terça-feira, 25 de abril de 2023
DECORRE EM BISSAU A QUARTA SESSÃO DA COMISSÃO MISTA DO ACORDO DE PESCAS UE-GB
O Avião E-6B Mercury Do “Juízo Final” Que Chegou Na Europa – Acionado Para Guerra Nuclear
O misterioso avião espacial robótico X-37B bateu mais um recorde, chegando a 900 dias em órbita. E a aeronave dos EUA tem tudo para ir além, já que sua atual missão não tem data para terminar.
ACNUR estima que conflito no Sudão cause pelo menos 145 mil refugiados
© Lusa
POR LUSA 25/04/23
A Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) estimou hoje que o conflito interno no Sudão poderá causar pelo menos 145 mil refugiados, sobretudo no países vizinhos do Chade e do Sudão do Sul.
Em conferência de imprensa, coordenada a partir de Genebra, a representante do ACNUR no Chade, Lorena Lo Castro, disse que a agência se prepara para receber até 100.000 refugiados naquele país, 20.000 dos quais já contabilizados até ao momento.
Também a representante no Sudão do Sul, Marie-Hélène Verney, indicou que naquele território são esperados 45.000, segundo os dados avançados pela agência EFE.
A estes números acrescem os sudaneses que fugiram para o vizinho Egipto, em relação aos caos a porta-voz do ACNUR em Genebra, Olga Sarrado, afirmou que ainda não existem números exatos sobre o número de refugiados que já chegaram àquele país.
De acordo com o último balanço da Organização das Nações Unidas (ONU), o conflito já provocou 459 mortos e 4.079 feridos.
Os violentos combates no Sudão opõem forças do general Abdel Fattah al-Burhan, líder de facto do país desde o golpe de Estado de 2021, e um ex-adjunto que se tornou um rival, o general Mohamed Hamdan Dagalo, que comanda o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês).
Os confrontos começaram devido a divergências sobre a reforma do exército e a integração das RSF no exército, parte do processo político para a democracia no Sudão após o golpe de Estado de 2021.
Leia Também: Sudão. EUA iniciaram processo de retirada de cidadãos por via terrestre
Joe Biden anuncia recandidatura oficial à Casa Branca
© Eva Marie Uzcategui/Bloomberg via Getty Images
Notícias ao Minuto 25/04/23
O presidente norte-americano já tinha dito várias vezes que planeava voltar a concorrer em 2024.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou finalmente a sua recandidatura à presidência do país, depois de meses em que foi sugerindo uma nova corrida à Casa Branca.
Num vídeo publicado nas redes sociais, Biden afirmou que "cada geração tem um momento em que tem de lutar pela democracia" e por "liberdades fundamentais", prometendo que quer "acabar o trabalho" que começou em janeiro de 2021.
Biden, que já é o presidente mais velho de sempre a tomar posse, tem 80 anos e terá 82 quando terminar o primeiro mandato.
Biden fincou que o trabalho do seu primeiro mandato tem sido de "luta pela democracia", reiterando que, à semelhança do que dissera em 2020, a sua campanha será pela união democrática e contra os extremismos.
Apesar da sua idade já avançada, o presidente norte-americano tem deixado claro que isto não é uma preocupação - algo que muitos eleitores, como refere a Sky News, não concordam. Ainda assim, Biden é, de longe, o favorito dentro do Partido Democrata para ser reeleito em 2024.
O anúncio não é, no entanto, uma surpresa. A vice-presidente Kamala Harris disse, recentemente, que a equipa do chefe de Estado só estava à espera do melhor momento para anunciar e, na segunda-feira, o site POLITICO avançou que o vídeo de candidatura já estava pronto a ser lançado.
Dentro dos democratas, Biden irá concorrer sem praticamente nenhum candidato de peso. Os únicos democratas a anunciarem candidaturas, até agora, foram Marianne Williamson, uma escritora de livros de autoaajuda, e Robert F. Kennedy Jr., mais conhecido por promover teorias de conspiração, especialmente informações falsas relativamente a vacinas.
Do outro lado, Biden poderá voltar a encontrar Donald Trump na corrida à presidência. O antigo líder norte-americano anunciou a sua recandidatura em novembro do ano passado e tem andado em campanha pelo país, embora sem a dimensão e apoio popular que teve em 2016 e 2020.
Trump terá, ainda, de afastar a possível entrada de Ron DeSantis nas primárias republicanas. O governador da Flórida tornou-se num dos principais rostos da nova direita populista, mostrando-se como uma versão mais polida do antigo presidente - apesar das suas políticas autoritárias, racista e anti-LGBTI+ serem ainda mais fortes do que qualquer medida promovida por Donald Trump nos seus anos na presidência.
As eleições presidenciais norte-americanas estão marcadas para novembro de 2024.
A Resistência da Guiné-Bissau/Movimento de Bafáta, em conferência de imprensa na sua sede em Bissau, para esclarecer a opinião pública nacional e internacional do processo que intentou sobre o PAIGC.
TIMOR-LESTE: Presidente diz que reconciliação timorense ainda não está concluída
© Lusa
POR LUSA 25/04/23
O presidente da República timorense disse hoje que a reconciliação entre os timorenses não está concluída, depois da guerra contra a ocupação indonésia, por prevalecerem acusações lançadas pela ONU contra alguns responsáveis nacionais e indonésios.
"O nosso país e povo conhecemos os horrores de guerras, o levantamento de 1958, a guerra civil de agosto de 1975, conflitos sangrentos entre os timorenses, a guerra e as catástrofes humanas resultantes do conflito que durou 24 anos", afirmou José Ramos-Horta em Díli.
