Ministério Das Obras Publicas, Habitação e Urbanismo MOPHU/26.04.2023 (quarta-feira)
Descrição: 10km de Estrada
Empresa: Areski
Financiamento: Auto- financiamento " PPP- Parceria Público-Privado.
Ministério Das Obras Publicas, Habitação e Urbanismo MOPHU/26.04.2023 (quarta-feira)
Descrição: 10km de Estrada
Empresa: Areski
Financiamento: Auto- financiamento " PPP- Parceria Público-Privado.
Por: RTB/RTPÁfrica Abril 26, 2023
Não se pode falar de democracia e desenvolvimento sem garantir a participação das mulheres na política e nos lugares de decisão, afirmou o vice-presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos durante uma entrevista à RTP. Ele alertou para a reduzida presença de mulheres em lugares elegíveis nas listas apresentadas pelos partidos.
A Liga Guineense dos Direitos Humanos revelou que há pouca participação feminina em posições elegíveis nas listas de candidaturas provisórias dos três principais partidos políticos depositadas no Supremo Tribunal de Justiça.
“O PAIGC tem apenas três mulheres nas primeiras posições, que chamamos cabeças de lista. O MADEM G-15 também tem três mulheres; o PRS não tem nenhuma mulher como cabeça de lista, o que significa que teremos um parlamento com uma representação feminina muito insignificante nas próximas eleições legislativas, marcadas para 4 de junho, em comparação com o que tínhamos após as últimas eleições.”
Em 2018, a Assembleia Nacional Popular aprovou a Lei da Paridade, que estabelece uma quota para as mulheres na esfera de tomada de decisão, com uma representação mínima de 36% na lista para os cargos eletivos.
O ativista dos direitos humanos enfatizou a urgência de rever a lei da paridade e concretizar os princípios que consagram a participação política das mulheres guineenses.
“Os partidos políticos devem adequar as suas ações às exigências da lei. Não só a lei escrita, mas também a própria Constituição da República, que consagra o princípio da igualdade entre homens e mulheres. Este princípio de igualdade já deve ser posto em prática. Já é hora de deixar de ser apenas formal e tornar-se material, o que significa que devemos levar em consideração homens e mulheres na constituição das listas eleitorais.”
As organizações e a sociedade civil têm defendido, recentemente, a adoção de uma agenda comum para garantir os direitos políticos das mulheres.
Fonte: Gazeta Árabe 26/04/23
Um vídeo de Abdul Qadir Bakhsh descalço e frágil, com um longo pano de musselina sobre o seu turbante, a vaguear pela Mesquita do Profeta em Madinah, tornou-se viral recentemente, levando Turki Al-Sheikh, Conselheiro do Príncipe Herdeiro Muhammad bin Salman, a tweetar perguntando como podia se encontrar com este idoso Paquistanês.
O vídeo que conta com mais de 1 milhão de visualizações, foi analisado com historiadores Islâmicos na Arábia Saudita e fora dela, e concluiu-se que este idoso é a pessoa mais parecida com o Companheiro do Profeta Muhammad e primeiro Khalifa do Isslam, Abubakr Suiddiq, que Allah esteja Satisfeito com ele.
Ele disse: “Sinto que todas as minhas preocupações desapareceram. Meu coração está contente. Não estou nem com falta de sustento, estou feliz. Meu desejo de visitar o santuário do profeta, e Makkah, foi atendido.”
Usuários árabes de mídia social ficaram comovidos com sua aparência, com alguns comparando sua simplicidade e humildade com personalidades islâmicas famosas, como o Abubakr Suiddiq.
Bakhsh de 82, é pastor de gado, e deseja realizar o Hajj, o seu maior sonho.
O projeto de destruição de munições foi financiado pelo povo americano e implementado pelo Halo Trust em parceria com o governo da Guiné-Bissau.
Representação da Embaixada dos Estados Unidos em Bissau
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Nossa crescente parceria de defesa está enraizada em valores comuns, e estou animado que este laboratório ajudará nossos soldados a trabalharem juntos mais de perto e nos ajudará a encontrar novas áreas para colaborar”.
E você, quantos idiomas você fala?
© Getty Images
POR LUSA 26/04/23
O Governo ucraniano lançou hoje uma nova iniciativa destinada a agilizar e promover a inovação no desenvolvimento de 'drones' (aeronaves não-tripuladas) e outras tecnologias que têm sido essenciais na guerra com a Rússia.
