quarta-feira, 4 de novembro de 2020

GUINE-BISSAU - REUNIAO ENTRE O PRESIDENTE, ALGUNS MINISTROS, PGR, COMISSARIO G POP, COM. GN, DIR. PJ


Já deu início a reunião conjunta entre o Presidente da República, Primeiro Ministro, Ministro do Interior, Ministro da Justiça, PGR , Comissário Geral da POP, Comandante da Guarda Nacional e a Diretora Nacional da Polícia Judiciária.

Radio Bantaba

GUINE-BISSAU - ENCONTRO ENTRE O PRESIDENTE E PM, MINISTROS DE J. INTERIOR, PGR E OUTROS


Termina o encontro entre o Presidente da República, Primeiro Ministro, Ministro do Interior, Ministro de Justiça, PGR , Comissário Geral da POP, Comandante da Guarda Nacional e a Diretora Nacional da Polícia Judiciária. O Presidente Umaro Sissoco Embaló destacou a questão da segurança, o diploma sobre abate de árvores, e as negociações para a renovação do acordo de exploração conjunta entre Bissau e Dakar.

Radio Bantaba

Young Nigerian-born Democrat, Oye, Elected As United States House Of Representative Member

A Nigerian, Oye Owolewa 31-year old Politicia, has been elected to the United States Congress.

Owolewa from Kwara, who holds a doctor of philosophy (Ph.D.) degree in Pharmacy from the North-Eastern University, Boston, contested on the platform of the Democratic Party as a ‘shadow’ (non-voting) House of Representative member out of the District of Columbia (DC).

#Elections2020 #USElection2020 

Native Reporters

𝐂𝐎𝐌𝐔𝐍𝐈𝐂𝐀𝐃𝐎 À 𝐈𝐌𝐏𝐑𝐄𝐍𝐒𝐀






 Governação na Guiné-Bissau

Guiné-Bissau: Termina o encontro entre o Presidente da República, Primeiro Ministro, Ministro do Interior, Ministro de Justiça, PGR , Comissário Geral da POP, Comandante da Guarda Nacional e a Diretora Nacional da Polícia Judiciária. O Presidente Umaro Sissoco Embaló destacou a questão da segurança, o diploma sobre abate de árvores, e as negociações para a renovação do acordo de exploração conjunta entre Bissau e Dakar.



PRESIDENTE SISSOCO CONFERE POSSE AO SEU DIRETOR DO GABINETE

04/11/2020 / Jornal Odemocrata 

O Presidente da República, Úmaro Sissoco Embaló, conferiu posse na manhã desta quarta-feira, 04 de novembro de 2020, ao seu chefe do gabinete, Califa Soares Cassamá. Jornalista  de profissão, que vinha a desempenhar esta função desde a investidura do Presidente da República, Úmaro Sissoco Embaló, foi oficializada a sua nomeação ontem (terça-feira) através do decreto presidencial n°54/2020. 

Califa Soares Cassamá, foi jornalista da primeira estação emissora privada do país (Rádio Galáxia de Pindjiguiti) e correspondente da Radiodifusão Portuguesa (RDP) por mais de dez anos. Deixou de exercer a atividade jornalística  em 2016 e assumiu política ativa.

QUEM É O DIRETOR DO GABINETE DO PR SISSOCO

Califa Soares Cassamá, jornalista de profissão. Exerceu radiojornalismo depois do conflito político militar de 7 de junho de 1998, na estação emissora Rádio Galáxia de Pindjiguiti, onde foi uma das vozes da apresentação do famoso bloco noticioso das 13 horas na língua crioula.

Cassamá, ex-chefe da redação da Rádio Galáxia de Pindjiguiti foi também correspondente da Radiodifusão Portuguesa (RDP). Chegou a desempenhar a função do diretor da Radiodifusão Nacional da Guiné-Bissau (RDN). Em 2016, foi nomeado Secretário Executivo do Secretariado Nacional de Luta contra Sida, uma estrutura que reporta  diretamente ao Primeiro-ministro.

Depois de deixar o jornalismo, assumiu a política ativa e integrou o Movimento para a Alternância Democrática (MADEM). Foi o diretor do Gabinete do Coordenador Nacional do MADEM, Braima Camará. Na eleição presidencial de 2019, coordenou o gabinete de comunicação do então candidato Úmaro Sissoco Embaló. Depois da investidura de Presidente Embaló, Califa Soares Cassamá trabalhou no gabinete da presidência da República.

Por: Assana Sambú

PRESIDENCIAIS NOS EUA - Vai ser até ao último voto contado. EUA ainda sem presidente definido

© REUTERS/Mike Segar

Notícias ao Minuto 04/11/20  POR ANABELA SOUSA DANTAS E FÁBIO NUNES 

Biden diz-se "encaminhado para ganhar" e deposita confiança nos estados com votos ainda por apurar. Trump diz que já ganhou "em grande" e fala já em "roubo" de eleições. Ainda estão milhões de votos por contar, numa noite em que as projeções colocaram os dois candidatos demasiado próximos para avançar um vencedor claro.

Odia das eleições norte-americanas foi ontem, terça-feira, mas hoje, a esta altura, ainda não é possível dizer quem ganhou. O resultado será decidido com a contagem dos boletins de voto que ainda estão por apurar, algo que já se previa que poderia acontecer, e que poderá abrir caminho a incerteza nas presidenciais dos Estados Unidos.

Às 2h20 da madrugada (7h20 em Lisboa), Joe Biden e Donald Trump estavam demasiado próximos no número de delegados no Colégio Eleitoral - com vários estados-chave ainda com milhões de votos por contar - para poder fazer uma previsão fiável de um vencedor. A CNN projeta 220 grandes eleitores para o candidato democrata e 213 para o candidato republicano, enquanto que o New York Times lança uma margem de 225 para 213, respetivamente.

