domingo, 14 de abril de 2024

Israel: Ministros untranacionalistas querem resposta forte contra o Irão

© Nir Keidar/Anadolu via Getty Images
Por Lusa  14/04/24

Vários ministros israelitas apelaram hoje a uma resposta firme ao ataque iraniano de sábado à noite, que dois ministros da coligação governamental, radicais e ultranacionalistas, consideram ser uma oportunidade para "moldar o Médio Oriente", noticiou a EFE.

O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, declarou hoje, num discurso gravado na rede social X, que "os olhos de todo o Médio Oriente e de todo o mundo" estão a olhar para Israel e apelou a que se aproveitasse a ocasião para formular uma resposta que "ressoe em todo o Médio Oriente durante as gerações vindouras".

"Se o ignorarmos, Deus nos livre, colocar-nos-emos a nós próprios e aos nossos filhos numa ameaça existencial imediata", argumentou Smotrich, após o ataque iraniano de sábado com cerca de 300 drones e mísseis.

Simultaneamente, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, também ele anti-árabe e residente num colonato da Cisjordânia ocupada, afirmou que Israel tem de reagir para "criar dissuasão no Médio Oriente".

Ben Gvir afirmou que, desde o ataque do Hamas em 07 de outubro, que causou 1.200 mortos em solo israelita, o país está a exercer novas doutrinas de contenção e proporcionalidade, e alegou que a resposta de Israel não pode ser fraca.

O ministro da Cultura e dos Desportos, Miki Zohar, afirmou também que "uma resposta laxista" apenas serviria para dar continuidade ao "conceito obsoleto de lógica razoável face a terroristas brutais" e referiu que este conceito já "falhou" contra o Hamas antes de 07 de outubro, contra o Hezbollah, que "continua os seus ataques no norte de Israel", e avisou que "falhará contra o Irão, que "não hesitou em atacar diretamente Israel".

Benny Gantz, membro do Gabinete de Guerra israelita, líder do partido da oposição Unidade Nacional e principal adversário político do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, afirmou que o Irão é "um problema global" e um desafio para Israel, e considerou que este é um bom momento para uma maior cooperação regional.

"Este incidente ainda não terminou: a aliança estratégica e o sistema de cooperação regional que construímos, que resistiram ao grande desafio (do Irão), devem ser reforçados agora mais do que nunca", sublinhou Gantz.

"Perante a ameaça do Irão, construiremos uma coligação regional e garantiremos que o Irão pague o preço da forma certa e no momento certo para nós", concluiu.

O Irão lançou no sábado à noite um ataque contra Israel em resposta ao bombardeamento israelita do consulado iraniano em Damasco.

O Exército israelita garantiu que foi capaz de repelir a maior parte dos ataques lançados pelo Irão e observou que nenhum dos 'drones' lançados por este país atingiu o território israelita.

As Forças Armadas israelitas também afirmaram ter intercetado 25 dos cerca de 30 mísseis de cruzeiro e quase todos os mísseis balísticos, "mais de 120", que o Irão lançou contra Israel, em ataques que deixaram uma criança gravemente ferida em Israel e outras oito pessoas com ferimentos ligeiros.

Por seu lado, o Governo do Irão descreveu o ataque a Israel como um "sucesso" e, embora tenha anunciado que não tem intenção de continuar com a ofensiva, avisou que voltará a agir se necessário "para proteger os seus interesses".

Entretanto, os Estados Unidos da América não querem uma escalada nem uma "guerra alargada" no Médio Oriente, referiu o porta-voz do conselho de segurança da Casa Branca, após o ataque do Irão contra Israel.



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Poço de Jacó você já ouviu falar desse lugar? Muito lindo porém muito perigoso também...

Israel diz que vai retaliar contra o Irão “quando for a hora certa”

Avião F-15 da força aérea israelita    
VOA Português  14/04/2024

EUA terão informado Israel que não participarão em qualquer retaliação israelita

JERUSALÈM — Israel reabriu o seu espaço aéreo que havia sido encerrado após o ataque iraniano com misseis e drones contra Israel.

Varias copmpanhias de aviação internacionais mantêm no entanto por enquanto a sua suspensão a vôs de para Israel e países vizinhos.

Israel disse que as suas defesas aéreas tiveram sucesso em defender o país contra os ataques do Irão e este país avisou que haverá mais ataques se Iraeli retaliar.

A principal força militar do Irão, o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, emitiu um comunicado hoje afirmando que o ataque foi uma retaliação pelo que as autoridades iranianas dizem ter sido um ataque israelita que matou vários comandantes militares iranianos em na capital síria Damasco no dia 1 de Abril. Israel não confirmou nem negou a responsabilidade pelo ataque de 1 de Abril.

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari, disse no domingo que o Irão lançou mais de 300 drones e misseis contra Israel, incluindo lançamentos do Iémen e do Iraque, com 99% interceptados pelas defesas aéreas israelita fora do seus espaço aéreo.

Destroços do motor de um missil abatdio por Israel e feriu gravemente uma criança de sete anos de idade da comunidade beduína no sul de Israel

Os mísseis e drones foram interceptados pelas defesas israelitas com a participação de meios dos Estados Unidos, Grâ Bretanha e Jordânia

O Irão instou Israel a não retaliar pelos ataques.

“O assunto pode ser considerado concluído”, disse a missão do Irão nas Nações Unidas numa publicação na plataforma de redes sociais X.

“No entanto, se o regime israelita cometer outro erro, a resposta do Irão será consideravelmente mais severa”, afirmou a missão.

Os líderes dos principais países industrializados do G7 realizarão uma videoconferência hoje para discutir os ataques do Irão a Israel.

A sessão foi convocada pela Itália, que detém a presidência rotativa do grupo, cujos membros também incluem Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Grã-Bretanha e Canadá.

