quarta-feira, 20 de março de 2024

ANGOLA: Funcionários públicos angolanos iniciam hoje greve geral

© Lusa

POR LUSA    20/03/24  

Os funcionários públicos angolanos iniciam hoje a primeira fase da greve geral convocada pelas três centrais sindicais, que terá a duração de três dias, reivindicando aumentos salariais e redução dos impostos.

As três centrais sindicais angolanas aprovaram, por unanimidade, uma greve geral interpolada com início a 20 de março e que vai decorrer em três fases, com um primeiro período de três dias entre 20 e 22 de março, outro de sete dias entre 22 e 30 de abril e outros 11 dias entre 03 a 14 de junho de 2024.

Após auscultação aos trabalhadores, a Central Geral de Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSILA), a União Nacional dos Trabalhadores Angolanos - Confederação Sindical (UNTA-CS) e a Força Sindical - Central Sindical (FS-CS) concluíram que o Governo não respondeu de forma satisfatória ao seu caderno reivindicativo - aumento do salário mínimo, subida dos salários da função pública,  atualização de subsídios e desagravamento dos impostos - e decidiram, em assembleia geral, avançar para uma paralisação total.

As centrais sindicais começaram por exigir o aumento do salário mínimo dos atuais 32.000 kwanzas (35 euros), para 245.000 kwanzas (268 euros), proposta "flexibilizada", entretanto, para 100.000 kwanzas (109 euros), redução do Imposto sobre o Rendimento de Trabalho para 15% e um representante no conselho de administração do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) angolano, "exigências" que dizem terem sido recusadas pelas autoridades em seis rondas negociais.

As centrais sindicais exigem, também, o reajuste do salário da Função Pública, na ordem de 250 por cento, e a redução do Imposto de Rendimento de Trabalho (IRT) em 10 por cento.

O executivo angolano decidiu propor um salário mínimo em função da dimensão da empresa, nomeadamente 48.000 kwanzas (52 euros) para as pequenas empresas, 70.000 kwanzas (76 euros) para médias empresas e 96.000 kwanzas (104 euros) para as grandes empresas, o que foi recusado pelos sindicatos.

Os sindicatos garantem que os serviços mínimos serão cumpridos e mostram-se disponíveis para continuar com as negociações.

O MPLA, partido no poder desde 1975, manifestou-se solidário com os trabalhadores, mas contesta a aplicação de uma tabela salarial que coloque problemas à solvabilidade do Estado e às famílias, alertando para o aumento do desemprego.

O partido que suporta o executivo angolano defende o aumento salarial fracionado no quinquénio do atual mandato com aumentos de 25% ao ano.


Leia Também: Diversificação económica "não acontece de um dia para o outro", diz FMI

Gâmbia quer voltar a legalizar mutilação genital feminina. "Foi a coisa mais dolorosa ver homens a reduzir a nossa dor à influência ocidental"

Mutilação genital feminina (AP)

Por  Joana Azevedo Viana   Cnnportugal.iol.pt

Ao final de oito anos, uma maioria dos deputados gambianos quer reverter a lei que proíbe a excisão feminina no país. O projeto vai agora ser analisado por uma comissão parlamentar, esperando-se uma decisão final dentro de três meses. Especialistas temem que abra caminho à reversão de outras leis, como a que proíbe o casamento infantil

Proibida na Gâmbia desde 2015, a mutilação genital feminina (MGF) pode vir a ser novamente legal no país, depois de uma maioria de deputados ter aprovado um projeto-lei para reverter a ilegalização aprovada há oito anos. A votação teve lugar na segunda-feira, quando os deputados decidiram enviar a proposta para uma comissão parlamentar, na prática adiando a decisão final por pelo menos três meses.

Os ativistas que lutam contra a MGF na nação de 2,64 milhões de habitantes, de maioria muçulmana, temem a reversão de décadas de trabalho para proteger as raparigas e mulheres gambianas de uma prática que continua a ser realidade em pelo menos 92 países – apesar de em 51 deles já estar proibida por lei, apontam dados da ONG Equality Now.

“O projeto-lei foi enviado para a comissão, o que pode ser uma coisa boa e uma coisa má”, disse Jaha Dukureh, fundadora do grupo Safe Hands for Girls, citada pelo Guardian. “A coisa boa a sair daqui hoje é que a MGF continua a ser ilegal na Gâmbia. Enviar o projeto-lei para a comissão significa que temos um bocadinho mais de tempo, mas significa que, em 2024, ainda estamos a debater cortar os genitais das meninas no meu país-natal. [...] Foi a coisa mais dolorosa ver homens a invalidar as nossas experiências e a reduzir a nossa dor à influência ocidental.”

De acordo com um inquérito nacional das autoridades de saúde da Gâmbia, três quartos das raparigas e mulheres do país com entre 15 e 49 anos já foram sujeitas à prática de excisão feminina, que inclui a remoção parcial ou total da genitália externa, muitas vezes às mãos de pessoas sem formação médica e com recurso a instrumentos como lâminas de barbear. 