Resultados nos estados-chave

O atual presidente dos Estados Unidos venceu as eleições na Florida (29 delegados), um estado crucial para a reeleição, e desta vez com uma margem maior do que a que conseguiu em 2016, contra Hillary Clinton. Trump conseguiu também assegurar o estado de Ohio (18 delegados). Joe Biden, por outro lado, venceu no Minnesota, garantindo 10 delegados.

A partir daqui, dentro dos estados mais importantes para garantir a entrada na Casa Branca, ainda não é possível fazer determinações. A Carolina do Norte e a Georgia têm mais de 90% dos votos apurados e dão vantagem a Trump. O Arizona tem 80% dos votos contados e dá vantagem a Biden. A Pensilvânia, o Wisconsin e o Michigan têm entre 60% a 80% dos votos contados e todos têm o líder republicano à frente, mas com muitos votos por contar. A decisão sobre o próximo presidente norte-americano irá recair, precisamente, sobre estes três estados.

O estado do Texas (38 delegados), bastião republicano, começou com algumas incertezas, mas acabou por dar vitória a Trump, ao passo que Biden conseguiu manter a vantagem na Califórnia (55 delegados), em Nova Iorque (29 delegados) e no Illinois (20 delegados).

Joe Biden "confiante", Trump diz que ganhou "em grande"

O primeiro candidato presidencial a falar foi Joe Biden, pouco depois da 1h00 (5h00 em Lisboa), onde se dirigiu ao país com uma mensagem otimista, que apelava à paciência dos cidadãos. "Acredito que estamos encaminhados para ganhar esta eleição", indicou o democrata, sublinhando que o voto antecipado sem precedentes já indicava que os resultados seriam demorados. "Temos que ser pacientes, até que termine o duro trabalho de contar os votos, até que cada boletim de voto esteja contado", afirmou, junto à sua sede de campanha, em Wilmington, no estado de Delaware.

O democrata, sabendo que a sua vitória depende dos votos que ainda estão por contar, tentou tirar crédito à ideia de um anúncio de vencedor antecipado - uma possibilidade que foi considerada por alguns analistas, tendo em conta as críticas de Donald Trump ao facto de não se anunciar um vencedor no próprio dia das eleições.

O atual presidente, Donald Trump, viu esta declaração como uma tentativa de "roubar" a eleição. "Estamos à frente em grande, mas estão a tentar ROUBAR a eleição. Nunca iremos deixá-lo. Os votos não podem ser feitos depois das urnas fechadas", escreveu Donald Trump no Twitter, segundos após o final do discurso (um 'tweet' que foi entretanto sinalizado pela rede social). Numa publicação anterior, Trump prometeu fazer uma declaração para breve e acabou com a declaração: "Uma grande vitória!".

O presidente incumbente foi mais longe no seu discurso, que fez por volta das 2h30 (7h30 em Lisboa). "Estávamos prontos para ganhar esta eleição... e ganhamos esta eleição", disse, uma afirmação que não é verdadeira, uma vez que ainda há milhões de votos por contar. "Eu previ isto: não iam ganhar e iam levar-nos para tribunal. Isto é uma fraude ao povo americano", acrescentou, indicando que irá recorrer ao Supremo Tribunal, tentando retirar legitimidade aos votos ainda por contar.


"Não queremos que descubram votos às 4h da manhã e os acrescentem. Para mim é uma fraude", indicou, parecendo ignorar que os votos foram feitos até terça-feira e que podem ser contados até vários dias depois.


Militares da Guarda Nacional sem efetivação e nem salário

Por CNEWS  novembro 3, 2020

Um grupo de Militares da Guarda Nacional não recebe salários desde 2017, ano em que prestou juramento à bandeira nacional, no centro de instrução de Cumeré, no norte da Guiné-Bissau, informou ao CNEWS, uma fonte do Ministério do Interior.

Vários elementos do grupo designado “Núcleo dos Recém-jurados da Guarda Nacional”, não foram efetivados na corporação e logo, estão sem vínculo legal com a administração pública guineense. Segundo a fonte do Capital News, entre as pessoas que têm esta “má sorte” estão algumas, que são afetas à Brigada da Intervenção e Reserva da Guarda Nacional (BIR), ao Comando Geral da Guarda Nacional, e os restantes ao Grupo Territorial Número 01 que engloba o Setor Autónomo de Bissau (SAB) e a Região de Biombo, no norte do país..

Preocupados com a situação, uma fonte ligada ao grupo relatou que “muitos dos seus colegas já viram os seus problemas resolvidos e foram efetivados”. E ainda “regista-se a entrada de novos agentes na Guarda Nacional, mas com os processos de efetivações concluídos e ordenados em dia.

O assunto é do conhecimento do ministro do interior, Botche Candé, e de Sadjo Cissé, Comandante Geral da Guarda Nacional.

Live: 2020 Election Results Map For Trump Vs. Biden | NBC News

LIVE: US Election 2020 live results tracker

Live: 2020 Election Results And Analysis | NBC News

Élections américaines 2020

VOZ DI GUINE-BISSAU - Tudo o que precisa saber o este projeto inedito

terça-feira, 3 de novembro de 2020

Agência Nacional De Empreendedorismo Juvenil-ANEJ - COMUNICADO

A Agência Nacional de Empreendedorismo Juvenil (ANEJ), informa a juventude em de que estão abertas as inscrições para 15 vagas de estudo para a conclusão do 12° ano de escolaridade em Portugal.

