quinta-feira, 9 de novembro de 2023

África do Sul considera processar sul-africanos envolvidos na guerra

© Waldo Swiegers/Bloomberg via Getty Images

POR LUSA  09/11/23 

A África do Sul está a considerar processar cidadãos sul-africanos que teriam integrado as Forças de Defesa de Israel (IDF) no atual conflito contra o movimento Hamas que já causou mais de dez mil mortos, foi hoje anunciado.

O anúncio foi feito pela ministra na Presidência, Khumbudzo Ntshavheni, que é responsável pela segurança de Estado, durante um debate parlamentar na Cidade do Cabo.

"A Autoridade Nacional de Acusação terá de agir com rapidez para processar aqueles que participam não só na guerra israelita, mas em qualquer outra parte do mundo", adiantou.

Todavia, Ntshavheni escusou-se a precisar o alegado número de militares participantes, assim como se existem mercenários sul-africanos a apoiar o movimento palestiniano Hamas - classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel.

No parlamento, a governante sul-africana indicou também que a Agência de Segurança do Estado (SSA) está a tentar localizar sul-africanos que teriam regressado ao país após aderirem ao Estado Islâmico, sem avançar detalhes, segundo a imprensa sul-africana.

Ntshavheni sublinhou que a legislação sul-africana proíbe os seus cidadãos de integrarem as forças de defesa de um outro país.

Entretanto, o Governo da África do Sul anunciou que a decisão sobre o corte de laços com Israel e a expulsão do seu embaixador do país africano face aos bombardeamentos israelitas em Gaza continua pendente.

"Quanto à expulsão, não há nenhuma decisão a esse respeito neste momento. Caso tal decisão seja tomada, iremos anunciar publicamente", referiu a chefe da diplomacia sul-africana Naledi Pandor, no debate parlamentar nesta quarta-feira.

No início da semana, a ministra Khumbudzo Ntzhaveni disse à imprensa que o executivo considerou "insustentável" as posições do embaixador israelita na África do Sul, Eliay Belotserkovsky, por criticar o apoio do Congresso Nacional Africano (ANC), no poder desde 1994, ao Hamas e à causa palestiniana, instando a diplomacia sul-africana a atuar nesse sentido.

O Governo da África do Sul decidiu na passada segunda-feira chamar os seus diplomatas em Israel para sinalizar as suas preocupações face aos bombardeamentos israelitas em Gaza.

Alguns partidos da oposição manifestaram-se contra a medida, afirmando que a África do Sul deve manter uma presença no terreno durante tempos "tão difíceis", segundo a imprensa sul-africana.

O movimento Hamas já apelou a Pretória para que corte todos os laços com Israel.

Por sua vez, o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel disse apoiar o seu embaixador na África do Sul, "que representa a posição do Governo e do povo israelita".


Leia Também: ONU recusa "empurrar palestinianos" para o sul de Gaza

Irão rejeita pedido do G7 para deixar de apoiar o Hamas

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POR LUSA   09/11/23 

O Governo do Irão rejeitou hoje o pedido do G7 para deixar de prestar apoio ao grupo islamita Hamas e criticou aquela organização por proteger o "opressor em vez dos oprimidos".

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Naser Kanani, sublinhou que Teerão rejeita a declaração que considera infundada do G7, que pedia ao Irão que "pare de apoiar o Hamas e de adotar ações que desestabilizem o Médio Oriente", incluindo o seu apoio ao movimento libanês Hezbollah e outros intervenientes não estatais.

O G7 também reiterou a sua intenção de impedir o Irão de desenvolver armas nucleares e apelou para que este país "cesse os seus avanços incansáveis no seu programa nuclear, que não tem qualquer justificação civil credível e se aproxima perigosamente de atividades relacionadas com armas".

Em resposta, Kanani classificou as afirmações do G7 sobre "grupos de resistência na Palestina e no Líbano" como falsas e ridículas, antes de descrever as exigências ao Irão como irrelevantes.

"Desde o início da atual crise em Gaza, o Irão tem feito esforços ininterruptos para acabar com os ataques militares", argumentou o chefe da diplomacia iraniana.

"É muito surpreendente e lamentável que aqueles que financiam a ocupação das terras do povo palestiniano e os criadores do falso regime israelita, que apoiam os crimes de guerra dos sionistas (...) façam exigências e mudem a posição, favorecendo o opressor em vez dos oprimidos, que são os grupos de resistência e de libertação", disse Kanani.

Para o ministro iraniano, "a usurpação das terras palestinianas, o assassinato em massa e o genocídio dos palestinianos (...), os ataques contra locais religiosos, hospitais e centros médicos, causando a sua destruição, o infanticídio, a prisão e a tortura de homens, mulheres e crianças (...) são ações que violam o Direito Internacional".

"Isto é apenas parte dos crimes que o regime de ocupação cometeu e continua a cometer contra o povo oprimido da Palestina", disse Kanani, que sublinhou que "o que se espera do G7 é que cumpra a sua responsabilidade internacional, incluindo a condenação dos atos do regime sionista em Gaza que violam o Direito Internacional".

