sábado, 8 de abril de 2023

Afinal, consumo moderado de álcool não é assim tão inocente como se pensava

Consumo de álcool (Pexels)

CNN Portugal,  08/04/23

Duas cervejas por dia pode já fazer soar os alarmes

“Beba com moderação”. O conselho é generalizado, mas a ciência vem agora mostrar que, ao contrário do que outros estudos indicavam, afinal, até o consumo moderado de bebidas alcoólicas é mau - e não, beber moderadamente não é melhor do que não beber de todo.

Segundo o The New York Times, a ideia de que beber moderadamente poderia ser benéfica remonta a 1924 e nasce do biólogo Raymond Pearl, que, através de um gráfico com uma curva em forma de ‘J’, mostrou que o consumo moderado de bebidas alcoólicas poderia ser bom para a saúde, uma vez que o ponto mais baixo do gráfico representava os bebedores moderados, que tinham as taxas mais baixas de mortalidade por todas as causas.

No entanto, uma nova revisão científica, que analisou 107 estudos realizados entre 1980 e 2021 sobre o consumo de álcool, revela que essa teoria não está correta. E mais, dois copos de vinho por dia são já um trampolim para um maior risco de morte prematura.

De acordo com a nova análise, que envolveu 4,8 milhões de participantes, todos os anteriores eram maioritariamente observacionais e que, por isso, deixavam de fora uma série de complicações associadas ao consumo de bebidas alcoólicas, sobretudo quando esse consumo, mesmo que pareça moderado, é rotineiro.

Publicado na JAMA Open Network, o estudo da Universidade de Vitória, no Canadá, “não encontrou reduções significativas no risco de mortalidade por todas as causas para bebedores que bebiam menos de 25 gramas de etanol por dia”, pelo contrário. “Houve um risco significativamente aumentado de mortalidade por todas as causas entre as mulheres que bebiam 25 gramas ou mais por dia e entre os homens que bebiam 45 ou mais gramas por dia”, lê-se na investigação.

E 25 gramas de álcool é nada mais, nada menos do que dois copos de vinho ou duas cervejas de 33 cl cada. 

Apesar de os riscos serem generalizados, os autores do estudo alertam que o consumo de álcool pode ser ainda mais prejudicial para as mulheres, uma vez que detectaram “riscos significativamente maiores de mortalidade entre mulheres que bebiam em comparação com mulheres que não bebiam”.

Empresário ucraniano desafia: 500 mil para quem pousar drone em Moscovo

© Getty Images

Notícias ao Minuto  08/04/23 

Em janeiro, os russos começaram a instalar sistemas de defesa aérea em prédios no centro de Moscovo. A implantação massiva de sistemas de defesa aérea pode ser uma resposta à ameaça potencial de ataques de drone a objetos estratégicos no território russo.

Pese embora a guerra, a Ucrânia já se tornou conhecida por nunca desanimar nem esquecer o sentido de humor - mesmo nos piores momentos.

Não se deixando intimidar pelo invasor russo, a Ucrânia quer mostrar a Moscovo que pode atacar o coração das suas instalações militares com aeronaves não tripuladas. Embora não sejam ataques muito destrutivos, revelam uma Rússia incapaz de deter drones.

Volodymyr Yatsenko, co-fundador do Monobank, o primeiro banco somente online da Ucrânia, e criador do drone Dovbush, lançou um concurso para que alguém faça pousar um drone na Praça Vermelha de Moscovo a 9 de maio.

A oferta está aberta a fabricantes de drones ucranianos com um prémio de 20 milhões de hryvnias, equivalente a quase meio milhão de euros.

“Estou oficialmente a oferecer um prémio a um fabricante ucraniano de UAV, cuja aeronave, com a ajuda dos militares, é claro, voará e pousará na Praça Vermelha de Moscovo a 9 de maio”, escreveu Yatsenko nas redes sociais. “Espero que esse valor seja dividido de forma justa entre o fabricante e os operadores militares que concluírem a tarefa com sucesso", escreveu ainda.

Uma das condições do desafio passa por garantir que algum slogan patriótico ucraniano possa ser lido nas asas do drone, como por exemplo, “Glória à Ucrânia”, “Glória aos heróis”, entre outros. Segundo Yatsenko, tal é necessário para entender qual drone (e de qual fabricante) chegou ao destino e quais falharam.

O drone Dovbush, desenvolvido por Yatsenko, também fará a tentativa de pousar em Moscovo, mas fica fora de competição.

No final de fevereiro, a Rússia anunciou ter destruído um drone supostamente ucraniano nos subúrbios de Moscovo. Os russos especularam que o drone pode ter perdido altitude porque o motor ficou sem combustível ou atingiu árvores, danificando a sua asa.

Em janeiro, os russos começaram a instalar sistemas de defesa aérea em prédios no centro de Moscovo. A implantação massiva de sistemas de defesa aérea pode ser uma resposta à ameaça potencial de ataques de drone a objetos estratégicos no território russo.


Leia Também: Piloto ucraniano exibe voo no interior de um caça de combate


China está a realizar exercícios de "cerco total" da ilha de Taiwan

© REUTERS/Tyrone Siu

POR LUSA   08/04/23 

A China está a realizar hoje exercícios militares no Estreito de Taiwan que visam um "cerco total" da ilha, informou a televisão estatal chinesa.

"O exercício de hoje concentra-se na capacidade de obter controlo do mar, espaço aéreo e informações (...) para criar dissuasão e cerco total" de Taiwan, referiu o canal CCTV.

A localização exata destas operações não foi informada pelo meio de comunicação.