As referidas vagas são oferecidas no quadro da parceria entre ANEJ e IF-CPLP.

O prazo da inscrição: até o dia 23 do mês corrente

Requisitos para se candidatar:

1- Alunos com 6°ano de escolaridade, 7°ano ou com frequência de 8°ano sem aprovação e frequência do 9°ano sem aprovação;

 candidatos na podem ter mais de 18 anos de idade até o final deste ano.

2- Alunos com 9°ano de escolaridade completo;

Os candidatos não podem ter mais de 20 anos de idade até o final deste

Obs: para mais informações podem acessar a nossa página no Facebook ou contactar os seguintes números:

966173752

955864017

By: Agência Nacional De Empreendedorismo Juvenil-ANEJ

Ministro do Interior, Botche Candé, chefiou hoje, dia 3 de Novembro uma delegação governamental que se deslocou a Safim para solidarizar-se com a família do cidadão morto a tiro por um agente da segurança.

Em declarações à imprensa, Botche Candé deu ordem ao comandante da Guarda Nacional e da Política de Ordem Pública para suspender temporariamente e sem colocação de todos os agentes da segurança colocados na Esquadra de Polícia do Setor de Safim até quando a justiça posicionar sobre o assunto.








Fonte: Gaitu Balde 

Presidente de SINJOTECS: “AMEAÇAS NÃO DEVEM COLOCAR EM CAUSA O EXERCÍCIO DO JORNALISMO”

Por Jornal Odemocrata  03/11/2020

A presidente do Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social (SINJOTECS), Indira Correia Baldé, defendeu esta terça-feira, 03 de novembro de 2020, que as ameaças contra os jornalistas não devem colocar em causa o exercício da profissão, por isso encorajou os profissionais de comunicação social a denunciarem as ameaças contra os homens da imprensa.

A sindicalista fez essa observação à margem da palestra realizada em parceria com o Consórcio Media Inovação da Comunicação Social (CMICS), para assinalar o dia internacional do combate à impunidade e  crimes contra os jornalistas.

Indira Correia Baldé  disse que a iniciativa simboliza a necessidade de promover um ambiente seguro para os jornalistas e para os trabalhadores dos media e a responsabilização dos culpados pelas mortes de jornalistas.

Dados estatísticos divulgados  pela UNESCO mostram que nos últimos dez (10) anos pelo menos 881 jornalistas foram mortos em todo o mundo, pelo simples fato de terem dito a verdade.

“Apenas de 2019 a 2020 morreram 44 jornalistas, o que mostra que 9 em cada 10 crimes ficaram impunes”, indicou Correia Baldé.

Indira Correia Baldé referiu que a data foi instituída em 2013, por causa do assassinato de dois jornalistas no Mali.

 “Também é uma chamada de atenção, porque muitos jornalistas foram assassinados, e outros foram detidos por terem dito a verdade”, precisou.

Por sua vez, a Consultora Carmelita Pires defendeu que os jornalistas devem ser protegidos, porque comunicam, educam e falam a verdade, sobretudo na Guiné-Bissau, os governantes devem criar leis que possam ser direcionadas à proteção dos jornalistas e punição das pessoas que possam perpetrar atos contra a integridade dos jornalistas.

Neste sentido, lembrou que o país viveu muitos anos de instabilidades crónicas e o setor de comunicação social sofreu muito, por isso defendeu a  necessidade de criação de uma política para a comunicação social, com estratégias definidas para a dignificação da profissão, apostar no conhecimento e na formação para que a classe seja  capacitada, porque os jornalistas trabalham com poucos meios.

“Mas  o setor de comunicação social peca por falta de estruturação para melhor funcionamento”, referiu.

Por: Noemi Nhanguan

Foto: N.N          

REUNIÃO | FÓRUM CONCERTAÇÃO SOCIAL

Teve lugar hoje mais uma ronda entre o Governo e os parceiros sociais reunidos em Concertação Social.





CONCERTAÇÃO SOCIAL| Pronunciamento do Chefe do Governo Eng.Nuno Gomes Nabiam depois de mais uma ronda negocial com os representantes dos trabalhadores (UNTG, Confederação Independente dos Sindicatos e CCIAS.

O Governo como sempre, mantém total abertura e previlegia o diálogo permanente com os parceiros sociais, como forma de estabelecer largos consensos em matéria de soluções à inumeras reivindicações dos trabalhadores.

Juntos somos mais fortes, e, é com base nesse espírito de cooperação e diálogo que esperemos sanear vários problemas estruturais da nossa administração e assim poder atender às necessidades exigidas pelos trabalhadores.

GOVERNAR PARA TODOS

#Concertacaosocial2020 

#GovernoGB2020

 Nuno Gomes Nabiam- Primeiro Ministro da República da Guiné-Bissau

Guiné-Bissau. Sindicatos têm de ser flexíveis e governantes responsáveis

Fonte: Notícias ao Minuto 03/11/20 

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Nuno Gomes Nabiam, disse hoje que os sindicatos têm de ser mais flexíveis e os governantes mais responsáveis, referindo-se à vaga de greves que estão a ocorrer no país.

"Os sindicatos por um lado têm a sua razão, é preciso o Governo assumir as suas responsabilidades, mas também é preciso os sindicatos entenderem que o país está com dificuldades e que não é só a Guiné-Bissau, é o mundo inteiro", afirmou Nuno Gomes Nabiam.

O primeiro-ministro guineense falava no final de uma reunião com os representantes das duas centrais sindicais da Guiné-Bissau.

"Estamos confrontados com a covid-19, a nossa economia não está bem e é preciso haver flexibilidade por parte dos sindicatos. Mas se os sindicatos precisam de ter flexibilidade, também nós, que somos governantes, temos de assumir as nossas responsabilidades", salientou o primeiro-ministro.