"Com coragem soubemos perdoar, reconciliar, sarar as feridas do corpo e da alma, e reunir a grande família timorense. Mas o processo de reconciliação ainda não é total, ainda não é genuíno, porque prevalecem os indícios lançados pelas instituições criadas pela UNTAET em 2000, afetando 400 pessoas entre Timorenses (agora cidadãos indonésios) e algumas figuras militares indonésias", considerou.
O chefe de Estado, que já se tinha referido a este tema no passado, reiterou o seu compromisso de "tudo fazer para completar o nobre processo de reconciliação intratimorense".
José Ramos-Horta falava numa cerimónia no Parlamento Nacional alusiva ao 1.º aniversário da adesão de Timor-Leste o documento sobre a Fraternidade Humana para a Paz Mundial e a Convivência Comum.
"Timor-Leste tem a obrigação, fundada na nossa própria Constituição, de aderir em pleno aos valores consagrados na Declaração Sobre Fraternidade Humana, integrando-a no curriculum escolar a partir do ensino elementar", afirmou.
"Acredito que a introdução do estudo da Declaração Sobre Fraternidade Humana adaptado para cada fase escolar irá contribuir para que esta terra sagrada de tanto sofrimento e esperança venha a ser uma terra de paz e fraternidade", disse.
O chefe de Estado referiu-se ainda ao momento atual, "uma crise global sem precedentes desde a Segunda Grande Guerra", em que se evidencia um crescente processo de fragmentação do multilateralismo.
"Não me refiro apenas à destruidora guerra na Ucrânia, uma guerra desencadeada por um membro Permanente do Conselho de Segurança, facto que descredibiliza a única instituição de paz e segurança universalmente reconhecida e mandatada para prevenir conflitos, intervir e restaurar paz e segurança", disse.
"Sabemos que o processo de fragmentação do multilateralismo não começou com a guerra da Ucrânia. Forças russas antes tinham invadido e ocuparam partes do território de Geórgia e a península de Crimeia. Membros do Conselho de Segurança estão direta ou indiretamente envolvidos nas guerras sem fim na Síria, Líbia, Iémen, etc", considerou.
Paralelamente, recordou, o planeta vive ainda as consequências "nas vidas e nas economias" da pandemia da covid-19, "com o regresso à pobreza de centenas de milhões de pessoas" e o trabalho infantil "a aumentar drasticamente a nível global".
"Instituições bancárias internacionais, públicas e comerciais, têm revelado indiferença perante estas tragédias humanas, não acolhendo os apelos lançados pelo secretário-geral da ONU e por centenas de personalidades mundiais para a adoção de medidas financeiras para incentivar e acelerar a recuperação económica e a melhoria da situação social e humanitária nas regiões e países mais afetados".
Neste quadro, defendeu duas medidas "óbvias" para aliviar a crise económica e humanitária, nomeadamente "o perdão da totalidade das dividas dos Estados Frágeis, dos Países Menos Desenvolvidos (LDCs) e dos Países Altamente Endividados" e ainda um aumento "significativo" para 0,7% do PIB do apoio externo dos países industrializados.
"A pandemia foi uma lotaria com sorte grande para as grandes indústrias farmacêuticas mundiais, estas viram seus lucros subirem em milhares de milhões de dólares. As indústrias armamentistas lucram escandalosamente com guerras, são indiferentes à destruição e morte das centenas de milhares de seres inocentes", afirmou.
O chefe de Estado timorense disse que se mobilizaram milhares de milhões para a Ucrânia, ou para os pacotes para resgatar a banca ocidental, mas poucos países ricos "responderam aos apelos da ONU para alocar 0,7% do seu PIB para programas de ajuda externa".
Em vez disso, desde a crise do subprime de 2009, notou, "a contribuição dos países de OCDE tem sido drasticamente reduzida, nunca restaurada aos níveis de antes de 2009".
"É muito obvio que a essência da mensagem da Fraternidade Humana está ausente do vocabulário e práticas dos grandes detentores de poder mundial.
Referindo-se ao atual momento de campanha para as legislativas timorense, Ramos-Horta referiu-se a "incidentes de alguma gravidade visualmente comprovados", pelo que renovou o apelo "veemente para a observância rigorosa dos compromissos que todos os partidos democráticos assumem, de rejeição de discursos inflamatórios, populistas e demagógicos".
"O povo merece, espera e exige de todos nós um comportamento exemplar nos nossos discursos e atos. Assim poderemos consolidar a democracia e paz duradouras e confirmar Timor-Leste como Terra de Fraternidade", disse.
Leia Também: Estreantes dos Verdes de Timor confiantes em ser 3.ª força política
O Coordenador Nacional do MADEM-G15, Braima Camará tem encontro marcado com a comunidade guineense dia 29 de abril pelas 14:00 no Le Royal Hotel, em Luxemburgo.
O líder da grande força política irá auscultar os seus conterrâneos para melhor conhecer as suas preocupações e perspectivas enquanto guineenses residentes em Benelux.
O futuro da Guiné-Bissau depende do bem-estar de todos os guineenses, dentro e fora.
Guiné-Bissau tene soluçon, ku MADEM-G15
HORA TCHIGA!
29 ABR 2023 | 14:00 | LE ROYAL HOTEL LUXEMBURGO 🇱🇺
Ao longe, Biden confirma recandidatura à presidência em 2024
© Getty Images
Notícias ao Minuto 24/04/23
Presidente norte-americano deverá, na terça-feira, anunciar oficialmente a sua recandidatura ao lugar. Já deu, no entanto, uma resposta positiva aos jornalistas.
Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, deverá anunciar, na terça-feira, a recandidatura à liderança do país.
Nesta segunda-feira, no entanto, o jornalista Mark Stone, correspondente nos EUA da Sky News, garantiu que o chefe de Estado norte-americano lhe respondeu positivamente sobre a possível recandidatura ao lugar.
