A preocupação dos moradores foram transmitidas hoje, (02.05) durante uma reportagem da RTB Bantaba.
A preocupação dos moradores foram transmitidas hoje, (02.05) durante uma reportagem da RTB Bantaba.
Por Rádio Jovem Bissau
As Autoridades da Fiscalização e Controlo das Atividades de Pescas (FISCAP) apreenderam quatro pirogas da Guiné-Conacri no passado dia 29 de abril. As pirogas em causa estavam a pescar ilegalmente nas águas do país.
As pirogas estão ancoradas ao largo do porto de cidade de Cacheu, norte do país.
As informações foram transmitidas à Rádio Jovem Bissau, por uma fonte junto da delegação das pescas naquele localidade histórica da Guiné-Bissau.
Segundo a explicação da mesma fonte, as quatro embarcações foram apreendidas na zona de ilha de Caravela, última ilha do arquipélago dos Bijagós.
A fonte refere ainda que os responsáveis das pirogas estão a aguardar as multas que serão aplicadas pelas autoridades nacionais.
Cacheu é igualmente apontada como uma das zonas mais afectadas pela pesca ilegal.
Dados do Ministério das Pescas, citados pela Rede de Jornalistas sobre Mercado e Economia Ilícita, indicam que o sector pesqueiro emprega directamente 6 mil e 134 pessoas e indiretamente 26 mil guineenses.
Mas, “os países vizinhos, sobretudo o Senegal e a Guiné Conacri, assim como os da União Europeia, beneficiam mais dos recursos pesqueiros da Guiné-Bissau por via da pesca ilegal ou mediante acordos bilaterais”.
Recorde-se que a Guiné-Bissau tem uma grande extensão de costa marítima.
Por Rádio Jovem Bissau
O corpo de serviço de Bombeiros Humanitária de Bissau, encontrou o corpo de jovem esta manhã que desapareceu ontem nas águas durante comemorações do primeiro de maio (dia dos trabalhadores).
O corpo do malogrado já foi entregue aos familiares para cerimónias fúnebres.
Segundo informações disponíveis, o falecido é estudante de último ano na Escola Superior da Educação Física, com 24 anos de idade.
© GAVRIIL GRIGOROV/SPUTNIK/AFP via Getty Images
Notícias ao Minuto 02/05/23
O presidente russo, Vladimir Putin, poderá ser detido caso marque presença na cimeira de líderes dos BRICS, que decorrerá em agosto, na África do Sul.
Em causa está o mandado de detenção emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), em março, segundo avançou o jornal sul-africano Sunday Times, esta terça-feira.
O presidente Cyril Ramaphosa terá, por isso, estabelecido uma comissão especial para analisar o caso, tendo o organismo concluído que o país não terá outra opção a não ser deter o chefe de Estado russo, caso este viaje para a África do Sul.
Contudo, a presença de Putin na cimeira de líderes do grupo de economias emergentes, composto pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, não foi, até ao momento, confirmada pelo Kremlin.
Ainda assim, o governo sul-africano está, agora, a equacionar a possibilidade de o presidente russo participar através de conferência, de forma a ultrapassar a questão.
De notar que Pretória confirmou, no final de março, ter convidado Putin para a cimeira, apesar do mandado de detenção que pende sobre si.
"O presidente Putin é um dos líderes dos BRICS e é convidado para a cimeira, embora eu pense que o mandado [de detenção] do TPI é motivo de preocupação", disse a chefe da diplomacia sul-africana, Naledi Pandor, na altura.
Recorde-se ainda que o TPI acusa Putin de responsabilidade pessoal em sequestros de crianças na Ucrânia, durante a escalada da invasão russa naquele país.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 8.534 civis desde o início da guerra e 14.370 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.
© Getty Images
POR LUSA 02/05/23
Um analista do grupo de reflexão International Crisis Group considerou hoje que o novo conceito de política externa da Rússia, divulgado em 31 de março, mostra que o confronto com o Ocidente poderá ir além da Ucrânia.
Numa análise publicada hoje pelo 'think tank' com sede em Bruxelas, Oleg Ignatov considerou que o documento divulgado pelo chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, "diz em voz alta todas as partes silenciosas" do que tem sido o discurso de Moscovo.
Ignatov argumentou que "a inimizade crescente contra Washington e a esperança de que os países não alinhados com o Ocidente se juntassem à Rússia na luta contra os Estados Unidos - está agora escrito a preto e branco".