Nuno Gomes Nabiam disse também que os sindicatos têm razão em muitas exigências que estão a fazer e que como primeiro-ministro tem de "fazer o que é bom para o país e para todos".

"Vamos criar uma comissão que vai negociar com os sindicatos sobre o pedido de greve. Temos de dizer aos nossos sindicatos o que é realizável", afirmou, salientando que há um problema grave na Função Pública do país.

Segundo o primeiro-ministro, mais de 60% das receitas do Estado, que caíram cerca de 28% desde o início da pandemia, são para pagar ordenados na Função Pública.

"É preciso fazer as reformas, mas a reforma tem de envolver os parceiros sociais. Só com a participação de toda a gente é que conseguimos criar uma base sólida para fazer reformas, mas sem criarmos outro problema social", afirmou o primeiro-ministro.

A União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Bissau, maior central sindical do país, convocou uma greve geral da função pública para o período entre 09 e 13 de novembro.

A Federação dos Transportes Públicos da Guiné-Bissau anunciou também uma paralisação para o período entre 16 e 20 deste mês e o Sindicato Nacional de Enfermeiros, Técnicos de Saúde e Afins iniciou na segunda-feira uma greve de 30 dias para reivindicar pagamentos em atraso.

Segundo o ministro das Finanças da Guiné-Bissau, o crescimento económico do país em 2020 vai ser de -2,9% e as receitas internas caíram 28%.

João Fadiá explicou que o recuo do crescimento económico e das receitas internas ocorreu devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus e que aconteceu em todo o mundo.

Mexidas no Governo liderado por Nuno Gomes Na Biam

O Presidente da República, UMARO CISSOCO EMBALO exonera o Ministro da Presidência do Conselho de Ministros e Assuntos Parlamentares, Mamadu Serifo Jaquite, e para o seu lugar chama Soares Sambú, que assume ainda a pasta de vice- Primeiro- ministro e Coordenador para Área Económica.


Fonte: RadioBantaba

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PR SISSOCO EXONERA JAQUITÉ E NOMEIA SOARES SAMBÚ PARA O CARGO DE VICE-PRIMEIRO-MINISTRO

03/11/2020 / Jornal Odemocrata 

O Presidente da República, Úmaro Sissoco Embaló, exonorou através do decreto n°52/2020, esta terça-feira, 03 de novembro, Mamadu Serifo Jaquité do cargo do ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Assuntos Parlamentares e Porta-voz do Governo, tendo nomeado para a referida função o Eng. Soares Sambú.

Sambú, dirigente do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM) foi nomeado por meio do decreto n°53/2020, passa agora a desempenhar a função do vice-primeiro, ministro da Presidência do Conselho de Ministro e Assuntos Parlamentar, Coordenador para Área Económica. 

QUEM É O NOVO VICE-PRIMEIRO-MINISTRO?

Soares Sambú, engenheiro de formação. Ingressou na carreia política filiando-se ao Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), na década de 1990. Chegou ao cargo de primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional Popular na segunda legislatura multi-partidária, em 1999. Ficou em exercício até 2002, quando o parlamento foi dissolvido. Foi o dirigente da campanha do PAIGC nas legislativas de março de 2004, em que o partido ganhou a maioria dos assentos; na sequência da eleição, tornou-se Ministro dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional. 

Foi ministro dos Recursos Naturais e do Meio Ambiente no governo de Martinho Ndafa Kabi, em 2007. Desempenhou também a função do ministro da Economia e da integração regional, em 2013. Em 2016, voltou a ocupar a pasta dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e das Comunidades. Foi ministro de Estado, presidência do Conselho de Ministros e Assuntos Parlamentares no governo liderado pelo atual presidente da República, Úmaro Sissoco Embaló.

Deputado há quase 20 anos e sempre na lista do PAIGC e na última eleições legislativas foi eleito na lista do MADEM. Faz parte dos 15 deputados dissidentes do PAIGC e participou da criação do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM). 

Nas eleições presidencias de 2019, foi diretor nacional da campanha do então candidato (Presidente) Úmaro Sissoco Embaló. Após a investidura de Embaló, Soares Sambú, foi um dos assessores principais do Chefe de Estado.

 Por: Assana Sambú

PR nomeia como seu Chefe do Gabinete, o jornalista, Califa Soares Cassama, antigo Diretor-geral da Rádio Difusão Nacional. Soares Cassama foi Secretário Executivo do Secretariado Nacional de Luta contra sida, ex-correspondente da Rdp-África e, antigo chefe da Redação da Rádio Pindjiguiti.


Fonte: RadioBantaba


Greve na saúde - Secretária de Estado de Gestão Hospitalar afirma que SINETSA não quer fazer cedências


Bissau, 03 Nov 20(ANG) – A Secretária de Estado da Gestão Hospitalar afirmou hoje que o Sindicato Nacional dos Enfermeiros e Técnicos de Saúde e Afins(SINETSA) não quer fazer cedências  no que toca com a reivindicação para implementação da Carreira dos Técnicos de Saúde.

Em entrevista exclusiva à ANG, Cornélia Aleluia lopés disse que, se depender das diligências do patronato, o SINETSA não iria à greve, porque noventa por cento das exigências inscritas no caderno reivindicativo  foram resolvidas.

Informou que em todas as reivindicações do SINETSA, o Ministério da Saúde chama o das Finanças para em conjunto buscarem soluções.

Cornélia Lopes afirmou que a greve é um direito que assiste qualquer trabalhador seja funcionário público ou privado, mas lembrou também  que sensibilizou os sindicalistas e lhes pediram durante as negociações para se abdicarem da greve neste momento da pandemia do COVID-19, frisando que, infelizmente o sindicato não aceitou .