Kanani lembrou ainda que o Irão "disse muitas vezes que as armas nucleares não têm lugar na sua doutrina militar" e que "os objetivos do seu programa nuclear são totalmente pacíficos".

"Cumprimos todas as obrigações, o que foi confirmado pela Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA)", afirmou.



Leia Também: Forças militares israelitas rejeitam que haja crise humanitária em Gaza

Encerramento da XIIª Assembleia Geral Ordinária (OISC/CPLP).

Radio Voz Do Povo 

Costa exonera chefe de gabinete Vítor Escária e nomeia Tiago Vasconcelos

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POR LUSA   09/11/23 

O primeiro-ministro exonerou Vítor Escária das funções de seu chefe de gabinete e nomeou para este lugar o major general Tiago Vasconcelos, até agora assessor militar de António Costa, disse à Lusa fonte oficial do Governo.

Vítor Escária foi detido para interrogatório na terça-feira, de manhã, na sequência das buscas judiciais ao seu gabinete e à sua casa por suspeitas relacionadas com negócios com lítio e hidrogénio.

Esta investigação judicial levou nesse mesmo dia António Costa a pedir ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a sua demissão de primeiro-ministro.

Na comunicação que fez ao país em que anunciou a sua demissão, O primeiro-ministro manifestou total disponibilidade para colaborar com a justiça "em tudo o que entenda necessário", mas recusou a prática "de qualquer ato ilícito" ou censurável.

"Quero dizer, olhos nos olhos aos portugueses, que não me pesa na consciência a prática de qualquer ato ilícito, ou sequer de qualquer ato censurável", afirmou António Costa.

O chefe do executivo disse estar "totalmente disponível para colaborar com a Justiça em tudo o que entenda necessário para apurar toda a verdade, seja sobre que matéria for", mas afirmou ter ficado "surpreendido" com a informação de que lhe ia ser instaurado um processo-crime, garantindo que "desconhecia em absoluto a essência de qualquer processo".

O economista Vítor Escária foi nomeado em agosto de 2020 chefe de gabinete do primeiro-ministro, substituindo no cargo Francisco André, que assumiu funções na representação permanente de Portugal junto da OCDE e que atualmente é secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação.

Vitor Escária, de 48 anos, economista e professor do Departamento de Economia do ISEG ---tinha sido antes assessor económico do antigo primeiro-ministro José Sócrates.

Em 2019, já numa altura em que era assessor económico de António Costa, esteve envolvido no processo de recebimento indevido de vantagem no caso das viagens pagas pela Galp no Euro2016 de futebol.

No que respeita ao novo chefe de gabinete do primeiro-ministro, o major-general Tiago Maria Ramos Chaves de Almeida e Vasconcelos, de 63 anos, natural de Lisboa, ingressou na Academia Militar em 1978 e foi nomeado assessor militar do líder do executivo em maio de 2018.

Segundo o Governo, antes de ser assessor militar do primeiro-ministro, foi adjunto para o planeamento e coordenação do Estado-Maior-General das Forças Armadas e inspetor-geral do Exército e diretor honorário da Arma de Cavalaria.

Tiago Vasconcelos é grande-oficial da Ordem Militar de Avis e comendador da Ordem do Infante D. Henrique. Possui a Grã-Cruz do Mérito Militar com distintivo branco do Reino de Espanha.


Conferência de Imprensa da Organização Tradicional da Etnia Papel Integrada (OTEPI).

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O PRESIDENTE DA REPÚBLICA RECEBE O PRESIDENTE DO BOAD

O Presidente do Banco de Desenvolvimento da África Ocidental (BOAD), Sr. Serge Ekwe, foi recebido em audiência pelo Chefe do Estado; acompanhado pelo Ministro da Economia e Finanças, Suleimane Seidi, tendo destacado o desempenho das autoridades nos setores das infraestruturas, agricultura e energia.

 Presidência da República da Guiné-Bissau

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O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló recebeu no Palácio Presidencial, um grupo de anciões da região de Biombo.

Na ocasião, o Chefe de Estado apelou ao diálogo e a coesão social, para resolver diferendos no que respeita o controlo do poder tradicional na região de Biombo, insistindo: “Devemos ser como o falecido Presidente Nino Vieira, que, apesar de ser da etnia Pepel de nascença, nunca quis se assumir apenas como Pepel. Assumia-se como um verdadeiro filho da Guiné-Bissau”.

Mais de 3.700 escolas danificadas ou destruídas com invasão russa

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POR LUSA   09/11/23 

A invasão russa da Ucrânia já danificou ou destruiu 3.790 escolas e estabelecimentos de pré-escolar, segundo um relatório hoje divulgado pela Human Rights Watch (HRW), que descreve casos de unidades pilhadas, vandalizadas e ocupadas para fins militares.

O documento "Tanques no Recreio", de 71 páginas, documenta os danos e a destruição de escolas e estabelecimentos de pré-escolar nas regiões de Kyiv (norte), Kharkiv, Chernihiv (ambas no nordeste) e Mykolaiv (sul), todas palcos de combates desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022, onde a organização não-governamental entrevistou quase 90 funcionários escolares, representantes de autoridades locais e testemunhas de operações militares.