Como parte da iniciativa, batizada como BRAVE1, o Governo espera reunir empresas estatais, militares e do setor privado que trabalham em equipamento de defesa num 'cluster' tecnológico que possa dar à Ucrânia uma vantagem no campo de batalha.
"Tendo em consideração o inimigo que está mesmo ao nosso lado e a sua escala, precisamos decididamente de desenvolver a tecnologia militar para podermos defender-nos", declarou o ministro da Transformação Digital ucraniano, Mykhailo Fedorov.
Antes do anúncio oficial de hoje, Fedorov disse à agência de notícias norte-americana Associated Press (AP) que o Governo destinou mais de 100 milhões de hryvnias (cerca de 2,45 milhões de euros) para financiar projetos que tenham potencial para ajudar a Ucrânia a vencer o conflito que já dura há mais de 14 meses.
"Há agora no campo de batalha muitas pessoas da nova geração que sabem trabalhar com tecnologias e precisam delas", sublinhou.
O nome do 'cluster' tecnológico de defesa refere-se à bravura demonstrada pela Ucrânia desde a sua invasão pela Rússia, em fevereiro do ano passado, explicou o ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, durante a apresentação do projeto.
Reznikov vincou que a Ucrânia está a esforçar-se por se tornar independente em matéria de poder militar e que a BRAVE1 pode ser um passo em frente nesse sentido.
Na semana passada, Reznikov reuniu-se na Alemanha com líderes da área da Defesa de todo o mundo para coordenar mais ajuda militar à Ucrânia.
"Não devemos estar dependentes da boa vontade dos nossos parceiros, temos de investir recursos na nossa independência para podermos defender-nos sozinhos", insistiu.
A apresentação do projeto do 'cluster' de tecnologia de defesa decorreu num parque de estacionamento subterrâneo incluiu a apresentação de algumas tecnologias ucranianas já em utilização no campo de batalha, tais como veículos terrestres não-tripulados, sistemas robóticos para identificar minas terrestres e sistemas aéreos não-tripulados.
Tanto Kyiv como Moscovo utilizam com frequência aeronaves não-tripuladas para reconhecimento e em ataques.
A Rússia usa sobretudo os 'drones' explosivos iranianos de longo alcance Shahed-136 para bombardear centrais elétricas ucranianas e causar pânico aos civis.
O Governo da Ucrânia lançou, no ano passado, uma campanha pública de angariação de fundos pedindo aos doadores estrangeiros para o ajudarem a construir "um exército de 'drones'".
Oleksandr Kviatkovskyi, elemento da administração da organização de inovação militar robótica e digital sem fins lucrativos Aerorozvidka, vê a BRAVE1 como uma plataforma que os militares podem usar para comunicar as suas necessidades de material de combate eletrónico e fornecer apoio estratégico à indústria de tecnologia militar.
No entanto, Kviatkovskyi não tem a certeza de que essa plataforma possa dar um impulso significativo ao desenvolvimento de tecnologias de batalha.
"Mesmo que dê, será mínimo -- poucas coisas podem ser mais eficazes que o impacto criado pelos tanques perto de Kyiv", observou, referindo-se a como as forças ucranianas impediram as tropas russas de irromperem pela capital nas primeiras semanas da guerra.
Fevzi Ametov, soldado ucraniano da Crimeia e cofundador da Drone.ua, uma companhia especializada em 'drones', indicou que as empresas e seus engenheiros já estão a ter em conta opiniões de militares no fabrico dos seus produtos.
"Qualquer ataque sem 'drones', agora, é como entrar às cegas num campo minado, sem saber o que nos espera ao virar da esquina", comentou, acrescentando: "As tecnologias ajudam a salvar vidas".
Por agora, a Ucrânia e a Rússia estão quase ao mesmo nível na sua capacidade de utilizar 'drones', mas, para enfrentar um inimigo com mais tropas e equipamento, a Ucrânia tem de esforçar-se por alcançar a superioridade eletrónica, segundo o ministro da Transformação Digital ucraniano.
"Sem ela, independentemente de quanto entusiasmo tenhamos para defender o nosso país, simplesmente não conseguimos fazê-lo", prosseguiu Mykhailo Fedorov.
"É por isso que é importante construir instituições, para que possamos transformar a energia de todos os voluntários, empresas e cidadãos ativos em grandes projetos concretos que continuarão a funcionar durante décadas", sublinhou.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 427.º dia, 8.574 civis mortos e 14.441 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
© Lusa
POR LUSA 26/04/23
O ministro do Ambiente guineense, Viriato Cassamá, disse hoje que o país é o primeiro fora do continente europeu a ratificar a convenção de Aarhus, que dá direito à população a decidir sobre o meio ambiente.