“O secretário de Estado de Tesouro mostrou ao sindicato que a implementação da carreira não faz sentido se o governo não está em condições financeiras de o executar imediatamente, porque não consta no Orçamento Geral de Estado(OGE) 2020,”explicou.

Disse  que os membros do SINETSA, disseram que não têm nenhum documento que comprova a afirmação do secretário de Estado do Tesouro, acrescentando que, se existir que lhes forneçam todas as cópias.

Aquela governante considera decisão incorreta fazer  greve de um mês neste momento que a pandemia da covid-19 abalou o mundo. Diz que nem a  própria Organização Internacional de Trabalho(OIT)  apoiaria  qualquer sindicato de saúde , em qualquer parte do mundo, que decidira fazer greve nesta altura.

Segundo  Cornélia Lopes,  a lei que permite aos trabalhadores observar uma greve  é a mesma que predefiniu o que é que o patronato deve fazer em caso da greve.

Questionada sobre o bloqueio de salários dos técnicos de saúde que participam na greve ,  respondeu que foi suspendido para fazer desconto dos dias da greve.

Cornélia Lopes pede aos funcionários e técnicos do Ministério da Saúde para serem um pouco patriotas e profissionais, porque a greve na saúde termina com perda de vidas humanas.  

ANG/JD/ÂC//SG

Presidente da Associação dos Motoristas do SAB confirma adiamento da greve

Bissau, 03 nov  20 (ANG) – O Presidente da Associação dos Motoristas do Setor Autónimo de Bissau disse   que a greve decretada com início prevista para hoje,  foi adiada para o dia 16 do mês corrente, adiantando que as reivindicações, passam a ser todos os dias úteis de semana até que o governo lhes chamam para negociação.

Aristides Mendes disse que são lhes cobrados a multa de 50 mil francos CFA por cada passageiro que carregam a mais.

“O Decreto Presidencial que limita números de passageiros nos transportes não podemos o desafiar. Por isso, o cumprimos desde a primeira hora até hoje, mas  as discotecas abriram, já se realizam cerimónia de toca-choro e ignorou-se toda esta situação há muito tempo”, criticou.

Aquele responsável disse que agora os autocarros  carregam lotação completa e até colocam bidões para os passageiros se sentar, frisando que,  só os transportes mistos é que ainda não podem levar lotação completa, acrescentando que, com essa situação, sentem que os seus direitos estão a ser amassados.

Mendes sustentou que esses autocarros também são transportes públicos e devem cumprir as medidas de distanciamento decretado pelo governo, adiantando que esta é uma  uma das razões para reivindicação.

Aristides Mendes disse que reuniram no passado Domingo com representantes do Ministério das Finanças e esses lhes prometeram controlar só as prestações de 2019 e que serão isentos de pagamento da primeira taxa de 2020 porque não trabalharam muito tempo devido a pandemia de covid-19.

Acusa a Câmara Municipal de Bissau de ter estado a vender o espaço da paragem principal à   membros de governo que estão a construir as suas casas, acrescentando que já não têm espaço suficiente para estacionar  carros.

ANG/DMG/ÂC//SG

CORDA DE SAFIM E JUSTIÇA SOCIAL

Fonte: Bernardo Mário Catchura

CORDA DE SAFIM E JUSTIÇA SOCIAL

Aparentemente não existe nenhuma ligação entre ambas. 

A justiça social é um conceito baseado no compromisso público com os princípios da igualdade, da distribuição e redistribuição de rendimento e no respeito pela diversidade. 

A corda de Safim é uma invenção do governo da Guiné-Bissau para impor restrições á liberdade de circulação de pessoas e bens, dentro do território nacional.

O Estado da Guiné-Bissau, enquanto parte integrante da CEDEAO, subscreveu o acordo de livre circulação para os cidadãos do espaço comunitário. 

Seria de esperar que, por maioria de razão, aplicasse esta medida à sua população. 

Pois, mas não é o caso.

Não se compreende a quantidade de barreiras materializadas através de cordas mantidas por uma infinidade de forças da ordem, num País que não está em guerra (a não ser consigo próprio), com a única finalidade de aterrorizar, extorquir e violentar uma população esgotada por tantos abusos e desmandos. 

Se transportam produtos agrícolas são obrigados a pagar taxas ilegais sob o risco de lhes serem confiscados os seus parcos bens.

Para além do evidente impacto negativo a nível económico e social, ressalta a tremenda injustiça que todos os dias é cometida contra os cidadãos mais desfavorecidos.

Às viaturas privadas, da nossa pequena elite local, não existe interdição de passagem nem necessidade dos seus utilizadores saírem para apresentação de documentos. 

Os utentes dos toca-toca, sete place e táxis- mulheres com filhos às costas, crianças ou idosos- devem descer dos carros e atravessar a pé, sob o sol ardente ou chuva torrencial, a linha imaginária traçada pela corda, para se apresentarem às autoridades, antes de voltarem a subir para os respetivos transportes.

Incompreensível e inadmissível num País onde muitos se sacrificaram para restituir o respeito e a dignidade a este povo. 

O Estado da Guiné-Bissau tem a OBRIGAÇÃO de adoptar medidas e políticas públicas  destinadas a diminuir as desigualdades, onde os direitos humanos sejam assegurados,  começando pela remoção de barreiras que nos dividem e separam cada vez mais! 

Contribuição cidadã 

Nelvina Barreto 

Novembro 2020

LGDH - Liga Guineense dos Direitos Humanos - Uso abusivo de armas automáticas contra cidadãos!