Os danos registados foram causados por ataques aéreos, bombardeamentos de artilharia, lançamentos de foguetes e, em alguns casos, munições de fragmentação, "causando estragos significativos nos telhados, desabamento de paredes e grandes destroços nas salas de aula", tendo como resultado a grave interrupção do acesso à educação de milhões de crianças.

Na generalidade, segundo a HRW, os danos e a destruição de escolas ocorreram em consequência da captura pelas forças russas de cidades e vilas nas primeiras semanas da invasão, ocupando escolas. Em vários casos, dispararam contra as instalações face à posterior reconquista territorial do Exército ucraniano e antes de se retirarem daquelas regiões.

O relatório assinala que, durante a ocupação de estabelecimentos escolares, as forças russas pilharam-nas, saqueando computadores de secretária e portáteis, televisões, quadros interativos, outros equipamentos escolares e sistemas de aquecimento.

"O que não foi roubado muitas vezes foi partido. Após a retirada, as forças russas deixaram para trás salas de aula incendiadas e saqueadas. Eles também pintaram 'graffiti' nas paredes", normalmente expressando ódio aos ucranianos, descreve-se no documento.

É aliás referido o exemplo da escola Borodyanka, nos arredores de Kyiv, que foi atingida na troca de fogo entre forças ucranianas e russas, que, ao abandonarem o local, deixaram mensagens contra a Ucrânia e pinturas de bandeiras nazis, em alusão à "desnazificação" do país invocada pelo líder do Kremlin, Vladimir Putin, para justificar a sua "operação militar especial".

"Foi impossível conter as lágrimas", afirmou o diretor da escola, citado pela HRW. "No refeitório, eles [forças russas] fizeram uma banheira [no lava-louças]. Noutra sala havia sangue nas paredes. Partiram todos os computadores, encheram tudo de lixo e simplesmente roubaram os 'laptops'".

Usar as escolas como alojamentos para tropas, armazenar munições ou estacionar ou posicionar veículos militares nas dependências das instalações aumenta a probabilidade de ataques às escolas, lembra a HRW, observando que as forças militares são obrigadas, segundo as leis da guerra, a fazer todos os possíveis para proteger dos efeitos dos ataques as unidades escolares e outras instalações civis sob o seu controlo.

A HRW recorda também que, em relatórios anteriores, já eram mencionados casos de escolas e instalações de pré-escolar, incluindo para crianças com deficiência, usados pelas forças russas como locais de tortura, violação ou outros maus tratos de prisioneiros de guerra ou como centros de detenção de civis.

Também há casos documentados do posicionamento de soldados ucranianos em escolas, ou de postos de comando nas suas proximidades, além da mobilização de um pequeno número de membros das Forças de Defesa Territorial para fornecer segurança a civis abrigados em unidades de ensino, "ações que podem aumentar o risco de ataques".

"As crianças ucranianas pagaram um preço elevado nesta guerra porque os ataques à educação são ataques ao seu futuro", disse Hugh Williamson, diretor da divisão Europa e Ásia Central da Human Rights Watch, citado em comunicado da organização, acrescentando que "a comunidade internacional deveria condenar os danos e a destruição de escolas na Ucrânia e as pilhagens pelas forças russas".

O relatório indica que, antes da guerra, o Governo ucraniano, ao contrário do russo, tinha adotado a Declaração sobre Escolas Seguras, um compromisso político internacional que visa proteger a educação dos piores efeitos dos conflitos armados, e, um mês antes da invasão, mil oficiais foram formados para este instrumento, em concreto, para as Diretrizes para a Proteção de Escolas e Universidades contra a Utilização Militar durante Conflitos Armados.

Já em julho do ano passado, as autoridades ucranianas também emitiram uma ordem de alto nível com o objetivo de "não utilizar instalações educativas para alojamento temporário de quartéis-generais e unidades militares", de acordo com o Ministério da Defesa da Ucrânia, citado pela HRW.

"As Nações Unidas e outros devem pressionar o Governo russo a cessar imediatamente os ataques deliberados, indiscriminados e desproporcionais contra civis e bens civis, incluindo escolas, e instar a Rússia a evitar a utilização de instalações educativas ucranianas para fins militares. A Rússia deveria cumprir as disposições da Declaração e incluir os seus princípios na formação de pessoal militar", apela a organização.

Dados do Ministério da Educação de Kyiv revelam que em janeiro mais de 95% dos estudantes elegíveis estavam matriculados, "um feito significativo durante o tempo de guerra", elogia a HRW.

Apesar destes esforços, muitos alunos de escolas danificadas ou destruídas "tiveram de continuar os seus estudos noutras escolas, estudando em turnos ou à distância, o que prejudicou a qualidade da educação, advertiu. "Os ataques das forças russas às infraestruturas energéticas e os consequentes cortes de eletricidade e Internet têm frequentemente impedido a aprendizagem à distância", refere ainda a HRW.

A ONG salienta o "enorme esforço necessário" para ajudar as crianças ucranianas a recuperar a sua educação, após quase dois anos de guerra ininterrupta.

"Devolver as crianças às salas de aula aumenta a urgência para a Ucrânia, com o apoio de parceiros internacionais, restaurar e reconstruir instalações educacionais danificadas, de acordo com os padrões de segurança e acessibilidade", sustentou a HRW.