Segundo a AP, sob a crença errónea de que a MGF controla a sexualidade das mulheres, há relatos de crianças com menos de cinco anos a serem sujeitas ao procedimento, que não raras vezes resulta em perda de sangue abundante e, em última instância, morte – para além do óbvio impacto na saúde sexual e reprodutiva das mulheres.

Do total de deputados, 42 votaram a favor de enviar o projeto-lei para a comissão parlamentar, e apenas quatro votaram contra a medida, defendida pelo deputado Almameh Gibba como um "suporte da lealdade religiosa e salvaguarda das normas e valores culturais” da Gâmbia. Os que se opõem à medida dizem que mutilar a genitália das mulheres contraria as regras islâmicas, com ativistas anti-MGF a sublinharem que a prática não encontra sustento no Alcorão.

Aprovada em 2015 pelo governo do ex-presidente Yahya Jammeh, a proibição prevê multas e penas de prisão para quem praticar MGF, com Jammeh a defender nesse ano que a prática está “obsoleta” e não constitui um pré-requisito sob o Islão. Em agosto do ano passado, três mulheres foram multadas por mutilar oito bebés do sexo feminino, as primeiras a serem condenadas à luz da lei que proíbe a MGF.

Antes do debate e votação de segunda-feira, a relatora especial dos direitos das mulheres em África, da Comissão Africana dos Direitos Humanos, disse estar preocupada que a possível reversão da lei contra a mutilação feminina abra a porta a outras medidas retrógradas na Gâmbia, como acabar com a proibição de casamentos infantis. “Temos de esperar que a sociedade civil fique totalmente galvanizada e defenda vigorosamente [a lei em vigor]”, disse a gambiana Janet Ramatoulie Sallah-Njie.

domingo, 17 de março de 2024

ONU. Comissão defende mercado comum de carbono com África a ditar preços

© Lusa

 POR LUSA   17/03/24 

A Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA) defendeu hoje um mercado comum de créditos de carbono em que África tenha uma posição forte e consiga preços mais vantajosos face aos praticados noutros continentes.

"É preciso um enquadramento comum relativamente aos acordos sobre créditos de carbono com as empresas privadas", disse o secretário executivo adjunto, António Pedro, defendendo que as nações têm de ser mais assertivas nas negociações com as multinacionais.

No conjunto de recomendações apresentadas no seguimento da conferência dos ministros das Finanças africanos, que decorreu este mês em Victoria Falls, no Zimbabué, a UNECA defende que as nações africanas devem ter um posicionamento comum sobre créditos de carbono, com os países a terem uma palavra mais forte na definição do preço, que ronda os 10 dólares por tonelada, quando na Europa é dez vezes mais.

África é um continente que tem potencial para gerar cerca de 30% dos créditos de carbono a nível mundial, mas continua no fundo da escala de compensação, recebendo apenas 10% do que o valor praticado na Europa, lamentou o responsável.

Cada crédito de carbono representa uma tonelada de emissões de dióxido de carbono, prejudiciais ao ambiente, que deixa de ser emitida ou é compensada por investimentos verdes, que são comprados por países ou empresas emitentes para compensar a poluição criada pelas suas atividades económicas.

De acordo com a UNECA, o comércio global deste setor deverá chegar perto de um bilião de euros nos próximos 15 anos, segundo as previsões dos analistas.

A defesa de uma posição comum africana nestes créditos foi um dos tópicos abordados pelos ministros das Finanças que se reuniram no Zimbabué no princípio do mês, numa reunião em que reconheceram que também é preciso uma voz unificada na definição das metas da reforma da arquitetura do sistema financeiro global.

"Nós, ministros africanos das Finanças, Planeamento e Desenvolvimento Económico, defendemos que os países devem desenvolver instrumentos e instituições que possam ultrapassar o défice de mecanismos de financiamento do desenvolvimento e da tecnologia e advogamos pela reforma da arquitetura financeira global, para que seja eficaz e sirva as prioridades de desenvolvimento de África", lê-se no comunicado final da reunião.

Reconhecendo que boa parte das metas da Agenda 2063 não foram cumpridas na primeira década, os ministros salientam que África precisa de mais 1,6 biliões de dólares, cerca de 1,4 biliões de euros, até 2030 para alcançar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.

"Construir economias verdes inclusivas em África não é simplesmente uma anedota, mas um imperativo urgente que exige a nossa ação concertada", disse o secretário executivo e sub-secretário-geral da UNECA, Claver Gatete, salientando também que a criação de mercados de créditos de carbono mais estruturados e um novo modelo de funcionamento dos mercados financeiros será fundamental para resolver o problema da dívida excessiva.

A média do rácio da dívida pública sobre o PIB nos países da região subiu de menos de 40%, entre 2010 e 2014, para 56,4% entre 2015 e 2019, tendo chegado a praticamente 70,5% em 2020, de acordo com os dados apresentados na reunião da UNECA, cujo próximo encontro será em março de 2025, em Adis Abeba.