"'Você vai candidatar-se de novo, senhor?', perguntei no Jardim das Rosas [da Casa Branca] enquanto ele desaparecia para dentro da Sala Oval. 'Sim!', disse-me ele."
Assim descreveu Stone a troca de palavras, ao longe, com o presidente norte-americano, que pareceu comprovar assim o que o mundo inteiro espera que anuncie na terça-feira, quando se cumprem exatamente quatro anos desde que anunciou a primeira candidatura à presidência, em 2019.
"Eu já disse que estou a planear concorrer. Vou avisar-vos muito em breve", disse também Biden, em declarações mais amplas aos jornalistas desde a Casa Branca.
O Democrata, que aos 80 anos é o presidente mais velho da história dos Estados Unidos, vem dizendo há meses que pretende concorrer à reeleição.
Quando visitou a Irlanda em 14 de abril, Biden já havia dito que o anúncio viria "relativamente em breve" quando questionado por jornalistas. E alguns dias antes, em 10 de abril, Joe Biden já havia dito a um repórter da cadeia televisiva NBC que planeava concorrer à eleição, mas ainda não estava pronto para anunciar oficialmente.
As eleições norte-americanas para a presidência disputam-se a 5 de novembro de 2024. Donald Trump, que governou o país entre 2016 e 2020, anunciou em novembro do ano passado a sua recandidatura ao cargo.
Além de Trump, há já outros cinco candidatos do lado Republicano: a ex-embaixadora norte-americana junto à ONU Nikki Haley, o empresário Vivek Ramaswamy, o ex-governador do Arkansas Asa Hutchinson, o radialista conservador Larry Elder e o empresário Perry Johnson.
Outros políticos conservadores também deram a entender que estão interessados em concorrer, como o governador da Florida, Ron DeSantis, ou o ex-vice-presidente de Trump, Mike Pence, embora até agora nenhum tenha dado esse passo.
Do lado democrata, Biden parece não ter grande oposição, já que grandes personalidades do partido descartaram concorrer e só enfrenta concorrência de figuras sem grande relevância.
Concretamente, apenas duas figuras do partido declararam a sua intenção de concorrer à indicação Democrata: o advogado ambiental e ativista anti-vacinas Robert F. Kennedy, sobrinho do ex-presidente John F. Kennedy (1961-1963); e a autora de livros de autoajuda Marianne Williamson.
O Comité Nacional Democrata apoia totalmente Biden e já disse que não planeia organizar debates para as primárias.
Leia Também: Biden 2024 divide os democratas mas com apoio da maioria, mostra pesquisa
Nepal. Avião com 167 pessoas a bordo incendeia-se após embate com ave
Notícias ao Minuto 24/04/23
De acordo com o porta-voz da Autoridade de Aviação Civil do Nepal, o incêndio foi rapidamente controlado.
O motor de um avião da companhia aérea Flydubai incendiou-se pouco depois de a aeronave ter descolado, em Catmandu, no Nepal, após um embate com uma ave, esta segunda-feira.
O voo, que tinha como destino o Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, levava 167 pessoas a bordo, segundo disse a Autoridade de Aviação Civil do Nepal em declarações à agência Reuters.
Contudo, de acordo com o porta-voz da entidade, Jagannath Niroula, o incêndio foi rapidamente controlado.
Imagens publicadas nas redes sociais – às quais poderá aceder na galeria acima – mostram o avião em chamas.
“Voo Flydubai número 576, (Boeing 737-800) Catmandu para Dubai está normal e a seguindo para seu o destino, Dubai, de acordo com o plano de voo”, adiantou a entidade, na rede social Twitter.
De acordo com Niroula, o voo chegaria ao destino pelas 00h14 locais (21h14 em Lisboa). Segundo a Flydubai, o avião aterrou à hora prevista e sem problemas.
De notar que, também esta segunda-feira, um voo da American Airlines, com 173 pessoas a bordo, regressou ao aeroporto de partida devido a um incêndio num dos motores do avião, após uma colisão com várias aves.
Leia Também: Motor de avião com 173 pessoas a bordo incendiou-se após embate com aves
Líder do MADEM: “NÃO PERMITIREMOS A INSTABILIDADE NA GUINÉ-BISSAU. NÃO TEMOS MEDO DE QUAISQUER TIPO DE AMEAÇAS”
O líder do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM), Braima Camará, advertiu que o seu partido não vai permitir em momento algum que haja instabilidade política na Guiné-Bissau, como também não tem medo de quaisquer tipo de ameaças.
“Pedimos à população que vote no partido em cujo o projeto acredita. Apelamos ainda aos partidos políticos que coloquem fiscais nas assembleias de voto para vigiar as urnas, porque não vamos permitir em nenhum momento a instabilidade na Guiné-Bissau. Este povo já está cansado. Aliás, é bom deixar claro que não temos medo de quaisquer tipo de ameaças”, alertou.
Camará fez essas advertências esta segunda-feira, 24 de abril de 2023, durante a cerimónia da entrega de cartões de militância aos membros da Associação de Padeiros da Guiné-Bissau. O evento decorreu na sede nacional do partido e contou com a presença de altos dirigentes do Partido.
O Coordenador nacional do MADEM disse que o seu partido sempre defendeu a democracia, razão pela qual defende igualmente que o partido vencedor das legislativas governe na tranquilidade, porque “Deus é quem dá o poder, portanto não se pode assumi-lo por via da força”.
Assegurou que o MADEM respeita todas as formações políticas no país, contudo disse que não tem a culpa de ter conquistado a confiança dos guineenses que a cada dia aderem ao projeto.