"A maioria dos países do mundo, incluindo a União Europeia e os membros da NATO, comprometeram-se a proteger a educação contra ataques e deveriam ajudar a Ucrânia a atingir esse objetivo durante a guerra, este direito crucial deve ser protegido", declarou Hugh Williamson.

Portugal está empenhado na reconstrução de uma escola secundária em Jitomir, a 150 quilómetros a oeste de Kyiv, que foi destruída num bombardeamento logo nos primeiros dias de guerra, num projeto da Parque Escolar em parceria com as autoridades ucranianas e a Estónia e que previa a formação de professores em Portugal.



Leia Também: Rússia envia presos de guerra ucranianos para a guerra contra o seu país 

Estados Unidos atacam instalação com armamento ligada ao Irão na Síria

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POR LUSA   09/11/23 

Os Estados Unidos divulgaram esta quarta-feira o ataque contra uma "instalação de armazenamento de armas" na Síria ligada ao Irão, enquanto uma organização não-governamental indicou a existência de nove mortos numa ofensiva das forças norte-americanas no leste do país.

"As forças militares dos EUA conduziram um ataque de autodefesa num local no leste da Síria, usado pelo Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica e grupos afiliados", realçou o líder do Pentágono, citado num comunicado.

O ataque aéreo foi executado por dois caças F-15 dos EUA em retaliação ao que tem sido um número crescente de ataques a bases que alojam tropas norte-americanas na região nas últimas semanas, frisou o Pentágono.

O alvo foi uma instalação de armazenamento de armas ligada à Guarda Revolucionária do Irão.

Já o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) adiantou, em comunicado, que nove pessoas ligadas a grupos apoiados pelo Irão foram mortas num ataque dos EUA em Deir Ezzor, no leste da Síria.

"Nove pessoas que trabalhavam para grupos apoiados pelo Irão foram mortas em ataques americanos em locais utilizados por grupos pró-iranianos", frisou à agência France-Presse (AFP) Rami Abdel Rahman, chefe desta ONG sediada no Reino Unido e que conta com uma vasta rede de fontes na Síria.

Segundo Lloyd Austin, o ataque dos EUA é "uma resposta a uma série de ataques contra pessoal americano no Iraque e na Síria", ataques atribuídos às forças iranianas presentes, tal como o Exército norte-americano, nestes dois países.

Os Estados Unidos "estão totalmente preparados para tomar outras medidas necessárias" para proteger os seus militares e as suas instalações, garantiu Lloyd Austin.

O aumento dos ataques contra as tropas americanas ocorre no contexto da guerra em Gaza, que começou após o ataque surpresa do movimento islamita palestiniano Hamas em 07 de outubro em Israel, que deixou mais de 1.400 mortos segundo as autoridades israelitas.

Israel respondeu bombardeando Gaza, território controlado pelo movimento considerado terrorista pela União Europeia e Estados Unidos da América e que controla o enclave desde 2007, durante um mês, matando mais de 10.500 pessoas, segundo o Ministério da Saúde ligado ao Hamas.

Os Estados Unidos forneceram rapidamente apoio militar a Israel, mas temem que o conflito se espalhe para a região, onde a resposta israelita a Gaza tem sido criticada.

Cerca de 2.500 soldados norte-americanos estão no Iraque e 900 na Síria como parte da luta contra o grupo jihadista Estado Islâmico.



Leia Também: Candidatos republicanos defendem em debate que Israel "acabe com o Hamas"

Criança visitada por Putin esconde-se e nem ameaças da mãe o demovem

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Notícias ao Minuto   08/11/23 

Putin, que visitou um hospital e ofereceu vários presentes às crianças, manteve-se sorridente e tentou falar com o rapaz (que ficou quase sempre tapado) mesmo sem o ver. 

Uma criança, internada num hospital russo, teve um atitude insólita aquando da visita de Vladimir Putin. 

Vadim, de apenas cinco anos, está na Clínica Pediátrica de Hematologia, Oncologia e Imunologia do Centro Nacional de Pesquisa Médica Dmitry Rogachev, em Moscovo, e assim que viu Putin, escondeu-se debaixo dos lençóis.

Recusou-se a falar com o presidente e não cedeu nem quando a mãe ameaçou tirar-lhe o telefone por dois dias.

Putin, que visitou o local e ofereceu vários presentes às crianças, manteve-se sorridente e tentou falar com o rapaz (que ficou quase sempre tapado) mesmo sem o ver. 

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quarta-feira, 8 de novembro de 2023

O grupo islamita palestiniano Hamas, que provocou um massacre em solo israelita há um mês, acusou hoje a ONU de "clara conivência" com Israel na deslocação forçada de civis na Faixa de Gaza.

© Majdi Fathi/NurPhoto via Getty Images

POR LUSA    08/11/23 

Hamas acusa ONU de "clara conivência" com Israel na deslocação de civis

O grupo islamita palestiniano Hamas, que provocou um massacre em solo israelita há um mês, acusou hoje a ONU de "clara conivência" com Israel na deslocação forçada de civis na Faixa de Gaza.