Em conferência de imprensa, Cassamá reagia ao anúncio das Nações Unidas, que confirmaram a legalidade da documentação que o país depositou, no passado dia 04 de abril, para ratificar a convenção, em vigor desde 2021, enquanto 47.º Estado parte.
No global, notou o ministro que também tutela a Biodiversidade, a convenção de Aarhus permite a participação da população na tomada de decisões sobre o ambiente e ter acesso à justiça quando se sentir lesada nos seus direitos.
Questionado pela Lusa sobre se, com esta convenção, alguma comunidade guineense poderá recorrer à justiça para exigir, por exemplo, a paragem de um exercício no seu meio ambiente, o ministro respondeu que desde que os textos forem transpostos para o ordenamento jurídico nacional "é possível".
O governante assinalou que caso a justiça guineense não atue ou se a população não se sentir atendida, poderá recorrer, à luz da convenção ratificada pelo país, para instâncias internacionais.
Viriato Cassamá reconheceu que, presentemente, o ordenamento jurídico guineense "não trata bem os crimes ambientais".
"Temos tido uma pouca participação pública nas tomadas de decisões. É preciso fazer uma consulta pública em tudo quanto é infraestrutura, em tudo quanto são obras de grande envergadura", notou Cassamá.
O ministro notou que a Guiné-Bissau passará, com a convenção de Aahrus, a fazer parte de países onde vigora "a democracia ambiental", e em que a população ajuda os governantes a tomarem decisões sustentáveis.
"Uma comunidade não pode sentir que o seu ambiente está a ser agredido e não fazer nada", observou Viriato Cassamá, dando exemplo de cortes de florestas nas comunidades rurais.
© Reuters
POR LUSA 26/04/23
O comissário para os Assuntos Políticos, Paz e Segurança da União Africana (UA), Bankole Adeoye, advertiu hoje que a eclosão de uma "guerra civil total" com interferência estrangeira no Sudão não beneficiará ninguém.
"Uma guerra civil total com interferência estrangeira no Sudão não será do interesse do Sudão, da região do Corno de África ou do continente como um todo", disse Adeoye numa conferência de imprensa 'online' em Adis Abeba, capital da Etiópia e sede da UA.
"Como UA, não toleraremos uma guerra por procuração em nenhuma região da África Oriental", sublinhou o diplomata nigeriano sobre um eventual apoio das potências internacionais às duas partes que mergulharam o Sudão no conflito que eclodiu em 15 de abril entre o exército e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês).
Adeoye insistiu "fortemente contra a internacionalização deste conflito" e condenou "qualquer interferência de outros atores".
O comissário admitiu que será uma "tarefa hercúlea garantir que o cessar-fogo seja mantido de forma permanente e que os instrumentos humanitários sejam também eficazes".
"Queremos reafirmar e apelar às partes para que respeitem a vontade política internacional para que o cessar-fogo se mantenha", sublinhou, frisando que a UA, em colaboração com os seus parceiros internacionais, procura "garantir que [as partes] vejam a necessidade de silenciar as armas imediatamente".
O responsável para os Assuntos Políticos, da Paz e da Segurança da Comissão da UA sublinhou a necessidade de "proteger os civis sudaneses".
"O bom povo do Sudão quer paz e estabilidade. O bom povo do Sudão tem vindo a clamar pela democracia há anos", afirmou.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, alertou na terça-feira para o facto de o conflito poder desestabilizar toda a região e desencadear uma crise grave que se prolongará por vários anos.
Pelo menos 512 pessoas foram mortas e 4.193 ficaram feridas nos 11 dias de combates no Sudão entre o exército e o poderoso grupo paramilitar RSF, informou hoje o Ministério da Saúde sudanês.
Apesar de uma trégua de 72 horas mediada pelos Estados Unidos da América ter entrado em vigor na segunda-feira de manhã, combates de baixa intensidade continuaram.
Os combates entre as forças armadas, comandadas pelo líder de facto do país desde o golpe de Estado de outubro de 2021, o general Abdel Fattah al-Burhan, e as RSF, chefiadas pelo general Mohamed Hamdane Daglo, conhecido como "Hemedti", seguiram-se a semanas de tensão sobre a reforma das forças de segurança nas negociações para a formação de um novo governo de transição.
Ambas as forças estiveram por trás do golpe conjunto que derrubou o executivo de transição do Sudão em outubro de 2021.