Antes de uma reunião do gabinete de guerra de Israel, o ministro da defesa Benny Gantz alertou que Israel retaliará "quando chegar a hora certa".

"Construiremos uma coligação regional e cobraremos o preço ao Irão da forma e no momento certo para nós", disse Gantz num comunicado.

O porta-voz da Casa Branca, John Kirby, disse no programa Meet the Press da NBC que repelir o ataque em massa de drones foi uma "conquista militar incrível" de Israel e seus parceiros e mostrou como Israel não está isolado no cenário mundial.

"Agora, se e como os israelitas responderão, isso dependerá deles. Nós entendemos isso e respeitamos isso. Mas o presidente tem sido muito claro: não buscamos uma guerra com o Irão", disse Kirby.

O presidente Joe Biden disse ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que os Estados Unidos não participariam de nenhuma contra-ofensiva israelita contra o Irão, de acordo com relatos de domingo da cadeia de televisão CNN e do diário Wall Street Journal.

Falando com Netanyahu na noite de sábado, Biden sugeriu que mais respostas eram desnecessárias, e altos funcionários dos EUA disseram aos seus homólogos que os Estados Unidos não participariam de uma resposta ofensiva contra o Irão.

John Kirby, o principal porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, disse no domingo ao programa "This Week" da ABC que os Estados Unidos continuarão a ajudar Israel a se defender, mas não querem a guerra com o Irãp.

“Não buscamos o aumento das tensões na região. Não buscamos um conflito mais amplo”, disse Kirby.

O Conselho de Segurança da ONU deerá reunir ainda hoje a pedido de Israel.

 

 Leia Também: O presidente do Irão afirmou hoje que o ataque lançado no sábado contra Israel foi "uma lição contra o inimigo sionista", avisando Telavive que qualquer "nova aventura" irá contar com uma resposta "ainda mais dura" de Teerão. 

Veja Também:  Captura de navio com bandeira portuguesa: "O Irão está a ameaçar os interesses estratégicos de Portugal"  

Médio Oriente: Irão avisa que atacará bases dos EUA usadas para "apoiar" Israel

© Fatemeh Bahrami/Anadolu via Getty Images
Por Lusa  14/04/24  

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão avisou hoje os Estados Unidos de que Teerão atacará "inevitavelmente" as bases militares norte americanas no Médio Oriente se estas forem usadas para "defender e apoiar" Israel, avança a Efe.

Segundo aquela agência de notícias espanhola, que cita a congénere iraniana, a agência ISNA, Hosein Amir Abdolahian alertou que "se o espaço aéreo ou o território dos países referidos forem utilizados pelos EUA para defender e apoiar o regime de Telavive, a base americana nesse país será inevitavelmente atacada".

O chefe da diplomacia do Irão deu por concluída a resposta de Teerão ao ataque contra o consulado iraniano em Damasco, a 01 de abril, que o governo do seu país atribuiu a Israel, e que matou seis sírios e sete membros da Guarda Revolucionária Iraniana, incluindo dois generais.

Hosein Amir Abdolahjan referiu também que os países da região foram informados da operação 72 horas antes do seu início: "Informámos os nossos vizinhos e os países da região de que a resposta da República Islâmica do Irão no quadro da legítima defesa é certa", disse Abdolahian.

O objetivo da ofensiva, lançada na noite de sábado, foi, segundo Abdolajhan, "apenas e só para o regime israelita".

"O facto de nos limitarmos à legítima defesa e ao castigo do regime sionista significa que não definimos qualquer alvo civil na nossa resposta e que as nossas forças não visaram um local económico e populacional", afirmou.

O ministro salientou que, desde o início da guerra em Gaza, a 07 de outubro, o Irão sempre se opôs ao aumento da tensão na região, segundo a Efe.

Na noite de sábado, o Irão atacou Israel com cerca de 300 drones e mísseis, a grande maioria dos quais foi intercetada fora do espaço aéreo israelita, como resposta ao bombardeamento do consulado iraniano na Síria, atribuído a Israel, que destruiu o edifício e provocou 13 mortos, incluindo dois generais do grupo paramilitar iraniano.

O ataque sem precedentes do Irão a Israel, que provocou ferimentos graves numa pessoa e ligeiros noutras oito, suscitou fortes condenações em todo o mundo e apelos à contenção.



Leia Também: Quem são os aliados do Irão no Médio Oriente que desafiam Israel? 

Alemanha considera que Irão colocou Médio Oriente "à beira do precipício"

© Getty Images
Por Lusa  14/04/24 
A ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha acusou hoje o Irão de colocar "conscientemente" o Médio Oriente "à beira do precipício", ao disparar centenas de foguetes, drones e mísseis contra Israel.

Annalena Baerbock, que fazia uma intervenção em Frankfurt, disse que o regime iraniano "quase mergulhou uma região inteira no caos", pelo que apelou a "todos os atores da região para agirem com cautela", porque "a espiral de escalada deve ser quebrada".

As palavras de Baerbock foram proferidas numa altura em que o chanceler alemão, Olaf Scholz, está de visita à China, onde também apelou à contenção de todas as partes na sequência dos ataques iranianos.

"Só podemos apelar a todos, e ao Irão em particular, para que não continuem nesta via", afirmou à imprensa.

O Chanceler denunciou "uma grave escalada" das tensões no Médio Oriente e manifestou a sua "solidariedade" com Israel.

O ataque, reivindicado pela Guarda Revolucionária Iraniana, foi realizado com cerca de 300 drones e mísseis, a grande maioria dos quais foi intercetada fora do espaço aéreo israelita, e surgiu como resposta à destruição do consulado iraniano na Síria, atribuída a Israel, que destruiu o edifício e provocou 13 mortos, incluindo dois generais do grupo paramilitar iraniano.