“Que culpa temos, se o povo guineense acredita na nossa liderança e no nosso projeto de inclusão social e da unidade nacional?”, questionou.
Por: Assana Sambú
Leia Também: Presidente do PRS: “VENCEREMOS AS LEGISLATIVAS. SE ALGUÉM SUBTRAIR O NOSSO VOTO, NÃO VIVERÁ ESSA VITÓRIA”
segunda-feira, 24 de abril de 2023
"A cada dia estamos mais perto da vitória", diz Zelensky
© Artur Widak/NurPhoto via Getty Images
POR LUSA 24/04/23
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, recusou hoje deixar cair nas mãos das forças russas a localidade de Bakhmut, onde as suas tropas enfrentam duros ataques dos mercenários russos da Wagner, antes da anunciada contraofensiva ucraniana.
"Não podemos desistir de Bakhmut, pois isso contribuiria para expandir a frente e permitiria que as tropas russas e os [mercenários] Wagners capturassem mais território", disse Zelensky ao canal Al-Arabiya.
As unidades de assalto da empresa militar privada Wagner ocuparam cerca de vinte quarteirões da cidade nos últimos dias, embora à custa de um grande número de baixas, de acordo com as autoridades de Kyiv.
Zelensky pretende continuar a resistir apesar da insistência de vários aliados sobre a duvidosa importância estratégica daquele bastião na província de Donetsk, no leste do país, onde a batalha dura há largos meses com elevadas baixas de ambas as partes.
"Se a Rússia tomar Bakhmut, pode tornar-se num trampolim para o avanço em direção a duas cidades ainda maiores na região de Donetsk - Kramatorsk e Sloviansk", afirmou.
O líder ucraniano reconheceu que a situação em vários setores da frente é complicada, mas que a Ucrânia "está mais forte do que há um ano".
Zelensky destacou que o escândalo da fuga de documentos secretos dos Estados Unidos, a serem fidedignos, com informação sensível sobre a Ucrânia, não teve impacto nos preparativos da contraofensiva do exército ucraniano, acrescentando: "A cada dia estamos mais perto da vitória".
Considerou ainda que, quando os aliados apoiam Kyiv, estão na verdade a ajudar-se a si mesmos, uma vez que "a verdade é que a Rússia não vai parar na Ucrânia e isso está claro para todos".
Enquanto isso, o líder da Wagner, Yevgueni Prigojin, afirmou que, após quase nove meses de combates, as forças ucranianas controlam uma área não superior a um ou dois quilómetros em Bakhmut.
"A nossa tarefa é oprimir o exército ucraniano, não lhe dar a oportunidade de se preparar para a contraofensiva. Fazemos isso com muito sucesso", declarou.
A propósito da contraofensiva, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, pediu hoje à União Europeia (UE) que intervenha para acelerar o fornecimento de munições a Kyiv.
Entre as necessidades mais urgentes, Kuleba mencionou "mais veículos blindados, tanques e sistemas de artilharia, artilharia de longo alcance e munições".
Kuleba, que já expressou a sua frustração na semana passada com a incapacidade da UE de implementar o seu plano de angariar, comprar e produzir um milhão de munições para a Ucrânia, sustentou, por outro lado, que "não há argumento racional" para impedir o envio de F-16 e aviões de combate para o seu país, alegando que "a superioridade aérea sobre o inimigo salvará vidas de soldados e civis".
O Instituto para o Estudo da Guerra (ISW) norte-americano assegurou hoje no seu relatório diário que Kyiv preparou nove brigadas mecanizadas para a esperada contraofensiva, cinco a mais do que as usadas para recapturar Kharkiv em setembro de 2022.
Para isso, terá que contar com blindados, tanques de guerra e, o mais importante, muitas munições, face a uma estimativa de uma mobilização por Moscovo de 120.000 soldados, segundo Kyiv.
Prigojin afirmou que assim que o Grupo Wagner terminar a missão em Bakhmut, no mesmo dia começará a contraofensiva ucraniana.
Sobre a possível ofensiva russa na direção de Sloviansk e Kramatorsk, comentou que as suas forças continuam em condições de o fazer, "pois a situação num raio de 10 quilómetros de Bakhmut não mudará após a sua captura".
"Zelensky vai precisar de uma grande vitória. E para isso vai começar a contraofensiva", alertou.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.534 civis mortos e 14.370 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
Leia Também: "Atrocidades em massa" marcaram Europa em 2022, diz Conselho da Europa
MACKY SALL: Presidente senegalês rompe com Idrissa Seck após candidatura às eleições
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POR LUSA 24/04/23
O Presidente senegalês, Macky Sall, oficializou hoje a sua rutura com um dos seus principais aliados na coligação governamental, o antigo primeiro-ministro Idrissa Seck, que anunciou recentemente a sua candidatura presidencial às eleições de 2024.
Idrissa Seck, de 63 anos, chefe de governo entre 2002 e 2004 sob a Presidência de Abdoulaye Wade, ficou em segundo lugar, atrás de Sall nas eleições presidenciais de 2019.
Em novembro de 2020 abandonou a oposição para se juntar à coligação presidencial e foi posteriormente nomeado presidente do Conselho Económico, Social e Ambiental (Cese), uma instituição consultiva.
O seu partido também passou a integrar o governo, onde tinha duas pastas.
O Presidente Sall "deu por findas" as funções de Seck como chefe do Cese e as de Yankhoba Diatara, ministro dos Desportos, e Aly Saleh Diop, ministro da Pecuária, segundo um comunicado oficial enviado à agência France-Presse.
Seck foi substituído na direção do Cese por um antigo ministro das Finanças, Abdoulaye Daouda Diallo, que foi chefe de gabinete do Presidente Sall.
