segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Bissau quer reintegrar 15 deputados expulsos do PAIGC

Assembleia Nacional Popular (imagem de ilustração)
SEYLLOU / AFP

É já amanhã, dia 16 de Janeiro, que chega ao fim o prazo dado pela Comunidade Economica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) para o cumprimento do Acordo de Conacri, sob pena de avançar com sanções aos que dificultam o entendimento.

O PAIGC diz que os 15 deputados expulsos das suas fileiras podem retornar ao partido, uma das condições do Acordo de Conacri, para saída da crise na Guiné-Bissau.

Está a chegar ao término a data limite dada pela CEDEAO aos líderes guineenses para que cheguem a entendimento sobre a aplicação do Acordo de Conacri, instrumento patrocinado pela comunidade da África Ocidental, para acabar com o impasse político na Guiné-Bissau.

O PAIGC, um dos signatários do Acordo de Conacri, diz que abriu as suas portas aos 15 deputados que expulsara em 2015, pudendo estes retomar a sua militância e ainda participar no Congresso do partido, a realizar entre 31 deste mês e 4 de Fevereiro.

O PAIGC diz que reintegra os 15 deputados, mas estes - na semana passada, através de um comunicado -  diziam que não vão voltar ao partido nos moldes em que a direcção estava a propôr a sua reintegração.

O grupo dos 15 deputados diz que não são apenas os 15 parlamentares que teriam sido expulsos, mais sim largas centenas de militantes.

Uma eventual reintegração, dizem, teria que ser de todos os que até aqui não concordam com a direção do PAIGC.

Mussá Baldé
RFI em Bissau

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O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), o mais votado nas últimas eleições legislativas guineenses, notificou os 15 deputados dissidentes e expulsos para que retomem os seus lugares no partido, disseram fontes do PAIGC.

A confirmação da abertura para a reintegração do também designado grupo dos 15, foi feita esta segunda-feira (15 de janeiro)em conferência de imprensa, por João Bernardo Vieira, porta-voz do PAIGC e Aly Hijazi, secretário nacional daquele partido.

Segundo os dois dirigentes, os 15 deputados que contestam a liderança de Domingos Simões Pereira, podem participar no congresso ordinário do partido que deve ter lugar entre 31 de janeiro e 4 de fevereiro, se assim o entenderem.

Em nota à imprensa, divulgada na semana passada, o grupo dos 15 deputados fez saber que não acatará a abertura para sua reintegração no PAIGC "nos moldes em que o processo é conduzido", que considera de "ilusório e enganador".

O porta-voz do PAIGC, João Bernardo Vieira, assinalou hoje, na conferência de imprensa, que o partido tinha tomado a decisão de reintegrar os 15 deputados, numa reunião do Comité Central (órgão máximo entre congressos) em cumprimentos "dos compromissos internacionais", disse.

"Estamos na véspera do fim do prazo dado pela CEDEAO, pelo que o PAIGC tomou todas as disposições necessárias para o cumprimento do Acordo de Conacri", observou João Bernardo Vieira.

A Comunidade Económica de Estados da Africa Ocidental (CEDEAO) deu aos líderes guineenses até 16 de janeiro para que apliquem o Acordo de Conacri, um instrumento elaborado por esta organização sub-regional para acabar com a crise na Guiné-Bissau, caso contrário aplicará sanções aos que dificultam a sua efetivação.


O porta-voz do PAIGC assinalou que o partido enviou uma delegação algumas capitais da África Ocidental com a missão de informar os líderes da CEDEAO sobre os passos dados para permitir a reintegração dos 15 deputados, os quais, disse ainda, foram notificados sobre a decisão por carta registada e ainda via tribunal de Bissau.

Rádio Sol Mansi

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