"A UNRWA [sigla inglesa da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente] e os seus funcionários são responsáveis por esta catástrofe humana", disse o Hamas em comunicado.

O grupo disse que os elementos da ONU "se curvaram aos ditames" de Israel desde o primeiro momento, "abandonando as suas posições e abdicando da responsabilidade para com centenas de milhares de habitantes" do norte de Gaza.

No comunicado, o chefe de imprensa do Hamas, Salameh Maarouf, denunciou a "clara conivência" da agência da ONU com Israel "e os seus planos de deslocação forçada".

A UNRWA deixou a população palestiniana "sem abrigo, água, alimentos ou tratamento" e fez "orelhas moucas aos gritos de dor e sofrimento", acrescentou, citado pela agência francesa AFP.

O raro ataque do Hamas à agência da ONU surge no momento em que o número de palestinianos que abandonam diariamente o norte da Faixa de Gaza em direção ao sul parece ter aumentado consideravelmente.

Ao longo do dia de hoje, segundo a AFP, milhares de palestinianos desesperados fugiram a pé do norte da Faixa de Gaza.

O Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários disse hoje que cerca de 15.000 pessoas fugiram na terça-feira, em comparação com 5.000 na segunda-feira e 2.000 no domingo.

De acordo com a ONU, cerca de 1,5 milhões de habitantes de Gaza abandonaram as suas casas desde o início da guerra.

A UNRWA fornece educação, saúde e serviços sociais, microfinanciamento, melhorias nos campos e assistência de emergência a milhões de refugiados que vivem na Faixa de Gaza, na Cisjordânia, na Jordânia, no Líbano e na Síria.

Os serviços destinam-se aos mais necessitados entre os refugiados, palestinianos que foram obrigados a abandonar a terra natal aquando da criação do Estado de Israel em 1948.

Juntamente com os descendentes, constituem hoje cerca de 80% dos 2,3 milhões de habitantes da Faixa de Gaza, segundo dados da UNRWA.

A agência da ONU afirma que já não pode ajudar dezenas de milhares de pessoas deslocadas, que se refugiam nas escolas que gere no norte da Faixa de Gaza, desde que Israel ordenou a saída da população para o sul nos primeiros dias da guerra com o Hamas.

De acordo a UNRWA, 89 dos seus funcionários foram mortos na Faixa de Gaza desde o início da ofensiva militar israelita, em represália ao ataque do movimento islamita em Israel, em 07 de outubro.

Segundo Israel, morreram pelo menos 1.400 pessoas, a maioria das quais civis mortos no mesmo dia do ataque do Hamas, que ainda fez mais de duas centenas de reféns.

Mais de 10.500 pessoas foram mortas nos bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza, a grande maioria civis, segundo o Hamas.

A diretora regional do Fundo das Nações Unidas para a População para os Estados Árabes, Laila Baker, disse hoje estar "sem palavras para descrever a situação catastrófica no terreno e a perda de humanidade total" a que se assiste em Gaza.

"É uma brutalidade sem precedentes e sem paralelo na história da humanidade nos últimos tempos", afirmou, citada pela publicação 'online' Middle East Monitor.



Leia Também: Mais de 10.500 pessoas morreram em Gaza desde início do conflito

As empresas africanas e as trocas comerciais com os EUA e a China

Os líderes africanos pressionam a renovação de uma política comercial preferencial dos EUA que lhes permite o acesso isento de direitos ao mercado dos EUA, que deverá expirar em 2025.

A Voz da América falou com a representante comercial dos EUA, Katherine Tai, sobre a concorrência entre os EUA e a China na cimeira anual da Lei de Crescimento e Oportunidades para África, AGOA, em Joanesburgo, e visitou uma fábrica que tem negócios com ambos os países.

 VOA Português

Presidentes e Chefes da delegação de Tribunais de Contas de CPLP foram recebidos em audiência de cortesia esta quarta-feira (08.11) pelo Chefe do Estado General Umaro Sissoco Embalo.


  Radio Voz Do Povo

Homem esmagado até à morte por robô na Coreia do Sul... Máquina confundiu o operário com as caixas de comida que estava a tratar.

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Notícias ao Minuto    08/11/23 

Um homem morreu, esta quarta-feira, esmagado por um robô na Coreia do Sul, após a máquina não ter conseguido diferenciá-lo de caixas de comida que estava a organizar.

A vítima, na casa dos 40 anos, é um trabalhador de uma empresa de robótica, que estava a inspecionar um braço robótico instalado numa estrutura de tratamento de produtos agrícolas na província de Gyeongsang do Sul.

A máquina, segundo explica a agência de notícias coreana Yonhap, confundiu o funcionário com uma caixa de vegetais, agarrou-o e empurrou o seu corpo contra o tapete rolante, esmagando a sua cara e o seu peito.

Ainda foi transportado para um hospital local, mas acabou por morrer.

O homem estava a realizar testes num sensor do robô, que tinha revelado alguns problemas. A máquina em questão é responsável por levantar caixas de pimentos e colocá-las em paletes.

Num comunicado após o incidente, um funcionário do Complexo Agrícola de Exportação de Donggoseong, proprietário da fábrica, apelou à instalação de um sistema "preciso e seguro".



