quinta-feira, 10 de março de 2022

Sua Excelência Presidente Umaro Sissoco Embaló, chegou esta tarde à Turquia para participar no Fórum Diplomático de Antalya.

 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

UCRÂNIA: Putin "cometeu um erro grave" e "perderá esta guerra"

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Por LUSA   10/03/22 

O primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, afirmou hoje, em Varsóvia, que o Presidente russo, Vladimir Putin, "cometeu um erro grave" ao atacar a Ucrânia e que vai perder a guerra que iniciou.

"Vladimir Putin cometeu um erro grave e perderá esta guerra que começou, devido à coragem, resiliência e inspiração dos bravos ucranianos, e também pela unidade, pela firmeza dos países aliados", disse Trudeau, repetindo a mesma frase em francês e inglês, numa conferência de imprensa com o Presidente polaco, Andrzej Duda.

Os aliados "não permitirão, não podem permitir que Putin ganhe depois de desrespeitar as regras internacionais, visando civis, invadindo o país vizinho", prosseguiu o primeiro-ministro canadiano, que está em visita à Polónia.

"Faremos tudo para garantir que Putin enfrenta graves consequências pelas escolhas que fez e por quaisquer más escolhas que possa fazer nos próximos dias e nas próximas semanas", prometeu.

O chefe do Governo do Canadá considerou que Vladimir Putin "contava com o facto de, em democracias, ser por vezes difícil encontrar entendimentos, mas encontrou uma união, uma ferocidade na resposta económica que demonstrou como as democracias podem e vão defender os princípios em que foram fundadas".

"A Polónia e o Canadá estão entre os países que mais pressionaram a ação", disse.

O Presidente polaco também se pronunciou a favor de sanções "multidirecionais" e "relâmpago" destinadas a atingir a economia russa, por um lado, e Vladimir Putin e aqueles que o rodeiam, por outro.

Andrzej Duda disse ainda que espera ver Putin a responder pelos seus "crimes de guerra" perante o Tribunal Penal Internacional.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de mais de 2,3 milhões de pessoas para os países vizinhos -- o êxodo mais rápido na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional e muitos países e organizações impuseram sanções à Rússia que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 15.º dia, provocou um número ainda por determinar de mortos e feridos, que poderá ser da ordem dos milhares, segundo várias fontes.

Embora admitindo que "os números reais são consideravelmente mais elevados", a ONU confirmou hoje a morte de pelo menos 549 civis e 957 feridos.


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COMUNICADO DO CONSELHO DE MINISTROS 1️⃣0️⃣ 3️⃣0️⃣ 2️⃣0️⃣2️⃣2️⃣

O Governo reunido em sessão ordinária das quintas-feiras do Conselho de Ministros, deliberou entre outros, aprovar realização a nível nacional de um encontro intercultural da Sub-região e da CPLP, sobre a gastronomia, música e dança.

Confira na íntegra o teor do Comunicado do Conselho de Ministros de 1️⃣0️⃣ 3️⃣0️⃣ 2️⃣0️⃣2️⃣2️⃣👇

Nuno Gomes Nabiam- Primeiro Ministro da República da Guiné-Bissau

Sociedade russa "está em colapso", diz jornalista do Novaia Gazeta

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Notícias ao Minuto  10/03/22 

Um subeditor do jornal independente russo Novaia Gazeta disse hoje que os jornalistas enfrentam grandes perigos no seu país e que a sociedade "está em colapso", alertando também para os riscos da invasão da Ucrânia pela Rússia.

"Eu penso que o meu país (Rússia) está à beira de uma 'espécie de guerra civil', existe muito ódio na sociedade russa, uma parte dos cidadãos são apontados como traidores, havendo um apelo para os expulsar do ensino, das universidades", lamentou Kirill Martynov num fórum internacional.

"Uma outra parte da sociedade russa está muito 'desinformada' e não sabe no que deve acreditar. Querem acreditar num governo forte e num presidente 'inteligente e sábio', mas eu penso que estes sentimentos sobre a realidade foram afetados e que pode haver um conflito no seio da sociedade russa: entre as elites políticas, mas também entre os cidadãos comuns", acrescentou o jornalista.