Nigéria: 16 soldados mortos numa operação para acabar com confrontos entre duas comunidades

Tropas da Nigéria junto de escolas em Kuriga, Kaduna, Nigeria, 9 março 2024
Por  VOA Português  

Em causa conflitos pela propriedade de terras

ABUJA — Na Nigéria, 16 soldados foram mortos quando realizavam uma operação para parar confrontos entre duas comunidades no Estado de Delta.

O anúncio foi feito neste sábado, 16, no sul, pelo porta-voz do exército, acrescentando que as tropas destacadas na região de Bomadi “foram cercadas por alguns jovens da comunidade e mortos na quinta-feira".

"A equipa de reforço... também foi atacada, levando à morte do comandante, dois majores, um capitão e 12 soldados", disse o brigadeiro-general Tukur Gusau num comunicado.

Os soldados “responderam a um pedido de socorro” após problemas entre as comunidades de Okuama e Okoloba.

Ainda de acordo com o comunicado "o Chefe do Estado-Maior da Defesa, General Christopher Gwabin Musa, dirigiu a investigação e a prisão imediata dos envolvidos no crime hediondo".

Até agora, algumas prisões foram feitas enquanto medidas são tomadas para desvendar o motivo do ataque.

Informações da mídia local revelam que as duas comunidades mantêm um conflito sobre a propriedade da terra nas últimas semanas, que já deixaram várias pessoas mortas.

C/AFP

África subsaariana tem 5 mil milhões de dívida para pagar este ano

© iStock

POR LUSA   16/03/24 

Londres, 16 mar 2024 (Lusa) - Os países da África subsaariana vão ter de pagar cerca de 5 mil milhões de dólares de dívida vencida este ano, um valor que aumenta para 6 mil milhões no próximo ano, fomentando o regresso aos mercados internacionais.

De acordo com a agência de informação financeira Bloomberg, os países da África subsaariana, incluindo Angola, terão de pagar 4,6 mil milhões de euros em dívida que vence este ano, um valor que vai aumentar para 5,5 mil milhões de euros no próximo ano.

No caso de Angola, a Bloomberg escreve que este país lusófono terá de pagar uma dívida de 864 milhões de dólares (793 milhões de euros) no final do próximo ano, o que encoraja as autoridades a voltarem aos mercados para sustentar este pagamento, num contexto de degradação das condições económicas internas, mas de melhoria das condições de financiamento nos mercados internacionais.

A análise da Bloomberg surge poucos dias depois de o Ministério das Finanças de Angola ter anunciado que pretende fazer uma emissão de dívida em moeda estrangeira, precisando que o processo usado será o de 'bookbuilding', ou seja, avaliação prévia do interesse do mercado.

O comunicado datado de 7 de março anuncia que o executivo "pretende realizar uma emissão de Títulos do Tesouro Nacional em Moeda Externa, no âmbito da estratégia de fomento do mercado de títulos públicos".

A operação é aberta a todos os interessados, anuncia, sem adiantar datas nem montantes, especificando aliás que o formato será o de 'Bookbuilding', um processo que serve para avaliar junto do mercado o interesse pelos títulos que quem emite quer colocar.

As maturidades serão de sete e dez anos, com vencimentos em outubro e novembro de 2031, e julho e dezembro de 2034, respetivamente, e os títulos a emitir pagarão cupões numa base semestral, detalha-se ainda na nota.

"A enfraquecida posição externa de Angola vai obrigar o país a ir aos mercados para pagar o título de 864 milhões de dólares que vence no final de 2025", escreve a Bloomberg, notando que "as receitas caíram, diminuindo o atual excedente da balança corrente em um terço, e os pagamentos de dívida à China recomeçaram em 2023", depois do final da iniciativa de suspensão do serviço da dívida, criada no contexto da pandemia para ajudar os países a enfrentarem o aumento das despesas com a saúde.

O anunciado regresso de Angola aos mercados segue o exemplo de vários países da região que voltaram e emitir dívida pública desde o princípio do ano, num movimento iniciado pela Costa do Marfim e seguido já pelo Benim e Quénia, a que se deverão juntar Nigéria, Angola, África do Sul e Gabão, conclui a Bloomberg.


Leia Também: Crise climática vai piorar conflitos, sobretudo em África, diz relatório

sábado, 16 de março de 2024

África subsaariana tem 5 mil milhões de dívida para pagar este ano

© iStock

POR LUSA   16/03/24 

Londres, 16 mar 2024 (Lusa) - Os países da África subsaariana vão ter de pagar cerca de 5 mil milhões de dólares de dívida vencida este ano, um valor que aumenta para 6 mil milhões no próximo ano, fomentando o regresso aos mercados internacionais.

De acordo com a agência de informação financeira Bloomberg, os países da África subsaariana, incluindo Angola, terão de pagar 4,6 mil milhões de euros em dívida que vence este ano, um valor que vai aumentar para 5,5 mil milhões de euros no próximo ano.

No caso de Angola, a Bloomberg escreve que este país lusófono terá de pagar uma dívida de 864 milhões de dólares (793 milhões de euros) no final do próximo ano, o que encoraja as autoridades a voltarem aos mercados para sustentar este pagamento, num contexto de degradação das condições económicas internas, mas de melhoria das condições de financiamento nos mercados internacionais.