Num encontro promovida está terça-feira, com o governadora, Elisa Tavares Pinto, prometeu reportar as revindicações dos comerciantes ao executivo guineense
Radio Voz Do PovoBissau, 26 Abr 23 (ANG) – O governo, através de um Despacho assinado pelo ministro das Finanças Ilídio Vieira, decidiu suprimir, na totalidade, a taxa de sobrevalorização da Agência Nacional de Caju (ANCA-GB).
Trata-se da cobrança de cinco francos cfa a cada quilograma de castanha de caju exportada, e que se revertia a favor da ANCA-GB.
Para além disso, de acordo com o referido Despacho,datado de 25 de Abril, à que a ANG teve acesso hoje, o executivo reduziu em 50 por cento a taxa de exportação da castanha de caju produzida em 2022.
O executivo isentou ainda o pagamento da Contribuição Predial Rústica (CPR) de 15 francos, a taxa de escoamento de oito francos por cada quilograma à toda a castanha do ano passado que ainda se encontra no interior do país.
No documento, o governo anunciou a eliminação de apresentação do Guia de Remessa no escoamento da castanha de caju de 2022.
As novas medidas tomadas pelo Governo, segundo o despacho, são de carater excepcional, aplicável apenas a safra da castanha do ano 2022, vigorando até dia 20 de Maio de 2023.
No Despacho, o ministro Vieira Té justificou a medida com preocupações levantadas pelo Governo, em Conselho de Ministros sobre o remanescente da castanha de caju da campanha de 2022, que não deve se misturar com a safra deste ano.
Soares Sambú falava na abertura do XXº encontro de Procuradores-gerais da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa(CPLP), que decorre sob o lema “Ministério Público e Desafios Contemporâneos de Combate à Criminalidade” entre 26 e 28 do corrente , em Bissau.
Sambú assegurou que o governo dará todo o apoio necessário para que o XXº encontro dos Procuradores-gerais da CPLP possa decorrer em melhores condições possíveis.
Disse não ter dúvidas de que a realização deste encontro em Bissau irá contribuir para estreitar os laços de cooperação entre as instituições judiciárias da CPLP.
ʺEstou certo que o resultado dos trabalhos dos Procuradores vão corresponder as melhores expectativas das sociedades e do reconhecido papel fundamental que a Constituição da República prescreve ao Ministério Público, em cada um dos países da comunidade”, disse.
Para aquele responsável, a justiça é um bem comum e um dos alicerces do Estado de Direito Democrático, de que os cidadãos esperam mais e exigem mais.
“A proteção da dignidade da pessoa humana, a salvaguarda de direitos pessoais, a promoção da paz social, a prevenção da criminalidade, a resolução dos conflitos gerados na vida económica, enfim são tanta as respostas que a justiça tem de dar e que com toda a legitimidade os cidadãos esperam dela” salientou.
Sambú sublinhou que ninguém tem dúvidas de que os desafios incluindo as ameaças que os Ministérios Públicos têm de enfrentar são muitos e complexos, frisando que basta olhar para os temas escritos na agenda do XXº encontro dos Procuradores para perceber a amplitude dos desafios que têm pela frente.
Dentre eles, enumerou a parceria público/privado, o desafio da criminalidade cibernética, o combate a corrupção, a recuperação dos ativos entre outros.
O governante referiu que nem sempre os recursos humanos e outros meios incluindo os recursos tecnólogicos que são necessários, se mostram suficientes para responder aos desafios que o Ministério Público tem de enfrentar, em defesa do Estado de Direito Democrático.
Disse que têm a consciencia clara de que é preciso investir mais na formação e na capacitação técnica dos agentes e quadros do Ministério Público e diz que, na medida da possibilidade do país, não vão poupar esforços no sentido de dotar esta instituição de meios indispensáveis para o sucesso da sua missão de combate a criminalidade.
Felicitou o Procurador-geral da República, Edmundo Mendes pela iniciativa de acolher em Bissau a realização do XXº encontro dos Procuradores-gerais da República da CPLP e pela assunção da nova função a frente da direção do Forúm da mesma.
Durante cinco dias de trabalhos em Bissau, os Procuradores-gerais da CPLP vão debater sobre o mandato do Procurador-geral da República, a Autonomia funcional do Ministério Público, a Criminalidade Cibernética, a Cooperação judiciária internacional em matéria Penal e Combate a Crimes, o Combate a corrupção, a Autonomia do Ministério Público, e o Ministério Público e os desafios da Cooperação Judiciária na CPLP.