Para o editor do Novaia Gazeta, a sociedade russa "está em colapso", sublinhando que o que aconteceu há trinta anos (com a queda do Muro de Berlim em 1989) "foi apenas um capítulo do derrube do império soviético".

"Acredito que o Estado russo pode desintegrar-se e não apenas por causa de 'agentes estrangeiros' ou de mísseis estrangeiros, mas por causa das políticas do próprio Presidente (Vladimir Putin)", disse Martynov durante um debate 'online' sobre a sobrevivência do jornalismo independente na Rússia, organizado pelo organismo Presseclub Concordia, com sede em Viena.

Kirill Martynov participou no debate a partir da redação do jornal, em Moscovo. 

O jornal Novaia Gazeta, fundado em 1993 por jornalistas independentes russos, foi um dos poucos meios de comunicação social críticos das intervenções militares da Rússia na Chechénia.

Ao longo dos anos tem enfrentado atos de perseguição, tendo vários repórteres do jornal sido assassinados durante o exercício da profissão, nomeadamente Anna Politkovskaya morta em 2006.

Atualmente, no contexto da invasão russa da Ucrânia o jornal encontra-se sujeito às medidas legislativas de censura impostas pelo Kremlin à cobertura do conflito. Os deputados russos aprovaram no passado dia 04 alterações ao código penal com fortes multas e penas de prisão, entre 10 a 15 anos, para a "difusão de informação falsa" sobre a ação das forças armadas.

"Na verdade, eu penso que eles (o regime) não querem saber de leis. Na prática podem implementar qualquer lei proposta pelo Presidente (Vladimir Putin) em apenas um ou dois dias com o apoio total da Câmara Baixa do Parlamento (Duma). (...) só querem saber se podem torturar as pessoas que protestam contra a guerra", lamentou o subeditor do Novaia Gazeta.  

O jornalista refere que a publicação "ainda tem muitos jornalistas a trabalhar em Moscovo", com identidade e endereço conhecido.

"As autoridades sabem onde estamos e sinto que os nossos jornalistas correm grandes perigos, nesta altura", afirmou frisando o "empenho" no trabalho de informar os leitores, apesar das leis que visam os profissionais, incluindo os correspondentes estrangeiros.

"Neste momento sinto que não há Estado de Direito na Rússia. Se atacam o vizinho (Ucrânia) com mísseis podem fazer o que querem. O nosso jornal quer sobreviver e queremos defender o jornalismo independente na Rússia e, pessoalmente, estou motivado para desempenhar o meu trabalho da melhor forma que sei, em nome da sociedade russa e dos nossos leitores", afirmou.

Kirill Martynov referiu ainda que a maior parte dos leitores do Novaia Gazeta tem entre 25 e 30 anos e que o jornal utiliza todos os meios físicos e digitais para difundir as notícias.  

Neste momento, disse o jornalista, a rede social You Tube é o maior meio de transmissão de conteúdos, incluindo jornalísticos, no país, contabilizando cinco milhões de utilizadores diários.  

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 516 mortos e mais de 900 feridos entre a população civil e provocou a fuga de mais de 2,1 milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

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Putin admite que sanções estão a "criar problemas"

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Notícias ao Minuto  10/03/22 

O presidente da Rússia garantiu que estes problemas iam ser resolvidos "não importa como" e decidiu, como resposta, suspender temporariamente a exportação de fertilizantes.

O presidente da Rússia terá afirmado, esta quinta-feira, que se a pressão económica por parte dos líderes mundiais se mantiver, o preço da comida a nível global vai aumentar. Segundo a  Sky News, a Rússia decidiu suspender temporariamente a exportação de fertilizantes.

O ministro da Agricultura da Rússia, Dmitry Patrushev, terá garantido, segundo a Reuters, durante uma reunião com Vladimir Putin, que a segurança alimentar do país estava assegurada e que a Rússia continuaria a exportar, no caso de uma eventual subida de preços.