Este ataque sem precedentes, que provocou ferimentos graves numa pessoa e ligeiros noutras oito, suscitou fortes condenações em todo o mundo e apelos à contenção.



Leia Também: O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apelou hoje a uma resposta global "firme e unida" ao "terror" provocado pelo Irão e pela Rússia, condenando o ataque de sábado à noite de Teerão a Israel. 

 

 Leia Também: A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou hoje para o "custo potencial" em matéria de direitos humanos e humanitários que a escalada belicista no Médio Oriente pode representar se o conflito se espalhar pela região.  




Irão: Ataque contra Israel celebrado efusivamente em Teerão. As imagens... Iranianos celebraram efusivamente o ataque contra Israel nas ruas de Teerão.

© Morteza Nikoubazl/NurPhoto via Getty Images
Notícias ao Minuto  14/04/24

Os iranianos saíram às ruas, na madrugada deste domingo, para celebrar o ataque levado a cabo contra Israel, como retaliação ao bombardeamento do consulado iraniano em Damasco, a 1 de abril, no qual morreram sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios.

As imagens divulgadas pelas agências internacionais mostram um ambiente de festa no centro de Teerão. Os iranianos gritaram slogans contra os Estados Unidos e Israel e exibiram imagens do líder supremo do Irão, 'ayatollah' Ali Khamenei, e do falecido general iraniano Qessam Soleimani, comandante da força de elite iraniana al-Quds,  assassinado em 2020, no Iraque, por ordem do então presidente dos Estados Unidos Donald Trump.


De notar que o chefe das forças armadas iranianas disse hoje que o ataque realizado durante a noite contra Israel "alcançou todos os seus objetivos", especificando que nenhum centro urbano ou económico foi alvo de 'drones' (aeronaves não tripuladas) e mísseis.

O general Mohammad Bagheri afirmou que os dois locais mais visados foram "o centro de inteligência que forneceu aos sionistas as informações necessárias" para o ataque que destruiu o consulado iraniano em Damasco a 01 de abril, bem como "a base aérea de Novatim, de onde descolaram os aviões de caça israelitas 'F-35' que bombardearam as instalações diplomáticas do Irão na capital síria.

Por seu lado, o comandante em chefe da Guarda Revolucionária do Irão, general Hossein Salami, advertiu hoje que Teerão contra-atacará de forma "mais severa que os bombardeamentos" de sábado à noite se Israel iniciar uma ofensiva contra interesses ou cidadãos iranianos em qualquer parte do país.

Israel, que vinha alertando há vários dias que a retaliação iraniana era iminente, planeia agora uma "resposta significativa" ao ataque iraniano, disse um funcionário que pediu anonimato à estação de televisão Channel 12.

O Exército israelita afirmou que, dos cerca de 170 'drones' que o Irão lançou antes da meia-noite, nenhum chegou ao território israelita; e também teria intercetado 25 dos cerca de 30 mísseis de cruzeiro e quase todos os "mais de 120" mísseis balísticos.

Por seu lado, o ministro da Defesa do Irão, Mohammad Reza Ashtiani, avisou sábado à noite que qualquer país que permita a utilização do seu espaço aéreo ou território para realizar ataques contra solo iraniano receberá uma resposta forte.

O ataque iraniano ocorreu como retaliação ao bombardeamento atribuído por Teerão a Israel, ao consulado do Irão em Damasco. De notar que entre os mortos estava o líder do ramo da Força Quds para a Síria e o Líbano, o Brigadeiro-General Mohamed Reza Zahedi.

O líder supremo do Irão, 'ayatollah' Ali Khamenei, insistiu repetidamente nas últimas semanas que "o regime sionista deve ser e será punido", ameaças que foram repetidas por praticamente todos os altos funcionários do país após o ataque em Damasco.

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Leia Também: G7 reúne-se por vídeoconferência para debater ataque do Irão a Israel 

Irão/Israel: G7 reúne-se por vídeoconferência para debater ataque do Irão a Israel

© Shutterstock

Por Lusa  14/04/24

Os chefes de Estado e de Governo do G7 vão realizar uma videoconferência hoje ao início da tarde "para debater o ataque iraniano contra Israel", anunciou o Governo italiano, que detém atualmente a presidência deste grupo de países industrializados.

"A presidência italiana do G7 convocou uma videoconferência a nível de líderes para o início da tarde de hoje", afirmou o Governo italiano num breve comunicado.

Esta cimeira de emergência surge depois de o Irão ter lançado mais de 200 drones e mísseis contra Israel durante a noite, em resposta a um ataque contra o consulado iraniano em Damasco.

No entanto, segundo o exército israelita, este ataque direto iraniano sem precedentes foi frustrado.

O Conselho de Segurança deverá realizar hoje também uma reunião de emergência, com o chefe da ONU, António Guterres, a condenar "uma grave escalada".

Leia Também: O chefe das forças armadas iranianas disse hoje que o ataque realizado durante a noite contra Israel "alcançou todos os seus objetivos".  

Israel afirmou hoje que 99% dos mais de 300 'drones' e mísseis disparados pelo Irão, no ataque de sábado à noite, foram intercetados, e que a defesa israelita foi um "êxito estratégico muito significativo". Intercetados 99% dos mais de 300 drones e mísseis iranianos, diz Israel

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Por Lusa   14/04/24
Intercetados 99% dos mais de 300 drones e mísseis iranianos, diz Israel

Israel afirmou hoje que 99% dos mais de 300 'drones' e mísseis disparados pelo Irão, no ataque de sábado à noite, foram intercetados, e que a defesa israelita foi um "êxito estratégico muito significativo".
Intercetados 99% dos mais de 300 drones e mísseis iranianos, diz Israel


Teerão disparou 170 'drones', mais de 30 mísseis de cruzeiro e mais de 120 mísseis balísticos, disse o contra-almirante israelita Daniel Hagari.