"Realista ou não, o novo conceito da Rússia pretende transmitir que Moscovo espera continuar o confronto com o Ocidente a longo prazo, e não apenas na Ucrânia", concluiu o analista sénior sobre assuntos russos.
No novo conceito de política externa, divulgado na véspera de a Rússia assumir a presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU, Moscovo declarou os Estados Unidos e o Ocidente como a fonte de ameaças à existência do país.
Lavrov declarou, na altura, os Estados Unidos como "o principal instigador e líder da linha antirrussa".
Ignatov considerou que a Rússia está empenhada em atrair outros países para a disputa com o Ocidente, embora sem definir os pormenores dessa estratégia do Presidente Vladimir Putin.
"A falta de definição pode ser um mau presságio para os seus planos", segundo Ignatov.
O analista qualificou o novo conceito como preocupante, "sobretudo devido aos danos que o Estado russo pode causar ao tentar pôr em prática as palavras do Kremlin", a Presidência russa.
Defendeu, por isso, que tanto os adversários designados por Moscovo no Ocidente como aqueles que espera envolver devem estar preparados para mais desinformação e mais atividades secretas.
Devem esperar "mais esforços para aproveitar todas as oportunidades que se apresentem para fazer avançar" a agenda de Moscovo, prosseguiu o analista.
Segundo Ignatov, o novo conceito define como objetivo "privar o Ocidente da capacidade de prosseguir" o desígnio de pôr em causa a existência da Rússia.
"Esta posição representa uma rutura com o passado", defendeu, referindo que os anteriores documentos políticos russos "falavam da construção de um espaço de segurança comum com os países europeus".
"Para os ocidentais que há muito argumentam que a Rússia está determinada a minar a ordem global liderada pelo Ocidente, a nova linguagem deste conceito oferece provas novas e convincentes das intenções de Moscovo", afirmou.
Ignatov considerou também que o novo conceito apresenta falhas que "podem refletir a natureza ainda incipiente da abordagem evolutiva da Rússia às relações internacionais".
"Talvez sem surpresa, dado o desejo de Putin de projetar força e confiança, o documento ignora os verdadeiros desafios militares e económicos da Rússia, incluindo os danos financeiros, políticos e militares causados pela sua decisão de invadir a Ucrânia", notou.
O documento também nada diz "sobre a correspondente perda de influência de Moscovo a nível global e local", segundo o analista do International Crisis Group.
No novo documento, Moscovo privilegia a Eurásia, mas não reconhece que os países mais próximos das fronteiras russas "parecem ver o Kremlin cada vez mais como perigoso e pouco fiável", escreveu.
O analista considerou ainda que o documento "representa um afastamento radical" do anterior conceito de política externa, de 2016.
"Confirma o que muitos analistas há muito consideram ser a ambição subjacente à visão do mundo de Moscovo, estabelecendo objetivos abrangentes para o seu papel como potência euro-asiática", argumentou.
Agência Lusa, 02/05/23
Os principais líderes da seita exortaram os seus seguidores a jejuar até à morte, com a promessa de que se encontrariam com Jesus Cristo numa nova vida
O líder de uma seita suspeito de causar a morte de pelo menos 110 pessoas no Quénia foi novamente detido esta terça-feira pelas autoridades e acusado de terrorismo, imediatamente depois de um tribunal ter encerrado um primeiro processo contra ele.
Paul McKenzie, líder da Igreja Internacional da Boa Nova, que estava detido desde 14 de abril, compareceu perante um tribunal queniano no início do dia para ouvir a acusação pedir que o processo contra ele fosse encerrado.
O tribunal aceitou a petição e ordenou a sua libertação, embora tenha sido imediatamente detido juntamente com outros seis suspeitos com vista ao novo julgamento, uma decisão aplaudida pelas famílias das vítimas e pelas organizações da sociedade civil, segundo o jornal queniano The Standard.
As primeiras autópsias aos corpos encontrados em valas comuns num terreno utilizado pela seita numa zona arborizada em Shakahola, no condado de Kilifi, sul do Quénia, confirmaram que as vítimas morreram de fome, embora algumas estivessem asfixiadas.
A descoberta dos primeiros corpos resultou das escavações feitas pelas autoridades, em 21 de abril, no terreno utilizado pela seita.
Até ao momento, as autoridades quenianas recuperaram do local os corpos sem vida de 110 pessoas, embora os trabalhos continuem na zona e se espere que aquele número aumente.
