O Líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC) congratulou-se esta quarta-feira, 10 de Janeiro de 2018, com a intenção do antigo primeiro-ministro e o ex- presidente do partido, Carlos Gomes Júnior de regressar a Guiné-Bissau.
“Nós saudamos o regresso, porque é um cidadão nacional que regressa ao seu país, esperemos que as entidades que trabalharam neste sentido tenham criado todas as condições necessárias para garantir a sua segurança e da sua família”, declarou Domingos Simões Pereira.
Gomes Júnior foi afastado do Executivo na sequência do golpe de Estado militar de 12 de Abril de 2012, na noite da véspera da segunda volta das eleições presidênciais na altura, a que se apresentava contra Kumba Ialá, o carismático líder do Partido da Renovação Social (PRS).
Em declaração a imprensa momento depois de receber cumprimento de novo ano por algumas estruturas do partido, incluindo a Juventude Africana Amílcar Cabral (JAAC), Domingos Simões Pereira, mostrou-se confiante no trabalho das entidades que estão a trabalhar para vinda do político.
Questionado pela imprensa se o regresso do antigo líder do partido não irá perturbar a realização do IX congresso do PAIGC a realizar-se entre 30 de Janeiro e 04 de Fevereiro, o líder dos libertadores refutou esta ideia.
“Eu penso que não, o PAIGC é uma entidade firme, coesa que gere os assuntos na base, nos seus órgãos estatuários e não consigo ver nenhuma relação entre estes dois momentos”, argumentou Simões Pereira ladeado de alguns dirigentes do partido na sede principal do partido em Bissau.
Na opinião do líder do Partido da Unidade Nacional (PUN), partido sem representação parlamentar, o momento não é oportuno para vinda de Carlos Gomes Júnior devido à situação vigente no país, que mergulhou numa crise politica há mais de dois anos.
Numa entrevista exclusiva concedida esta quarta-feira a Rádio Jovem, Idrissa Djaló, relembra que paira varias acusações a volta do antigo primeiro-ministro sobre assassinatos de algumas personalidades do país, nomeadamente João Bernardo Vieira.
“A decisão de regressar ao país cabe ao Carlos Gomes Júnior, porque ele é soberano a tomar esta decisão, mas a meu ver o momento não é oportuno, porque na governação de Gomes Júnior muitas pessoas foram assassinadas, é uma situação por si só muito grave”, explicou Djaló a nossa estação emissora.
Com “Cadogo” como é conhecido no país, caíram também o Chefe de Estado interino, Raimundo Pereira e o antigo chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, Zamora Induta, na altura. Desde essa altura, Carlos Gomes Júnior tem residido entre Portugal e Cabo Verde.
De referir que, o coordenador do Movimento Nacional Cívico “No DJUNTA MOM PA FIDJUS DI TCHOM RIBA CASA”, disse que o antigo primeiro-ministro, Gomes Júnior, vai regressar a Guiné-Bissau no próximo dia 18 do mês em curso.
Em conferência de imprensa na última terça-feira, Fernando Gomes, afirmou que já existem todas as condições necessárias para o regresso de Gomes Júnior a Guiné-Bissau.
De referir que desde 2012, o regresso de Carlos Gomes Júnior a Guiné-Bissau tem sido tema de destaque na imprensa nacional e internacional. Vários intervenientes políticos aconselham o militante do PAIGC a abdicar desta intenção e a pensar seriamente na sua segurança.
// Alison Cabral
Radiojovem
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