Vários mísseis balísticos atingiram território israelita, causando pequenos danos numa base aérea, indicou ainda Hagari, notando que o resultado da defesa foi um "êxito estratégico muito significativo"

Socorristas disseram que uma menina de sete anos ficou gravemente ferida numa localidade beduína no sul de Israel, aparentemente num ataque de míssil, embora tenham referido que a polícia ainda está a investigar as circunstâncias dos ferimentos, informou a agência de notícias Associated Press.

O serviço israelita de emergência médica Magen David Adom já tinha dado conta de um outro ferido grave, um rapaz de 10 anos atingido por estilhaços depois de a defesa antiaérea ter intercetado um 'drone' lançado pelo Irão, perto da cidade israelita de Arad, também no sul de Israel.

O Presidente norte-americano, Joe Biden, declarou no sábado à noite que as forças dos Estados Unidos ajudaram a abater "quase todos" os 'drones' e mísseis disparados pelo Irão contra Israel.

O Irão lançou o ataque de sábado à noite em resposta ao bombardeamento do consulado de Teerão em Damasco, Síria, a 01 de abril, no qual morreram sete membros da Guarda Revolucionária Iraniana e seis cidadãos sírios.

Trata-se do primeiro ataque direto da República Islâmica do Irão contra o território de Israel, inimigo declarado.

Biden disse ter falado entretanto ao telefone com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, para reafirmar "o compromisso inabalável dos Estados Unidos com a segurança de Israel".



Leia Também: A agência oficial iraniana IRNA noticiou que a principal base aérea do Neguev, no sul de Israel, sofreu "sérios danos" depois de ser atingida por mísseis iranianos na noite de hoje.  


Leia Também: Primeiro-ministro de Israel reúne Gabinete de Guerra 

sábado, 13 de abril de 2024

MÃE MATA FILHA NO BAIRRO DE QUELELÉ

Fonte: Radiovozdopovogb.blogspot.com abril 13, 2024 

Uma jovem de 21 anos de idade terá sido espancada até morte pela sua própria mãe, no Bairro de Quelelé, em Bissau.

A vítima, de nome Mariama Djaló, terá sofrido torturas por volta das 22 horas do dia 12 de abril, por alegadamente ter saído de casa para manifestar a festa de Ramadão e voltar tarde.

Segundo relatos de testemunhas, depois de voltar, a mãe fechou logo a porta e começou a bater na filha até morte.

A mesma fonte explicou que não foi a primeira vez que a suspeita bate na filha.

Segundo O jornal Nô Pintcha disse soube que o pai da jovem faleceu há anos, e a mãe, Alimato Culubaly, vive com os filhos em Quelelé.

Neste momento, sabe-se que a mãe já se encontra sob custódia da Polícia Judiciária.

O jornal Nô Pintcha promete continuar a acompanhar este caso e volta com mais pormenores assim que conseguir mais informações.

// Jornal No pintcha

Brasil suspende publicidade na rede social X após críticas de Musk

© Shutterstock
Por Lusa  13/04/24
O Governo brasileiro decidiu não voltar a adquirir campanhas de publicidade no X, após críticas de Elon Musk, dono daquela rede social, que ameaçou não cumprir decisões do Supremo do Brasil.
Brasil suspende publicidade na rede social X após críticas de Musk


O Governo liderado por Lula da Silva não irá gastar mais recursos em promover ações do executivo naquela plataforma, face à contenda com Elon Musk, afirmaram hoje fontes da Secretaria da Comunicação brasileira.

Segundo o Portal da Transparência, o Governo gastou cerca de 650 mil reais (120 mil euros) em comunicação institucional na rede social X, entre 2023, ano em que Lula assumiu o poder, e os primeiros meses de 2024.

A medida, que será aplicada a novos contratos de publicidade, é fundamentada por uma diretriz aprovada em fevereiro que procura evitar ações publicitárias em plataformas, aplicações e outros meios que possam "danificar a imagem das instituições do poder executivo".

A imprensa brasileira noticiou hoje que o representante da rede social no Brasil, o advogado Diego de Lima Gualda, deixou o cargo esta semana.

A polémica começou com uma série de publicações de Elon Musk, que também é dono da Tesla, em que acusou o juiz do Supremo brasileiro Alexandre Moraes, responsável por um processo sobre o uso de redes sociais para a disseminação de notícias falsas, de impor a censura por ter determinado o bloqueio de determinados perfis no X.

Elon Musk ameaçou não obedecer às ordens de bloqueio dessas mesmas contas, afirmando que iria levantar todas as restrições impostas pela justiça brasileira.

Alexandre Moraes instou a rede social a não reativar perfis com ordem de bloqueio ordenada pelo Supremo, sob pena de uma multa diária de 100 mil reais (cerca de 18 mil euros) por cada conta que esteja ativa.

O juiz alertou que "as redes sociais não são terra sem lei e não são terra de ninguém", e que devem respeito absoluto às leis brasileiras.

A 08 de abril, o Supremo brasileiro ordenou a abertura de investigações contra o empresário, por ataques à justiça daquele país sul-americano.

No dia seguinte, o Presidente do Senado brasileiro defendeu ser inevitável a regulação das redes sociais.

Cargueiro com bandeira portuguesa sofre ataque perto do Estreito de Ormuz

© Costfoto/NurPhoto via Getty Images
Notícias ao Minuto  13/04/24

Segundo a AP, que cita fontes militares britânicas sob anonimato, o navio envolvido é provavelmente o MSC Aries.

Um cargueiro com bandeira portuguesa foi alvo de um ataque atribuído ao Irão perto do Estreito de Ormuz, mostrou um vídeo publicado pela Associated Press (AP) este sábado.

Segundo a agência britânica, que cita fontes militares britânicas sob anonimato, o navio envolvido é provavelmente o MSC Aries, de bandeira portuguesa, um navio porta-contentores associado à Zodiac Maritime, com sede em Londres, Inglaterra.

