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POR LUSA 09/11/23
Os Estados Unidos divulgaram esta quarta-feira o ataque contra uma "instalação de armazenamento de armas" na Síria ligada ao Irão, enquanto uma organização não-governamental indicou a existência de nove mortos numa ofensiva das forças norte-americanas no leste do país.
"As forças militares dos EUA conduziram um ataque de autodefesa num local no leste da Síria, usado pelo Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica e grupos afiliados", realçou o líder do Pentágono, citado num comunicado.
O ataque aéreo foi executado por dois caças F-15 dos EUA em retaliação ao que tem sido um número crescente de ataques a bases que alojam tropas norte-americanas na região nas últimas semanas, frisou o Pentágono.
O alvo foi uma instalação de armazenamento de armas ligada à Guarda Revolucionária do Irão.
Já o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) adiantou, em comunicado, que nove pessoas ligadas a grupos apoiados pelo Irão foram mortas num ataque dos EUA em Deir Ezzor, no leste da Síria.
"Nove pessoas que trabalhavam para grupos apoiados pelo Irão foram mortas em ataques americanos em locais utilizados por grupos pró-iranianos", frisou à agência France-Presse (AFP) Rami Abdel Rahman, chefe desta ONG sediada no Reino Unido e que conta com uma vasta rede de fontes na Síria.
Segundo Lloyd Austin, o ataque dos EUA é "uma resposta a uma série de ataques contra pessoal americano no Iraque e na Síria", ataques atribuídos às forças iranianas presentes, tal como o Exército norte-americano, nestes dois países.
Os Estados Unidos "estão totalmente preparados para tomar outras medidas necessárias" para proteger os seus militares e as suas instalações, garantiu Lloyd Austin.
O aumento dos ataques contra as tropas americanas ocorre no contexto da guerra em Gaza, que começou após o ataque surpresa do movimento islamita palestiniano Hamas em 07 de outubro em Israel, que deixou mais de 1.400 mortos segundo as autoridades israelitas.
Israel respondeu bombardeando Gaza, território controlado pelo movimento considerado terrorista pela União Europeia e Estados Unidos da América e que controla o enclave desde 2007, durante um mês, matando mais de 10.500 pessoas, segundo o Ministério da Saúde ligado ao Hamas.
Os Estados Unidos forneceram rapidamente apoio militar a Israel, mas temem que o conflito se espalhe para a região, onde a resposta israelita a Gaza tem sido criticada.
Cerca de 2.500 soldados norte-americanos estão no Iraque e 900 na Síria como parte da luta contra o grupo jihadista Estado Islâmico.
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