O Sindicato Democrático dos Professores (SINDEPROF) denunciou que está em marcha um plano de recrutamento de tropas guineenses para substituir os professores em greve, para assumir horários nas escolas públicas.
O plano, segundo o presidente do SINDEPROF, Alfredo Biaguê, terá sido orquestrado pelo Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, que terá dado orientações para que os militares Guineenses fossem selecionados e lhes fossem distribuídos os horários para lecionarem nas escolas públicas.
Alfredo Biaguê revelou, em conferência de imprensa, que na reunião tida na segunda-fgeira, 17 de maio de 2021, o Presidente da República terá ordenado que a greve fosse levantada ou os militares com nível académico de décimo primeiro ano de escolaridade, formados no Tchico Té e na ENA seriam chamados para darem aulas nas escolas públicas.
Dise que apesar das ameaças a “União Nacional dos Trabalhadores da Guiné -UNTG” mantém-se firme e vai continuar as paralisações na Função Pública até que sejam respeitadas as suas exigências”.
Por outro lado, o porta-voz da Comissão Negocial da greve, João Domingos da Silva, explicou que a UNTG foi convocada pelo Ministério da Administração Pública Trabalho, Emprego e Segurança Social para uma reunião no salão de Conselho de Ministros sem ter sido informada que o chefe de Estado estaria presente na reunião.
João Domingos da Silva acusou o Chefe de Estado de recusar reunir-se com os membros da Comissão Negocial, por não ter visto no encontro o Secretário Geral da UNTG.
Neste sentido, Domingos da Silva pediu aos trabalhadores públicos a manterem-se firmes e determinados na luta pelos seus direitos e conquista da dignidade laboral, tendo afirmado que a greve vai continuar até que as reivindicações sejam atendidas.
Por: Djamila da Silva
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