Os principais líderes da seita exortaram os seus seguidores a jejuar até à morte, com a promessa de que se encontrariam com Jesus Cristo numa nova vida.
O presidente do Quénia, William Ruto, classificou McKenzie como um "criminoso terrível", e a Cruz Vermelha do Quénia começou a trabalhar para tentar localizar cerca de 210 pessoas - incluindo 110 crianças - que foram dadas como desaparecidas em ligação com as atividades da seita.
As primeiras autópsias realizadas segunda-feira a 10 das 110 vítimas encontradas na floresta revelaram mortes causadas pela fome, mas também por asfixia, anunciou o chefe das operações forenses.
No primeiro dia, os médicos autopsiaram nove corpos de crianças com idades entre 1 e 10 anos e um de uma mulher, declarou aos jornalistas o chefe dos serviços forenses nacionais, Johansen Oduor.
"A maior parte deles tinha características de fome. Vimos características de pessoas que não comiam, não havia comida no estômago, a camada de gordura era muito fina", detalhou.
Após a audiência desta terça-feira, Paul Mackenzie foi transferido para Mombaça, a segunda maior cidade do país, a cerca de 100 quilómetros de distância, onde existe "um tribunal com poderes para tratar de casos ao abrigo da Lei de Prevenção do Terrorismo", disse a procuradora Vivian Kambaga.
O tribunal deverá deferir o pedido do Ministério Público para manter o líder da seita em prisão preventiva durante 30 dias, enquanto são efetuadas investigações sobre o seu possível envolvimento no que ficou conhecido como o "massacre da floresta de Shakahola".
O caso de Mackenzie surgiu na mesma altura em que um outro caso de extremismo religioso saltou para as páginas dos jornais quenianos, o referente ao líder religioso queniano Ezekiel Odero, que admitiu no sábado que 15 pessoas morreram durante as suas "intervenções espirituais" no centro religioso de Malindi.
Odero admitiu a morte dos seus seguidores do Centro de Oração e Igreja para uma Nova Vida, se bem que os seus advogados estejam a vincar a ideia que os falecidos já estavam "em estado crítico" quando chegaram ao centro.
"Quando as pessoas morrem, a polícia é informada; não houve nenhum caso de mortes em que as forças de segurança não tenham sido informadas", disseram os advogados do evangelista, em declarações ao jornal The Nation, citadas pela Efe.
A polícia, no entanto, não parece convencida com estes argumentos e está a ligar diretamente Odero e Mackenzie devido às suas ligações empresariais, incluindo a participação no capital social de uma cadeia de televisão que ambos usavam para transmitir "mensagens radicais aos seus seguidores".
A investigação sobre Odero deverá levar a acusações de homicídio, sequestro, radicalização, genocídio, crimes contra a humanidade, crueldade infantil, fraude e lavagem de dinheiro.
A tão esperada contraofensiva da Ucrânia parece iminente - e a forma como cada lado se está a preparar diz muito sobre a sua prontidão.
As linhas da frente de Kiev estão a fervilhar de movimento de veículos e ataques de artilharia, com explosões regulares a atingir alvos russos vitais nas áreas ocupadas.
O seu ministro da Defesa afirmou que os preparativos estão "a chegar ao fim" e o presidente Volodymyr Zelensky garantiu que uma contraofensiva "vai acontecer", embora tenha hesitado em indicar uma data exata para o seu início.
Pode já ter começado; pode estar a semanas de distância. Não sabemos - e esse facto é uma forte medida do sucesso da Ucrânia neste início.
Moscovo, por outro lado, está na fase final da sua guerra. Depois de ter perdido Kharkiv e Kherson, teve pelo menos sete meses para preparar o próximo alvo provável do ataque ucraniano: Zaporizhzhia.
Isso aconteceu, com vastas redes de trincheiras que podem ser vistas do espaço. Este reconhecimento da sua enormidade não é necessariamente um elogio em 2023. São grandes, sim, mas também são algo que qualquer pessoa pode ver no Google. O que não é muito bom numa era de mísseis precisos e blindados rápidos.
Mas foram as últimas 72 horas que talvez mais tenham revelado a falta de prontidão da Rússia.
Primeiro, o aparente despedimento do vice-ministro da Defesa responsável pela logística, Mikhail Mizintsev. O Ministério da Defesa russo não explicou a sua demissão, limitando-se a emitir um decreto segundo o qual Aleksey Kuzmenkov ocupa agora o seu lugar.