No passado dia 1 de Novembro de 2020, o Comissario da Esquadra da POP de Safim atirou contra uma multidão, resultando na morte de um adolescente de 17 anos de idade e dois feridos graves, de idades compreendidas entre 11 a 12 anos. Este triste acontecimento, surgiu na sequência de disputas relacionadas ao campeonato defeso local. 

A situação provocou a íra dos populares contra as forcas de segurança. 

 A LGDH condena vigorosamente este ato criminoso e exige a abertura de um inquérito competente e conclusivo tendente a responsabilização criminal do seu ator.




Fonte:  LGDH - Liga Guineense dos Direitos Humanos


NAÇÕES UNIDAS - ONU preocupada com chegada de 3.200 refugiados da Costa do Marfim

© iStock

Por LUSA  03/11/20 

As Nações Unidas (ONU) expressaram hoje preocupação com o afluxo de cerca de 3.200 cidadãos marfinenses aos países vizinhos para fugir à violência que irrompeu no país após as eleições presidenciais de sábado, boicotadas pela oposição.

Estes refugiados, "principalmente mulheres e crianças", chegaram à Libéria, Gana e Togo vindos do oeste e sudoeste da Costa do Marfim, disse o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) durante uma conferência de imprensa em Genebra.

"Estes recém-chegados são por vezes refugiados que tinham sido repatriados recentemente e que foram forçados a fugir novamente", disse a agência da ONU.

O maior número - 2.600 - tem procurado refúgio na Libéria, onde, apenas na segunda-feira, 1.000 pessoas atravessaram a fronteira com a Costa do Marfim.

Segundo o ACNUR, as comunidades locais encarregaram-se do seu acolhimento, partilhando os escassos recursos com os recém-chegados, com os quais têm frequentemente laços linguísticos ou étnicos.

A agência está a trabalhar com as autoridades liberianas para registar os refugiados e fornecer-lhes alimentos.

A situação política e de segurança na Costa do Marfim continua tensa após as eleições de sábado que reelegeram o atual chefe de Estado, Alassane Ouattara, para um terceiro mandato, considerando inconstitucional pela oposição, que não reconhece o resultado.

Na segunda-feira, a oposição da Costa do Marfim anunciou um Conselho de Transição, liderado pelo candidato às eleições e ex-Presidente Henri Konan Bédié, para a formação de um "Governo de transição" até novas eleições presidenciais, após um fim de semana marcado pela violência.

No domingo, no dia seguinte às eleições, a oposição tinha apelado uma "transição civil" e à "mobilização geral dos costa-marfinenses para pôr fim à ditadura e à má gestão do Presidente cessante".

Pelo menos nove pessoas morreram durante o fim de semana em numerosos incidentes e confrontos que afetaram principalmente a metade sul do país.

Antes da votação, cerca de 30 pessoas tinham morrido em atos de violência pelo país, levantando receios de uma repetição dos conflitos pós-eleitorais registados há dez anos.

Estima-se que três mil tenham morrido devido à recusa do antigo Presidente Laurent Gbagbo de admitir a derrota face ao sucessor, Alassane Ouattara.

COVID-19 - Pandemia do novo coronavírus já matou 1.206.525 no mundo

© Reuters

Fonte: Notícias ao Minuto  03/11/20 

A pandemia do novo coronavírus matou pelo menos 1.206.525 no mundo desde que a OMS relatou o início da doença em dezembro, de segundo o levantamento feito hoje pela agência de notícias AFP de fontes oficiais às 11:00.

Mais de 46.958.530 casos de infeções foram oficialmente diagnosticados desde o início da epidemia, dos quais pelo menos 31.166.300 pessoas já foram consideradas curadas.

O número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do número real de infeções, uma vez que alguns países testam apenas os casos graves, outros priorizam o teste para rastreamento e muitos países pobres têm capacidade limitada de teste, alerta a AFP.

Na segunda-feira, 6.148 novas mortes e 498.791 novos casos foram registados em todo o mundo. Os países que registaram o maior número de novas mortes em seus relatórios mais recentes são os Estados Unidos com 559 novas mortes, Índia (490) e Argentina (483).

Os Estados Unidos são o país mais afetado em termos de mortes e casos, com 231.566 mortes para 9.293.284 casos, de acordo com o levantamento realizado pela Universidade Johns Hopkins. Pelo menos 3.674.981 pessoas foram declaradas curadas.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil com 160.253 mortes e 5.554.206 casos, a Índia com 123.097 mortes (8.267.623 casos), o México com 92.100 mortes (933.155 casos) e o Reino Unido Unidos com 46.853 mortes (1.053.864 casos).

Entre os países mais atingidos, o Peru é o que regista o maior número de mortes em relação à sua população, com 105 mortes por 100.000 habitantes, seguido pela Bélgica (102), Espanha (78), Brasil (75).

A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau) contabilizou oficialmente um total de 86.070 casos (49 novos entre segunda-feira e hoje), incluindo 4.634 mortes e 81.045 pessoas recuperadas.

A América Latina e Caribe totalizaram 403.344 mortes em 11.326.222 casos hoje às 11:00, a Europa 283.829 mortes (10.975.318 casos), os Estados Unidos e Canadá 241.768 mortes (9.532.353 casos), a Ásia 172.277 mortes (10.686.922 casos), o Médio Oriente 60.980 mortes (2.602.606 casos), a África 43.386 mortes (1.805.266 casos) e a Oceania 941 mortes (29.851 casos).

Esta avaliação foi realizada com base em dados recolhidos pelos escritórios da AFP junto das autoridades nacionais competentes e informações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Guiné-Bissau com mais um caso e número de vítimas mortais sobe para 42

Por LUSA 03/11/20

A Guiné-Bissau registou na última semana mais um caso positivo para covid-19 e o número de vítimas mortais aumentou para 42, segundo os dados divulgados hoje pelo Alto-Comissariado para a Covid-19.