© AFP via Getty Images
POR LUSA 26/04/23
Um membro do antigo regime do ditador sudanês Omar al-Bashir, acusado de crimes contra a humanidade, anunciou que fugiu da prisão com antigos colaboradores, aumentando receios de uma nova agitação, quando o cessar-fogo mediado pelos EUA continua frágil.
Ahmed Haroun estava detido na prisão de Kober, na capital, Cartum, juntamente com outros altos funcionários do antigo regime, em particular Omar al-Bashir, o ditador deposto em 2019 e objeto de um mandado de captura do Tribunal Penal Internacional (TPI) por "crimes contra a humanidade" e "genocídio" no Darfur, oeste do Sudão.
Num discurso gravado na televisão sudanesa na terça-feira à noite, Haroun, que também é procurado pelo TPI, disse que os antigos funcionários do regime de Al-Bashir já não estavam detidos.
"Permanecemos detidos em Kober durante nove dias (...) e somos agora responsáveis pela nossa proteção" noutro local, afirmou.
O cessar-fogo de 72 horas no Sudão, que entrou em vigor na terça-feira, está a ser parcialmente respeitado e hoje prosseguiu a transferência de estrangeiros e civis em fuga do país.
Os combates duram há 12 dias entre o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF), do general Mohamed Hamdane Daglo, e as forças armadas, chefiadas pelo líder de facto do Sudão, Abdel Fattah al-Burhane, dois generais que organizaram o golpe de Estado em outubro de 2021 e que estão agora envolvidos numa guerra pelo poder.
O exército sudanês declarou hoje que Al-Bashir, no poder há 30 anos, estava "ainda num hospital sob a custódia da polícia judiciária".
Em 2003, eclodiu um conflito entre Cartum e membros de minorias étnicas não árabes. Segundo a ONU, o conflito causou cerca de 300.000 mortos e 2,5 milhões de deslocados.
As forças das RSF incluem milhares de antigos milicianos árabes recrutados por Al-Bashir e suspeitos de abusos no Darfur.
© iStock
POR LUSA 26/04/23
Os Estados Unidos vão enviar um submarino nuclear para a Coreia do Sul pela primeira vez em décadas com o objetivo de reforçar a dissuasão contra as ameaças dos norte-coreanos, declarou hoje um alto funcionário norte-americano.
O envio previsto deste submarino, que é equipado com mísseis balísticos com capacidade nuclear, deve ser anunciado como parte da "Declaração de Washington", que será assinada hoje pelo Presidente dos EUA, Joe Biden, e o seu homólogo sul-coreano, Yoon Suk-yeol, que está em visita oficial aos Estados Unidos, de acordo com o alto funcionário, que falou sob condição de anonimato à agência de notícias AFP.
Esta declaração, que lembram as medidas tomadas "no auge da Guerra Fria", segundo a fonte, estabelece também um mecanismo de consulta e troca de informações com Seul sobre questões nucleares que visa reforçar o apoio em matéria de segurança dos norte-americanos aos sul-coreanos.
"Os Estados Unidos não tomavam tais medidas desde os dias da Guerra Fria, com um punhado dos nossos aliados mais próximos na Europa", disse o funcionário.
"Nós procuramos assegurar que, com estas medidas, o nosso compromisso de reforço da dissuasão não seja objeto de qualquer questionamento", acrescentou, antes do encontro de Biden e Yoon na Casa Branca.
Já Seul reafirmará na declaração o seu compromisso de não criar o seu próprio arsenal nuclear.
Para os Estados Unidos, trata-se de tornar mais visível o seu sistema de dissuasão "por meio do deslocamento em intervalos regulares de meios estratégicos, incluindo a visita de um submarino nuclear à Coreia do Sul, que não acontece desde o início dos anos 1980 ", afirmou o alto funcionário.
Além dos submarinos, haverá "uma sequência regular de visitas de bombardeiros e porta-aviões", mas nem estes meios e nem armas nucleares serão enviados de forma definitiva para o território sul-coreano.
O responsável disse que as autoridades norte-americanas avisaram previamente os chineses para lhes explicar "as razões" por detrás destas medidas.
Já a Coreia do Norte realizou um nível recorde de lançamentos de mísseis balísticos neste ano.
Os Presidentes Biden e Yoon também vão acordar medidas de cooperação em áreas como cibernética, economia de mudança climática.
O chefe de Estado sul-coreano chegou na terça-feira aos Estados Unidos e visitou o cemitério de Arlington e o Goddard Space Center da NASA, perto de Washington, acompanhado pela Vice-Presidente dos EUA, Kamala Harris.