Tropas ucranianas na linha da frente em Donetsk, a 24 de abril de 2023. Muhammed Enes Yildirim/Anadolu Agency/Getty Images
O "carniceiro de Mariupol", como Mizintsev é conhecido, teve certamente falhas suficientes durante a desastrosa guerra da Rússia para merecer o seu despedimento. Mas isso não responde à pergunta: porquê agora?
Ao demitir ministros importantes no momento em que o seu exército enfrenta o contra-ataque da Ucrânia, Moscovo envia uma mensagem de desordem.
E depois há a nova ronda de críticas de Yevgeny Prigozhin. O senhor da guerra, mercenário da Wagner, escolheu domingo para dar mais uma longa entrevista, na qual pôs a nu a dimensão dos problemas que os seus homens enfrentam.
De acordo com o líder da Wagner, os seus combatentes têm tão poucas munições que poderão ter de se retirar de Bakhmut - a cidade estrategicamente sem importância em que desperdiçaram milhares de vidas a tentar conquistar.
(Uma advertência: Prigozhin não é a fonte mais fiável e fornece poucas provas do que diz. Mas este tipo de discussão pública não é algo que Moscovo encoraje neste momento delicado).
A falta de provisões de munições da Rússia era conhecida há muito tempo, mas sugerir um fracasso iminente mesmo antes da contraofensiva parece ser uma grande tentativa de desviar as culpas.
O resultado final é que as horas que antecedem os movimentos da Ucrânia estão a diminuir. O que sabemos sobre o seu estado emocional, ou objetivo, é quase nulo. E a dimensão da indecisão interna, das rivalidades e da desunião de Moscovo só aumenta.
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POR LUSA 02/05/23
A União Europeia (UE) sublinhou hoje que "a liberdade de imprensa está em causa na maior parte do mundo", quer devido a ameaças e ataques físicos, quer por causa da desinformação.
Num comunicado hoje divulgado a propósito do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, salientou que "embora a preservação de meios de comunicação social livres, independentes e pluralistas seja vital para democracias resistentes e saudáveis, a liberdade de imprensa está hoje em causa na maior parte do mundo".
O Alto representante para a Política Externa da UE referiu que os jornalistas "enfrentam cada vez mais o descrédito, as ameaças e os ataques, nomeadamente através da desinformação".
Borrell disse ainda que as mulheres jornalistas, tendo, refere o comunicado, uma maioria de 73% destas sido já vítimas de ameaças, abusos e assédio, havendo um número recorde de profissionais detidas.
A UE, referiu também, continuará a "colaborar com os governos, os meios de comunicação social e a sociedade civil, tanto nas instâncias internacionais como a nível local, para tomar iniciativas e reforçar a liberdade de imprensa em todo o mundo".
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Notícias ao Minuto 02/05/23
"As gerações futuras pagarão e não terão escolha. [...] E não será possível esconderem-se disso em nenhum país do mundo", disse Andriy Yermak.
O chefe do gabinete presidencial ucraniano, Andriy Yermak, apontou, esta terça-feira, que as gerações futuras da Rússia "pagarão" por todas as ações do seu país na Ucrânia, particularmente no que diz respeito aos danos ambientais causados pelo conflito.
"Quando falamos sobre os danos ambientais que a Rússia está constantemente a provocar como resultado dos ataques à Ucrânia, devemos deixar claro para os russos: terão de pagar por tudo. Pelos territórios de mineração, pelos danos materiais, bem como por matar pessoas e sequestrar crianças", começou por escrever, na rede social Telegram.
E salientou: "As gerações futuras pagarão e não terão escolha. Além disso, essas gerações terão um problema sério, pois ficarão para a história como descendentes de terroristas russos que cometeram o genocídio do povo ucraniano. E não será possível esconderem-se disso em nenhum país do mundo", rematou.
De notar que, a 27 de abril, o Conselho da Europa determinou que as transferências forçadas de crianças ucranianas para a Rússia equivalem a genocídio.
Na altura, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, saudou a resolução adotada, que, a seu ver, "ajudará significativamente os esforços globais para levar a Rússia e seus funcionários, incluindo o chefe de Estado terrorista [Vladimir Putin], à justiça por genocídio e políticas genocidas contra a Ucrânia".