A Zodiac recusou-se a comentar e remeteu as questões para ao MSC, que também ainda não respondeu.

O MSC Aries foi localizado pela última vez perto de Dubai em direção ao Estreito de Ormuz, na sexta-feira. O navio desligou os seus dados de rastreio, o que é comum em navios afiliados a Israel que circulam pela região.

Embora a AP não tenha conseguido verificar a veracidade do vídeo, a agência destaca que o cargueiro correspondia a detalhes conhecidos do embarque e o helicóptero envolvido parecia ser um dos utilizados pela Guarda Revolucionária paramilitar do Irão, que já realizou outros ataques a navios no passado.

Recorde-se que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse, na sexta-feira, que está à espera de que um eventual ataque do Irão a Israel possa acontecer brevemente.

"Não quero dar informações que não sejam seguras, mas a minha expetativa é que seja mais cedo do que tarde", referiu o líder norte-americano aos jornalistas, citado pela agência France-Presse, quando confrontado sobre um possível ataque.

Tudo começou há alguns dias quando um ataque em Damasco, na Síria, matou várias pessoas, entre as quais um general iraniano. Teerão prometeu uma resposta, acusando Telavive de ter levado a cabo o ataque.

Por consequência, na terça-feira, o chefe da Marinha da Guarda Revolucionária Iraniana, Ali Reza Tangsiri, advertiu que o Irão pode bloquear o Estreito de Ormuz, por onde passa 20% do tráfego marítimo de petróleo bruto, se o "inimigo" pressionar o país persa.

"Podemos fechar o Estreito de Ormuz, mas não o fazemos. No entanto, reveremos a nossa política se o inimigo nos pressionar", disse Tangsiri à agência noticiosa estatal ISNA. No Irão, o termo "inimigo" é frequentemente utilizado para designar os Estados Unidos ou Israel.


Leia Também: O Irão permanece em silêncio e a vida desenvolve-se normalmente no país persa enquanto o mundo aguarda um ataque iraniano alegadamente iminente contra Israel devido ao bombardeamento do consulado em Damasco.  

Dia do Beijo: Mitos e curiosidades sobre o beijo (do 'chocho' à beijoca na testa)

© Shutterstock
Notícias ao Minuto  13/04/24

Um beijo pode ajudar a queimar calorias? E o aparelho dentário, é um obstáculo?

O beijo é universalmente visto como uma forma de proximidade entre as pessoas, sendo reconhecido como um símbolo de amor, afeto e ternura em diversas culturas. Até no reino animal, muitas espécies, como primatas, aves e peixes, praticam comportamentos semelhantes ao beijo como parte do seu ritual de cortejo e para fortalecer os laços.

Porém, também há uma série de mitos sobre o beijo. Neste sentido, e a propósito do Dia Mundial do Beijo, que se celebra este sábado, dia 13 de abril, a Impress desmistifica alguns ideias erradas e explora algumas curiosidades.

O mito de transmissão de doenças graves

Estima-se que ao longo da vida, uma pessoa dá cerca de 24 mil beijos e estudos indicam que um beijo de 10 segundos pode transferir até 80 milhões de bactérias, provenientes de cerca de 278 tipos diferentes, sendo que a concentração média de bactérias por mililitro de saliva é de cerca de 100 milhões.

Adicionalmente, é possível que os resíduos de saliva da outra pessoa permaneçam na boca por até três dias, pelo que se compreende a popularidade deste mito. Contudo, e embora os beijos possam facilitar a transmissão de bactérias e vírus, como a constipação, a gripe, mononucleose, herpes, candidíase ou sífilis, o risco de contrair uma doença grave através de um beijo é geralmente baixo, desde que ambas as partes estejam saudáveis e não tenham feridas abertas na boca.

Sabia que o beijo pode servir como terapia?

Manter uma boa saúde oral é fundamental para garantir que um beijo seja uma experiência agradável e não venha a causar problemas. Quando praticado com uma boca saudável, o beijo liberta quatro tipos de neurotransmissores: dopamina, que proporciona prazer; serotonina, que promove a excitação; epinefrina, que acelera o ritmo cardíaco; e oxitocina, que estimula os sentimentos de afeto e confiança.

Neste sentido, pode ser considerado como um antidepressivo natural, uma vez que se liberta substâncias químicas que promovem a sensação de bem-estar e felicidade, o que traz inúmeros benefícios para a saúde mental, ajudando a reduzir o stress e a ansiedade.

O mito do número de músculos usados durante um beijo

É frequentemente afirmado que um beijo envolve a ativação de 25 músculos, entre lábios e língua, sugerindo que é uma das ações que mais músculos do corpo utiliza. Porém, o número exato de músculos utilizados pode variar de pessoa para pessoa, dependendo da intensidade e do tipo de beijo.

No entanto, é verdade que um beijo apaixonado pode queimar entre duas a seis calorias por minuto, dependendo da sua intensidade e duração. Um beijo com língua, por exemplo, utiliza 34 músculos e pode queimar cerca de 26 calorias por minuto.

Sabia que um beijo pode-se equiparar à morfina?

Um beijo tem um poder significativo, podendo ser tão ou até mais poderoso do que a morfina. Quando se beija alguém, o corpo liberta endorfinas, substâncias químicas que proporcionam sensações de prazer e bem-estar. Estas endorfinas são cerca de 200 vezes mais potentes do que os efeitos da morfina.

O mito de que os aparelhos ou a contenção estragam os beijos

Muitos jovens encaram a ideia de usar aparelho como um obstáculo nas suas vidas amorosas. O medo de não saber beijar corretamente ou magoar o parceiro com a estrutura metálica é comum. No entanto, segundo Kasem, chefe ortodontista da Impress, "a utilização de aparelho, não precisa de ser um problema durante o beijo, pois este não corta a língua de quem está a ser beijado".