A parte mais próxima entre a costa chinesa e a ilha no Estreito de Taiwan tem cerca de 130 quilómetros.

De acordo com o canal CCTV, contratorpedeiros, lançadores de mísseis rápidos, aviões de combate, navios de abastecimento e outros meios militares estão mobilizados para estes exercícios.


Eu não vou morrer duas vezes por seus pecados, queniano, 'Jesus' de Tongaren rejeita alegações de crucificação...

© Nation  I will not die twice for your sins, 'Jesus' of Tongaren dismisses crucifixion claims

Juiz federal proíbe prescrição de pílulas abortivas nos Estados Unidos

© iStock

POR LUSA   08/04/23 

Um juiz federal do Texas anunciou na sexta-feira a suspensão da autorização de comercialização nos Estados Unidos da mifepristona, uma das duas pílulas usadas para abortos, o que na prática impede sua prescrição.

No entanto, o magistrado distrital Matthew J. Kacsmaryk, nomeado pelo anterior governo de Donald Trump, deu às autoridades federais uma semana para poderem recorrer da decisão.

A droga abortiva tem sido amplamente utilizada nos Estados Unidos desde 2000 e não há essencialmente nenhum precedente para um juiz anular sozinho as decisões médicas da Food and Drug Administration (FDA).

A mifepristona é um dos dois medicamentos usados para o aborto medicamentoso nos Estados Unidos, juntamente com o misoprostol.

O juiz instruiu a FDA a suspender a autorização da mifepristona, enquanto decorre um processo que contesta a segurança e a aprovação do medicamento, mas o impacto não é claro.

O magistrado não foi tão longe quanto os queixosos pretendiam, retirando ou suspendendo as aprovações de medicamentos para aborto químico e removendo-os da lista de medicamentos autorizados.

Clínicas e médicos que prescrevem a combinação das duas drogas disseram que se a mifepristona fosse retirada do mercado, eles passariam a usar apenas a segunda droga, o misoprostol.

Essa abordagem de medicamento único tem uma taxa ligeiramente menor de eficácia para interromper a gravidez, mas é amplamente usada em países onde a mifepristona é ilegal ou indisponível.

A mifepristona faz parte de um regime de duas drogas que há muito é o padrão para o aborto medicamentoso nos Estados Unidos.


Leia Também: O presidente dos Estados Unidos anunciou que "vai lutar" contra a decisão de um juiz federal de suspender a pílula abortiva no país, medida que considerou "uma tentativa sem precedentes de negar às mulheres liberdades básicas".

China anuncia exercícios com fogo real no estreito de Taiwan na 2.ª-feira

© Lusa

POR LUSA   08/04/23 

O exército chinês vai realizar, na segunda-feira, exercícios com fogo real no estreito de Taiwan, próximo das costas de Fujian (leste), província situada em frente à ilha, anunciaram hoje as autoridades marítimas locais.

A zona dos exercícios fica em Pingtan, o ponto da China mais próximo de Taiwan, de acordo com as coordenadas comunicadas pelas autoridades de Fujian.

Entretanto, o Ministério da Defesa taiwanês disse ter detetado esta manhã três barcos de guerra e 13 aviões chineses em redor da ilha, acrescentando que "quatro [aviões] atravessaram a linha mediana do estreito de Taiwan e entraram na parte sudeste da zona de identificação de defesa aérea (Adiz) de Taiwan".

O Ministério alertou que os exercícios militares chineses ameaçam a "estabilidade e a segurança" regionais.

Por seu lado, o Exército Popular de Libertação (EPL) chinês afirmou que estas manobras "servem como um sério aviso contra o conluio entre forças separatistas que procuram 'a independência de Taiwan' e forças externas, bem como contra atividades provocadoras", disse um porta-voz militar chinês Shi Yi, em comunicado, divulgado depois do início de dois dias de exercícios militares de "preparação para o combate" no estreito de Taiwan, anunciados já esta manhã por Pequim.

Na quinta-feira, Pequim tinha condenado a estada da líder de Taiwan, Tsai Ing-wen, nos EUA, onde manteve um encontro com o presidente da Câmara dos Representantes norte-americano, Kevin McCarthy, e acusou Washington de "conluio" com Taiwan, ao mesmo tempo que garantiu "medidas resolutas e eficazes para salvaguardar a soberania e a integridade territorial".

Depois do encontro de Tsai e McCarthy, na quarta-feira, o Governo chinês enviou navios de guerra, um helicóptero e um avião de combate para o estreito de Taiwan, e anunciou sanções contra a representante de Taiwan nos EUA, Hsiao Bi-khim, e contra o Instituto Hudson e a Biblioteca Presidencial Ronald Reagan.

Horas depois, uma porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês afirmou, em conferência de imprensa, que "alguns países" apoiam "a independência de Taiwan, em nome da democracia" e para "usar a ilha como forma de conter a China", algo que descreveu como "perigoso e condenado ao fracasso".

"O futuro de Taiwan está na reunificação e o bem-estar do seu povo depende do rejuvenescimento da nação chinesa", disse Mao Ning, acrescentando que as "diferenças entre os sistemas de ambos os lados do estreito [de Taiwan] não são um obstáculo à reunificação".

A ilha é um dos maiores motivos da tensão entre a China e os EUA, principal fornecedor de armas a Taiwan.

Em 1949 e após a derrota contra o Partido Comunista, na guerra civil chinesa, o Governo nacionalista refugiou-se na ilha, que mantém, até hoje, o nome oficial de República da China, em contraposição com a República Popular da China, no continente chinês.