E prosseguiu: "A Europa e o mundo já assistiram a várias deportações e tentativas de extermínio de povos. É através do exemplo russo - a responsabilização deste estado e dos seus funcionários culpados de genocídio - que devemos mostrar a todas as outras fontes potenciais do mesmo mal que nunca haverá impunidade. Haverá sentenças por genocídio, assim como para todos os outros crimes cometidos pela Rússia contra a Ucrânia."
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 8.534 civis desde o início da guerra e 14.370 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.
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Notícias ao Minuto 02/05/23
A medida, aprovada de forma unânime a 25 de abril pelo conselho escolar de Flint, surgiu depois de a Southwestern Classical Academy ter sido encerrada por um dia, devido a ameaças.
O distrito escolar de Flint, no estado norte-americano do Michigan, aplicou, na segunda-feira, uma proibição de todo o tipo de mochilas – até transparentes – face às preocupações crescentes com o uso e a dissimulação de armas e as ameaças em contexto escolar.
A medida, aprovada de forma unânime a 25 de abril pelo conselho escolar de Flint, surgiu depois de a Southwestern Classical Academy ter sido encerrada por um dia, devido a ameaças.
“Em todo o país, temos visto um aumento de comportamentos ameaçadores e de contrabando, incluindo de armas, nas escolas”, informou o distrito escolar, citado pela NBC.
O organismo esclareceu ainda que “as mochilas fazem com que seja mais fácil para os alunos esconder armas, que podem ser desmontadas e mais difíceis de identificar, ou escondidas em bolsos, livros ou debaixo de outros objetos”.
A proibição, que abrange até mochilas transparentes, ficará em vigor até ao final do ano escolar.
“Pensámos muito sobre esta decisão, sabendo que impactará a preparação dos alunos e das famílias para os dias na escola”, disse o superintendente Kevelin Jones, citado pelo mesmo meio.
Ainda que os pais se mostrem recetivos à medida, a preocupação persiste, já que os jovens “podem esconder qualquer coisa em qualquer lugar”.
© Reuters
POR LUSA 02/05/23
O navio da organização não-governamental (ONG) Médicos Sem Fronteiras (MSF), o Geo Barents, resgatou hoje cerca de 300 pessoas de uma embarcação em perigo, poucas horas depois de iniciar uma nova missão no Mediterrâneo Central.
A operação de salvamento durou mais de quatro horas. "A nossa equipa não tem descanso: logo após ter terminado a formação e entrado na região de busca e salvamento de Malta, o Geo Barents resgatou hoje cerca de 300 pessoas, incluindo muitas mulheres e crianças, de uma embarcação sobrelotada e em perigo", escreveu a ONG nas redes sociais.
O navio dos MSF, que tinha desembarcado 75 migrantes resgatados algumas horas antes em Nápoles (sul de Itália) localizou a embarcação pela Alarm Phone, uma organização que recebe chamadas de migrantes em perigo no mar.
"Após o alerta recebido do Alarm Phone, demorámos cerca de quatro horas a concluir esta operação de salvamento. Estão agora todos em segurança a bordo do barco e a nossa equipa está a cuidar deles", acrescentou a MSF.
Uma nova vaga de desembarques ao largo da costa italiana registou-se na semana passada, com a chegada de quase 3.000 pessoas em 48 horas só em Lampedusa, que abrandou nas últimas horas devido ao agravamento das condições meteorológicas.
Nos primeiros quatro meses de 2023, chegaram a Itália quatro vezes mais pessoas do que no ano anterior: 40.856 pessoas contra 10.188 em 2022, de acordo com os últimos dados oficiais do Ministério do Interior italiano.
Por sicnoticias.pt 02/05/23
No Dia Mundial da Asma, os especialistas alertam que cerca de 35 mil portugueses asmáticos não têm este problema de saúde controlado. Os adolescentes são dos grupos etários que mais riscos correm, por desvalorizarem os sintomas e até deixarem de tomar a medicação.
Uma doença crónica, mas que em nada é sinónimo de uma vida limitada. Esta é, de forma breve, a mensagem que os especialistas pretendem fazer chegar à população asmática, este ano com especial foco nos mais novos.
"A asma afeta qualquer grupo etário, mas sabemos que os adolescentes são um grupo difícil no que diz respeito à adesão à medicação controladora da doença", explica à SIC Notícias Ana Morête, presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), acrescentando que acabam também por "não valorizar alguns sintomas da asma, que podem ser subjetivos, como a falta de ar".
