O Presidente guineense tinha ido a Lisboa em visita oficial. Mas não foi a Portugal buscar "validação" ou "legitimação". Porque, simplesmente, ele não precisava e nem precisa hoje de "legitimação" ou de "validação" diplomática por parte de Portugal. Bastou ao Presidente guineense a efetiva legitimação do seu próprio povo, legitimação patriótica que ficou claramente expressa nas urnas, democraticamente.
Antipatriotas e órfãos ideológicos
Como era de esperar, o Presidente guineense convidou o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa a visitar também a Guiné-Bissau, convite que - como era também de esperar - o Presidente português aceitou "sem hesitação". E o Presidente de Portugal veio. Fez a sua visita oficial ao nosso País. A visita foi um grande sucesso diplomático. E mais ainda: foi também um grande sucesso pela sua expressão popular, pela amizade que liga guineenses aos portugueses, uma amizade vibrantemente demonstrada na receção calorosa ao Presidente Marcelo Rebelo de Sousa.
Enfim, tudo isso - a visita do Presidente guineense a Portugal (outubro de 2020) e a visita do Presidente português a Guiné-Bissau (maio de 2021) parecia uma sequência normal, muito pacífica na arte antiga (na boa diplomacia) de dar e receber, de reciprocidade, de respeito mútuo.
Órfãos guineenses raivosos, neocolonialistas empedernidos (n'curbadus)
Mas se foi apenas uma normalidade restaurada, onde então poderia residir o problema com esta visita do Presidente de Portugal a Guiné-Bissau?
A resposta é muito fácil de dar: o verdadeiro problema está na mentalidade de colonizado, na mentalidade antipatriótica de certos guineenses que precisam furiosamente da tutela portuguesa. Que precisam de uma cobertura de tipo neocolonialista. E, por isso mesmo, fizeram tudo para que o Presidente português cancelasse a sua visita oficial a Guiné-Bissau.
Mas o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa não lhes fez essa vontade. Não lhes deu o conforto neocolonialista de que tanto careciam.
É por isso que disseram e ainda dizem que Marcelo Rebelo de Sousa os "traiu". E, por isso mesmo, estão raivosos, frustrados, a ferver de ódio. Perderam este jogo, talvez o seu derradeiro combate político antipatriótico, sua última esperança.
A derrota que acabaram de sofrer foi mesmo estrondosa. E põe-se agora uma pergunta pertinente, urgente mesmo: vão saber tirar, deste clamoroso fracasso, as devidas lições da sua desastrada estratégia política - eis a questão.
Fonte: Aqui