Leia Também: China quer produzir robôs de "nível avançado" em 2025

Primeiro Ministro Geraldo Martins é um homem do Estado e tem noção muito bem do Estado. Afirmou PR General Umaro Sissoco Embalo na sua reação sobre a situação de Supremo Tribunal de Justiça.


 Radio Voz Do Povo

Presidente Interino do Supremo Tribunal de Justiça _Lima André.


 Radio Voz Do Povo

Cerimónia de Tomada de Posse dos Membros do Conselho de Estado


  Presidência da República da Guiné-Bissau 

Ucrânia reivindica morte de deputado pró-Moscovo em Lugansk

© Reuters

POR LUSA    08/11/23 

Os serviços secretos militares ucranianos reivindicaram hoje a responsabilidade por um atentado que matou um membro da administração russa na região ocupada de Lugansk, no leste da Ucrânia.

Trata-se do coronel Mikhail Yuryevich Filiponenko, que morreu na sequência da explosão do carro em que seguia.

Filiponenko era membro do Conselho Popular da autoproclamada República Popular de Lugansk (RPL), apenas reconhecida por Moscovo.

Foi também um dos fundadores da milícia separatista de Lugansk em 2014, no início da guerra entre Kiev e as tropas pró-russas apoiadas por Moscovo.

"A operação especial para liquidar o carrasco Filiponenko foi realizada em conjunto com representantes do movimento de resistência ucraniano" na zona, declarou a inteligência militar, que faz parte do Ministério da Defesa ucraniano.

A morte do deputado foi confirmada pelo filho, Ivan Filiponenko, que disse ao portal de notícias Lug-Info que o pai tinha sofrido "ferimentos fatais".

Filiponenko "participou na organização de campos de tortura nos territórios ocupados da região de Lugansk, onde prisioneiros de guerra e reféns civis eram submetidos a torturas desumanas", disse a secreta militar ucraniana, segundo a agência espanhola EFE.

Foi ministro do Interior de Lugansk depois de as milícias separatistas terem assumido o controlo do território.

As milícias torturaram civis ucranianos e prisioneiros de guerra capturados durante a ofensiva do exército ucraniano contra os rebeldes, agora incorporados no esforço de guerra russo, segundo Kiev.

Mikhail Filiponenko sobreviveu a um atentado idêntico em 21 de fevereiro de 2022, uma semana depois da invasão russa da Ucrânia.

Já depois de ter invadido a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, Moscovo declarou como anexadas ao território da Federação Russa as regiões ucranianas de Lugansk, Donetsk, Kherson e Zaporijia.

A Ucrânia e a generalidade de comunidade internacional não reconhecem as anexações das cinco regiões pela Rússia.

Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia são regularmente atingidas por atentados, por vezes mortais, contra funcionários da administração de ocupação russa.

Desde a ofensiva de fevereiro de 2022, as autoridades russas atribuíram à Ucrânia a responsabilidade por vários assassínios ou tentativas de assassínio.

Antes dessa data, os territórios sob controlo pró-russo nas regiões de Donetsk e Lugansk também tinham sido afetados por ajustes de contas fatais entre separatistas, segundo a agência francesa AFP.

Na semana passada, os serviços de segurança russos (FSB) acusaram Kiev de estar por detrás da tentativa de assassinato na Crimeia, no final de outubro, de um antigo deputado ucraniano que tinha desertado para a Rússia, Oleg Tsariov.



Leia Também: Deputado pró-Kremlin morre após carro explodir em Lugansk

GUINÉ-BISSAUL PR guineense confirma Marcelo e Costa nos 50 anos da independência

© Lusa

POR LUSA   08/11/23 

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, disse hoje ter recebido garantias da presença do homólogo e do primeiro-ministro portugueses na comemoração do 50.º aniversário da independência do país, apesar da crise política em Lisboa.

O chefe de Estado guineense disse ter falado com Marcelo Rebelo de Sousa e com António Costa e que ambos garantiram que estarão em Bissau para as festividades do dia 16 de novembro, que assinalam os 50 anos da independência da Guiné-Bissau.

"Telefonaram-me ontem (terça-feira), isso não tem nada a ver", disse Embaló, quando respondia à questão sobre se a crise política em Portugal, que culminou com o pedido de demissão do primeiro-ministro, António Costa, poderia impedir a deslocação a Bissau dos dois responsáveis.

Umaro Sissoco Embaló falava aos jornalistas à margem da abertura da XII Assembleia-Geral Ordinária das Organizações das Instituições Superiores de Controlo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorreu no Supremo Tribunal de Justiça da Guiné-Bissau.

O Presidente guineense disse, em várias ocasiões, ter convidado "vários chefes de Estado e de Governo" para assistirem às celebrações que vão marcar o 50.º aniversário da Guiné-Bissau, que coincide com a data da criação das Forças Armadas Revolucionárias do Povo (FARP), em 16 de novembro.

A Guiné-Bissau declarou unilateralmente a independência de Portugal em 24 de setembro de 1973.