Fatores que colocam estes jovens em risco de crises agudas, que podem ter desfechos trágicos. "Algumas das mortes evitáveis por asma ocorrem precisamente na adolescência", destaca a especialista.
A falta de ar é um sintoma que é muitas vezes desvalorizado FOTO CANVA
O alerta, partilhado esta terça-feira em várias escolas secundárias do País, numa iniciativa da SPAIC e da Sociedade Portuguesa de Pneumologia de forma a assinalar o Dia Mundial da Asma, deixa claro que "com a doença totalmente controlada, evitando-se as agudizações, é possível ter uma vida sem qualquer limitação". Até, sublinha Ana Morête, na prática desportiva.
"Queremos que os adolescentes saibam que não devem ter vergonha de cumprir a medicação controladora, que sintam a tranquilidade de saber que existem médicos que os podem ajudar e que podem fazer tudo, praticar qualquer desporto, e sentirem-se bem", afirma a presidente da SPAIC.
De fora deste "tudo", como em qualquer caso - ainda mais quando falamos de doenças respiratórias -, fica o tabaco. "É importante evitar que comecem a fumar, ainda mais nessa idade", conclui Ana Morête.
O impacto da asma em Portugal: metade dos jovens não tem a doença controlada
Apesar dos últimos dados disponíveis sobre a prevalência da asma em Portugal serem de 2011 e já estar a ser preparado um novo estudo, a expectativa dos especialistas é de que pouco tenha mudado nestes indicadores.
Estima-se que a doença crónica afete 700 mil portugueses. Destes, 175 mil são crianças e adolescentes, sendo que mais de metade (51%) não tem a asma controlada e o que leva a que 39% acabem por recorrer às Urgências durante uma crise.
Cerca de 175 mil doentes com asma em Portugal são crianças e adolescentes FOTO CANVA
"A asma é uma doença que, na adolescência, pode ser um bocadinho silenciosa, o que acaba por promover um diagnóstico tardio em muitos casos. Por estar subdiagnosticada, acaba por ficar sem tratamento e sem controlo", refere Ana Morête.
Como é que a asma é tratada: dois objetivos para uma vida normal
A asma, que é uma doença inflamatória crónica dos brônquios que leva a que o ar saia e entre nos pulmões com mais dificuldade, "tem, no seu tratamento, dois objetivos: o de controlo com a medicação anti-inflamatória diária e o de alívio, com medicação específica para períodos de agudização".
Assim, "a não adesão ao tratamento é a principal causa de morte por asma". Muitos doentes acabam também por "não tomar a medicação controladora, mas tomam a de alívio quando têm uma crise, o que pode não ter os efeitos esperados".
A asma é uma doença inflamatória que dificulta a entrada do ar nos pulmões FOTO CANVA
Sabe-se também que 5% dos asmáticos em Portugal (35 mil pessoas) sofre de asma grave, uma forma muito limitante e menos frequente da doença. Este valor pesa também nos custos para a Saúde, já que "2% da despesa neste setor destina-se a esta doença e, sobretudo, a tratar casos de asma grave".
Se é certo que nalguns casos pode dever-se, de facto, ao incumprimento do tratamento que permite controlar a asma, noutros a origem pode estar "numa versão muito mais agressiva da doença".
"Há doentes em que os sintomas são muito mais avançados, em que há até perda de função pulmonar, mas têm uma menor expressão dentro do grupo", refere a presidente da SPAIC.
© Alexey Furman/Getty Images
POR LUSA 02/05/23
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, advertiu esta noite a Rússia de que cada ataque com mísseis, como o que matou um menino de 14 anos e dois jovens na última onda de bombardeamentos, terá uma resposta da Ucrânia.
No seu habitual discurso noturno, Volodymyr Zelenski disse que na aldeia de Lyzunivka, na região de Chernihiv, uma bomba destruiu "outra escola ucraniana" e ceifou a vida de um rapaz de 14 anos que estava perto do edifício.
Em Pavloharad, na região de Dnipropetrovsk, os mísseis russos custaram a vida a "duas pessoas, jovens", afirmou.
"As minhas condolências às famílias! Mais quarenta pessoas - mulheres, crianças e homens - receberam assistência médica na sequência de ferimentos e traumatismos", afirmou no seu discurso.
Segundo Volodymyr Zelenski, por cada ataque deste género, os invasores russos receberão uma resposta ucraniana.