À semelhança do que acontece com o petróleo e gás natural, a Rússia é um dos principais produtores de fertilizantes. Também esta quinta-feira, o líder russo admitiu que as sanções que os países têm vindo a anunciar estão a "criar problemas" ao país. "Vamos resolvê-las", garantiu, acrescentando que o país iria aumentar a sua independência e ser "soberano".

Quanto ao setor energético, Putin afirmou ainda que, apesar das sanções, as "obrigações em termos de fornecimento de energia" estarão a ser respeitadas, acrescentando ainda que o país não era responsável pelo aumento dos preços.

Segundo Putin, "todas as remessas" terão sido entregues à Europa, como noutros lugares, e mesmo o sistema de transporte de gás através da Ucrânia estará "a 100%", sendo esta rede de gasodutos uma das principais artérias para abastecimento de gás do continente europeu, que depende em 30% da matéria-prima russa.

"Os preços estão a subir, mas não é culpa nossa. É o resultado dos seus próprios erros de cálculo. Eles não nos podem culpar", disse Putin, referindo-se aos países ocidentais.

Além das baixas civis registadas pela ONU, a guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 15.º dia, provocou um número por determinar de baixas militares.

Na sequência da invasão, mais de 2,3 milhões de pessoas fugiram para países vizinhos, na crise de refugiados com crescimento mais rápido na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão da Ucrânia foi condenada pela generalidade da comunidade internacional e muitos países e organizações impuseram sanções à Rússia que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

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Democratas e republicanos estão unidos em condenar a invasão das tropas russas e estarão a preparar uma revisão às lei tributária.

Depois de Joe Biden ter anunciado, esta quarta-feira, que os Estados Unidos iam deixar de importar petróleo da Rússia, os congressistas continuam à procura de outras sanções.

Segundo o USA Today, tanto democratas como republicanos irão pressionar o presidente dos Estados Unidos a aplicar sanções a compradores de ouro russo - quer o negócio seja feito física ou virtualmente -, e também vão sugerir uma revisão à lei tributária, por forma que os oligarcas russos não tenham o trabalho facilitado se tentarem esconder ativos...Ler Mais


O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, classificou hoje como "um crime de guerra odioso" o bombardeamento pelas forças russas de uma maternidade e de um hospital pediátrico em Mariupol, no leste da Ucrânia.

"Obombardeamento russo de uma maternidade é um crime de guerra odioso", escreveu Borrell na sua conta na rede social Twitter, sublinhando que a cidade de Mariupol está cercada.

"Ataques aéreos a zonas residenciais e bloqueios ao acesso pelos comboios da ajuda humanitária pelas forças russas devem parar imediatamente", escreveu ainda o Alto Representante da UE para a Política Externa e de Segurança, apelando à necessidade da criação de um corredor de passagem seguro para os civis...Ler Mais


As Nações Unidas disseram hoje que a maternidade do hospital pediátrico de Mariupol, no leste da Ucrânia, não foi a única a ser alvo de bombardeamentos russos, tendo sido também destruídas maternidades nas cidades de Zhytomyr e Kharkiv.

Arevelação foi feita hoje pelo chefe do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA), Jaime Nadal, durante uma entrevista em vídeo com jornalistas da ONU, em Nova Iorque.

Segundo indicou Jaime Nadal, os bombardeamentos russos atingiram também uma maternidade na cidade de Zhytomyr e na localidade de Saltivsky, em Kharkiv, desconhecendo-se, para já, o número de vítimas.

Segundo adiantou o responsável da UNFPA, existem na Ucrânia 69 maternidades e centros pré-natais, estimando que nos próximos três meses possam ocorrer neste país 80.000 partos...Ler Mais


A organização condena não só a “repressão sem precedentes” ao jornalismo independente, como também lembra que mais de 13 mil pessoas já foram detidas na sequência de manifestações pacíficas no país.

