quinta-feira, 8 de agosto de 2024

Ex-ministro das Finanças de Moçambique Manuel Chang condenado nos EUA

© Lusa
Por Lusa  08/08/24 
O ex-ministro das Finanças de Moçambique Manuel Chang foi hoje condenado nos Estados Unidos, no âmbito do caso das dívidas ocultas.

O veredito foi dado por um júri federal em Nova Iorque, avançou a agência de notícias Associated Press (AP). Chang foi acusado de aceitar subornos e de conspiração para desviar fundos dos esforços de Moçambique para proteger e expandir as suas indústrias de gás natural e pesca, num plano para enriquecer e enganar investidores.

Chang, que foi o principal responsável financeiro de 2005 a 2015, declarou-se inocente das acusações. Os seus advogados disseram que o ex-ministro estava a fazer o que o seu Governo desejava quando assinou as promessas de que Moçambique pagaria os empréstimos e que não há provas de uma contrapartida financeira para o então governante.

Entre 2013 e 2016, três empresas controladas pelo Governo moçambicano contraíram discretamente empréstimos milionários junto de grandes bancos estrangeiros.

Chang assinou garantias de que o Governo reembolsaria os empréstimos, cruciais para os credores.

As receitas deveriam financiar uma frota de atum, um estaleiro naval, navios da Guarda Costeira e sistemas de radar para proteger os campos de gás natural ao largo da costa do Oceano Índico.

Mas banqueiros e funcionários do Governo desviaram o dinheiro do empréstimo, disseram os procuradores norte-americanos.

"As provas neste caso mostram-vos que existe aqui um esquema internacional de fraude, branqueamento de capitais e suborno de proporções épicas" e que Chang "escolheu participar", disse aos jurados a procuradora adjunta norte-americana, Genny Ngai, nas alegações finais.

Os procuradores acusaram Chang de recolher sete milhões de dólares em subornos, transferidos através de bancos norte-americanos para contas europeias de um associado.

A defesa de Chang disse que não havia provas de que lhe tivesse sido prometido ou recebido um cêntimo.

O único acordo que Chang fez "foi o acordo legal de pedir dinheiro emprestado aos bancos para permitir que o seu país se envolvesse nestas obras de infraestruturas públicas", disse o advogado de defesa Adam Ford.

Descobertas em 2016, as dívidas foram estimadas em cerca de 2,7 mil milhões de dólares (cerca de 2,55 mil milhões de euros), de acordo com valores apresentados pelo Ministério Público moçambicano.

Moçambique era, então, uma das dez economias de crescimento mais rápido do mundo durante duas décadas, segundo o Banco Mundial, mas acabou por mergulhar numa convulsão financeira.

O Governo moçambicano chegou a acordos extrajudiciais com os credores, numa tentativa de pagar parte da dívida.

O escândalo das dívidas ocultas remonta a 2013 e 2014, quando o então ministro das Finanças aprovou, à revelia do parlamento, garantias estatais sobre os empréstimos da Proinducus, Ematum e MAM aos bancos Credit Suisse e VTB.

Chang foi detido no principal aeroporto internacional de Joanesburgo no final de 2018, pouco antes de se tornar pública a acusação dos Estados Unidos.

Leia Também: Presidente de Moçambique exonera ministro das Finanças 


Israel avisa libaneses para consequência da mais ataques do Hezbollah

© Israeli Defense Minister/Anadolu via Getty Images
Por Lusa  08/08/24 
O
ministro de Defesa israelita, Yoav Gallant, avisou hoje os libaneses de que o seu país vai responder "com toda a força" se o movimento xiita Hezbollah continuar a atacar Israel.

Na véspera, já tinha avisado o líder xiita libanês, Hassan Nasrallah, que o Líbano pode pagar um "preço extremadamente alto" se responder, como prometeu, ao ataque da semana passada em Beirute que matou um dos comandantes do Hezbollah.