Pequim considera a ilha parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso Taipé declare formalmente a independência.


Leia Também: Taiwan está a enfrentar o "expansionismo autoritário" da China, disse hoje a líder da ilha, Tsai Ing-wen, no primeiro dia dos exercícios militares de Pequim no estreito de Taiwan.

sexta-feira, 7 de abril de 2023

O Capitão dos Portos de Bissau afirma que a sua instituição vai ser intransigente com donos das pirogas e os tripulantes que estão a procura da zona insular para a festividade de Páscoa.

Numa entrevista exclusiva a RTB, para falar das pessoas que estão a sair do continente para ilhas, nesta quadra festiva de "Páscoa "Aliu Cassamá disse que ninguém pode viajar nas pirogas sem usar as salva-vidas e pede o respeito escrupuloso de lotações.

 Radio TV Bantaba

PRESIDENTE DA REPÚBLICA PRESIDE O CONSELHO DE MINISTROS

O Conselho de Ministros reuniu-se esta sexta-feira, 07 de abril de 2023, na Sessão Ordinária, sob a presidência do Chefe de Estado, General Umaro Sissoco Embalo.

  Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

"A ponta do icebergue"? Mais uma fuga de documentos secretos dos EUA

© Getty Images

Notícias ao Minuto   07/04/23 

A partilha destas informações secretas pode ser ainda pior do que a registada ontem, dado que estas estarão também relacionadas com países do Médio Oriente e China. 

Uma nova fuga de documentos classificados pertences aos Estados Unidos (EUA) terá acontecido esta sexta-feira e, 24 horas depois de uma primeira partilha deste tipo de informações nas redes sociais, este nove lote poderá trazer ainda mais 'problemas'.

A notícia é novamente avançada pelo The New York Times, que refere que podem estar em causa mais de 100 documentos. De acordo com um responsável dos serviços secretos norte-americanos, esta fuga é "um pesadelo para a Aliança dos Cinco Olhos", numa referência aos EUA, Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia e Canadá, países que partilham informação secreta.

Se a fuga de ontem dizia respeito a dados dos EUA sobre a Ucrânia - informações estas que foram parcialmente alteradas antes de serem divulgadas -, o caso torna-se mais grave hoje, dado que, de acordo com a publicação norte-americana, os registos agora obtidos e partilhados não só têm dados sobre a Ucrânia, como também conhecimentos relacionados com países do Médio Oriente e China. 

Uma das informações encontradas não só no Twitter como também noutros sites estaria datada de 23 de fevereiro - sem ano - e nomeada como "Secreto/NoForn", o que significa, de acordo com o The New York Times, que eram dados que não estavam previstos serem partilhados com países estrangeiros.

Um  antigo funcionário do Pentágono e ex-agente paramilitar da CIA referiu, citado pelo jornal, que esta fuga é "uma falha significante na segurança" que pode dificultar os planos ucranianos. "Como muitos destes eram fotos de documentos, parece que foi uma fuga deliberada feito por alguém que desejava prejudicar os esforços da Ucrânia, dos EUA e da NATO", explicou Mick Mulroy.

Há ainda outro especialistas que se referiu a esta situação como sendo apenas "a ponta do icebergue". Já hoje, ainda antes de esta fuga ser conhecida, responsáveis ligados à segurança do país que estavam a lidar com a primeira 'brecha' disseram que a situação trazia outras preocupações, como, por exemplo, se esta seria o único tipo de informação secreta que tinha 'escapado'.


Leia Também: Zelensky acusa Rússia de reprimir comunidade muçulmana da Crimeia

O que acontece se não usar fio dentário? Sabe? Eis a resposta... É tão (ou mais) importante como lavar os dentes.

©Clínica Marina Lara  Como usar o fio dental de forma correta? Descubra com a Dra. Marina Lara


Escovar os dentes (quase) toda a gente sabe que é um hábito obrigatório. Já usar o fio dentário é um considerado mais facultativo, mas não devia ser. É que, ao escovar os dentes só está a chegar a certos locais, diz Dee Dee Meevasin, uma dentista, ao site BestLife. 

Mas com o fio dentário, consegue chegar aos sítios que escova não alcança, como as gengivas e entre os dentes, e remover as bactérias que lá se acumulam, acrescenta. 

Se estiver a precisar de mais motivos para começar a usar fio dentário todos os dias, o site falou com outros médicos e reuniu uma série de razões, muito convincentes. 

O que acontece quando não usa fio dentário: 
  • Fica mais em risco de ter cáries nos dentes; 
  • Pode ficar com mau hálito; 
  • Está mais em risco de doenças nas gengivas; 
  • É possível que sinta alguma sensibilidade dentária; 
  • Sangrar das gengivas regularmente. 

NOTA DE CONDOLÊNCIAS

 Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15

A Ministra de Estados, dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades, Suzi Barbosa integrou a Delegação que acompanhou Sua Excelência o Senhor Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, na Visita efetuada à República da Sérvia.


 Ministério dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau

Durante a visita, os Chefes da Diplomacia da Guiné-Bissau e da Sérvia procederam à assinatura de dois importantes instrumentos de Cooperação, nomeadamente, o Acordo para a supressão de vistos para Passaportes Diplomáticos e de Serviço e o Memorando de Entendimento para Consultas Políticas.

Os Chefes de Estado da Guiné-Bissau e da Sérvia, prometeram fortalecer a Cooperação Bilateral, visando a assinatura de mais acordos entre os dois países em mais sectores.