A análise da Bloomberg surge poucos dias depois de o Ministério das Finanças de Angola ter anunciado que pretende fazer uma emissão de dívida em moeda estrangeira, precisando que o processo usado será o de 'bookbuilding', ou seja, avaliação prévia do interesse do mercado.

O comunicado datado de 7 de março anuncia que o executivo "pretende realizar uma emissão de Títulos do Tesouro Nacional em Moeda Externa, no âmbito da estratégia de fomento do mercado de títulos públicos".

A operação é aberta a todos os interessados, anuncia, sem adiantar datas nem montantes, especificando aliás que o formato será o de 'Bookbuilding', um processo que serve para avaliar junto do mercado o interesse pelos títulos que quem emite quer colocar.

As maturidades serão de sete e dez anos, com vencimentos em outubro e novembro de 2031, e julho e dezembro de 2034, respetivamente, e os títulos a emitir pagarão cupões numa base semestral, detalha-se ainda na nota.

"A enfraquecida posição externa de Angola vai obrigar o país a ir aos mercados para pagar o título de 864 milhões de dólares que vence no final de 2025", escreve a Bloomberg, notando que "as receitas caíram, diminuindo o atual excedente da balança corrente em um terço, e os pagamentos de dívida à China recomeçaram em 2023", depois do final da iniciativa de suspensão do serviço da dívida, criada no contexto da pandemia para ajudar os países a enfrentarem o aumento das despesas com a saúde.

O anunciado regresso de Angola aos mercados segue o exemplo de vários países da região que voltaram e emitir dívida pública desde o princípio do ano, num movimento iniciado pela Costa do Marfim e seguido já pelo Benim e Quénia, a que se deverão juntar Nigéria, Angola, África do Sul e Gabão, conclui a Bloomberg.


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Faladepapagaio.blogspot.com está em uma situação muito difícil, mas, Insha'Allah, não vamos desistir ☝

Faladepapagaio

quinta-feira, 14 de março de 2024

Greve dos jornalistas: “A situação é de emergência” e o Governo “tem de perder o pudor de ajudar sem interferir nos conteúdos editoriais”

Por  Miguel Sousa Tavares  tvi.iol.pt

Miguel Sousa Tavares analisou a greve dos jornalistas na 5.ª Coluna, rubrica do Jornal Nacional da TVI (do mesmo grupo da CNN Portugal). O antigo jornalista lembrou que “como em todas as profissões, se não se consegue viver do jornalismo não se pode fazer bom jornalismo”.

“Entendo perfeitamente e apoio as razões da greve dos jornalistas”, assegurou Sousa Tavares, referindo que, no seu entendimento, o Governo deve tomar medidas perante a crise na imprensa..

MINISTÉRIO DO INTERIOR E DA ORDEM PÚBLICA - DESPACHO № 12/GMIOP/2024


O Médico Nefrologista guineense, Fidalgo Raúl Ferreira, lamenta e alerta para o aumento de problemas de Rins nos últimos anos na Guiné-Bissau.


Por: Sulai Seide  Rádio Capital Fm   14.03.2024

Cerimônia funebre de agente policial da 7ª esqurada, que foi brutalmente assassinado a facada durante a patrulha.

 Radio Voz Do Povo 


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PR visita obras e, aproveita para efetuar passeata.


 Radio Voz Do Povo 

PAPA FRANCISCO: "Hipótese distante". Papa diz não ter "razões sérias" para renunciar

© REUTERS/Guglielmo Mangiapane

Notícias ao Minuto   14/03/24 

Aos 87 anos, a saúde de Francisco tem vindo a deteriorar-se. Entre gripes, constipações e crises de bronquite, o Sumo Pontífice já foi obrigado a cancelar a sua agenda por diversas vezes.

O Papa Francisco assegurou não ter intenções de renunciar ao cargo, uma vez que, na sua ótica, não tem "razões suficientemente sérias" para o fazer.

"É uma hipótese distante, porque não tenho razões suficientemente sérias para me fazer pensar em desistir", adiantou Sua Santidade, no seu novo livro ‘Life: My Story Through History’ [‘Vida: A minha história pela história’, em tradução livre], cujos excertos foram publicados esta quinta-feira pelo jornal italiano Corriere della Sera e citados pela agência Reuters.

Aos 87 anos, a saúde de Francisco tem vindo a deteriorar-se. Entre gripes, constipações e crises de bronquite, o Sumo Pontífice já foi obrigado a cancelar a sua agenda por diversas vezes, além de, ultimamente, fazer uso de uma cadeira de rodas ou de uma bengala para se movimentar.

De qualquer modo, o Papa indicou, nesta sua nova obra que será publicada em italiano e em inglês a 19 de março, que goza "de boa saúde e, se Deus quiser, ainda há muitos projetos a realizar". Por isso, justificou que só pensará em renunciar caso tenha um "grave impedimento físico".

