O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, acusou hoje o mediador da CEDEAO para a crise guineense, Alpha Condé, de ser tribal e afirma ter-lhe retirado a confiança para prosseguir o diálogo com as partes para acabar com a crise.
Umaro Sissoco acusou o Presidente da Guiné-Conacri de não o quer como chefe do Governo guineense, por ser da etnia Fula e sublinha que a Guiné-Bissau é uma nação soberana.
Em mais uma ofensiva diplomática para tentar aproximar as partes, o mediador convidou as partes desavindas para uma mini-cimeira em Conacri, onde será discutida a implementação do Acordo de Conacri.
Em declarações polémicas à Rádio França Internacional (em Português), Sissoco deixou claro que não vai a Conacri, bem como o grupo dos quinze deputados dissidentes do PAIGC, alegando a falta de confiança no mediador, que acusa de ser parcial.
Nesta quarta-feira, no final de uma reunião com o enviado de Alpha Condé a Bissau, em nome dos quinze dissidentes do PAIGC, Braima Camará afirmara que seria convocada uma reunião da cúpula do grupo para decidir sobre a sua participar na mediação prevista para esta sexta-feira em Conacri.
O político deu a entender que se a medicação fosse realizada em Bissau seria melhor, tendo advertido que o que está em jogo não é um simples regresso dos quinze deputados dissidentes do PAIGC à procedência, mas sim o próprio partido e sua direção.
Os atores políticos signatários do Acordo de Conacri deverão deslocar-se a Conacri, nesta sexta-feira, para uma nova ronda negocial, sob auspícios do mediador, Alpha Condé, Presidente da Guiné-Conacri.
Link para ouvir a entrevista na íntegra: http://m.pt.rfi.fr/guine-bissau/20170309-guine-bissauumaro-sissoko-embalo-serei-o-ultimo-pm-desta-legislatura
Fonte: Braima Darame
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