"Tal como estão as coisas, Nasrallah pode fazer com que o Líbano pague um preço extremadamente alto. Nem sequer imaginam o que poderia acontecer", disse Gallant durante um encontro com militares na quarta-feira, como noticiou o 'The Times of Israel'.

Na rede social X recordou a guerra de 2006 e acrescentou: "Aprendam as lições do passado para não se cair num cenário perigoso em 2024".

Estas afirmações foram feitas quando os israelitas estão na expectativa de um eventual ataque do Hezbollah e do seu aliado Irão, em resposta aos assassínios na semana passada do líder do Hamas em Teerão e do relativo ao comandante do Hezbollah.

Porém, a expectativa do ataque iraniano está a diminuir com o passar dos dias.

Mas, nas últimas horas, a estação televisiva norte-americana CNN avançou que o Hezbollah poderia atacar Israel, independentemente do que o Irão venha a decidir.

A milícia xiita jurou vingança pela morte do seu líder militar, Fuad Shukr, num ataque israelita em Beirute, em 30 de julho, pouco antes do assassínio em Teerão do líder político do Hamas, em ataque atribuído a Israel.

Fontes dos serviços de informações avançaram à CNN que o Hezbollah está a movimentar-se mais depressa do que o Irão na sua planificação e pretende atacar Israel nos próximos dias.

FIM DA LONGA PENÚRIA ENERGÉTICA ! ...A zona de antula Pal, arredores de Bissau já se encontra conetado a energia produzida pelo projecto transnacional da OMVG.

Por Sydney Monteiro
Quase a completar 50 anos de independência, a Guiné-Bissau está prestes a realizar um dos se não o mais importante eixo do PROGRAMA MAIOR.
A zona de antula Pal, arredores de Bissau já se encontra conetado a energia produzida pelo projecto transnacional da OMVG.
O país inteiro vai usufruir da energia eléctrica de qualidade e em permanência.

Esse e mais outros progressos, são ignorados pelo Jornalista Micael do Jornal O Expresso de Portugal, que vem a Bissau realizar uma investigação sobre a rota do tráfico de droga da América Latina, mas fecha os olhos ao tráfico de droga que semana sim semana não acontece em toda a orla marítima de Portugal, esse mesmo Jornalista que contratado como consultor vem a Bissau passear e encher os bolsos, e até presta consultoria a distância via Whatsapp [ainda bem que mandou-se embora o UNIOGBIS].

Esses progressos são igualmente ignorados, pelo Jornalista António de O Público, em Portugal, o homem de plantão quando o assunto é maledicência da Guiné-Bissau, que só tem uma fonte e desrespeita nos seus artigos, a regra base do jornalismo que é o contraditório.
Na redacção desses dois Jornais, através destes dois Jornalistas, falar bem da Guiné-Bissau virou anátema. Que tristeza...

FOTOS: captadas no tempo das obras, nas estações de Bambadinca, Mansôa, Antula Pal, rotunda de Guimetal em Bissau.👇


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Presidente da República Umaro Sissoco Embaló, fala à imprensa, após saída na reunião do Conselho de Ministros desta Quinta-feira...

 


Radio TV Bantaba

quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Mais de 60 (mulheres e homens), de sete comunidades arredores do Cumpanghor zona da intervenção do projeto "Emergência Agrícola do governo Regional de Gabú" estão sendo capacitado durante quatro dias em matéria " A Formação do Sistema de Rizicultura Intensiva (SRI). O referido formação estão sendo dadas pela Estrutura Comunitária de Animação e Sensibilização para o Desenvolvimento (ECAS-D).


Por
Radio Voz Do Povo

O presidente russo, Vladimir Putin, disse hoje que a ofensiva ucraniana na região de Kursk, situada no sudoeste da Rússia e na fronteira com a Ucrânia, foi uma "provocação em grande escala".