Pelo menos 150 jornalistas já fugiram da Rússia desde que as tropas russas invadiram a Ucrânia, a 24 de fevereiro. Os dados são da Agentstvo, um jornal online russo especializado em jornalismo de investigação, e foram divulgados em comunicado pela Amnistia Internacional.

O jornal online independente não é o único meio de comunicação bloqueado na Rússia. Todos os meios de comunicação social receberam ordens do governo russo para que não usassem palavras como “guerra”, “invasão” ou “ataque” quando se referiam ao conflito entre os dois países.

Putin foi mais longe e acabou por autorizar uma lei que pune até 15 anos de prisão quem seja acusado de espalhar "notícias falsas" acerca deste conflito, o que significa que todos os meios não estatais passaram a estar ainda mais sob o  olhar atento do governo russo...Ler Mais


Kim Jong Un inspeciona a Direção Nacional de Exploração Espaciais

Pyongyang, 10 de março (ACNC) -- A Direção Nacional de Exploração Espacial (DNES) da República Popular Democrática da Coreia foi recentemente visitada por Kim Jong Un, Secretário geral do Partido de Trabalho da Coreia e Presidente de Assuntos de Estado da República Popular Democrática da Coreia.

Ele ouviu relatos sobre os resultados dos principais testes realizados recentemente pelo DNES, aprendendo sobre o desenvolvimento e preparação de equipamentos de fotografia óptica e vários tipos de transmissores e sensores de satélite.

Indicou que o desenvolvimento do satélite de reconhecimento ocupa um papel muito importante na consecução dos 5 objetivos principais para o aumento da capacidade de defesa nacional, definidos no 8º Congresso do Partido, especificando mais uma vez o alcance estratégico que tal satélite no reforço da força dissuasora do Estado e no aumento da sua capacidade de vigilância à guerra. E para continuar: o desenvolvimento do satélite de reconhecimento é um exercício dos legítimos direitos de defesa pessoal e elevação do prestígio nacional, bem como a defesa dos direitos soberanos e dos interesses do Estado.

Acompanhar de perto e distinguir o caráter das ações militares hostis perpetradas contra nossa República pelas tropas de agressão do imperialismo norte-americano e as forças por trás dele na Península Coreana e seus arredores, bem como aumentar a capacidade de controlar a situação e melhorar a resposta rápida capacidade das Forças Armadas do Estado de acordo com as situações, tudo isso faz parte da orientação estratégica e tática da defesa nacional à qual nosso Partido atribui grande importância, disse.

Ele observou que o objetivo do desenvolvimento e operação do satélite de reconhecimento militar é fornecer às forças armadas da República informações em tempo real sobre as ações militares realizadas contra o país pelas tropas de agressão do imperialismo. na Coreia do Sul, Japão e Pacífico. E ele disse que o Comitê Central do Partido apoia totalmente a decisão da Diretoria Nacional de Exploração Espacial de colocar um grande número de satélites de reconhecimento militar em várias órbitas polares sincronizadas com o sol durante o período do plano de cinco anos, a fim de equipar um grande potencial para coletar inteligência de satélites.


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Novo presidente sul-coreano preparado para dialogar com Pyongyang

© Chung Sung-Jun/Getty Images

Por LUSA  10/03/22 

O presidente eleito sul-coreano, o conservador Yoon Suk-yeol, afirmou hoje que vai manter a janela de diálogo com Pyongyang "sempre aberta" e prometeu reforçar a cooperação militar com Washington, depois de vencer as eleições presidenciais.

Yoon apresentou-se hoje como o Presidente eleito da Coreia do Sul, com um apelo à "unidade" e ao "senso comum", depois de obter uma vitória muito apertada nas eleições, realizadas na quarta-feira após uma campanha eleitoral marcada por diversos escândalos.

O líder do Partido do Poder Popular (PPP) conquistou a vitória eleitoral contra o liberal Lee Jae-myung, do partido no poder, por menos de 250 mil votos (0,73%), a menor margem registada em escrutínios livres nos últimos 35 anos na Coreia do Sul.