Além disso, Francisco defendeu mais uma vez a sua decisão de permitir que casais do mesmo sexo ou em união de facto sejam abençoados, argumentando que a Igreja Católica tem o dever de acolher todos.

"Deus ama todos, especialmente os pecadores", disse.

Por outro lado, o Papa reiterou a sua condenação ao aborto e ao recurso a barrigas de aluguer, tendo salientando que o seu foco nos mais pobres e marginalizados não o torna um comunista ou marxista.

Recorde-se que o antecessor de Francisco, Bento XVI, foi o primeiro Papa a deixar o cargo em cerca de 600 anos. O antigo Sumo Pontífice renunciou em fevereiro de 2013, aos 85 anos, e morreu cerca de 10 anos depois, aos 95 anos.



Leia Também: Rússia saúda Papa Francisco como defensor do humanismo e da paz

Família Mbatonha acusa CMB, de abuso de poder e venda ilegal do espaço e ameaça utilizar meios legais para resolver o problema


 Radio TV Bantaba

Conferência de imprensa da UNTG, liderado pelo Laureano Pereira da Costa


 Radio TV Bantaba 

DECRETO №_ 2024 - (Que instituiu o dia 15 de março Como dia de Cidade ou Municípiode Bissau)

 




COMUNICADO DO CONSELHO DE MINISTROS _14 de março de 2024

 

DMITRY MEDVEDEV: Fim da guerra? "A única saída é construir a nossa própria fórmula russa"

© Getty Images

Notícias ao Minuto   14/03/24 

Dmitry Medvedev sugeriu a formação de órgãos de governo temporários que decidiriam "sobre o pagamento de todas as indemnizações devidas à Rússia" e que, de seguida, reconheceriam todo o território da Ucrânia como "um território da Federação Russa". 

O ex-presidente da Rússia e atual vice-presidente do Conselho de Segurança do país, Dmitry Medvedev, considerou inviável a "fórmula de paz" de Kyiv, propondo uma solução completamente diferente, tendo publicado o seu 'contra plano' de sete pontos no canal Telegram.

De acordo com Medvedev, no seu canal, citado pela Tass, o conflito na Ucrânia só pode ser travado "com base no reconhecimento das realidades", considerando a "fórmula de paz" de Kyiv "acéfala". "A única saída é construir a nossa própria fórmula russa - uma fórmula pacífica e bastante realista. Uma fórmula que seja humana para todos", esclareceu.

As exigências da Rússia, segundo o vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, podem incluir a "rendição completa e incondicional da antiga Ucrânia representada pelo grupo neonazista de Kyiv", "o reconhecimento por um parlamento provisório da antiga Ucrânia de que todo o seu território é território da Rússia", bem como "o reconhecimento pela ONU de que a Ucrânia perdeu a sua 'autoridade legal internacional'".

Em conclusão, Medvedev sugeriu a formação de órgãos de governo temporários que decidiriam "sobre o pagamento de todas as indemnizações devidas à Rússia" e que, de seguida, reconheceriam todo o território da Ucrânia como "um território da Federação Russa". 

"Esta é a fórmula de paz suave da Rússia. Penso que se pode procurar um consenso benevolente com base neste tipo de acordo, contando com a compreensão mútua dos nossos amigos mais próximos - os nossos parceiros ocidentais", sugeriu.

Recorde-se que o plano de paz elaborado pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, tem 10 pontos que Kyiv considera serem indispensáveis para aceitar um entendimento com Moscovo. O plano exige, entre outras coisas, a retirada das tropas russas e a cessação das hostilidades, a libertação de prisioneiros e deportados e a confirmação do fim da guerra.



Leia Também: Rússia? "Podemos dizer antes das eleições que não serão livres e justas" 

Agência Internacional de Energia Atómica não acredita que Rússia recorra a armas nucleares

O diretor da Agência Internacional de Energia Atómica, Rafael Grossi. EFREM LUKATSKY

SIC Notícias  14/03/2024

Numa entrevista, Vladimir Putin disse que o país está pronto para uma guerra nuclear, no entanto a AIEA diz não ver condições para o uso de armas nucleares na Ucrânia, pelo menos por agora.

O chefe da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, disse que não acredita que a Rússia vá recorrer ao uso de armas nucleares na guerra na Ucrânia.

"Acho que não vemos no momento condições para o uso de armas nucleares na guerra na Ucrânia. No momento, pelo menos", disse Rafael Grossi em declarações citadas pela agência de notícias russa TASS, após as ameaças de Vladimir Putin.

Ainda segundo a TASS, o líder da Agência Internacional e o Presidente russo discutiram o programa nuclear iraniano.

A aproximação crescente da Rússia e do Irão tem feito crescer as preocupações da comunidade internacional.

Sabe onde fica o mar mais pequeno do mundo?

O título pertence à Turquia, mas pode mudar de mãos em breve. O Mar de Marmara tem cerca de 11 quilómetros quadrados e a Croácia reclama ter um mar com metade do tamanho.

Chama-se Mar de Karin e fica perto de Zadar. A candidatura vai ser apresentada em junho. Se for aceite, a Croácia transforma-se num recordista de "miniaturas", uma vez que já tem os títulos de cidade e rio mais pequenos do mundo.