Sabia que os beijos podem ajudar a prevenir complicações orais?

Os beijos na boca têm sido associados à prevenção de cáries e placa bacteriana, pois estimulam a produção de saliva, o que ajuda a manter os dentes limpos e a controlar a acidez na boca. Apesar disto, é recomendável usar um raspador de língua diariamente durante a escovagem dos dentes e fazer bochechos com elixir após a escovagem, pois estas práticas contribuem para manter uma boa higiene oral e um hálito fresco.

Além disso, também é importante salientar que as cáries não são transmitidas através da troca de saliva, mas sim devido a desequilíbrios no processo de desmineralização e remineralização do esmalte dentário, assim como pela presença de placa bacteriana.

Por fim, existe uma relação direta entre o stress e o beijo, ou a ausência do beijo. Aqueles que praticam beijos regulares, comummente conhecidos como beijoqueiros, tendem a ter menos ansiedade e são menos propensos a desenvolver certos hábitos prejudiciais para a saúde oral, como, por exemplo, roer as unhas e ranger os dentes, que podem causar danos nos dentes e gengivas.

Astrónomos portugueses detetam arco-íris num planeta fora do sistema solar

Ilustração do efeito glória no exoplaneta WASP-76b./Crédito: ESA, criado pelo ATG sob contato da ESA. CC BY-SA 3.0 IGO

Catarina Solano de Almeida  Sicnoticias.pt  13/04/2024
Dos céus deste exoplaneta infernalmente quente chove ferro e foi detetado pela primeira vez um misterioso padrão semelhante ao arco-íris em Terra.


Uma equipa internacional liderada por um investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) detetou um fenómeno fora do nosso sistema solar que só tinha sido visto em Terra e em Vénus. O fenómeno chamado “glória” é semelhante ao efeito do arco-íris.

O fenómeno acontece em WASP-76b, um planeta ultra quente semelhante a Júpiter, a cerca de 637 anos-luz de distância da Terra.

 “Há uma razão pela qual nenhuma glória foi vista antes fora do nosso sistema solar – requer condições muito peculiares”, disse o autor principal do estudo Olivier Demangeon, do Instituto de Astrofísica e Ciências Espaciais de Portugal.

O efeito ocorre quando a luz passa entre uma abertura estreita, como gotas de água nas nuvens. Há uma difração da luz o que faz com que crie padrões de anéis.

    “Primeiro é preciso partículas atmosféricas perfeitamente esféricas (ou quase), atmosfera completamente uniforme e estável o suficiente para que possa ser observável durante longos períodos de tempo. A estrela, muito próxima do planeta, tem de brilhar diretamente sobre a atmosfera e o observador - neste caso, o [telescópio espacial] Cheops - tem de estar perfeitamente orientado”.

Simulações do efeito glória em Vénus (esquerda) e na Terra (direita)  Crédito: C. Wilson/P. Laven

Segundo explica o IA, esta descoberta foi possível “graças a dados extremamente precisos do telescópio espacial Cheops, da Agência Espacial Europeia (ESA), em conjunto com dados das missões espaciais TESS (NASA), Hubble (ESA/NASA) e Spitzer (NASA)”.

Dados de Cheops e dos seus amigos sugerem que entre o calor e a luz insuportáveis da face iluminada pelo sol do exoplaneta WASP-76b e a noite interminável do seu lado escuro, pode estar a primeira “glória” extrasolar. O efeito, semelhante a um arco-íris, ocorre quando a luz é refletida em nuvens compostas por uma substância perfeitamente uniforme, mas até agora desconhecida.


O planeta onde chove ferro

Desde que foi descoberto em 2013, WASP-76b tem estado sompre sob intenso escrutínio. Em 2020, uma equipa internacional, em colaboração com investigadores do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA), conseguiu caracterizar a atmosfera deste exoplaneta, um gigante gasoso intensamente quente onde chove ferro derretido.

Num publicação na revista Nature, explicaram que esta chuva de ferro só é possível porque o WASP-76b tem uma rotação síncrona, ou seja, "demora tanto tempo a completar uma rotação com a dar uma volta em torno da sua estrela".

Além disso, a "pequena distância" que separa este planeta da sua estrela, uma vez que dá uma volta a cada 1,8 dias, faz com que o seu lado diurno "receba milhares de vezes mais radiação da sua estrela do que a Terra recebe do Sol, tornando-se tão quente que as moléculas se separam em átomos, com os metais, tais como o ferro, a evaporarem-se para a atmosfera".

A diferença de temperatura entre os lados diurno e noturno provoca ventos violentos que acabam por transportar o vapor de ferro do lado diurno para o lado noturno.

A temperatura do planeta “pode subir até aos 2.400 graus Celsius do lado de dia, uma temperatura suficientemente alta para vaporizar metais como o ferro. Depois os ventos fortes transportam este vapor de ferro para o lado noturno, onde a temperatura é menor, cerca de 1.500 graus celsius e este vapor pode não condensar em gotas de ferro”.

Esta ilustração mostra o lado noturno do exoplaneta WASP-76b. Este gigante gasoso ultra quente tem um lado diurno onde as temperaturas sobem aos 2400º Celsius, ou seja, suficientemente altas para vaporizar metais. Ventos fortes transportam vapor de ferro para o lado noturno mais frio, onde este vapor condensa em gotas de ferro. Do lado esquerdo da imagem vemos a fronteira do final da tarde do exoplaneta, onde se dá a transição do dia para a noite.
Créditos: ESO/M. Kornmesser

A missão Cheops

Cheops é o satélite da ESA CHaracterising ExOPlanet Satellite. É a primeira missão espacial dedicada ao estudo de estrelas brilhantes que estão mais próximas de nós e que já são conhecidas por albergar exoplanetas.