O primeiro-ministro português, António Costa, apresentou na terça-feira ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o seu pedido de demissão após tomar conhecimento, através do Ministério Público, de que estava a ser investigado pelo Supremo Tribunal de Justiça sobre projetos de lítio e hidrogénio.

O Presidente aceitou o pedido de demissão do primeiro-ministro e convocou para esta quarta-feira os partidos para uma ronda de audiências no Palácio de Belém, em Lisboa.

Marcelo Rebelo de Sousa vai, também, reunir o Conselho de Estado, na quinta-feira.

Numa declaração no Palácio de São Bento, em Lisboa, António Costa recusou a prática "de qualquer ato ilícito ou censurável" e manifestou total disponibilidade para colaborar com a justiça "em tudo o que entenda necessário". 



Leia Também: Marcelo e João Lourenço nos 50 anos da independência da Guiné-Bissau

Armada senegalesa resgata 87 migrantes e dois cadáveres ao largo da costa

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POR LUSA    08/11/23 

A Armada do Senegal resgatou 87 pessoas que tentavam migrar de forma irregular a bordo de uma embarcação precária, na qual também foram encontrados dois corpos sem vida, anunciaram as autoridades militares daquele país africano.

"No dia 6 de novembro de 2023, a Marinha Nacional recebeu um alerta relacionado com uma embarcação que transportava migrantes e que tinha sido abandonado pelo seu capitão", referiu a marinha no final do dia de terça-feira através da rede social X (antigo Twitter).

"As buscas efetuadas pelo navio-patrulha Taouay permitiram localizar a embarcação perto da praia de Gadaye (na capital, Dacar)", acrescentou a marinha.

De acordo com a mesma fonte, seis pessoas foram resgatadas em "mar agitado" antes de o barco chegar à praia, número que elevou para 87 o total de pessoas socorridas. Foram também recuperados dois corpos sem vida.

A armada senegalesa não revelou o destino da embarcação, mas o Senegal, vizinho da Guiné-Bissau, é um país de trânsito e origem dos migrantes que chegam irregularmente às Ilhas Canárias.

A chegada de migrantes às espanholas através da rota atlântica ultrapassou no passado sábado a registada em todo o ano de 2006, quando ocorreu a chamada "crise dos caíques", com 31.678 pessoas a chegarem às Canárias.

Até ao início de novembro, foi registado o desembarque de 31.686 migrantes nas Ilhas Canárias.



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Guiné-Bissau : XIIª Assembleia Geral Ordenária da OISC/ CPLP

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Rússia convoca reunião do Conselho de Segurança após ataque a Donetsk

© Tayfun Coskun/Anadolu Agency via Getty Images

POR LUSA    08/11/23 

A Rússia pediu uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU após o ataque com mísseis realizado na terça-feira pela Ucrânia na cidade de Donetsk, que provocou seis mortos e mais de 20 feridos.

"Esperamos que seja agendada para 08 de novembro às 23h00, horário de Moscovo" (20h00 em Lisboa), escreveu o vice-representante permanente da Rússia na ONU, Dmitri Polianski, na rede social Telegram.

Segundo o governador da região de Donetsk, Denis Pushilin [imposto pela Rússia], as forças armadas ucranianas realizaram na terça-feira um "triplo bombardeamento" com o sistema de lançamento múltiplo de foguetes norte-americano HIMARS contra o centro de Donetsk, cidade ucraniana ocupada pelas tropas russas desde 2014.

Segundo informações preliminares, pelo menos seis pessoas morreram no ataque.

Conforme relatado hoje pelo autarca da cidade, Alexei Kulemzin [imposto pela Rússia], seis homens e 19 mulheres também ficaram feridos, segundo a agência de notícias Interfax.

Pushilin indicou que quatro infraestruturas civis também foram danificadas no ataque.

Segundo o político, houve impacto direto na construção do Departamento de Trabalho e Proteção Social da População.



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ISRAEL: Telavive anuncia morte de um dos responsáveis pelas armas do Hamas

© Lusa

POR LUSA   08/11/23 

O exército israelita anunciou hoje que eliminou um dos principais responsáveis pelas armas do movimento islamita Hamas em Gaza e comunicou a morte de um soldado no decorrer da ofensiva.

"Mohsen Abu Zina era um dos principais responsáveis pelas armas do Hamas e era um especialista no desenvolvimento de armas estratégicas e foguetes utilizados pelos terroristas do Hamas", afirmou o exército, em comunicado.

O exército matou Abu Zina com um míssil lançado por um caça, depois de ter recolhido informações militares sobre a sua localização, acrescentou.

Israel indicou ainda que, durante a noite, lançou um ataque contra um grupo de milicianos que "planeava lançar foguetes antitanque contra as forças do exército", matando "vários terroristas".

Por outro lado, as Forças de Defesa de Israel deram conta também da morte do sargento Yaacov Ozeri, membro do Corpo de Artilharia, durante os combates no norte da Faixa de Gaza, elevando para 31 o total de militares israelitas mortos na guerra contra o Hamas.

O exército israelita referiu que dois soldados ficaram gravemente feridos durante os combates noturnos, sem dar pormenores.