Yoon chegou ao poder depois de adotar um tom mais duro com o regime da Coreia do Norte do que o do presidente cessante, Moon Jae-in, que promoveu o degelo na relação entre os dois países vizinhos e facilitou as negociações com os Estados Unidos da América (EUA), para a desnuclearização da península coreana.

O Presidente eleito afirmou hoje que procurará fortalecer as defesas nacionais para dissuadir o regime de Pyongyang de qualquer "provocação", além de reforçar a cooperação na área da Defesa com os EUA.

Yoon, que durante a campanha falou de "ataques preventivos" contra o Norte, alertou hoje que "responderá severamente" se Pyongyang tomar "ações ilegais ou irracionais", embora tenha acrescentado que "sempre deixará a porta aberta para o diálogo".

A sua vitória eleitoral ocorre após o regime de Kim Jong-un testar várias armas, incluindo mísseis hipersónicos e projéteis balísticos de alcance intermédio.

A imprensa oficial norte-coreana, que ainda não comentou o resultado eleitoral no Sul, noticiou hoje uma visita de Kim às instalações aeroespaciais nacionais para supervisionar um programa de desenvolvimento de satélites destinados a espionar os EUA e os seus aliados.

O desenvolvimento de satélites de vigilância e de recolha de informações foi uma das medidas aprovadas no congresso norte-coreano de partido único, em janeiro de 2021, junto com outras, para ampliar o arsenal do país, o que sugere uma estratégia de longo prazo para tentar forçar o regresso das negociações com Washington, independentemente de quem governa em Seul.

Horas depois de se proclamar vencedor das eleições, Yoon Suk-yeol conversou por telefone com o Presidente dos EUA, Joe Biden, que o congratulou pela vitória e expressou o desejo de aprofundar uma aliança bilateral, que definiu como o "eixo da paz, segurança e prosperidade no Indo-Pacífico".

Ambos também se comprometeram a "manter estreita a coordenação na resposta às ameaças representadas pelos programas nuclear e de mísseis da Coreia do Norte", segundo a Casa Branca.

Um dos aspetos específicos em que os aliados podem reforçar as suas capacidades conjuntas é a implantação de sistemas de mísseis THAAD adicionais em território sul-coreano, mas que pode aumentar as tensões com China, que considera esses escudos como uma ameaça à sua segurança nacional.

O líder conservador, que deve assumir o cargo em 10 de maio, disse hoje que aspira construir uma relação de "respeito mútuo" com Pequim.

Em relação ao Japão, um país com o qual os laços se deterioraram nos últimos anos devido a disputas relacionadas à ocupação japonesa da Coreia antes da Segunda Guerra Mundial, Yoon disse que trabalhará para alcançar um "relacionamento que olha para o futuro".

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, felicitou hoje Yoon e defendeu relações "saudáveis" entre Tóquio e Seul.


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Declarações do PR, General Umaro Sissoco Embaló, hoje em OYO, República de Congo, no final de uma visita de 24h

https://youtu.be/Pw1KssB9mv0 

Um chama-se Punisher, o outro Bayraktar TB2 e há ainda o Spectre: os drones estão a travar os russos (uma explicação sobre a guerra pelo ar)



Os conflitos entre Estados são “cada vez menos humanos e cada vez mais tecnológicos". Quer um exemplo? Veja-se "a facilidade" com que os blindados russos, que custam milhões de euros, estão a ser destruídos pelos drones, uma tecnologia "baratíssima" em comparação com os custos da artilharia tradicional. E nesta história sobre o combate pelo ar é também preciso lembrar a guerra do Ultramar

Duas semanas depois do início da invasão relâmpago de Vladimir Putin, o exército russo continua sem fazer progressos significativos no terreno. Ao fim de 14 dias, o poderio militar da Rússia não se materializou e em nenhuma vertente esse facto tem sido mais notório do que no combate aéreo. Vladimir Putin iniciou a invasão da Ucrânia com quase dez vezes mais aviões e helicópteros que a Ucrânia: a Rússia contava com 1.328 aeronaves de várias classes, entre caças, bombardeiros e de transporte e mais de 478 helicópteros.