A delegação foi recebida pela Primeira-ministro e pelo Presidente da Assembleia da República.

POLÍCIA JUDICIÁRIA APREENDE SEIS QUILOGRAMAS DE COCAÍNA E DETÉM DUAS PESSOAS

Por  pjguinebissau.com   07/04/23

A Unidade Nacional de Combate a Droga da Polícia Judiciária (PJ) apreendeu esta sexta-feira, 07 de abril de 2023, no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, em Bissau, 6 quilogramas de cocaína na posse de um cidadão nacional com destino a Portugal. As drogas estavam dissimuladas numa mochila que estava em posse do indivíduo.

Após a apreensão, a PJ deflagrou uma operação que resultou na detenção de dois cidadãos nacionais suspeitos de estarem envolvidos no tráfico de drogas. Os suspeitos serão apresentados ao Ministério Público na próxima terça-feira, 10 de abril.

A ação da PJ faz parte dos esforços para combater o tráfico de drogas e outras atividades criminosas no país e na região. A polícia continua a trabalhar em estreita colaboração com outras autoridades nacionais e internacionais para identificar e desmantelar redes de tráfico de drogas e prender os responsáveis.

A PJ alerta a população para a importância de denunciar atividades suspeitas e reforça o seu compromisso em manter a ordem e a segurança pública.

PRESIDENTE RECEBE ESTUDANTES GUINEENSES DURANTE A SUA VISITA À SÉRVIA

Durante a sua vista de Estado à Sérvia, o Presidente Umaro Sissoco Embaló,  recebeu, em audiência, estudantes universitários actualmente a estudar na Sérvia, com bolsas de estudo, ao abrigo da cooperação entre Belgrado e Bissau. 

Nesta ocasião, integrou a delegação presidencial, um técnico do Ministério dos Negócios Estrangeiros para a emissão dos passaportes destes estudantes, custeados pelo Chefe de Estado.

 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

Israel anuncia ter abatido um drone procedente do Líbano

© REUTERS

POR LUSA   07/04/23 

Israel anunciou hoje ter abatido um 'drone' (aeronave não-tripulada) que entrou no seu território a partir do Líbano, num contexto de escalada sem precedentes na frente israelo-libanesa desde o conflito de 2006.

Num curto comunicado, o exército israelita indicou que os seus soldados tinham "identificado e abatido em território israelita, perto da localidade de Zarit, um 'drone' proveniente do território libanês".

O exército "continuará a impedir qualquer tentativa de violar a soberania israelita", sublinha o comunicado.

Este incidente ocorreu depois de bombardeamentos israelitas ao sul do Líbano.

O exército israelita afirmou ter hoje atingido, antes do amanhecer, três "infraestruturas" do movimento palestiniano Hamas na zona de Rachidiye, em retaliação ao disparo na quinta-feira de 34 'rockets' do Líbano para território israelita, que feriram uma pessoa e causaram danos materiais.

Segundo o exército israelita, tais disparos, não reivindicados, eram "palestinianos", provavelmente do Hamas ou da Jihad Islâmica, outro grupo armado.

Os militares israelitas bombardearam infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza, onde o movimento islâmico está no poder, num contexto de escalada da violência israelo-palestiniana e de tensão em Jerusalém oriental, em plena época de festas religiosas judaicas, cristãs e muçulmanas.

GUERRA NA UCRÂNIA: Rússia não duvida da "participação direta ou indireta" dos EUA e da ONU

© Reuters

POR LUSA  07/04/23 

O porta-voz da Presidência russa garantiu hoje que Moscovo não duvida da "participação direta ou indireta" dos EUA e da ONU na guerra da Ucrânia, após o Pentágono ter confirmado que está a investigar uma fuga de documentos secretos.

"Este nível de participação está a aumentar gradualmente", disse Dimitri Peskov, num comunicado enviado à CNN, acrescentando que o Kremlin continua "atento" ao caso dos documentos secretos sobre a guerra na Ucrânia que foram publicados em várias redes sociais.

O porta-voz da Presidência ucraniana, Mykhailo Podolyak, atribuiu a fuga de documentos à Rússia com o objetivo de "tentar influenciar os planos da Ucrânia para uma contraofensiva" na frente da batalha.

"Isso é um 'bluff': poeira para os olhos", destacou o porta-voz ucraniano, no Telegram.

Conforme relatado anteriormente pelo The New York Times, algumas informações nos documentos foram alterados antes de serem publicadas, como as estimativas dos Estados Unidos sobre o número de ucranianos mortos durante o conflito, bem como as baixas russas.

Segundo analistas militares consultados pelo The New York Times, estas alterações podem sinalizar uma tentativa de Moscovo em divulgar desinformação para elevar o moral russo no conflito.

O jornal também detalhou que os documentos fotografados, que seriam pelo menos seis, são de há cinco semanas, pelo que as informações estariam desatualizadas e, embora não revelem a estratégia para uma possível contraofensiva ucraniana, mencionam que Kiev está a reunir brigadas de combate para esse fim.

ÚLTIMA HORA: Faleceu em Lisboa Augusto Olivais, destacado dirigente do PAIGC.

Por ditaduraeconsenso.blogspot.com

CERIMÓNIA DE DEPOSIÇÃO DE COROA DE FLORES NO MONUMENTO AO SOLDADO DESCONHECIDO

No âmbito da Visita Oficial que efetuou à Sérvia, o Presidente da República depositou uma coroa de flores no Monumento ao Soldado Desconhecido, dedicado aos heróis sérvios caídos na Primeira Guerra Mundial, em Belgrado.


Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

Delphine Colard, porta-voz adjunta do Parlamento Europeu, afirma, em entrevista à Lusa, que a desinformação é "menos eficaz" onde o ambiente dos media "é forte" e destacou que a inteligência artificial (IA) é um dos grandes desafios.

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POR LUSA   07/04/23 

 Desinformação "é menos eficaz" onde ambiente dos media "é forte"

Delphine Colard, porta-voz adjunta do Parlamento Europeu, afirma, em entrevista à Lusa, que a desinformação é "menos eficaz" onde o ambiente dos media "é forte" e destacou que a inteligência artificial (IA) é um dos grandes desafios.

"Existe a ideia de que a desinformação é algo que está a acontecer 'online' e nas redes sociais e não tem consequências na vida real e isso não é totalmente verdade", refere Delphine Colard, nomeadamente durante a pandemia de covid-19, em que se viu que a desinformação "pode prejudicar".

Questionada sobre se a desinformação aumentou nos últimos anos, Colard diz que "há um interesse crescente", recordando que há resoluções votadas no Parlamento Europeu sobre o tema desde 2015.

"Não sei dizer se está a crescer", mas há uma "perceção e a análise é mais refinada" e "incidentes" na vida real resultantes da desinformação, como por exemplo o incendiar de antenas de 5G [devido a teorias de conspiração que ligavam as antenas de quinta geração ao coronavírus].

Delphine Colard elenca o "grande trabalho" da literacia mediática em perceber como o sistema funciona nas redes sociais, a formação nas escolas, a formação nas escolas de jornalismo, como formas de combater a desinformação.

"Não há nenhuma 'silver bullet' [bala de prata] para matar" a desinformação, diz, mas é preciso "trabalhar em diferentes forças de ação para garantir que o seu impacto seja menos importante".

Depois há a parte legislativa, que é "enorme a nível europeu", em que se tem trabalhado para garantir que as plataformas das redes sociais tenham mais "obrigações" no que diz respeito à publicação de conteúdos, sendo "responsáveis pelo que lá está a ser colocado", prossegue a porta-voz adjunta do Parlamento Europeu.

Primeiro foi o código de conduta, que era voluntário, e agora uma nova versão está a ser implementada.

"Teremos a Lei dos Serviços Digitais que entrará em vigor no final do ano e que permitirá, também, impor obrigações adicionais" às empresas das redes sociais, salienta.

Além disso, há outras iniciativas legislativas que, por exemplo, permitem que as pessoas saibam quando estão a ser alvo de anúncios políticos.

Portanto, "este é todo um trabalho legislativo, mas eu diria que outra área fundamental é garantir que os meios de comunicação social possam trabalhar livremente" porque "são também uma garantia para o funcionamento da democracia", sublinha Delphine Colard.

Ferramentas como literacia mediática são importantes, tal como iniciativas legislativas como o ' European Media Freedom Act' [Lei Europeia da Liberdade dos Media], que visa garantir um "ambiente dos media forte", destaca.

"Vemos que a desinformação é menos eficaz a chegar às pessoas onde o ambiente dos media é forte", reforça Delphine Colard.

Depois, "teremos o relatório que está a ser finalizado, o [de Sandra] Kalniete", que "será votado em maio em plenário", destaca a responsável, que tem a ver sobre a ingerência estrangeira em processos democráticos, incluindo a desinformação.

"Não é só esse aspeto da desinformação, mas também a captura de elites, o potencial de corrupção. Portanto, é mais amplo", já que "são diferentes o tipo de táticas para garantir que nas narrativas ou as ideias de certos atores estejam presentes na nossa esfera", os quais "podem interferir" na forma de organização democrática.

Relativamente às eleições europeias, que se vão realizar na primavera no próximo ano, trata-se de um momento "importante".

"Verificamos que os desafios que preocupam as pessoas são, na maioria das vezes, desafios que têm de ser enfrentados em conjunto e que não podem ser resolvidos a nível de um Estado-membro ou região", aponta.

Exemplos disso são a crise energética, os planos de recuperação económica ou o programa de compra de vacinas na pandemia.

Por isso, "o mais importante para o Parlamento agora" é acompanhar a campanha de informação sobre o que foi feito, o que está a ser feito no Parlamento. Outro vetor é incentivar as pessoas a votar, participarem, porque são os seus votos que moldam o parlamento Europeu, as maiorias e o tipo de legislação que será definida.

"Por isso, trabalharemos lado a lado com as autoridades nacionais responsáveis por, naturalmente, acompanhar a campanha de informação", refere.

Para Delphine Colard, um dos "grandes desafios" de agora é ver como "as plataformas de redes sociais vão responder às leis", como é que o DSA - Digital Services Act [Lei dos Serviços Digitais] será implementada "e como é que realmente irá permitir ter mais clareza sobre o algoritmo, mais visibilidade para os investidores e 'fact checkers' [verificadores de factos] e jornalistas".

E, além disso, como as plataformas irão na prática 'deitar abaixo' operações de interferência ou de manipulação de informação, aponta.

O segundo grande desafio é a inteligência artificial (IA), porque a desinformação "já não é uma coisa pouco trabalhada que é óbvia".

"Há um esforço enorme para fazê-la mais credível possível", pelo que é mais "sofisticada", aponta, com conteúdos distorcidos, puramente falsos, em que se pode ir até à manipulação de vídeos ou imagens, as chamadas 'deep fakes'.

"Há um trabalho em curso sobre a inteligência artificial no Parlamento Europeu", recorda.