O primeiro-ministro Amadou Bâ irá, "cumulativamente com as suas funções", dirigir os ministérios do Desporto e da Pecuária, segundo o comunicado presidencial.
O antigo primeiro-ministro Seck tinha anunciado no sábado a sua saída do Cese, bem como a saída do seu partido da coligação presidencial e a demissão dos dois ministros do governo, depois de ter declarado em 14 de abril a sua candidatura às eleições presidenciais.
O Presidente Sall, eleito em 2012 e reeleito em 2019, mantém o silêncio sobre as suas intenções relativamente à eleição presidencial agendada para fevereiro de 2024, para a qual já se declararam cerca de 20 candidatos.
Os seus opositores consideram que Sall está impedido constitucionalmente de concorrer a um terceiro mandato.
Leia Também: Cantor senegalês nomeado embaixador da ONU contra desertificação
Índia deve 'destronar' China como país mais populoso já este mês
© Lusa
POR LUSA 24/04/23
A Índia vai tornar-se o país mais populoso do mundo já no final deste mês, ultrapassando a China e atingindo mais de 1,425 mil milhões de habitantes, de acordo com uma estimativa da ONU hoje divulgada.
"A China perderá em breve o estatuto, detido por muito tempo, de país mais populoso do mundo. Até ao final deste mês, a população da Índia deve atingir 1.425.775.850 habitantes, igualando e, a seguir, excedendo a população da China continental", de acordo com um comunicado de imprensa da agência de Assuntos Económicos e Sociais das Nações Unidas.
Em 19 de abril, um relatório do Fundo das Nações Unidas para População (UNFPA) sobre o estado da população mundial estimava que a população da Índia teria 1,4286 mil milhões de habitantes contra 1,4257 mil milhões da China, em meados deste ano.
"A população da China atingiu um pico de 1.426 mil milhões de habitantes em 2022 e começou a diminuir. As projeções indicam que o tamanho da população chinesa poderá cair para menos de um milhar de milhão [de habitantes] até ao final do século, [enquanto] a população indiana deve continuar a crescer nas próximas décadas", acrescentou o comunicado.
De acordo com dados oficiais publicados no início do ano, a população chinesa diminuiu no ano passado pela primeira vez desde 1960-1961, quando uma situação de fome, que começou em 1959, matou dezenas de milhões de pessoas, como consequência das políticas autoritárias do regime comunista.
Paradoxalmente, esse declínio na população na China ocorreu apesar do abrandamento da política de limitação de nascimentos que foi determinada por Pequim nos últimos anos.
Até há 10 anos, os chineses tinham o direito de ter apenas um filho, mas passaram a poder ter três filhos desde 2021.
A quebra demográfica tem sido atribuída ao acelerar do aumento do custo de vida na China, nomeadamente os custos com a educação dos jovens.
Quanto à Índia, o país não possui dados oficiais sobre o número dos seus habitantes, porque não realiza qualquer censo desde 2011.
O censo na Índia, que só ocorre uma vez por década, deveria ter sido feito em 2021, mas teve de ser adiado devido à pandemia do covid-19.
Os obstáculos logísticos e a relutância política impedem neste momento a sua realização e é improvável que essa tarefa em grande escala ocorra em breve.
O Governo nacionalista hindu do primeiro-ministro Narendra Modi é acusado pelos seus opositores de adiar deliberadamente o censo, para não tornar públicos os dados sobre questões sensíveis, como o desemprego, antes das eleições nacionais do próximo ano.
Edmundo Mendes, Procurador geral da República falou a VOZ DO POVO sobre o XXº encontro dos procuradores gerais da CPLP a decorrer de 26 a 28 em Bissau sob o lema “Ministério Público e os Desafios Contemporâneos de Combate à Criminalidade. A Guiné-Bissau preside a organização.
Sobe para 73 os corpos encontrados de alegados membros de seita no Quénia
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POR LUSA 24/04/23
O número de corpos encontrados pelas autoridades quenianas no caso da seita religiosa que praticava o jejum extremo, subiu para 73, segundo fontes policiais.
"Encontrámos 73 corpos na floresta até agora" e a busca por mais corpos "continuará terça-feira", disse à agência France-Presse um agente da polícia envolvido na investigação.
A seita, denominada Igreja Internacional da Boa Nova, difunde a ideia de que o jejum é a via para encontrar Jesus Cristo.
O líder da seita, Paul Mackenzie Nthenge, foi detido em 15 de abril.
Hoje, o Presidente do Quénia, William Ruto, prometeu endurecer as ações contra os cultos, que classificou como "terroristas", que deturpam a religião, no seguimento da descoberta dos primeiros corpos.
"O que vimos em Shakahola [uma floresta perto da cidade de Malindi] é semelhante aos terroristas, que usam a religião para promover atos hediondos, e o que pessoas como o senhor Mackenzie estão a fazer é exatamente a mesma coisa", disse William Ruto numa cerimónia de graduação de oficiais prisionais no centro do país.
No discurso, citado pela agência francesa de notícias, Ruto afirmou que tinha pedido às "agências responsáveis para investigarem o caso e chegar à raiz e ao fundo das atividades de pessoas que querem usar a religião para promover uma ideologia sombria e inaceitável".
De acordo com a Cruz Vermelha queniana, "até agora 112 pessoas foram dadas como desaparecidas".
Segundo relatórios da imprensa local, Makenzie Nthenge foi preso e acusado em março, depois de duas crianças terem morrido à fome quando se encontravam ao cuidado dos seus pais.
Mais tarde, foi libertado sob fiança de 100.000 xelins quenianos (cerca de 670 euros).