© Lusa
Por Lusa  07/08/24
 Putin diz que ofensiva ucraniana em Kursk é uma "provocação"
O presidente russo, Vladimir Putin, disse hoje que a ofensiva ucraniana na região de Kursk, situada no sudoeste da Rússia e na fronteira com a Ucrânia, foi uma "provocação em grande escala".


"O regime de Kyiv empreendeu outra provocação em grande escala e está a disparar indiscriminadamente com vários tipos de armas, incluindo mísseis, contra edifícios civis", disse Putin, citado pela agência de notícias russa TASS.

Putin convocou uma reunião de emergência com membros do Governo para abordar a situação em Kursk, depois de a Ucrânia ter lançado um ataque na terça-feira com cerca de 300 soldados e dezenas de veículos blindados, que foi repelido pelas defesas russas.

O Exército russo informou hoje que os combates prosseguem na região de Kursk, levando milhares de pessoas a abandonar a zona, que tem sido palco de uma incursão de tropas ucranianas desde terça-feira.

"A operação para destruir as formações do exército ucraniano continua", disse o Ministério da Defesa russo na rede social Telegram, alegando ter "impedido o inimigo de avançar profundamente no território russo".

Num vídeo divulgado no Telegram, o governador regional em exerício, Alexei Smirnov, disse já ter falado telefonicamente com Putin, que lhe assegurou "toda a ajuda necessária", indicando que "vários milhares de pessoas abandonaram a zona de bombardeamento".

Smirnov anunciou ainda que as autoridades prepararam abrigos para 2.500 refugiados, na noite de terça-feira, e já lá colocaram mais de 300 pessoas, incluindo 121 crianças.

Os serviços médicos da região de Kursk registaram ainda a morte de cinco civis e 27 pessoas feridas, em resultado da ofensiva ucraniana.

Leia Também: O Exército russo informou hoje que os combates continuam na região de Kursk, levando milhares de pessoas a abandonar a zona, que tem sido palco de uma incursão de tropas ucranianas desde terça-feira. 


NATO exige que Rússia retire as suas tropas da Geórgia onde estão há 16 anos

Por  sicnoticias.pt  07/08/2024
A mensagem da Aliança Atlântica junta-se à expressa pelo Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrell, que reiterou na terça-feira a condenação a uma agressão de 16 anos e apelou a uma resolução pacífica do conflito.

A NATO exigiu, esta quarta-feira, à Rússia que retire as suas tropas das regiões da Geórgia onde permanecem desde a ocupação concretizada há 16 anos, defendendo ao mesmo tempo a soberania e a integridade territorial do país do Cáucaso.

"Instamos a Rússia a retirar as forças que mantém na Geórgia sem o seu consentimento. A Ossétia do Sul e a Abecásia fazem parte da Geórgia, apesar dos 16 anos de ocupação russa", escreveu a porta-voz da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Farah Dakhlallah.

    "A NATO apoia totalmente a soberania e a integridade territorial da Geórgia", insistiu.

A mensagem da Aliança Atlântica junta-se à expressa pelo Alto Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrell, que reiterou na terça-feira a condenação a uma agressão de 16 anos e apelou a uma resolução pacífica do conflito.

    "O compromisso da União Europeia com a resolução pacífica dos conflitos na Geórgia permanece firme", disse Borrell num comunicado.

No documento, Borrell, além de reiterar o "apoio incondicional à independência, soberania e integridade territorial" da Geórgia, condenou a "continuidade da presença militar russa e a ocupação das regiões da Abecásia e Ossétia do Sul", que classificou como uma violação flagrante do direito internacional.

    "Os direitos humanos daquelas comunidades na Geórgia continuam a ser violados, incluindo através das 'polícias fronteiriças', encerramento de pontos de passagem e detenções ilegais por parte dos militares russos", advertiu o chefe da diplomacia europeia.

A 7 de agosto de 2008, a Rússia ocupou parte do território da Geórgia e iniciou uma guerra que ainda não encontrou resolução. Seis anos mais tarde, em 2014, Moscovo anexou a península ucraniana da Crimeia e há mais de dois anos invadiu grande parte do território da Ucrânia com a intenção de o ocupar na totalidade e controlar as escolhas político-sociais e geoestratégicas do país.