Segundo os dados, foram realizados entre 26 de outubro e 01 de novembro 1.321 testes, 757 dos quais a viajantes, tendo sido detetado apenas um caso positivo para o novo coronavírus.

A Guiné-Bissau regista um total de 2.414 casos positivos desde março.

Os dados referem também que mais 14 pessoas foram dadas como recuperadas, elevando o total acumulado para 1.862.

Permanecem ativos 504 casos.

O número de vítimas mortais aumentou para 42, depois de se ter registado mais uma morte devido à covid-19.

Por regiões, o Setor Autónomo de Bissau é o que tem maior registo de casos, seguido de Biombo e Bafatá.

O arquipélago dos Bijagós continua sem registo de casos positivos para o novo coronavírus.

A tendência semanal dos novos casos e óbitos continua em queda na Guiné-Bissau há 12 semanas consecutivas.

Apesar dos números, as autoridades guineenses mantêm a situação de calamidade e de emergência de saúde até 08 de dezembro.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,2 milhões de mortos e mais de 46,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Em África, há 43.421 mortos confirmados em mais de 1,8 milhões de infetados em 55 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

Angola regista 289 óbitos e 11.228 casos, seguindo-se Cabo Verde (95 mortos e 8.882 casos), Moçambique (94 mortos e 13.130 casos), Guiné Equatorial (83 mortos e 5.089 casos), Guiné-Bissau (42 mortos e 2.414 casos) e São Tomé e Príncipe (16 mortos e 944 casos).

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de mortos (mais de 5,5 milhões de casos e 160.253 óbitos), depois dos Estados Unidos.

Eleição nos EUA: americanos escolhem novo presidente sob medo de fraude, atraso e violência

Vários edifícios públicos, como o Congresso, foram cercados como medida de segurança

Mariana Sanches - @mariana_sanches Da BBC News Brasil em Washington 3 novembro 2020,

Os prédios do centro da capital americana amanheceram cobertos por tapumes de madeira nesta terça-feira, 3 de novembro. Parte das tábuas já protegiam vidraças na região desde que o movimento Black Lives Matter ocupou as ruas de mais de cem cidades ao redor do país a partir de junho de 2020. Mas a maioria das barricadas foi recém-instalada e traduz materialmente o temor de que as eleições presidenciais marcadas para hoje descambem para atos de violência e saques, especialmente nos arredores da Casa Branca.

De tão cobertos, alguns dos prédios do comércio pareciam lacrados — plaquinhas de "ainda estamos funcionando" eram a senha para que os clientes afastassem o madeirame e se esgueirassem porta adentro para comprar um café ou um donut.

Não é assim que a capital americana tipicamente se prepara para os pleitos a cada quatro anos. Os tapumes são um símbolo de que os americanos não se veem diante de uma eleição convencional. De acordo com o historiador Bruce Schulman, diretor do Instituto de Política Americana, ligado à Universidade de Boston, essa é possivelmente a disputa presidencial mais tensa pela qual os americanos passaram desde 1864, quando a reeleição de Abraham Lincoln foi confirmada em meio à guerra civil americana, que resultou na morte de 620 mil americanos.

Outra prova disso é o montante de votos dados antecipadamente em 2020: até a noite de segunda-feira (2/11), quase 100 milhões de cidadãos já tinham expressado sua escolha entre o candidato democrata Joe Biden ou o republicano Donald Trump, que concorre à reeleição.

Prédios da capital americana cobriram fachadas com tapumes com medo de violência na eleição americana

O número é um recorde e equivale a quase 75% do total de votos contabilizados em 2016. Nos EUA, comparecer às urnas não é obrigatório.

Votos contestados na Justiça

Quase 70% dos votos antecipados foram dados pelo correio. A pandemia de covid-19 explica porque tantos eleitores optaram por esse meio para fazer sua escolha. Os EUA vivem sua terceira onda de infecções — com o registro de cerca de 500 mil novos casos apenas na última semana —, e estão na liderança dos países com mais mortes em números absolutos, superando a marca das 230 mil vítimas fatais.

Nos últimos meses, o sistema eleitoral por carta se tornou alvo de duras críticas do presidente Donald Trump que, em desvantagem de cerca de nove pontos percentuais nas pesquisas nacionais, tem dito que a votação via correio abre brechas para fraudes. Em meio aos questionamentos, Trump deu sinais de que não estaria disposto a aceitar rapidamente uma eventual derrota. "Queremos ter certeza de que a eleição será limpa, e eu não tenho certeza de que ela será", afirmou Trump a repórteres no fim de setembro.

Quase 100 milhões de eleitores já votaram antecipadamente no pleito presidencial de 2020

O presidente também garantiu que recorreria à Suprema Corte do país para tentar invalidar os votos pelo correio. Recentemente, o próprio Trump foi responsável por uma mudança importante na composição do tribunal. Ele indicou — e o Senado americano aprovou — o nome da juíza conservadora Amy Coney Barrett para uma cadeira no colegiado, formando assim uma supermaioria de 6 a 3 para os conservadores na instância mais alta da Justiça americana. Barrett pode vir a ser a fiel da balança em um julgamento eleitoral na Corte.

Mas a inexistência de evidências de que eleições pelo correio sejam particularmente vulneráveis a fraude e o fato de que, de acordo com informações divulgadas por 20 Estados americanos, 45% dos votos antecipados são de eleitores que se declaram democratas, contra 30% de republicanos e 24% de independentes, têm levado analistas políticos a questionar a motivação do presidente ao lançar dúvidas sobre o processo. Está claro que o cancelamento de votos antecipados e via correio afetaria mais duramente seu oponente democrata e facilitariam o caminho do presidente na conquista de mais quatro anos na Casa Branca.