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EUA preocupados com presença de mercenários do grupo Wagner no Sudão
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POR LUSA 24/04/23
O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, manifestou hoje preocupação com a presença do grupo russo de mercenários Wagner no Sudão, onde violentos combates persistem há 10 dias opondo o exército a uma força paramilitar, provocando centenas de mortos.
"Estamos muito preocupados com o envolvimento do grupo de Prigozhin - o grupo Wagner - no Sudão", disse Blinken numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo queniano Alfred Mutua, em que criticou o papel desempenhado por alguns países do Médio Oriente.
"Já há algum tempo que estamos preocupados com o papel desempenhado por alguns dos nossos amigos no Médio Oriente, bem como pela Rússia e outros, no apoio a um ou outro lado", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros queniano, salientou que "não é altura de tomar partido por nenhum dos lados".
Mutua não mencionou nenhum país em particular e disse que agora o importante é as "forças externas deixarem o Sudão em paz".
Blinken afirmou que o grupo Wagner, que também está ativo no Mali e na República Centro-Africana, traz "mais morte e destruição onde quer que esteja presente".
Segundo a imprensa, citando funcionários, o grupo Wagner forneceu armas aos paramilitares das Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês), lideradas pelo general Mohamed Hamdane Daglo, que se opõe ao general Abdel Fattah al-Burhan, o líder de facto do Sudão.
O ministro queniano manifestou igualmente a esperança de que o seu país possa mediar o conflito, reiterando que o Presidente William Ruto está pronto para viajar para o Sudão logo que as condições o permitam.
Os Estados Unidos retiraram o seu pessoal diplomático do Sudão - menos de 100 pessoas - e suspenderam as operações na sua embaixada em Cartum no sábado à noite, em resposta à deterioração da situação de segurança.
Washington excluiu, para já, qualquer operação para retirar os restantes cidadãos americanos do Sudão, preferindo ajudá-los caso a caso.
O secretário de Estado norte-americano não quantificou o número de cidadãos norte-americanos, muitos dos quais têm dupla nacionalidade sudanesa, mas disse que "algumas dezenas" tinham manifestado às autoridades o desejo de abandonar o país.
"Estamos a trabalhar em estreita colaboração com os nossos aliados e parceiros para fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para os ajudar a encontrar uma saída, se for essa a sua decisão", disse Blinken, salientando as dificuldades.
Blinken referiu-se ainda ao ataque e saque de que foi alvo uma coluna, sem dar mais pormenores.
Leia Também: Exclusivo. Há provas de que o Grupo Wagner está a influenciar o conflito no Sudão
Governo da Guiné-Bissau assina acordo de parceria com a União Europeia no dominio da pesca do protocolo 2019 - 2024 da comissão mista.
ONU "está a ultrapassar uma crise profunda", atira Lavrov
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Notícias ao Minuto 24/04/23
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo acusou os EUA de quererem minar os interesses dos países que não alinham com a sua política externa.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia disse, esta segunda-feira, que a ONU "está a ultrapassar uma crise profunda", devido à "aspiração de alguns dos membros da organização de substituir a carta da ONU por um estilo de ordem baseada por regras".
Sergey Lavrov falava na sede da ONU, em Nova Iorque, onde disse ser "simbólico realizar esta sessão dedicada ao multilateralismo e diplomacia, nesta data memorável".
"Daqui a duas semanas vamos comemorar 78 anos de vitória na Segunda Guerra Mundial, a derrota da Alemanha Nazi com o contributo decisivo do meu país que, com o apoio dos Aliados, permitiu criar as fundações da Ordem Mundial pós-Guerra", continuou Lavrov, passando a tecer fortes críticas ao papel dos Estados Unidos no panorama internacional.
Lavrov acusou "a fragmentação do comércio internacional, destruição dos mecanismos de mercado" e a "paralisia da Organização Mundial do Comércio", alegadamente resultantes das políticas internacionais de Washington.
Mais, o diplomata máximo de Moscovo criticou ainda uma transformação "descarada" do FMI num "instrumento dos objetivos dos EUA, incluindo objetivos militares". "Nas suas tentativas de afirmar o domínio através da punição dos desobedientes, os EUA começaram a destruir a organização", disse, acusando Washington, com o Ocidente "dominado", de aplicar "as suas regras sempre que é preciso justificar passos ilegítimos".
Lavrov passou a apontar as armas ao papel dos EUA em diferentes regiões no mundo, incluindo a Ásia e o Pacífico, onde "a linha de defesa da NATO como aliança defensiva está a deslocar-se para a costa ocidental".
"Os EUA estão a criar mecanismos de interferência na segurança marítima, procurando assegurar os interesses militares do ocidente no Mar do Sul da China", acusou o ministro russo.
Serguei Lavrov está, esta segunda-feira, em Nova Iorque para presidir a dois debates sobre multilateralismo e Médio Oriente, no âmbito da presidência russa do Conselho de Segurança da ONU.
A Rússia assumiu no início de abril a presidência mensal rotativa do Conselho de Segurança, tendo anunciado dois eventos durante a sua liderança: um debate aberto sobre a exportação de armas e equipamentos militares; e um debate de nível ministerial, presidido por Lavrov, sob o título "Multilateralismo eficaz através da defesa dos princípios da Carta da ONU", com um 'briefing' de Guterres.
A par de participar no debate sobre o multilateralismo, agendado para segunda-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo vai presidir ao debate trimestral sobre a situação no Médio Oriente, com foco na questão da Palestina, no dia seguinte.
A Rússia (um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança com poder de veto) assumiu este mês a presidência rotativa do órgão, que tem capacidade de fazer aprovar resoluções com caráter vinculativo.