Tem como missão fazer observações precisas de planetas que tenham tamanhos semelhantes entre as dimensões da Terra e de Neptuno o que permitirá aos cientistas medirem a massa e o raio destes planetas e o tempo que demoram a orbitar a sua estrela.

O Cheops, que integra um telescópio espacial, tem a colaboração de 11 países, incluindo Portugal através do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA).

Cientistas do IA estão envolvidos também na caracterização do tamanho dos planetas e da sua atmosfera e no processamento dos dados transmitidos pelo satélite.

O engenho está decorado com duas placas metálicas onde estão gravados vários desenhos feitos por crianças, incluindo de 88 portuguesas.

Ilustração do momento logo após a nave CHEOPS se separar do veículo de lançamento. ATG medialab / ESA HANDOUT

Estados Unidos proíbem importação de metais russos

© Reuters
Por Lusa   13/04/24
O Governo norte-americano proibiu hoje a importação para os Estados Unidos de alumínio, cobre e níquel de origem russa, como parte de sanções adicionais adotadas com o Reino Unido e que visam reduzir as receitas de Moscovo.

"Esta nova ação proíbe a importação de alumínio, cobre e níquel de origem russa para os Estados Unidos e limita o uso de alumínio, cobre e níquel de origem russa no metal global e no comércio não regulado", sublinhou o Departamento de Tesouro dos EUA, em comunicado.

Os metais são o principal produto de exportação da Rússia depois da energia, embora o seu valor tenha diminuído desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, apontou o Governo britânico, num comunicado separado.

As exportações, de 25 mil milhões de dólares em 2022, caíram para 15 mil milhões de dólares em 2023 "devido aos esforços do G7 e dos seus aliados para restringir o mercado", detalharam os britânicos.

As medidas tomadas hoje visam reduzir ainda mais as receitas que a Rússia obtém com as suas exportações de alumínio, cobre e níquel, na sequência das sanções do Ocidente a Moscovo devido à invasão russa da Ucrânia.

"Ao tomarem medidas conjuntas, os Estados Unidos e o Reino Unido estão a privar a Rússia e os seus produtores de metal de uma importante fonte de rendimento", lembrou o Tesouro norte-americano.

Além de proibir a importação destes metais para os Estados Unidos, os dois países também tomaram medidas para limitar o comércio destes metais nos mercados mundiais.

"As bolsas de metais, como a London Metal Exchange (LME) e a Chicago Mercantile Exchange (CME), não poderão aceitar alumínio, cobre e níquel produzidos pela Rússia. As bolsas de metais desempenham um papel central na facilitação do comércio de metais industriais em todo o mundo", frisou o Tesouro.

Estas medidas entram em vigor a partir de sábado.

Para a secretária do Tesouro norte-americana, Janet Yellen, as mais recentes sanções visam "as receitas que a Rússia pode obter para continuar a sua guerra brutal contra a Ucrânia".

"Ao tomarmos este passo de forma direcionada e responsável, reduziremos as receitas da Rússia e, ao mesmo tempo, protegeremos os nossos parceiros e aliados de consequências indesejadas", realçou, citada na nota de imprensa.

Jeremy Hunt, ministro das Finanças do Reino Unido, sublinhou, por sua vez, que "é mais fácil neutralizar a capacidade de Putin de travar a sua guerra ilegal na Ucrânia" quando os aliados atuam lado a lado.

"A nossa ação decisiva com os Estados Unidos para proibir conjuntamente os metais russos das duas maiores bolsas impedirá o Kremlin de injetar mais dinheiro na sua máquina de guerra", assegurou.

Moscovo lançou uma ofensiva contra a Ucrânia em 24 de fevereiro de 22, que mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.



Leia Também: A Rússia realizou hoje um teste de lançamento de um míssil balístico intercontinental, adiantou o Ministério da Defesa russo, garantindo a "alta confiabilidade dos mísseis russos".   

EUA apuram que China aumentou vendas para esforço de guerra russo

© Getty Images

Por Lusa   12/04/24
A China aumentou as vendas para a Rússia de máquinas-ferramenta, microeletrónica e outras tecnologias que Moscovo aproveita para produzir mísseis, tanques, aeronaves e armamento para utilização na Ucrânia, de acordo com uma avaliação dos Estados Unidos.


Dois altos funcionários da administração norte-americana citados sob anonimato pela agência Associated Press, disseram que em 2023 cerca de 90% da microeletrónica da Rússia teve proveniência na China e que a Rússia usou para fabricar mísseis, tanques e aeronaves.

Quase 70% dos cerca de 900 milhões de dólares (845 milhões de euros) em importações de máquinas-ferramenta da Rússia no último trimestre de 2023 também tiveram origem chinesa.

Entidades chinesas e russas têm trabalhado para produzir conjuntamente veículos aéreos não tripulados na Rússia, e empresas da China estarão a fornecer a nitrocelulose necessária para fabricar armas com propulsão, indicaram as mesmas fontes.

Pequim também está a trabalhar com a Rússia para melhorar os seus satélite e outras capacidades espaciais para utilização na Ucrânia, um desenvolvimento que os altos funcionários dizem que poderá, a longo prazo, aumentar a ameaça que a Rússia representa em toda a Europa.

Os funcionários, citando descobertas dos serviços de informação, disseram que os Estados apuraram ainda que a China está a fornecer imagens à Rússia para a sua guerra contra a Ucrânia.

O Presidente norte-americano, Joe Biden, já tinha levantado as suas preocupações diretamente ao homólogo chinês, Xi Jinping, sobre o apoio indireto de Pequim ao esforço de guerra da Rússia, antes de uma visita que o chefe da diplomacia de Washington, Antony Blinken, deverá realizar este mês à capital da China.