@SIC Notícias

PAIGC em conferência de imprensa sobre a situaçāo politica na Guiné-Bissau.

 Radio Voz Do Povo 

Curiosidade: A Mesma Mulher? ...falsos pastores??

 

Fonte: Uncle Jay Comedy

COREIA DO NORTE: Kim Jong-un a conduzir um tanque de guerra? Aconteceu (e há imagens)... O líder norte-coreano considerou que os novos tanques do país são os "mais poderosos".

© KCNA via REUTERS

Notícias ao Minuto  14/03/24 

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, testou novos tanques de guerra desenvolvidos pelo país no âmbito de exercícios realizados na quarta-feira.

O momento em que o Jong-un se ‘juntou’ ao exército foi captados pelas agências de notícias, e é possível ver o líder dentro de um tanque de guerra, assim como acompanhado por membros do exército.

O treino acontece numa altura em que se realizam exercícios conjuntos entre a ‘irmã’ Coreia do Sul e os Estados Unidos – ações que que Pyongyang vê como ensaios para uma eventual invasão no seu território.

Segundo a Agência de Notícias Central Coreana (KCNA), os exercícios militares a norte serviram para mostrar as capacidades dos novos tanques desenvolvidos pelo país, instrumentos que Jong-un considerou serem “os mais poderosos”.

A agência estatal norte-coreana dá ainda conta de que durante os exercícios houve uma simulação de batalha em que houve disparos – tal como se pode ver nas imagens.

Já o ministério da Defesa do país tinha dito que iria levar a cabo “atividades militares responsáveis” em resposta aos exercícios feitos por Washington e Seul, que terminam esta quinta-feira.

Índice de Desenvolvimento Humano da ONU revela aumento dramático das desigualdades entre ricos e pobres

Escola ao ar livre debaixo de uma árvore, Benguela, Angola (Foto de Arquivo)

VOA Português   14/03/2024

Cabo Verde é o país lusófono em África melhor colocado, seguido de São Tomé e Angola, todos no grupo de desenvolvimento huamano médio, Guiné-Bissau e Moçambique são de desenvolvimento baixo.

NOVA IORQUE — O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) a nível mundial está em recuperação, mas esse desempenho tem sido parcial, incompleto e desigual.

A conclusão é do estudo “Rompendo o Impasse: Reimaginando a cooperação num mundo polarizado", 2023-2024, divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), nesta quarta-feira, 13, que conclui que a distância é ainda maior entre países ricos e pobres e alimenta a polarização política.

O documento analisa o Produto Nacional Bruto per capita, a educação e a expetativa de vida em 191 países.

No quadro geral do IDH, Cabo Verde é o país africano de língua portuguesa melhor colocado, 131, no grupo dos países com desenvolvimento médio, no qual encontram-se também São Tomé e Príncipe, em 141, Angola, 150.

Moçambique continua a ser o pior colocado, ao ocupar o lugar 183, no grupo de desenvolvimento baixo, mas o documento diz que é o único lusófono em África que não desceu em relação à posição ocupada no estudo antetior.

A Guiné-Bissau está na posição 179 e também integra a categoria de países de desenvolvimento baixo.

A nível global, Portugal é o único lusófono no grupo dos países com desenvolvimento humano muito alto, ao ocupar a 43a. posição, enquanto o Brasil está na categoria de países com desenvolvimento humano alto, no lugar 83.

Timor-Leste está no grupo dos países com desenvolvimento humano baixo (155).

Nos três primeiros lugares do IDH estão Suíca, Noruega e Islândia e na cauda encontram-se Somália, 193, Sudão do Sul, 192, e República Centro-Africana, 191.

Os Estados Unidos ocupam o lugar 17o., no grupo dos países com desenvolvimento humano muito alto.

Quadro mundial preocupante, com mais desigualdade

Na análise do IDH a nível mundial, o PNUD conclui que "os países ricos registram níveis recorde de desenvolvimento humano, enquanto metade dos países mais pobres do mundo retrocedeu, permanecendo abaixo do nível de progresso anterior à crise da Covid-19".

Neste cenário, quase 40% do comércio mundial de bens está concentrado em três ou menos países.

O relatório argumenta que o avanço da ação coletiva internacional é dificultado por um emergente “paradoxo da democracia”.

Embora nove em cada 10 pessoas em todo o mundo apoiem a democracia, mais da metade dos entrevistados expressaram apoio a líderes que poderiam prejudicar a ordem democrática, segundo relatório, que justifica a sua conclusao com o fato de que "governos populistas têm taxas de crescimento do Produto Interno Bruto, PIB, mais baixas".

"Quinze anos após a posse de um governo populista, o PIB per capita é considerado 10% menor do que seria em um cenário de governo não populista", lê-se no documento que revela um “sentimento de impotência”, pois 68% das pessoas relatam que consideram ter pouca influência nas decisões do seu Governo.

"Nova geração dos bens públicos globais”

Os autores argumentam que essa tendência, somada à polarização alimenta abordagens políticas “voltadas para dentro”.

