Por Jornal Odemocrata 03/11/2020
A presidente do Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social (SINJOTECS), Indira Correia Baldé, defendeu esta terça-feira, 03 de novembro de 2020, que as ameaças contra os jornalistas não devem colocar em causa o exercício da profissão, por isso encorajou os profissionais de comunicação social a denunciarem as ameaças contra os homens da imprensa.
A sindicalista fez essa observação à margem da palestra realizada em parceria com o Consórcio Media Inovação da Comunicação Social (CMICS), para assinalar o dia internacional do combate à impunidade e crimes contra os jornalistas.
Indira Correia Baldé disse que a iniciativa simboliza a necessidade de promover um ambiente seguro para os jornalistas e para os trabalhadores dos media e a responsabilização dos culpados pelas mortes de jornalistas.
Dados estatísticos divulgados pela UNESCO mostram que nos últimos dez (10) anos pelo menos 881 jornalistas foram mortos em todo o mundo, pelo simples fato de terem dito a verdade.
“Apenas de 2019 a 2020 morreram 44 jornalistas, o que mostra que 9 em cada 10 crimes ficaram impunes”, indicou Correia Baldé.
Indira Correia Baldé referiu que a data foi instituída em 2013, por causa do assassinato de dois jornalistas no Mali.
“Também é uma chamada de atenção, porque muitos jornalistas foram assassinados, e outros foram detidos por terem dito a verdade”, precisou.
Por sua vez, a Consultora Carmelita Pires defendeu que os jornalistas devem ser protegidos, porque comunicam, educam e falam a verdade, sobretudo na Guiné-Bissau, os governantes devem criar leis que possam ser direcionadas à proteção dos jornalistas e punição das pessoas que possam perpetrar atos contra a integridade dos jornalistas.
Neste sentido, lembrou que o país viveu muitos anos de instabilidades crónicas e o setor de comunicação social sofreu muito, por isso defendeu a necessidade de criação de uma política para a comunicação social, com estratégias definidas para a dignificação da profissão, apostar no conhecimento e na formação para que a classe seja capacitada, porque os jornalistas trabalham com poucos meios.
“Mas o setor de comunicação social peca por falta de estruturação para melhor funcionamento”, referiu.
Por: Noemi Nhanguan
Foto: N.N
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ResponderEliminarApesar de tudo, felizmente nunca pelo que sei, um jornalista foi morto em Guiné-Bissau...
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