Efetivamente, a campanha do republicano já foi à Justiça centenas de vezes nos últimos dias para tentar descartar ao menos parte dos votos antecipados. Em duas decisões sucessivas às vésperas do dia da eleição, a Justiça negou o pedido dos advogados de Trump, que queriam o descarte de mais de 127 mil votos dados em uma área conhecida por ser democrata em Houston, no Texas, um estado tradicionalmente republicano em que a disputa entre os dois partidos se tornou particularmente apertada em 2020. A ação motivou críticas até de correligionários de Trump. O republicano Joe Straus, ex-presidente da Assembleia Legislativa do Texas, chamou o processo de "claramente errado" e de evidência do uso de "táticas desesperadas".

Em Rodeo Drive, famosa avenida de Beverly Hill, na Califórnia, trabalhadores blindaram várias lojas de luxo àa vesperas de eleição

Demora nos resultados

Trump nega que esse seja o caso e afirma que sua intenção é que os americanos tenham um resultado das eleições o quanto antes. Nas últimas quatro disputas, a definição sobre o novo presidente saiu até a manhã do dia seguinte à eleição.

"Nós podemos ficar semanas esperando até saber o que está acontecendo. O mundo inteiro está esperando por essa decisão. Os advogados vão entrar na Justiça para lutar", afirmou o presidente em um de seus últimos comícios, na noite passada.

A contagem de votos por correio é mais demorada do que a de cédulas preenchidas presencialmente, em seções eleitorais. Além disso, alguns Estados, como a Pensilvânia, permitem a chegada de votos via correio por uma semana após o fechamento das urnas, medida que o republicano julga inaceitável. "Se as pessoas queriam ter seus votos contados, deveriam tê-los mandado muito antes", diz Trump.

Auxiliares do presidente afirmaram ao site Axios que Trump cogita se declarar vencedor antes do resultado consolidado

Auxiliares do presidente disseram ao site do notícias Axios, em condição de anonimato, que Trump estaria cogitando se declarar vitorioso se a contagem parcial de votos nos Estados de Ohio, Flórida, Carolina do Norte, Texas, Iowa, Arizona e Geórgia desse a ele vantagem ainda na noite do dia 3. Mas, pela própria dinâmica da apuração dos votos, um resultado inicial favorável a Trump não é garantia de que ele foi o vencedor do pleito.

Para os especialistas, uma atitude desse tipo mergulharia a democracia americana em descrédito e teria resultados potencialmente perigosos. "Acho que se não soubermos o vencedor na noite da eleição, ou pelo menos na manhã seguinte, entraremos em um território perigoso", afirma Richard Pildes, professor de direito constitucional da Universidade de Nova York. "Porque mesmo que as autoridades eleitorais estejam fazendo tudo de maneira apropriada, o clima político nos Estados Unidos atualmente é tão explosivo que, se houver incerteza sobre o vencedor, podemos imaginar tipos de cenários começando a se desenvolver, incluindo o candidato que parece estar à frente naquele ponto tentando se declarar o vencedor."

Uma corrida por armas

Tanto no cenário de um atraso nos resultados — causado pela apuração via correio ou mesmo pela judicialização — quanto no caso de um dos dois candidatos se declarar vencedor antes da hora, o resultado pode ser manifestações de rua dos dois lados do espectro político.

Nos últimos meses, quando grupos de apoiadores de Trump e manifestantes Black Lives Matter se encontraram, o resultado foi violência e até mesmo mortes.

Biden lidera pesquisas de intenção de voto, mas apoiadores temem vitória inesperada de Trump como em 2016, contra Hillary Clinton

Um dado ilustra a percepção de perigo iminente que ronda o pleito. Uma pesquisa de setembro do Instituto YouGov descobriu que 74% dos americanos apostam que haverá violência após os resultados das eleições. Para mais da metade deles (53%), o país verá muita violência.

Essa sensação explica o comportamento de parte da população dos EUA em 2020. A Associação Americana de Comerciantes de Armamentos estima que cerca de cinco milhões de americanos decidiram comprar uma arma de fogo pela primeira vez nos sete primeiros meses do ano.

E a procura por armas e munições apenas aumentou no pré-eleição, a ponto de ter esgotado o estoque do varejista Walmart em outubro. Alvo de protestos, a rede chegou a recolher armas e munições de suas prateleiras nos últimos dias alegando temores de "rebelião civil", mas voltou atrás da decisão. Os EUA são conhecidos pela pouca restrição que fazem ao comércio de armas.

Atos de violência estariam supostamente batendo à porta dos próprios presidenciáveis. Na última sexta-feira, a campanha democrata denunciou que apoiadores de Trump, que estariam armados e em um comboio de caminhonetes, cercaram um ônibus da campanha de Biden e ameaçaram jogar o veículo para fora da estrada. Vídeos postados nas redes sociais mostram o ônibus rodeados por carros com bandeiras da campanha republicana. O FBI investiga o incidente, que o presidente qualificou como "falso". "Na minha opinião, esses patriotas não fizeram nada de errado", afirmou Trump.

Tensos, e eventualmente armados e protegidos por tapumes, americanos esperarão, ninguém sabe por quanto tempo, pelo resultado das urnas.

GUINE BISSAU - O DIA DOS FIÉIS DEFUNTOS - OS FAMILIARES FORAM DEPOSITARAM COROAS NAS CAMPAS DOS SEUS ENTE QUERIDOS