Para o antigo ministro da Defesa português  Azeredo Lopes, “as coisas não estão a correr bem à Rússia”, que se depara com uma capacidade defensiva dos ucranianos “cada vez mais robustecida a cada dia que passa”. A estratégia da Rússia, salienta Azeredo Lopes, passa pelo envio de mísseis e rockets para a Ucrânia, que, embora não esteja “totalmente desprovida de meios aéreos”, teria “muita dificuldade em combater diretamente as aeronaves russas”. O lado ucraniano contava com 146 aeronaves e apenas 42 helicópteros no início das hostilidades.

No entanto, acrescenta Azeredo Lopes, as forças ucranianas contam com “mísseis terra e mar que podem ser eficientes para causar perdas terríveis para a atuação russa”. Os russos estão a ser, por isso, mais cautelosos no ataque aéreo, como explica o antigo ministro: “É uma espécie de bluff ou de jogo do rato e do gato. A Rússia está a evitar, por enquanto, usar intensivamente as suas aeronaves e prefere atuar com meios destrutivos, como a sua artilharia, para ver se consegue destruir o mais possível as capacidades de defesa da Ucrânia, para que as suas próprias aeronaves não fiquem sujeitas ao risco de serem derrubadas com facilidade pelos meios ucranianos.”

Drones ucranianos dizimam coluna militar russa em questão de segundos

É neste contexto que Azeredo Lopes acredita que os conflitos entre Estados são “cada vez menos humanos e cada vez mais tecnológicos", dando como exemplo a facilidade com que os blindados russos, que custam milhões de euros, são destruídos pelos drones, uma tecnologia que considera "baratíssima" em comparação com os custos da artilharia tradicional.

“Do ponto de vista estratégico, a Ucrânia deu uma lição à Rússia”, argumenta o antigo ministro, salientando a “inteligência” das forças ucranianas, que têm conseguido resistir às ofensivas dos russos nas principais cidades, como Kiev, Kharkiv e Mariupol.

A complexidade operacional - e o caso português

O general Leonel de Carvalho explica à CNN Portugal a complexidade em causa das operações militares modernas, que exigem um elevado nível de coordenação entre os vários ramos do exército - da infantaria à força aérea e, em alguns casos, até da marinha. Numa ação militar "de larga envergadura" como a desenvolvida pelo exército russo na Ucrânia, há sempre um comandante no terreno que chefia e coordena todos estes ramos do exército, com o propósito de "atingir um determinado objetivo militar".

"As operações aéreas têm de ter sempre uma coordenação com as forças terrestres, porque, além de o objetivo ser comum, tem também que ver com uma questão de segurança", refere o general, que acrescenta que, numa operação que movimenta elevados números de militares, apoiados por blindados e aviões, um ataque a um alvo militar por parte da força aérea "pode facilmente atingir as nossas forças, como aliás já tem acontecido em muitas situações".

Para evitar estas situações, o exército tem de dar prioridade ao planeamento e evitar "falta de ligações e transmissões em determinado momento da operação" por parte dos elementos no terreno. No entanto, o general não garante que a aparente ausência de controlo dos céus por parte da aviação russa se deva a esse motivo, uma vez que desconhecemos as ordens e os objetivos propostos. "Podem ter recebido ordens para terem cuidado e não provocarem muitos danos na população."

Um dos motivos que podem estar por detrás da falta de domínio dos céus da Ucrânia, argumenta Leonel de Carvalho, pode ser a utilização eficaz do uso de armas antiaéreas terra-ar, que obrigam a força aérea a alterar as suas estratégias, até porque o custo do número de baixas e de perda material de uma aeronave destruída pode ser muito elevado.

Neste aspeto, destaca-se a utilização do sistema de mísseis terra-ar soviético S-300 e o sistema norte-americano portátil Stinger, que dispara um míssil terra-ar guiado por infravermelhos. Este último foi utilizado com grande efeito contra a força aérea soviética durante a Guerra do Afeganistão. Atualmente, o Ministério da Defesa da Ucrânia alega já ter conseguido destruir 48 aviões e 80 helicópteros, um número elevado. De acordo com a BBC, que cita a Royal United Services Institute, existe apenas confirmação visual do abate de 20 aeronaves russas.