Embora a China não tenha fornecido apoio militar letal direto à Rússia, Pequim responsabiliza o Ocidente por provocar a decisão do Presidente russo, Vladimir Putin, de lançar a guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022, e absteve-se de lhe chamar uma invasão em deferência ao Kremlin.

A China também afirmou que não está a fornecer armas ou assistência militar à Rússia, mas mantém ligações económicas robustas com Moscovo, ao lado da Índia e de outros países não ocidentais, apesar das sanções de Washington e dos seus aliados.

Xi reuniu-se em Pequim na terça-feira com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, que elogiou a liderança do líder chinês.

O crescente isolamento económico e diplomático da Rússia tornou-a cada vez mais dependente da China, o seu antigo rival na liderança do bloco comunista durante a Guerra Fria.

A secretária do Tesouro, Janet Yellen, que regressou a Washington esta semana após uma visita a Pequim, disse que alertou as autoridades chinesas que a administração de Joe Biden estava preparada para sancionar bancos, empresas e a liderança da China se ajudarem as forças armadas da Rússia na sua invasão da Ucrânia.

O Presidente norte-americano emitiu uma ordem executiva em dezembro dando a Yellen autoridade para sancionar instituições financeiras que ajudassem o complexo industrial militar da Rússia.

"Continuamos preocupados com o papel que quaisquer empresas, incluindo as da República Popular da China, estão a desempenhar nas aquisições militares da Rússia", disse Yellen aos jornalistas, avisando que "enfrentarão consequências significativas se o fizerem".

Janet Yellen reforçou que quaisquer bancos que facilitem transações significativas que canalizem bens militares ou de dupla utilização para a base industrial de defesa da Rússia expõe-se ao risco das sanções dos Estados Unidos.

Ao mesmo tempo, a China anunciou na quinta-feira raras sanções contra duas empresas de defesa dos Estados Unidos devido ao alegado apoio à venda de armas a Taiwan, a ilha democrática autónoma que Pequim reivindica como seu território.

O anúncio congela os ativos da General Atomics Aeronautical Systems e da General Dynamics Land Systems mantidos na China. Também proíbe a entrada da administração das empresas no país.

Os registos mostram que a General Dynamics opera meia dúzia de operações da Gulfstream e de serviços de aviação a jato na China, que continua fortemente dependente de tecnologia aeroespacial estrangeira, mesmo enquanto tenta construir sua própria presença no setor.

A empresa também ajuda a fabricar o tanque Abrams que está a ser adquirido por Taiwan para substituir equipamentos desatualizados.

A General Atomics produz os 'drones' Predator e Reaper usados pelos militares norte-americanos.



Leia Também: Trump "deixou claro que achava que a Ucrânia deve fazer parte da Rússia"  

OMS: Nigéria é o primeiro país no mundo a aplicar nova vacina contra meningite

© Reuters

 Por Lusa   12/04/24

A Nigéria tornou-se no primeiro país do mundo a aplicar uma nova vacina, recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), contra cinco estirpes da bactéria que provoca a meningite, anunciou hoje a OMS.

A vacina, denominada Men5CV, é financiada pela Gavi the Vaccine Alliance, que detém a reserva mundial de vacinas contra a meningite e apoia os países de baixo rendimento na vacinação de rotina contra a doença, explicou a OMS em comunicado.  

"A Nigéria é um dos 26 países hiper-endémicos da meningite em África, situada na zona conhecida como a Cintura Africana da Meningite", afirmou.

No ano passado, registou-se um aumento de 50% nos casos anuais de meningite notificados em toda a África, referiu.

Na Nigéria, o surto de uma estirpe da bactéria conduziu a 1.742 casos suspeitos, dos quais 101 foram confirmados, e a 153 mortes em sete dos 36 Estados do país - Adamawa, Bauchi, Gombe, Jigawa, Katsina, Yobe, Zamfara - entre 01 de outubro de 2023 e 11 de março de 2024.

"Para travar o surto mortal, foi levada a cabo uma campanha de vacinação entre 25 a 28 de março" em pessoas com idades compreendidas entre 1 e 29 anos, indicou.

A meningite é uma infeção grave que provoca a inflamação das membranas (meninges) que envolvem e protegem o cérebro e a medula espinhal, explicou.

"As causas da meningite são múltiplas, incluindo agentes patogénicos virais, bacterianos, fúngicos e parasitários. Os sintomas incluem frequentemente dores de cabeça, febre e rigidez do pescoço. A meningite bacteriana é a mais grave e pode também resultar em septicemia (envenenamento do sangue) e incapacitar gravemente ou matar em 24 horas as pessoas que a contraem", referiu.  

"A meningite é um inimigo antigo e mortal, mas esta nova vacina tem o potencial de mudar a trajetória da doença, prevenindo futuros surtos e salvando muitas vidas", afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, citado no comunicado.

"O lançamento da vacina na Nigéria aproxima-nos mais um passo do nosso objetivo de eliminar a meningite até 2030", indicou o diretor-geral.

A nova vacina oferece um escudo contra as cinco principais estirpes da bactéria meningocócica (A, C, W, Y e X) numa única injeção, segundo a OMS.

Estas cinco estirpes causam meningite e septicemia, indicou.

Desta forma, há uma proteção mais ampla do que com a atual vacina utilizada em grande parte de África, que só é eficaz contra a estirpe A, declarou.

A OMS tem estado a apoiar o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da Nigéria (NCDC) na resposta ao surto de meningite no país, sendo que isso inclui a vigilância da doença, a deteção ativa de casos, a análise de amostras e a gestão de casos, sublinhou.

Em 26 de abril, em Paris, vai decorrer a cimeira internacional sobre a meningite, "onde os líderes se reunirão para celebrar os progressos, identificar os desafios e avaliar os próximos passos no sentido da eliminação da meningite como problema de saúde pública até 2030", concluiu.



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