Os preparativos das partes para a contraofensiva iminente surgem no meio de novos ataques com mísseis russos, um dos quais deixou dezenas de feridos na região de Dnipropetrovsk, ao início da manhã de segunda-feira, que causou danos significativos nas infraestruturas.
Esta é a segunda vaga de bombardeamentos russos em três dias, desta vez afetando também Kherson, no sul da Ucrânia.
Volodymyr Zelenski afirmou que, entre a meia-noite e as sete da manhã de segunda-feira, conseguiram abater 15 mísseis russos.
De acordo com o Ministério da Defesa russo, o ataque visava alvos militares e os seus alvos foram atingidos.
O departamento militar russo assegurou que o ataque prejudicou a capacidade das empresas da indústria militar ucraniana que se dedicam à produção de armas, equipamento militar e munições.
© Lusa
POR LUSA 01/05/23
Mais de uma centena de polícias ficaram hoje feridos nos confrontos com manifestantes em França, nas manifestações do 1.º de Maio, que levaram à detenção de 291 pessoas, indicou o Governo francês.
Dos 108 polícias feridos nas manifestações do Dia Internacional do Trabalhador, e contra o aumento da idade da reforma, um apresentava queimaduras graves, segundo o balanço provisório feito aos jornalistas pelo ministro do Interior, Gérald Darmanin, que afirmou que a "violência deve ser condenada por todo o mundo".
Os principais incidentes ocorreram nas cidades de Nantes, Lyon e Angers, mas também na capital, Paris, onde grupos de manifestantes partiram vitrinas de lojas e bancos, incendiaram contentores de lixo, mobiliário urbano e um prédio em construção perto da Praça da Nação.
Gérald Darmanin disse esperar que os autores dos ataques contra a polícia e bens tenham "sanções firmes", realçando a presença contínua de membros da extrema-esquerda em protestos.
Hoje, para tentar conter incidentes, a polícia mobilizou 12 mil agentes em toda a França, incluindo cinco mil em Paris.
De acordo com o Governo, participaram nas centenas de manifestações 782 mil pessoas, das quais 112 mil em Paris.
A Confederação Geral do Trabalho, que agrega vários sindicatos, respondeu com uma adesão maior: 2,3 milhões de manifestantes, incluindo 550 mil na capital francesa.
© Reprodução/ Twitter
Notícias ao Minuto 01/05/23
A licença do homem ucraniano tinha foto, nome e a data de nascimento corretas do ex-primeiro-ministro do Reino Unido.
A polícia dos Países Baixos deteve um homem ucraniano, que conduzia alcoolizado, e foi surpreendida quando, ao pedir a carta de condução do indivíduo, se deparou com uma situação insólita. O documento tinha a fotografia, o nome e a data de nascimento (correta) de Boris Johnson, o antigo primeiro-ministro do Reino Unido.
A carta de condução era, claramente, falsa. Teria sido alegadamente emitida em 2019 e era válida até ao ano 3000, detalha o jornal The Guardian.
Segundo um porta-voz da polícia, Thijs Damstra, citado pelo jornal britânico, os agentes policiais dirigiram-se a uma ocorrência, ao início da madrugada de domingo, que dava conta que um carro teria batido num poste, perto da ponte Emma, na cidade de Groningen, no norte do país.
O carro estava abandonado, mas a polícia foi informada que o condutor estaria parado na ponte.
“A pessoa não se conseguiu identificar e recusou fazer o teste de alcoolemia”, afirmou Damstra, acrescentando que o suspeito, de 35 anos, acabou por ser detido e o seu carro foi revistado.
“No interior da viatura, a polícia encontrou uma carta de condução falsa pertencente a Boris Johnson. Até onde sei, o verdadeiro Boris não estava nos Países Baixos na altura”, relatou, acrescentando que não sabe onde foi feita a falsificação do documento de identificação.
Contudo, a ex-correspondente russa da emissora pública NOS, Kysia Hekster, afirmou, avança o The Guardian, que cartas de condução falsas podem ser facilmente compradas em lojas turísticas na Ucrânia.
© Lusa
POR LUSA 01/05/23
O ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksi Reznikov, assegurou hoje estar "tudo pronto" para a anunciada contraofensiva ucraniana contra as forças russas e que só depende do Estado-Maior ser colocada em marcha.