"Têm de ter cuidados. Existe no terreno a capacidade de abate de aviões, que têm de voar com muito mais cautelas e, com isso, com muito mais dificuldade em conseguir atingir os seus objetivos. Isso dificulta muito a missão de cobertura à infantaria, por exemplo", refere o general, que relembra que o exército português foi confrontado com uma situação semelhante durante a guerra do Ultramar, mais concretamente na Guiné, com a utilização dos mísseis Strela por parte do PAIGC.

Drones: os justiceiros baratos que estão a ajudar a Ucrânia

Os drones fazer e muito a diferença no combate aéreo - embora, para já, não consigam vencer guerras. No caso do conflito que acontece em território ucraniano, estes veículos aéreos de combate não tripulados têm ajudado a conter o avanço russo, como aconteceu, por exemplo, com a destruição de parte da coluna militar russa.

O uso de drones por parte da Ucrânia tem sido uma estratégia, algo que não se tem verificado por parte da Rússia. Mas de que forma é que a Ucrânia fica a ganhar com estes veículo aéreo não tripulado? De várias. Uma delas é o facto de os drones, através de tecnologias de reconhecimento, permitirem “atacar pelo ar estes grandes conjuntos de veículos que se estendem por largos quilómetros e que são bastante imóveis”, começa por explicar Bruno Oliveira Martins, investigador no Instituto de Pesquisa de Paz de Oslo, na Noruega - e que se tem dedicado à investigação sobre a interseção entre desenvolvimentos tecnológicos e práticas de segurança. A outra vantagem diz respeito ao facto de a tecnologia antidrone ser menos eficaz e sofisticada do que a tecnologia usada nos drones, “o que permite que possamos assistir ao uso sem grande resposta da Rússia”.

“Em situações de combate, destruir um drone é bastante difícil. Aquilo que vemos é que a maior parte dos drones turcos que a Ucrânia usa não são intercetados por parte dos russos. A tecnologia antidrone, que permite identificar, localizar e interceptar drones, apresenta bastante limitações”, avança o investigador.

Segundo Bruno Oliveira Martins, há dois tipos de drones com funções distintas que podem ser usados em ambientes de guerra. Há os drones não armados, que têm como função “criar uma imagem do que está a acontecer para lá da linha de visão”, e, diz à CNN Portugal, “são raros os países hoje em dia que não têm drones que não consigam fazer essas funções, Portugal incluído”. Estes drones assumem as funções de inteligência, vigilância, aquisição de alvo e reconhecimento.

Um segundo tipo de drone usado em guerra é o drone armado, “que tem determinado armamento, que podem mísseis, por exemplo”.  “Não é uma diferença muito grande entre um drone e uma plataforma que lance mísseis num camião ou barco”, diz o investigador, embora saliente que acaba por ser um complemento de ataque. No leque de drones armados, Bruno Oliveira Martins menciona ainda aqueles que “são menos sofisticados”, como o caso de “drones comerciais”, que “podem ser armadilhados com granadas e com outro tipo de explosivos mais improvisados”.

Para o investigador, os drones são um elemento-chave atual. “Muitas pessoas falam como arma do futuro, mas são uma das principais armas do presente.” E dá exemplos de como foram aliados em combates recentes: “Se olharmos para os últimos conflitos internacionais, os drones foram fundamentais - são utilizados no Mali, no norte de África, na Síria e agora na Ucrânia”.

Na guerra que acontece há duas semanas na Ucrânia há dois drones que se assumem como estrelas aéreas na força militar ucraniana. Um deles chama-se Bayraktar TB2 e vem da Turquia. Segundo a imprensa internacional, os ucranianos têm cerca de 20 drones destes à sua disposição.

Este drone atua a média altitude, consegue carregar quatro munições inteligentes guiadas por laser e, além do ataque, é capaz de realizar missões de inteligência, vigilância e reconhecimento (ISR).

