do mau tempo que deixou Espanha em alerta vermelho

Grupo Wagner será declarado organização terrorista no Reino Unido

© OLGA MALTSEVA/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto   05/09/23 

A ministra do Interior do Reino Unido, Suella Braverman, afirmou que o Grupo Wagner é "violento e destrutivo", além de "um instrumento militar da Rússia de Vladimir Putin".

O grupo de mercenários russo Wagner vai passar a ser considerado como uma organização terrorista no Reino Unido, anunciou, esta terça-feira, o governo britânico. Assim passará a ser ilegal ser membro ou apoiar o grupo, o que o coloca ao lado do Estado Islâmico e da Al-Qaeda.

Em comunicado, a ministra do Interior do Reino Unido, Suella Braverman, afirmou que o Grupo Wagner é "violento e destrutivo", além de "um instrumento militar da Rússia de Vladimir Putin", e que a sua atividade na Ucrânia e em África é "uma ameaça à segurança mundial". 

"As atividades desestabilizadoras do Grupo Wagner continuam a servir os objetivos políticos do Kremlin. São terroristas, pura e simplesmente - e esta ordem de proibição torna-o claro na legislação britânica", acrescentou, citada pela BBC. 

O futuro do Grupo Wagner  - empresa militar privada formada após a revolução ucraniana de 2014 e a anexação da Crimeia pela Rússia e que apoia os separatistas pró-russos - tem estado sob discussão após a morte dos fundadores Yevgeny Prigozhin e Dmitry Utkin, num acidente de aviação, ocorrido no mês passado. 

A morte de Prigozhin aconteceu dois meses após o líder do grupo de mercenários ter levado a cabo uma rebelião falhada contra o Kremlin, especificamente o Ministério da Defesa. Após a investida, que durou cerca de 24 horas e terminou com um acordo, Prigozhin passou a residir na Bielorrússia.

As autoridades russas até agora não avançaram quaisquer causas que expliquem a queda do jato privado Embraer Legacy que, segundo as autoridades de aviação civil russas, além de Prigozhin e Utkin, transportava outras oito pessoas.


terça-feira, 5 de setembro de 2023

Espaço de Concertação das Organizações da Sociedade Civil da Guiné-Bissau, denúncia, tendência de exclusão das mulheres na governação do país

Radio TV Bantaba

Célula de apoio a gestão de fundos ligados a covid-19 na Guiné-Bissau beneficiou 9 viaturas, duas câmaras mortuárias e 12 aparelhos raio x por parte de OMS.

 Radio TV Bantaba

Ataque no Burkina Faso mata 17 soldados e 36 auxiliares do exército

© Lusa

POR LUSA  05/09/23 

Um ataque levado a cabo por alegados terroristas no norte do Burkina Faso causou a morte a 17 soldados e 36 auxiliares do exército deste país, anunciou hoje o Estado-Maior, através de um comunicado.

"Cinquenta e três combatentes", mais precisamente "dezassete soldados e trinta e seis Voluntários para a Defesa da Pátria (VDP), auxiliares civis do exército, perderam a vida" na segunda-feira, indica a nota informativa.

A unidade atacada estava destacada em Koumbri, na província de Yatenga, para "permitir a reinstalação" de pessoas "que abandonaram a zona há mais de dois anos", expulsas pelos extremistas, explicou.

O quartel-general também "registou cerca de 30 feridos, que foram transferidos e tratados".

O Estado-Maior acrescentou que as "operações de contra-ataque" tinham resultado na "neutralização de vários assaltantes" e na "destruição do seu material de combate", indicando que "as operações continuam a decorrer na zona".

"Tudo está a ser feito para desativar os elementos terroristas" que se encontram "em fuga", acrescentou.

O Burkina Faso, palco de dois golpes militares em 2022, está mergulhado numa espiral de violência desde 2015, que nos últimos sete anos fez mais de 16.000 mortos civis e militares e mais de dois milhões de deslocados, segundo a ONG Acled.



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