O relatório sublinha que a “desglobalização” não é viável nem realista no mundo de hoje e ressalta que nenhuma região está perto da autossuficiência, "uma vez que todos dependem de importações de outras regiões de 25% ou mais de pelo menos um tipo importante de bens e serviços".

O PNUD apela por uma “nova geração dos bens públicos globais”, composta por quatro eixos: "o planetário, para estabilidade climática, o digital, para a equidade no acesso a novas tecnologias, o financeiro, para fortalecer a assistência humanitária e o desenvolvimento, bem como a redução da polarização e desinformação".

Ao apresentar o relatório, o secretário-geral da ONU afirmou que o mundo vive uma “era de polarização” que afasta a possibilidade de cooperação em temas urgentes como resolução de conflitos e crise climática e tem um “impacto devastador no desenvolvimento sustentável”.

“Fracasso da ação coletiva”

António Guterres disse que o documento revela que a “melhor esperança para o futuro é combater a retórica divisionista e destacar objetivos comuns que unem a grande maioria das pessoas em todo o mundo”.

Por seu lado, o administrador do PNUD, apontou o “fracasso da ação coletiva” para fazer avançar o combate à pobreza e sublinhou que as desigualdades “não só prejudicam o desenvolvimento humano, mas também agravam a polarização e corróem ainda mais confiança nas pessoas e instituições em todo o mundo”.

Achim Steiner apontou que “num mundo marcado pela crescente polarização e divisão, negligenciar o investimento mútuo representa um grave ameaça ao nosso bem-estar e segurança" e concluiu que "as abordagens protecionistas não podem resolver o problema complexo, desafios interligados que enfrentamos, incluindo a prevenção de pandemias, as alterações climáticas e a regulamentação”.

Cientistas criam mapa espacial do coração humano

SABRINA BRACHER

Por  LUSA  14/03/2024

Este 'atlas' celular completo avança precisamente neste conhecimento e revela como os diferentes tipos de células cardíacas interagem e se organizam em estruturas complexas essenciais para o funcionamento do coração.

O coração, primeiro órgão que se desenvolve nos mamíferos, é formado por estruturas altamente organizadas que precisam ser coordenadas para funcionar corretamente e uma equipa científica conseguiu criar um mapa espacial do coração humano em desenvolvimento, com resolução unicelular.

Os detalhes da investigação são publicados esta quarta-feira na revista Nature, num artigo liderado por cientistas da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos, e que revela como as células se organizam à medida que o coração se desenvolve.

Apesar da importância deste órgão, os cientistas sabem pouco sobre como exatamente as suas células estão organizadas, não sabendo, por exemplo, como são coordenados espacialmente para criar estruturas morfológicas complexas, que são cruciais para a função cardíaca.

Este 'atlas' celular completo avança precisamente neste conhecimento e revela como os diferentes tipos de células cardíacas interagem e se organizam em estruturas complexas essenciais para o funcionamento do coração, noticiou esta quarta-feira a agência Efe.

Se essas estruturas musculares deste órgão não se formarem corretamente, podem ocorrer doenças cardíacas congénitas, o defeito congénito mais comum, e várias doenças cardíacas também se podem desenvolver na idade adulta, lembram os autores.

Para mapear o coração, os investigadores, liderados por Elie Farah, Quan Zhu e Neil Chi, combinaram sequenciamento de ARN e tecnologia de imagem de ponta, pode ler-se na revista.

Graças a estas tecnologias unicelulares, foram capazes de gerar uma lista melhorada de tipos de células cardíacas humanas.

O mapa revelou a distribuição regional de uma ampla gama de subpopulações de células cardíacas, revelando como estas células interagem durante o desenvolvimento do coração.

A análise unicelular identificou 75 subpopulações que exibiam características que correspondiam à sua localização anatómica e estágio de desenvolvimento, incluindo novos subtipos de células nas válvulas cardíacas.

Além disso, os autores descobriram interações entre combinações específicas de populações celulares. Observaram, por exemplo, interações entre células do músculo cardíaco ventricular, fibroblastos (parte do tecido conjuntivo) e células endoteliais (revestimento dos vasos sanguíneos), que podem desempenhar um papel na formação da parede ventricular.

Especificamente, a equipa científica utilizou um método de imagem espacial chamado Merfish, que permitiu a identificação espacial preliminar de células individuais.

Juntamente com a técnica de transcriptómica unicelular, que permite saber quais genes são expressos e em quais células (transcritoma), os cientistas alcançaram uma resolução e profundidade de compreensão "sem precedentes" de células individuais e onde elas residem.

As informações detalhadas descobertas neste estudo podem ajudar a melhorar a compreensão dos mecanismos subjacentes às doenças cardíacas congénitas e em adultos, e também podem orientar novas estratégias de reparo cardíaco, concluem os autores.


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EUA: "Todos drogados". Ratos comem canábis guardado na polícia de Nova Orleães... A chefe da polícia deu conta das condições em que o departamento opera.