Nas últimas semanas, o representante permanente da Ucrânia junto das Nações Unidas, Sergiy Kyslytsya, apelou publicamente à organização para que não permitisse a presidência russa, mas sem sucesso.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Leia Também: O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu hoje respeito pela soberania e integridade territorial e criticou duramente a invasão da Ucrânia pela Rússia, numa reunião do Conselho de Segurança presidida pelo ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov.
ANGOLA: Balanço de vítimas das chuvas em Angola sobe para 332 em sete meses
© Lusa
POR LUSA 24/04/23
As autoridades angolanas reviram hoje em alta o número de mortes em consequência das chuvas em Angola, que passou para 332, entre 15 de agosto de 2022 e 21 de abril de 2023.
Há ainda a registar, pelo menos, 649 feridos, 4.292 residências danificadas, 3.827 residências destruídas e 1.741 inundadas e 18.860 famílias afetadas
A atualização dos dados sobre as chuvas, que caem com intensidade nas últimas semanas em Angola, foi feita no final da reunião da Comissão Multissetorial de Proteção orientada pela ministra de Estado para a Área Social, Dalva Ringote.
O Governo angolano anunciou, na sexta-feira, que pelo menos 308 pessoas morreram devido às chuvas, entre agosto de 2022 e abril de 2023, tendo sido afetadas mais de 13 mil famílias.
Manuel Lutango, membro do secretariado executivo da Comissão Nacional de Proteção Civil, e porta-voz do encontro, disse hoje que o plano emergencial contém medidas de curto, médio e longo prazo.
"Trata-se de um plano de ação de resposta, o plano emergencial consiste na ação de respostas que precisam de ser consolidadas para apoiar as populações afetadas, este plano prevê também medidas a serem aplicadas a curto, médio e longo prazo", afirmou.
Sem avançar o montante para as despesas do plano de emergência, o responsável referiu que as comissões provinciais de proteção civil "servem como base fundamental para dar os dados concretos das pessoas afetadas e beneficiárias da resposta multissetorial".
Deste encontro, prosseguiu Manuel Lutango, saíram também orientações para resposta "imediata e emergente" e a pretensão de se atualizar o plano nacional de contingência.
"Porque esse plano de contingência gera sempre um plano de ações e ou respostas para os sinistrados", notou.
"A resposta que se pretende dar é multissetorial como o desassoreamento das águas, distribuição de bens alimentares, reforço para abrigos, distribuições de 'kits' de primeira necessidade e outros fatores que forem identificados pela comissão", assegurou.
Grande parte das províncias angolanas registam chuvas, mas a província do Huambo foi a que registou o maior número de vítimas mortais, 54 no total, desde o início da época chuvosa em agosto de 2022 até abril de 2023.
Em relação à capital angolana, Luanda, que na semana passada registou chuva intensa acompanhada de ventos forte e relâmpagos, as autoridades continuam a fazer o levantamento dos danos, sendo que dados preliminares apontam para mais de 10 mortos.
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‼️🇦🇴 𝗩𝗼𝗰ê𝘀, 𝗰𝘂𝗹𝗽𝗮𝗱𝗼𝘀!!!
Em Angola, enxurradas provocadas pelas costumeiras chuvas de abril causaram mortes e várias casas inundadas em Luanda.
Com um saldo de mais de 300 mortos, milhares de pessoas afetadas e danos materiais, o presidente da República não disse uma única palavra de conforto às vítimas. O Governador de Luanda está de férias, e o ministro do interior atira as culpas para as populações dizendo que é necessário disciplina-las.
Empresa espanhola condenada por despedir funcionário que bebia até três litros de cerveja por dia
Empresa espanhola não devia ter despedido empregado a beber cerveja durante o dia de trabalho (Emilio Morenatti/ AP)
TVI, cnnportugal.iol.pt 24/04/23
Um tribunal de Múrcia declarou injustificado o despedimento de um eletricista que consumia mais de três litros de cerveja durante um dia de trabalho e decidiu que a empresa terá de pagar-lhe uma compensação financeira de mais de 47 mil euros, ou reintegrá-lo
Um tribunal de Múrcia, no sudeste de Espanha, considerou injustificado o despedimento de um funcionário de uma empresa elétrica por "consumo excessivo e repetido de grandes quantidades de álcool durante o horário de trabalho".
O homem, que trabalhava como eletricista há 27 anos na empresa, bebia até três litros de cerveja num dia quando se deslocava às residências dos clientes e conduzia pela cidade numa carrinha. O tribunal rejeita que esta conduta seja suficientemente grave para justificar a sua demissão e decidiu que a empresa deveria reintegrá-lo ou pagar-lhe uma indemnização de mais de 47 mil euros.
O jornal El Confidencial conta que o empregado terá recebido uma carta da empresa a informá-lo do despedimento em setembro de 2021 "por ter violado a boa fé contratual e a quebra de confiança nele depositada". Depois da empresa receber várias queixas de outros funcionários, contratou um detetive privado, que redigiu um relatório, descrevendo o comportamento do eletricista durante cinco dias, em julho desse ano.
No primeiro dia, o detetive descreveu ter visto o eletricista a começar o dia, com outro colega, às oito da manhã, a beber num bar, ao meio-dia a dirigir-se a um supermercado, onde comprou quatro latas de cerveja da marca San Miguel e um litro de cerveja da marca Estrella Levante. Ao final da tarde, bebeu outra lata de cerveja, a seguir a ver um cliente, e comprou outra lata de cerveja numa bomba de gasolina.
Nos quatro dias seguintes, segundo o mesmo relato, continua "um consumo excessivo e repetido de grandes quantidades de álcool durante o horário de trabalho": num dos dias trocou a cerveja por três copos de vinho tinto e um shot de bagaço ao almoço. Segundo o relatório, o eletricista chegou a beber mais de três litros num só dia de trabalho.