Segundo a Time, os drones turcos são pequenos e leves e têm uma envergadura de 12 metros, o que permite que permaneçam no céu até 30 horas. Para Bruno Oliveira Martins, estes drones turcos “estão a ter bastante importância neste conflito”.

Um outro drone usado pelos ucranianos é de fabrico caseiro. Chama-se Punisher (que significa justiceiro em português) e foi criado pela empresa ucraniana UA-Dynamics, pensada e fundada por veteranos de guerra que lutaram contra os russos em 2014, aquando da anexação da Crimeia.

Ao The Times, Eugene Bulatsev, engenheiro ucraniano que desenhou este drone elétrico, revela que este aparelho tecnológico está a “mudar as regras do jogo” e já protagonizou 60 missões “bem-sucedidas” desde o início da invasão russa.
O Punisher é “a maneira mais barata e mais fácil” de atacar a uma longa distância, diz o seu criador. Consegue transportar até três quilos de explosivos, pode voar durante horas a 1300 pés (cerca de 400 metros), tem um alcance de ataque de 45 quilómetros e precisa apenas de sete minutos de aquecimento para atacar.

Para atuar, este drone armado destaca-se por ser indetetável por radares e por ter um outro aliado ucraniano: o Spectre, um drone de vigilância que ajuda nos comandos de ataque: faz o trabalho de reconhecimento e ajuda a identificar alvos estacionários, tais como tanques ou até a coluna militar que os russos levaram até à Ucrânia.

Quando questionados sobre os riscos que os drones podem ter, o investigador português reconhece que não estão imunes a “danos colaterais”, mas defende que, “como plataforma para lançar mísseis, apresentam maiores níveis de rigor” do que outras armas usadas em guerra, como as bombas de vácuo ou de estilhaço, usadas pelos russos e que são proibidas.

“Não há nada nos drones que viole as Convenções de Genebra por si mesmo, claro que a utilização que é feita levanta problemas no Tribunal Internacional”, algo que poderá acontecer, por exemplo, “quando sai para assassinatos coletivos em áreas que não são consideradas de conflito ativo”, o que não é o caso do que acontece na Ucrânia - pois o mundo já “reconheceu” que há um conflito.

Ucrânia conta com um "snipers mais mortais do mundo" que lutou no Afeganistão e no Iraque

Correio da Manhã

Atirador canadiano chega em resposta ao apelo de Zelensky por combatentes estrangeiros.

Um dos atiradores de elite mais temíveis do mundo vai juntar-se aos combates na Ucrânia depois de responder ao apelo do presidente Volodymyr Zelensky por voluntários estrangeiros para ajudar a derrubar os invasores russos. Apelidado de "Wali", chega do 22º Regimento Real do Canadá e já combateu na cidade do Kandahar, durante a Guerra do Afeganistão, entre 2009 e 2011, e em 2015, com 40 anos, esteve no Iraque a lutar contra as forças do Estado Islâmico.

Depois de, neste sábado, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ter feito um apelo aos membros da comunidade das forças armadas internacionais para reforçar a frente de combate ucraniana contra as tropas russas, "Wali" foi contactado por um amigo que tem estado a organizar "camiões de ajuda humanitária neutros" para a região ocupada de Donbass, no sudeste da Ucrânia.

Assim que recebeu a chamada, o "sniper" nem pensou duas vezes. "Foi como quando um bombeiro que ouve o som do alarme", salientou "Wali" à CBC News.

O "sniper", que há semana atrás estava a trabalhar como programador informático no Canadá, está agora "a apanhar mísseis anti-tanque num armazém para matar pessoas", a partir de um local remoto na Ucrânia, contou, salientando que essa é a "nova realidade".

Na altura em que combateu no Iraque, foi noticiado que o regimento que "Wali" integrava matou terroristas do Estado Islâmico a distâncias inimagináveis. Um dos membros chegou a matar um dos terroristas a uma distância de mais de 3 mil metros de distância com uma "sniper" de longo alcance, a McMillan Tac-50