Apesar de admitir que a IA é uma "oportunidade" em termos de economia e de agilização de processos produtivos, entre outros, Delphine Colard alerta que se não houver nenhum aspeto humano isso acarreta riscos.


Leia Também: Inteligência artificial pode ser útil no diagnóstico de doenças cardíacas

Fórum de Paz, está na cidade de Gabú, província Leste da Guiné-Bissau, para o seguimento de iniciativa "Fanadu di cidadania" nas regiões do país. A equipa percorre depois de Gabú, a Região de OIO concretamente em Mansoa, ao encontro com um dos grupos kumpuduris di paz.

O "Fanadu di Cidadania" é uma atividade executada pelos Grupos de Kumpuduris di Paz no quadro do 16"Passo do ciclo de formação, assessorada pela equipe técnica do Projeto Fórum de Paz. É dirigida a 20 jovens eleitores em cada área de intervenção dos GKP, com a intenção de preparar um eleitorado [que pela primeira vez participa das eleições] cada vez mais consciente e proativo. 

A  atividade encontra-se associada à CAMPANHA " UDJU RIBA DI NO VOTU", iniciada em 2022 com a realização de um estudo abrangente sobre o sentido do voto e a sensibilização dos e das lideres de opinião em todos os sectores administrativos mediante o teatro legislativo.

Radio TV Bantaba

Bissau prepara recensear população e habitação – Bissau e Praia assinam acordo no domínio da Estatística no quadro dos preparativos do recenseamento geral da população e habitação.

 Radio Voz Do Povo

A pílula abortiva é segura?

Pilula abortiva nos EUA (GettyImages)

CNN Portugal, 07/04/23

Mais de cem estudos revistos pelo The New York Times confirmam a eficácia e a segurança desta pílula para interromper uma gravidez no primeiro trimestre. Mas os grupos antiaborto insistem em querer proibir este medicamento

A pílula abortiva é um método seguro para interromper uma gravidez - é o que concluem mais de cem estudos científicos, realizados em 26 países de diferentes continentes ao longo de mais de três décadas, que examinaram a eficácia e a segurança da Mifepristona e do Misoprostol, as pílulas abortivas mais usadas nos Estados Unidos.

O jornal norte-americano The New York Times reviu estes estudos que, em conjunto, focaram 124 mil interrupções realizadas no primeiro trimestre de gravidez. Na maioria dos estudos, 99% das pacientes não tiveram complicações sérias. Foram relatadas apenas uma morte por infecção relacionada com o aborto e uma morte por causas não relacionadas. Todos concluem que as pílulas são um método seguro para interromper uma gravidez.

Os medicamentos são normalmente usados durante as primeiras 12 semanas de gravidez. Para as mulheres grávidas que consideram tomar a pílula abortiva, as alternativas seriam o parto ou uma intervenção cirúrgica.

“Pode haver uma discussão política aqui, mas não há muita ambiguidade científica sobre a segurança e eficácia deste produto”, disse ao The New York Times Caleb Alexander, professor de epidemiologia e medicina na Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg e co-diretor do Centro de Segurança e Eficácia de Medicamentos.

No entanto, apesar do extenso registo científico sobre a segurança das duas pílulas abortivas, a pílula abortiva foi já proibida em vários estados e os grupos antiaborto nos Estados Unidos pediram a um juiz federal que emitisse uma ordem para impedir que estes medicamentos fossem usados para interromper a gravidez, argumentando que são perigosos. Se confirmada pelos tribunais superiores, uma decisão a favor dos queixosos pode impedir a realização de abortos legais em todo o país, onde mais da metade dos abortos são feitos com medicamentos.

"É um retrocesso para a liberdade das mulheres, especialmente para as mais vulneráveis, que não terão recursos para ir a outro estado para obtê-la", disse à AFP o cientista francês Etienne-Emile Baulieu, de 96 anos, responsável pelo desenvolvimento da pílula do dia seguinte, sobre a decisão do Wyoming em março passado.

Na sua denúncia, os grupos antiaborto consideram que “o uso dessas duas drogas químicas abortivas causa ferimentos e danos significativos a mulheres e raparigas grávidas”. Os queixosos citam alguns estudos, mas nenhum contradiz os estudos revistos pelo The New York Times. Em vez disso, os estudos citados apontam para efeitos nos pacientes que são comuns e esperados, como sangramento e dor - quase todas as pacientes terão sangramento e dor durante um aborto medicamentoso, porque as pílulas basicamente desencadeiam um aborto espontâneo.

Em Portugal, onde a pílula abortiva está disponível desde 2007, para a realização de Interrupção Voluntária da Gravidez, a Direção-Geral de Saúde alertou que "em consequência da medicação, a mulher apresentará a mesma sintomatologia de um aborto espontâneo: dor pélvica mais ou menos intensa e perda hemática tipo menstrual que pode ser prolongada por 9 dias, ou até 45 dias em casos mais raros". Outros efeitos acessórios, referidos pela DGS, incluem náuseas, vómitos e diarreia, não sendo necessário, no entanto, receitar medicação.

“Não é uma experiência agradável. O sangramento naturalmente deixa as pessoas preocupadas”, disse ao NYT Ushma Upadhyay, professora de ciências reprodutivas da Universidade da Califórnia, em São Francisco.

Algumas pacientes que ficam preocupadas com a quantidade de sangue ou outros efeitos colaterais dirigem-se às urgências, mas a investigação de Upadhyay mostra que a maioria não enfrenta complicações graves.