Yoon Suk-yeol também visitou na noite de terça-feira, com o Presidente Biden, o Memorial da Guerra da Coreia (1950-1953), localizado no centro da capital norte-americana.
Hoje, Yoon irá participar numa cerimónia de boas-vindas na Casa Branca, que será seguida de uma reunião e um jantar de gala.
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POR LUSA 26/04/23
Taiwan vai simular respostas a uma "potencial invasão chinesa", durante os exercícios militares anuais designados Han Kuang, anunciou hoje o ministério da Defesa, num período de crescentes tensões com Pequim.
Os Han Kuang vão dividir-se em duas fases: jogos de guerra computadorizados, que decorrem entre 15 e 19 de maio, e manobras com uso de fogo real, marcadas para o período entre 24 e 28 de julho, afirmou o general Lin Wen-huang, citado pela agência oficial CNA.
Os jogos computadorizados vão ser baseados numa plataforma projetada pelos Estados Unidos que permite a simulação de operações civis e militares.
As simulações vão ser realizadas ao longo de cinco dias, para "testar a capacidade militar de coordenar e executar a resposta a uma invasão chinesa", disse Lin.
Os exercícios com fogo real vão concentrar-se em testar a capacidade dos militares taiwaneses de "conservar a sua força, no caso de uma invasão em grande escala" e "realizar interceções marítimas", para evitar um bloqueio chinês à ilha.
Os aeroportos civis também vão participar das manobras, que o general descreveu como um "recurso importante para o Exército aumentar a sua flexibilidade e garantir que as forças aéreas podem sobreviver por mais tempo".
Os exercícios de Han Kuang são realizados anualmente desde 1984 para testar a prontidão de combate de Taiwan contra uma possível invasão chinesa.
A China realizou quatro dias de exercícios militares em torno de Taiwan este mês, em retaliação contra uma reunião na Califórnia entre a presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, e o presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Kevin McCarthy.
As manobras contaram com a participação do porta-aviões Shandong e incluíram um bloqueio de facto à ilha.
O general Lin evitou responder a perguntas na quarta-feira sobre se os exercícios Han Kuang vão incluir uma resposta potencial à utilização do Shandong pela China.
No final da Segunda Guerra Mundial, Taiwan integrou a República da China, sob o governo nacionalista de Chiang Kai-shek. Após a derrota contra o Partido Comunista, na guerra civil chinesa, em 1949, o Governo nacionalista refugiou-se na ilha, que mantém, até hoje, o nome oficial de República da China, em contraposição com a República Popular da China, no continente chinês, comunista.
O território realizou reformas democráticas nos anos 1990 e é hoje uma das mais vibrantes democracias no leste da Ásia. Mas, Pequim considera a ilha parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso Taipé declare formalmente a independência.
Nos últimos anos, a China tem enviado caças e navios de guerra para perto do território com frequência quase diária.
© Reuters
POR LUSA 26/04/23
Alemanha e Reino Unido intercetam aviões militares russos sobre Mar Báltico
A Alemanha e o Reino Unido intercetaram três aviões militares russos de reconhecimento sobre o Mar Báltico, anunciou hoje a força aérea alemã.
"Voos de reconhecimento intercetados. [Os caças] Eurofighters alemães e britânicos foram alertados para identificar três aeronaves militares. Os dois [aviões] SU-27 Flankers e um IL-20 russos estavam novamente a voar sem sinais de 'transponder' no espaço aéreo internacional sobre o Mar Báltico", declarou a força aérea alemã na rede social Twitter.
A Alemanha e o Reino Unido participam no âmbito da NATO na vigilância do espaço aéreo sobre os Estados bálticos - Letónia, Estónia e Lituânia.
Os incidentes envolvendo aviões russos e aeronaves de países da NATO multiplicaram-se nos últimos anos, antes mesmo do início do conflito na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.
Uma interceção semelhante ocorreu em 17 de abril. Estes encontros acontecem frequentemente no Mar Báltico, mas também no Mar Negro e em outros lugares.
Em março, a força aérea russa abateu um 'drone' norte-americano Reaper MQ-9 no Mar Negro e o incidente causou uma breve escalada de tensões entre Washington e Moscovo.
1) - O Partido da Renovação Social (PRS) está em queda livre. Não renova seu modo tático. Perde espaço e reduz paulatinamente a sua importância no xadrez político nacional: da liderança do governo (1999) à líder da oposição (até 2019) e, de lá a essa parte, terceira força política no parlamento.
