Á saída de uma reunião, na segunda-feira, entre alguns sindicatos da Função Pública, associações estudantes, o Governo e o Presidente guineense, Bacar Daramé, um porta-voz dos estudantes, disse que Umaro Sissoco Embaló havia declarado o fim da greve nas escolas públicas.
Desde dezembro que as escolas públicas na Guiné-Bissau estão fechadas por causa de greves dos professores em obediência à onda de paralisações decretadas pela UNTG.
João Domingos da Silva considerou como "estranho o anúncio do fim da greve" e defendeu que a paralisação tanto nas escolas públicas como na própria Função Pública "mantêm-se de pé".
O porta-voz da UNTG esclareceu um episódio que aconteceu na reunião de segunda-feira, em que o Presidente guineense exigiu a saída da sala dos elementos da comissão negocial da central sindical "por considerar desrespeito para a sua pessoa a ausência do secretário-geral", Júlio Mendonça.
João Domingos da Silva explicou que no convite dirigido à UNTG não se solicitou de forma obrigatória a presença do secretário-geral.
"Ficamos surpresos em ouvir que as pessoas que não tomaram parte nessa reunião sofrerão consequências", declarou o porta-voz da UNTG, que admite ter ocorrido uma falha de comunicação entre o Governo, que fez o convite, e a Presidência da República.
A UNTG tem convocado, desde dezembro, ondas de greves gerais na Função Pública, entre outros, para exigir do Governo a exoneração de funcionários contratados sem concurso público, melhoria de condições laborais e o aumento do salário mínimo dos atuais 50.000 francos cfa (76 euros) para o dobro.
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