E enquanto as pílulas têm uma eficácia de cerca de 95%, apenas cerca de 3 a 5% por cento das pacientes precisam de um procedimento adicional para remover o tecido remanescente ou interromper a gravidez. Os médicos consideram que essas não são situações tipicamente perigosas e o nível de risco é bastante baixo.

A Food and Drug Administration (FDA) dos EUA informou que desde que aprovou a medicação, em 2000, até junho do ano passado, aproximadamente 5,6 milhões de mulheres nos Estados Unidos tomaram as pílulas. Houve 28 mortes relatadas, ou seja, 0,0005 por cento. A agência informou que algumas dessas mortes podem ter tido outras causas.

Governo dos EUA multa Microsoft em 3 milhões por ignorar sanções à Rússia

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POR LUSA   07/04/23

O Governo dos EUA aplicou multas no valor de 3,3 milhões de dólares (cerca de 3 milhões de euros) à Microsoft, por violar as leis norte-americanas de controlo e sanções relacionadas com a invasão russa da Ucrânia desde 2014.

O Departamento do Tesouro norte-americano divulgou esta quinta-feira que a gigante tecnológica revelou voluntariamente as alegadas violações, colaborou na investigação e tomou medidas para evitar que estas violações se repitam, cujo número o Governo eleva para 1.339.

Em causa estão as relações da filial russa da Microsoft com empresas que colaboraram com a invasão russa da Ucrânia, noticiou a agência Efe.

Segundo o Governo, em sete ocasiões, entre dezembro de 2016 e dezembro de 2017, funcionários da Microsoft Rússia fizeram com que outra subsidiária da multinacional participasse ou vendesse contratos de licença de 'software' que, por sua vez, permitiam a transferência ou acesso a 'software' de empresas na lista de entidades sancionadas pelo Departamento de Comércio dos EUA.

Uma dessas entidades é a Glavgosekspertiza Rossii, que participou na construção da ponte Kerch, em 2014, para ligar a Rússia à Crimeia, após esta península ucraniana ter sido invadida por tropas russas.

A outra empresa é a United Shipbuilding Corporation, responsável pelo desenvolvimento e fabrico dos navios de guerra do Exército Russo.

"As empresas americanas devem ser responsabilizadas pelas atividades das suas filiais estrangeiras", alertou o subsecretário para o Controlo de Exportações, Matthew Axelrod, citado no comunicado.

"Foi bruta e imprópria": grávida diz ter sido mal tratada por médica no Hospital de Faro

Uma grávida no 7.º mês de gestação apresentou queixa contra o tratamento que recebeu na urgência do Hospital de Faro.

A mulher diz ter sido maltratada pela médica que a atendeu.

Foi bruta comigo, disse que não devia ter ocupado um lugar na ambulância desnecessariamente instrumento da citologia foi-me colocado de forma imprópria, 

Cnnportugal.iol.pt

_COMUNICADO_CONSELHO DE MINISTROS_

O Conselho de Ministros reuniu-se esta sexta-feira, dia 07 de abril de 2023, na Sessão Ordinária, sob a presidência do Chefe do Estado General Umaro Sissoco Embalo.

Radio Voz Do Povo

Mulher estava presa em casa, com correntes na porta, pelo próprio marido. Só foi descoberta porque a vizinha se queixou da roupa suja

Durante dias a fio, um homem trancava a mulher em casa, com uma corrente na porta e nas grades da janela, em Marvila, Lisboa. A vítima só tinha direito a uma pequena ração de alimentos. O mesmo homem confirmou à TVI (do mesmo grupo da CNN Portugal) que também lhe batia. 

O caso só foi descoberto depois de uma vizinha se ter queixado à PSP, já que a mulher sequestrada lhe sujava a roupa no estendal.

Cnnportugal.iol.pt

Gtape reage a manifestação dos Brigadistas

O Diretor geral do Gtape, Gabriel Djibril Baldé reage a manifestação dos Brigadistas que reclamam o pagamento de 15 dias do recenseamento eleitoral.

Radio Voz Do Povo


Leia Também: Brigadistas do recenseamento eleitoral em fase das reclamações manifestam à frente do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral_GTAPE, para reclamar o pagamento de 15 dias de atividades.

Burkina Faso nega aproximação ao grupo Wagner mas quer ajuda da Rússia

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POR LUSA  07/04/23 

O Burkina Faso negou a aproximação ao grupo de mercenários Wagner, mas quer instrutores russos a treinar os seus soldados, após a compra de novos equipamentos a Moscovo e da expulsão dos soldados franceses.

"Pedimos ao governo russo, a propósito da colaboração bilateral entre o Burkina e a Rússia, que nos envie pessoas para treinar os nossos homens", afirmou o secretário-geral do grupo civil Save Burkina, Mamadou Drabo.

Este grupo apoia a junta militar, que governa o país desde o golpe de Estado, que ocorreu em janeiro de 2022, contra o então Presidente Roch Marc Christian Kaboré.

Os rumores de que a junta militar estaria a aproximar-se do grupo russo de mercenários Wagner surgiu algumas semanas após a expulsão de centenas de soldados franceses.

Em fevereiro, as autoridades anunciaram a utilização de 30 milhões de dólares (cerca de 27,5 milhões de euros) em ouro, alegando "necessidades públicas".

"Pode ser coincidência esta utilização do ouro, após a expulsão dos soldados franceses [...]. Ainda assim, alguns investidores temem que o Estado renegue os acordos existentes e prejudique as minas industriais para pagara aos militares russos", apontou William Linder, oficial reformado da CIA.