Os renovadores sem renovação não dão de conta que a narrativa eleitoralista com que chegaram ao poder em 99; com que quase perpetraram na liderança da oposição e/ou a musculatura militar de que sempre beneficiaram para "legitimar" seus complô's e assim garantir cadeiras de governo à governo já não gozam de tanta validade como outrora. O país inteiro já se deu conta disto, mas o renovadores sem renovação ainda não. O PRS precisa crescer (qualidade do seu conteúdo político) para o bem da nossa democracia e da própria governança.
2) - Com o modo tático em falência, associada a sua falta total de compromisso de sociedade (Programa Eleitoral/Governação) conhecedor profundo das necessidades do país e das formas objetivas de as suprimir, PRS não espelha confiança nem em si mesmo, enquanto partido que almeja o poder, e muito menos para mim, cidadão atento, comprometido e exigente que se importa muito com o conteúdo político/programático e nível de preparação e comprometimento dos agentes políticos e partidos que representam.
3) - Para piorar PRS vai me propor (eu na qualidade de eleitorado) o nome de Florentino Mendes Pereira ao cargo de primeiro-ministro em caso da sua vitória. As perguntas que me ocorrem são: (i) quem é Florentino Mendes Pereira? (ii) quais as suas visões e propostas do desenvolvimento?
Quanto a primeira questão, Florentino Mendes Pereira é, como muitos políticos da nossa praça, um que tem no ser ministro como profissão. Dizem que é um quadro experimentado. Membro de vários governos e que melhorou a sua vida e da sua família mais do fez, em todos os governos nos quais passou, para melhorar a vida do povo que diz ser representante.
Quanto a segunda, não sei. Sinceramente não sei o que Florentino Mendes Pereira pensa como político; qual sua leitura sobre o país real e nem tão pouco os seus projetos em como tirar o país da calamitosa situação em que se encontra. O PRS e Florentino Mendes Pereira seguramente levarão para a campanha aquelas anotações de menos vinte páginas que na eleição passada chamavam de programa eleitoral.
No dia que eu tiver um pouco só de conhecimento sobre o que Florentino Mendes Pereira pensa sobre a educação, ciência e tecnologia; saúde, agricultura, indústria, infraestrutura, política externa, defesa da soberania, criação e distribuição de riqueza, emprego, aposentadoria etc... prometo que me darei o tempo de pensar, digo pensar, nele. Por enquanto está dispensado! Desculpa, Florentino!
CNN, 26/04/23
Mais de 60% do total global de casos da doença atribuíveis à dieta deveram-se ao excesso de apenas seis hábitos alimentares prejudiciais
Alimentar-se de demasiados produtos refinados de trigo e arroz, juntamente com comer muito poucos cereais integrais, está a fazer crescer o número de novos casos de diabetes tipo 2 em todo o mundo, de acordo com um novo estudo que usa como modelo dados até 2018.
"O nosso estudo sugere que a fraca qualidade dos hidratos de carbono é um dos principais impulsionadores da diabetes tipo 2 atribuível à dieta alimentar a nível mundial", diz o autor Dariush Mozaffarian, professor de nutrição na Universidade Tufts e professor de medicina na Escola de Medicina Tufts, em Boston, em comunicado.
Outro factor chave: as pessoas estão a comer demasiadas carnes vermelhas e processadas, tais como bacon, salsichas, enchidos e similares, diz o estudo. Estes três fatores – comer muito poucos cerais integrais e demasiados grãos e carnes processados – foram os principais responsáveis por mais de 14 milhões de novos casos de diabetes tipo 2 em 2018, segundo o estudo, que foi publicado na revista Nature Medicine.
De facto, o estudo estimou que 7 em cada 10 casos de diabetes tipo 2 a nível mundial em 2018 estavam ligados a más escolhas alimentares.
"Estas novas descobertas revelam as áreas críticas para o enfoque nacional e global no sentido de melhorar a nutrição e reduzir o peso devastador da diabetes", disse Mozaffarian, que é também o editor responsável pelo Boletim de Saúde e Nutrição da Tufts.
Demasiados alimentos processados
Mozaffarian e a sua equipa desenvolveram um modelo de investigação dos hábitos alimentares entre 1990 e 2018 e aplicaram-no a 184 países. Em comparação com 1990, houve mais 8,6 milhões de casos de diabetes tipo 2 devido a uma dieta pobre em 2018, revelou o estudo.