© Shutterstock

Notícias ao Minuto   13/03/24 

Ratos que infestaram o Departamento da Polícia de Nova Orleães, nos Estados Unidos, ingeriram canábis que estava guardado na sala onde as autoridades armazenam provas, tendo ficado "todos drogados".

"Quero que vejam a armadilha com todas as baratas, grandes roedores no chão. As baratas e os ratos a comerem o canábis - estão todos drogados", disse a chefe da polícia, Anne Kirkpatrick, ao Comité de Justiça Criminal, na segunda-feira, citada pela NBC News.

Segundo a responsável, que estava a dar conta das condições do edifício, os agentes nem sequer têm onde ir à casa de banho, além de os elevadores e aparelhos de ar condicionado estarem avariados.

"Todos sabemos que as instalações estão degradadas. No ano passado, estava tanto calor que tivemos de encerrar os escritórios. Às vezes está tanto frio que os nossos agentes nem conseguem estar no prédio", disse o vereador e presidente do Comité de Justiça Criminal, Oliver Thomas, à afiliada da NBC News WDSU.

Desde 2008 que as condições se mantém daquela forma, segundo o mesmo meio. Num relatório de 2017, as fotografias mostravam cobras, roedores e, possivelmente, bolor.

"A falta de limpeza não tem limites", lamentou Kirkpatrick, que considerou que o pessoal responsável pela limpeza do espaço "merece um prémio por tentar limpar o que não é possível ser limpo".

Foi feita uma proposta no sentido de despender 7,6 milhões de dólares (cerca de 7 milhões de euros) numa renda de 10 anos para transferir temporariamente a sede da polícia para dois andares de um prédio no centro da cidade, que foi encaminhada para a Câmara Municipal.


Presidente do Movimento Social Democrático (MSD), pede afastamento dos Militares na política por forma a permitir o país viver na paz e democracia.

 

 Radio TV Bantaba

Sob lema: "Participação Política das Mulheres e Desafios da Lei de Paridade", Movimento Mindjeres di Guiné Lanta (MIGUILAN), promove 1ª edição de Concurso de Oratória.



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quarta-feira, 13 de março de 2024

Menopausa explica longevidade de algumas baleias... A menopausa pode ser um fator de longevidade nas cinco espécies de baleias em que esse fenómeno biológico ocorre, sugere um estudo publicado hoje na revista científica Nature.

© Reuters

POR LUSA   13/03/24 

As mulheres, cinco espécies de baleias - beluga, narval, baleia-piloto, orca e falsa orca - e os chimpanzés de uma comunidade específica no Uganda são os únicos mamíferos conhecidos em que ocorre a menopausa e o estudo, liderado por investigadores da universidade britânica de Exeter, conclui que as fêmeas destas espécies de baleias vivem cerca de 40 anos mais do que as de outras espécies de tamanho semelhante.

Os investigadores apontam a hipótese de algumas espécies de baleias com dentes (grupo de espécies distinto das baleias de barbas) tenham evoluído para que as fêmeas vivam mais tempo e ajudem as gerações mais jovens a sobreviver sem competirem com filhas ou netas por parceiros reprodutivos.

O prolongamento da esperança de vida pode dever-se aos "benefícios intergeracionais, à ajuda que as fêmeas mais velhas podem dar aos familiares mais jovens", e a razão para não prolongar a vida reprodutiva é evitar entrar em competição com as filhas, explicou um dos autores da investigação, Samuel Ellis.

Segundo o estudo na generalidade dos casos, as fêmeas sobrevivem aos machos da sua própria espécie, e no caso das orcas as fêmeas podem viver até aos 80 anos, mas geralmente morrem por volta dos 40.

Para o investigador Darren Croft, da Universidade de Exeter, "é bastante surpreendente que entre mais de 5.000 espécies de mamíferos se veja esta característica (a ocorrência de menopausa) apenas num punhado de espécies".

Os resultados do estudo mostram que a evolução da menopausa nas baleias dentadas tem uma "impressionante semelhança" com a dos humanos, através de uma vida mais longa sem prolongar simultaneamente o período reprodutivo.

"É o mesmo padrão de história de vida que vimos em humanos. É absolutamente surpreendente que possamos estabelecer estas comparações com um grupo de animais tão diferentes" e do qual nos separam 90 milhões de anos de evolução, acrescentou o investigador.

No caso das cinco espécies de baleias dentadas estudadas, todas apresentaram uma "estrutura social incomum", uma espécie de matriarcado onde as fêmeas se mantêm em contacto próximo com filhos e netos, ajudando a melhorar as probabilidades de sobrevivência da família.

A menopausa, sugere o estudo, ocorre quando há benefícios para a espécie e apesar das diferenças entre as baleias e os humanos, a sua evolução convergente oferece novas perspetivas para a compreensão da evolução da menopausa em geral, segundo os investigadores.


O estado da preparaçāo para o início da atualização dos Cadernos Eleitorais foi o tema central da reunião entre o Diretor-Geral do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral, Gabriel Djibril Baldé e o Oficial Político da Embaixada dos Estados Unidos da América.