Esta conduta foi considerada pela empresa como negligente, por conduzir depois de ingerir bebidas alcoólicas, pondo em perigo a sua saúde e transgredindo as regras básicas de prevenção de acidentes laborais.
No entanto, na opinião do tribunal de Múrcia, o despedimento foi injustificado. De acordo com o The Guardian, o tribunal argumentou que a empresa não apresentou qualquer prova ("nem documentário, nem perito, nem testemunho") de que o homem estivesse "embriagado". "Não há qualquer prova ou prova, mesmo de forma circunstancial, de que as suas faculdades físicas ou mentais tenham sido prejudicadas ou diminuídas para desempenhar as funções de um eletricista ou que ele não tenha sido capaz de conduzir a carrinha da empresa no final do seu dia de trabalho", afirmaram os magistrados.
Acrescentam ainda que o relatório do detetive não teve em conta as elevadas temperaturas durante o verão naquela região, e a necessidade dos trabalhadores de "recuperarem forças" durante as refeições e refrescarem-se. O relatório também não refere se o empregado teria sinais de embriaguez ou falta de jeito a andar, insiste o tribunal.
Este tribunal decidiu então que o despedimento era injustificado e forçou a empresa a escolher entre reintegrá-lo e pagar-lhe os salários que deveria ter recebido durante o tempo em que esteve desempregado, ou pagar-lhe uma compensação financeira de 47.028 euros.
Educação/ Presidente de SINAPROF considera de positivo balanço da greve observada entre 17 e 21 do mês corrente
Bissau, 24 Abr 23 (ANG) - O Presidente do Sindicato Nacional dos Professores (SINAPROF) considerou de positivo o balanço da greve observada no ensino público entre 17 e 21 deste mês ,e diz ter sido registado 75 por cento de adesão de professores, em todo o país.
Domingos Carvalho, no balanço de cinco dias de paralisação para a ANG, esta segunda-feira, afirmou que a greve não decorreu durante todos os dias previstos devido a mediação dos líderes religiosos, nomeadamente, Imames, entre o SINAPROF e o Ministério da Educação Nacional.
“Houve uma mediação separada entre o Ministério e o SINAPROF promovida pela Comunidade Religiosa Islâmica, e a ministra da Educação alegara ser nova nessas funções, não conhece bem o dossiê e disse que existem diligências a serem feitas e que dentro de alguns dias vai ter sinal de alguns pontos que estamos a reivindicar”, disse.
Acrescentou que a greve foi apenas suspensa não levantada, assegurando que, se até dia 10 de Maio próximo não houver uma resposta concreta vão começar a nova vaga de greve no dia 15 de Maio.
Soluções ligadas à questões administrativas, segundo Carvalho, têm a ver com a decisão política e tem que ser resolvidos a 100 por cento, e são,nomeadamente, a efetivação e reclassificação dos professores, porque isso não tem nada a ver com a questão de falta do dinheiro, mas sim com a vontade política para se tomar uma decisão e cumpri-lá.
Em relação à questão de pagamento das dívidas, Domingos Carvalho disse que o sindicato continua a exigir a liquidação de, pelo menos, 85 por cento do montante em dívida.
“Podemos perder 25 por cento dos 85 por cento exigidos em relação ao pagamento das dívidas, mas não vamos recuar por menos de 60 por cento, e vamos ter mesmos que avançar para a greve no dia 15 do próximo mês”, ameaçou, Domingos Carvalho.
TOMADA DE POSSE DE NOVO INSPECTOR GERAL DO MINISTÉRIO DO INTERIOR E DA ORDEM
Brigadeiro-Geral Celsio de Carvalho tomou posse hoje, 24-04-2023, Sua Excelência Vice-Primeiro Ministro Ministro do Interior e da Ordem Pública Eng Soares Sambu foi quem o deu posse.
O Ministro mostrou uma abertura total e de apoio incondicional ao novo titular da Inspecção.
Governador de Bolama Bijagos Fernando Ye faz balanço da viagem a Ilha de Madeira e depois Faro _Portugal.
Aviso à navegação: "Se alguém subtrair um voto do PRS, não viverá aquela vitória"
Por Rádio Capital Fm 24/04/23
O presidente em exercício do Partido da Renovação Social (PRS), Fernando Dias, deixou, este domingo (23.04), um sério aviso sobre a eventual fraude eleitoral, nas eleições legislativas de 04 de junho próximo.
No seu discurso de improviso, numa ação da pré-campanha eleitoral, no círculo eleitoral 27, em Bissau, Fernando Dias disse que o PRS não vai permitir qualquer tipo de manobra que visem adulterar os resultados eleitorais.
"Vamos ganhar as eleições [legislativas] marcadas para o dia 04 de junho. Com uma maioria relativa ou absoluta, vamos ganhá-las. E se as ganharmos e se alguém apontar o seu dedo e subtrair um voto do PRS, para adicioná-lo a seus, porque tem poder, não viverá aquela vitória", avisou.
"Não permitiremos que ninguém se aproprie dos resultados do PRS, porque tem poder ou porque pode fazer o que quer. Isso nunca", sinalizou Fernando Dias, perante a multidão.
O presidente interino do Partido da Renovação Social disse que a sua formação política, desde que ganhar as eleições, não tem medo da polícia nem das forças armadas.
Ao terminar a sua intervenção, Fernando Dias, sem mencionar nomes, fez acusação aos adversários políticos do PRS, sobre o seu objetivo na política guineense.
"Nós estamos há muito tempo na política e aqueles que estão a aprender a política não nos podem dar ensinamentos. Muitos estão na política para resolver os seus problemas pessoais, não os do país. É preciso que nos distingam, aqueles que fazem a política para defender o povo daqueles que a fazem para defender os seus interesses pessoais", finalizou.