Em 07 de outubro, o Hamas lançou um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo mais de 1.400 mortos e mais de duas centenas de reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e é classificado como terrorista pela UE e pelos Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo em Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

A ofensiva israelita no enclave já causou mais de 10.300 mortos, quase 26.000 feridos e 2.450 desaparecidos, na maioria civis.



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G7 promete "firme apoio" a Kyiv mesmo com o conflito no Médio Oriente

© Lusa

POR LUSA  08/11/23 

Os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 prometeram hoje que o grupo vai permanecer unido no "firme apoio" à Ucrânia face à invasão russa, "mesmo na atual situação internacional", numa referência ao conflito Israel-Hamas.

Os membros do grupo, reunidos em Tóquio, comprometeram-se igualmente a continuar a impor "sanções severas" a Moscovo, a acelerar os esforços de reconstrução da Ucrânia a "médio e longo prazo" e a continuar a "trabalhar para um processo de paz".

A reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do Grupo dos sete países mais industrializados do mundo (Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido, Estados Unidos e Reino Unido), a que se juntou o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, começou na terça-feira e termina hoje, com uma conferência de imprensa da presidência, atualmente exercida pelo Japão.

"À medida que as tensões aumentam no Médio Oriente, é importante que o G7 se mantenha unido para enviar uma mensagem clara à comunidade internacional de que o nosso forte compromisso de apoiar a Ucrânia nunca irá vacilar", disse a ministra dos Negócios Estrangeiros japonesa.

Yoko Kamikawa fez a declaração no início do segundo dia de reuniões, numa sessão que durou cerca de 80 minutos.

Os chefes da diplomacia do G7 comprometeram-se também a acelerar os esforços de recuperação e reconstrução da Ucrânia e a trabalhar para uma "fórmula de paz" com os parceiros internacionais.

Durante as sessões desta tarde, o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmitry Kuleba, deverá também participar por videoconferência, indicou a presidência japonesa.


terça-feira, 7 de novembro de 2023

NIGÉRIA: Dois mortos em explosão na embaixada do Canadá na Nigéria

© iStock

POR LUSA   07/11/23 

Duas pessoas morreram, incluindo um funcionário local, e outras duas ficaram feridas numa explosão que aconteceu hoje na sala do gerador elétrico da embaixada do Canadá na Nigéria, comunicou a embaixada.

"Podemos confirmar que o restante pessoal da embaixada está a salvo e ileso", declarou a embaixada através de um comunicado.

A embaixada confirmou que foi iniciada uma investigação, em cooperação com as autoridades locais, sobre as causas do incidente, embora nesta fase "tudo aponte para um acidente e não para um ato deliberado".


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Exército israelita diz que está a combater dentro da cidade de Gaza

© Saeed Qaq/Anadolu via Getty Images

POR LUSA    07/11/23 

O exército israelita, que está no seu primeiro mês de guerra contra o grupo islamita Hamas, anunciou hoje que as suas tropas estão a combater dentro da cidade palestiniana de Gaza pela primeira vez em anos.

"Pela primeira vez em décadas, as Forças de Defesa de Israel estão a combater no coração da cidade de Gaza", declarou hoje Yaron Finkelman, comandante do Comando Sul do exército israelita.

As tropas israelitas iniciaram operações militares dentro da Faixa de Gaza há cerca de dez dias, após semanas de contínuos ataques de artilharia a partir de solo israelita e bombardeamentos aéreos, e anunciaram no passado fim-de-semana um cerco das suas tropas à cidade de Gaza, a principal urbe do enclave palestiniano.

"Neste preciso momento, os nossos soldados estão a eliminar terroristas, a descobrir túneis, a destruir armas, enquanto continuam a avançar para o coração do inimigo", declarou o major Finkelman num comunicado militar.

Os soldados tomaram o controlo de um reduto militar do Hamas no 'coração' da cidade de Gaza e atacaram milicianos escondidos perto de um hospital, informaram hoje as Forças de Defesa de Israel, referindo que o exército continua a aprofundar e a alargar a ofensiva terrestre na Faixa de Gaza.

Segundo as informações do exército, as tropas parecem estar a concentrar os esforços na captura de centros de comando e controlo e na expulsão de membros do Hamas dos seus redutos nos arredores da populosa cidade, alguns dos quais, segundo oficiais israelitas, se situam perto ou sob os hospitais do enclave, sobrelotados de civis.

Os residentes do norte de Gaza relataram combates intensos durante a noite, que continuaram na manhã de hoje em áreas fora da cidade. O campo de refugiados de Shati, bairro construído na costa norte da cidade de Gaza, tem sido alvo de fortes bombardeamentos aéreos e marítimos nos últimos dois dias, segundo os residentes.

Israel declarou guerra ao Hamas há exatamente um mês, na sequência de um ataque do grupo islamita que causou mais de 1.400 mortos e mais de 240 reféns, enquanto a ofensiva israelita na Faixa de Gaza causou mais de 10.300 mortos, cerca de 26.000 feridos e 2.450 desaparecidos, a maioria civis. 

Na Guerra dos Seis Dias de 1967, Israel ocupou a Faixa de Gaza, território do qual se retirou em 2005, mas que mantém sob bloqueio aéreo, terrestre e marítimo.



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