Os investigadores descobriram que comer demasiados alimentos nocivos causava mais casos de diabetes de tipo 2 a nível global do que a falta de alimentação saudáveis, sobretudo para os homens em comparação com as mulheres, para os mais jovens em comparação com os adultos mais velhos, e para os residentes urbanos quando comparados com os habitantes rurais.
Mais de 60% do total global de casos da doença atribuíveis à dieta deveram-se ao excesso de apenas seis hábitos alimentares prejudiciais: comer demasiado arroz e trigo refinados e batatas; demasiadas carnes vermelhas processadas e não processadas; e beber demasiadas bebidas açucaradas e sumos de fruta.
O consumo inadequado de cinco alimentos protetores - frutas, legumes sem amido, frutos secos, sementes, cereais integrais e iogurte - foi responsável por pouco mais de 39% dos novos casos.
As pessoas na Polónia e na Rússia, onde as dietas tendem a incluir demasiadas batatas e carne vermelha e processada, e noutros países da Europa Central e Oriental, bem como da Ásia Central, tiveram a maior percentagem de novos casos de diabetes de tipo 2 ligados à dieta.
Colômbia, México e outros países da América Latina e Caraíbas também tiveram um elevado número de novos casos, o que, segundo os investigadores, poderá dever-se a uma dependência de bebidas açucaradas e carne processada, bem como a um baixo consumo de cereais integrais.
"O nosso modelo não prova a causa, e as nossas conclusões devem ser consideradas como estimativas de risco", escreveram os autores.
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POR LUSA 26/04/23
A Presidência da República da África do Sul esclareceu que Pretória continua a ser signatária do Estatuto de Roma permanecendo no Tribunal Penal Internacional (TPI).
Em comunicado, a presidência sul-africana referiu que o esclarecimento ocorre após os comentários proferidos na terça-feira, em conferência de imprensa, pelo Congresso Nacional Africano (ANC), o partido no poder na África do Sul, e também pelo chefe de Estado, Cyril Ramaphosa, após a visita do Presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, sobre o Tribunal Penal Internacional.
"Com base na discussão pública e nos pronunciamentos sobre a participação da África do Sul no Tribunal Penal Internacional (TPI), a Presidência deseja esclarecer que a África do Sul continua a ser signatária do Estatuto de Roma e continuará a defender a aplicação igual e consistente do direito internacional", afirmou.
"Este esclarecimento segue-se a um erro num comentário feito durante uma conferência de imprensa realizada pelo [partido] governante Congresso Nacional Africano (ANC) sobre o estatuto da África do Sul relativamente ao TPI. Lamentavelmente, o Presidente erroneamente afirmou uma posição semelhante durante uma conferência de imprensa hoje [terça-feira]", adiantou.
No comunicado, a que a Lusa teve acesso, a Presidência da República sul-africana reiterou que "a África do Sul continua a ser signatária do TPI, de acordo com uma resolução da 55.ª Conferência Nacional do ANC, realizada em dezembro de 2022".
A Presidência sul-africana salientou que o Comité Nacional Executivo (NEC, na sigla em inglês) do ANC "reafirmou a deliberação de dezembro" em reunião realizada no último fim de semana (21 a 24 de abril).
"O NEC também refletiu sobre a possível saída do TPI como uma opção que surgiria como medida de último recurso na ausência de opções legais que resultariam em justiça e consistência na administração do direito internacional", adiantou.
O comunicado indicou também que "a África do Sul trabalhará para fortalecer o protocolo de Malabo que estabeleceria um tribunal criminal continental que complementaria o TPI como tribunal de última instância".
"Além disso, a África do Sul está a considerar uma emenda legislativa que domesticaria o Estatuto de Roma para que reflita todos os artigos do Estatuto de Roma. Isso inclui a provisão do artigo 98 do estatuto que requer uma renúncia de imunidades para pessoas acusadas pelo TPI de países terceiros onde não há encaminhamento pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas", indicou no comunicado.
O Governo do Presidente Cyril Ramaphosa, que é também presidente do ANC, criticado por advogar um diálogo de paz na Ucrânia desde o início da invasão militar da Rússia, encontra-se sob forte pressão internacional dos Estados Unidos e dos países membros da União Europeia (UE) para executar a aplicação de uma decisão do TPI contra o Presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, que deverá visitar a África do Sul na segunda metade deste ano.
Em março, o Tribunal Penal Internacional de Haia, nos Países Baixos, emitiu um mandado de prisão contra o presidente russo, Vladimir Putin, por crimes de guerra, relacionado com o conflito na Ucrânia.