"Creio que a partir de hoje podemos entrar na reta final e dizer: Sim, está tudo pronto", assegurou Reznikov em declarações na televisão estatal. "O Estado-Maior, o Comandante em chefe e a sua equipa decidirão como e quando em função da decisão e avaliação da situação no campo de batalha", acrescentou.
Reznikov mostrou-se convencido do triunfo desta operação e reiterou a sua confiança nos altos comandos militares que estão a organizar a contraofensiva. "Fez-se muito para que tenham êxito", afirmou.
"Depois de tudo, se não houvesse confiança nos nossos generais, no nosso Estado-Maior, desde o comité central até aos comandantes dos ramos relevantes das Forças Armadas, isto não fazia sentido", asseverou.
O ministro assinalou que esta crença na vitória não é só nesta operação, mas também o futuro da guerra é algo que é partilhado pelos parceiros internacionais da Ucrânia, pois sabem que a vitória em Kyiv "é do interesse da segurança dos seus países e dos seus povos".
"Para mim é mais do que um sentimento é uma convicção bem formada. (...) Sou um realista informado", afirmou. "O mais importante é que todos entendam que democracia é o tipo de Governo que deve prevalecer. Não é perfeito, mas a ninguém ocorreu nada melhor", enfatizou.
A ofensiva militar russa lançada em 24 de fevereiro de 2022 na Ucrânia foi justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia.
© Lusa
POR LUSA 01/05/23
O Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Filippo Grandi, alertou hoje que "mais de 800.000 pessoas" poderão fugir dos combates mortais no Sudão.
Até ao momento, pelo menos 73.000 pessoas chegaram aos países vizinhos do Sudão desde o início dos combates, em meados de abril, segundo o ACNUR, que tinha referido 50.000 pessoas na sexta-feira passada.
"O ACNUR, juntamente com os governos e os parceiros, está a preparar-se para a possibilidade de mais de 800.000 pessoas fugirem dos combates no Sudão para os países vizinhos", afirmou Filippo Grandi na sua conta da rede social Twitter.
E acrescentou: "Esperamos que não chegue a esse ponto, mas se a violência não acabar, veremos mais pessoas obrigadas a fugir do Sudão em busca de segurança".
Esta é a primeira vez que o ACNUR publica um número tão preciso para quantificar o número de pessoas que poderão fugir para os países vizinhos.
A agência da ONU para os refugiados tinha anteriormente mencionado "centenas de milhares" de pessoas.
Até agora a maioria das pessoas fugiu para o Chade e para o Sudão do Sul.
Em 25 de abril, o ACNUR tinha indicado que 270.000 pessoas poderiam refugiar-se nestes dois países, mas não deu pormenores sobre outros países vizinhos do Sudão, que também partilha fronteiras com o Egito, a Etiópia, a Eritreia, a Líbia e a República Centro-Africana.
Os combates, que já fizeram centenas de mortos, opõem desde 15 de abril as Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês) e o exército sudanês, na sequência de tensões sobre a reforma do exército e a integração dos paramilitares nas forças regulares, no âmbito de um processo político que visa repor o país na via democrática, após o golpe de Estado de 2021.
Tanto o Exército como as Forças de Apoio Rápido estiveram por detrás do golpe de Estado que derrubou o governo de transição do Sudão em outubro de 2021.
Ataques aéreos, tiroteios e explosões voltaram hoje a abalar a capital sudanesa, apesar do anúncio de uma trégua nos combates entre o exército e os paramilitares, que colocaram o Sudão à beira de uma "catástrofe" humanitária e sanitária, segundo a ONU.
© Jules Ravel
Notícias ao Minuto 01/05/23
Pelo menos dois polícias ficaram em chamas, depois de manifestantes terem atirado um cocktail molotov para a multidão, no âmbito da manifestação do Dia Internacional do Trabalhador, em Paris.
Imagens divulgadas nas redes sociais, às quais poderá aceder na galeria acima e na publicação abaixo, mostram dois polícias deitados no chão, em chamas, enquanto os colegas procuram auxiliá-los.
O estado de saúde dos agentes da autoridade é desconhecido.
De notar que milhares de pessoas voltaram hoje a sair à rua nas principais cidades de França, em protesto contra a reforma das pensões do Governo de Emmanuel Macron, promulgada em 15 de abril.
Os sindicatos convocaram mais de 300 protestos e manifestações em todo o país apesar de a reforma - que passa para os 64 anos de idade - ter sido aprovada. No total, estima-se que 1,5 milhões de pessoas possam juntar-se às manifestações.