Um relatório da Iniciativa Global Contra o Crime Organizado Transacional revelou que a venda de armas e os acordos bilaterais de cooperação militar entre a Rússia e alguns países africanos foram, em alguns casos, precursores do envio de tropas mercenárias de Wagner.

O grupo Wagner, fundado por Yevgeny Prigozhin, milionário russo ligado ao Presidente Vladimir Putin, tem cerca de 1.000 soldados no Mali há mais de um ano.

Em janeiro, o Burkina Faso ordenou a saída de cerca de 400 soldados franceses do país, cortando as relações militares com Paris.

França mantém tropas na região Sahel, na África Ocidental, desde 2013, quando ajudou a expulsar extremistas islâmicos do poder.

Contudo, tem enfrentado a resistência da população, que diz que a presença militar de França tem rendido poucos resultados face ao agravamento dos ataques jihadistas.

A junta militar do Burkina Faso já referiu não ter nada contra o país, justificando a sua expulsão com a necessidade de diversificar os seus parceiros militares.


Taiwan é questão de "soberania" e não de "democracia ou autoritarismo"

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POR LUSA  07/04/23 

A China disse hoje que a "questão" de Taiwan não é sobre "democracia ou autoritarismo", mas que está relacionada com a "integridade territorial e soberania" do país asiático.

A porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, afirmou, em conferência de imprensa, que "alguns países usam essa narrativa" para "apoiar a independência de Taiwan, em nome da democracia" e para "usar a ilha como forma de conter a China", algo que descreveu como "perigoso e condenado ao fracasso".

"O futuro de Taiwan está na reunificação e o bem-estar do seu povo depende do rejuvenescimento da nação chinesa", disse Mao, acrescentando que as "diferenças entre os sistemas de ambos os lados do Estreito [de Taiwan] não são um obstáculo à reunificação".

Horas antes, a China anunciou a imposição de sanções ao representante de Taiwan nos EUA, Hsiao Bi-khim, por -- segundo Pequim -- pedir o apoio dos EUA nos planos de independência da ilha.

Pequim impôs ainda sanções contra o Instituto Hudson e a Biblioteca Presidencial Ronald Reagan por "fornecer uma plataforma" para a presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, "participar de atividades separatistas".

As sanções são uma das primeiras respostas da China ao encontro entre Tsai e o presidente da Câmara dos Representantes do Congresso dos EUA, Kevin McCarthy.

Pequim condenou na quinta-feira a estadia de Tsai nos Estados Unidos e acusou Washington de "conluio" com Taiwan, ao mesmo tempo que garantiu "medidas resolutas e eficazes para salvaguardar a soberania nacional e a integridade territorial".

Em agosto passado, após a ex-presidente da Câmara dos Representantes do Congresso dos EUA, Nancy Pelosi, se deslocar a Taiwan - a visita de mais alto nível realizada pelos Estados Unidos à ilha em 25 anos -, Pequim lançou exercícios militares numa escala sem precedentes, que incluíram o lançamento de mísseis e o uso de fogo real.

A China impôs também sanções a Pelosi e suspendeu o diálogo com os EUA em várias áreas importantes.

A ilha é um dos maiores motivos da tensão entre a China e os Estados Unidos, principalmente porque Washington é o principal fornecedor de armas para Taiwan e seria o seu maior aliado militar em caso de guerra com a China.

No final da Segunda Guerra Mundial, Taiwan integrou a República da China, sob o governo nacionalista de Chiang Kai-shek. Após a derrota contra o Partido Comunista, na guerra civil chinesa, em 1949, o Governo nacionalista refugiou-se na ilha, que mantém, até hoje, o nome oficial de República da China, em contraposição com a República Popular da China, no continente chinês.

Pequim considera a ilha parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso Taipé declare formalmente a independência.


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Kyiv responde a Lula: "Ucrânia não faz comércio com os seus territórios"

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POR LUSA   07/04/23 

 O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano afirmou hoje que a Ucrânia "não faz comércio com os seus territórios", em resposta à sugestão do Presidente do Brasil de Kyiv desistir da Crimeia para travar a guerra.

A Ucrânia aprecia os esforços do Presidente do Brasil [Luis Inácio Lula da Silva] para encontrar uma solução para acabar com a agressão russa", declarou Oleg Nikolenko na sua conta na rede social Facebook.

"Ao mesmo tempo, temos que deixar claro: a Ucrânia não faz comércio com os seus territórios", acrescentou o porta-voz ministerial ucraniano.

Nikolenko também sublinhou que "não há alguma razão legal, política ou moral" para que desistam de "uma única polegada do território ucraniano", reafirmando que a Ucrânia mantém a sua posição sobre esta questão.

"Qualquer esforço de mediação para restaurar a paz na Ucrânia deve ser baseado no respeito pela soberania e na plena recuperação da integridade territorial da Ucrânia, seguindo os princípios da Carta da ONU", enfatizou Nikolenko.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia respondeu assim a algumas declarações recentes de Lula da Silva.

O Presidente brasileiro, que visita Pequim na próxima semana, vai propor ao homólogo chinês a promoção do diálogo entre a Rússia e a Ucrânia e afirmou que o país invadido poderá ter de ceder a Crimeia.

O Presidente da Rússia, Vladimir "Putin não pode ficar com o terreno da Ucrânia. Talvez se discuta a Crimeia. Mas o que ele invadiu de novo, tem que se repensar", disse na quinta-feira Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, durante um encontro com jornalistas.

Por outro lado, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, "não pode querer tudo. A Otan [NATO] não vai poder se estabelecer na fronteira", sublinhou Lula, de acordo com a Agência Brasil.


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