Comunicado de Imprensa Conjunto - DOAÇÃO DE ARROZ DA COREIA REFORÇA AS REFEIÇÕES ESCOLARES DO PAM E A RESPOSTA AOS REFUGIADOS NA GUINÉ-BISSAU, MAURITÂNIA E SERRA LEOA

06 de Agosta 2024
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AKAR – O Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas (PAM) recebeu da República da Coreia uma contribuição de ajuda alimentar de 11 520 toneladas de arroz para satisfazer as necessidades alimentares e nutricionais de emergência de 81 600 refugiados do Mali e de 287 000 crianças em idade escolar na Guiné-Bissau, Mauritânia e Serra Leoa.

Esta contribuição é particularmente crucial num contexto em que milhões de famílias lutam para satisfazer as suas necessidades alimentares e nutricionais básicas devido aos efeitos cumulativos da crise climática, dos conflitos e da insegurança, bem como aos elevados custos dos alimentos e dos combustíveis na África Ocidental, que tornam os alimentos inacessíveis às famílias vulneráveis. De acordo com a análise da segurança alimentar do Quadro Harmonizado de março de 2024, 2,3 milhões de mulheres, homens e crianças enfrentam uma fome aguda na Guiné-Bissau, Mauritânia e Serra Leoa durante o período de escassez de junho a agosto.

"Estou satisfeito por, este ano, a assistência ao arroz da República da Coreia ter duplicado e, pela primeira vez, estamos a apoiar três países da África Ocidental com arroz coreano", afirmou Yongho Jung, Diretor do Ministério da Agricultura, Alimentação e Assuntos Rurais (MAFRA) da República da Coreia.

"A República da Coreia (ROK) recebeu ajuda alimentar da comunidade internacional no passado e agora queremos retribuir essa ajuda. Espero que o arroz, preparado pelo Governo e pelo povo da República da Coreia com sinceridade, transmita uma mensagem de esperança aos refugiados e aos jovens estudantes que estão a enfrentar graves crises alimentares", acrescentou Yung.

Nos três países, as refeições escolares representam uma rede de segurança fundamental para as famílias vulneráveis e constituem um incentivo significativo para os pais manterem os seus filhos na escola, aumentando a atenção nas aulas e atenuando o abandono escolar. À medida que as escolas tentam voltar à situação normal após a pandemia da COVID-19, as refeições escolares nutritivas e as rações para levar para casa desempenham um papel fundamental na maximização da retenção dos alunos nas escolas e na melhoria da nutrição das crianças.

Na Guiné-Bissau, onde as crises económicas e climáticas estão a fazer aumentar a fome e a subnutrição, o PAM vai distribuir 2.400 toneladas de arroz a 180.000 crianças em 850 escolas durante quatro meses, proporcionando um apoio nutricional essencial às crianças em idade escolar.

"Gostaria de expressar a minha sincera gratidão ao Governo da República da Coreia pela sua generosa doação de alimentos às crianças mais vulneráveis da Guiné-Bissau", disse Claude Kakule, Diretor e Representante do PAM na Guiné-Bissau. "Esta contribuição oportuna - após um período de escassez de alimentos no país - será crucial para aumentar as taxas de matrícula e retenção escolar no início do próximo ano letivo."

Na Mauritânia, a contribuição coreana será utilizada para complementar a assistência alimentar geral a 81 600 refugiados malianos no campo de refugiados de Mbera durante 11 meses. Parte da contribuição será utilizada para fornecer refeições escolares a 7 700 crianças refugiadas e 46 800 crianças das comunidades de acolhimento durante nove meses, de outubro de 2024 a junho de 2025.

O arroz fornecido para a resposta aos refugiados complementará a resposta baseada em dinheiro, permitindo que as famílias de refugiados mais vulneráveis recebam um cabaz alimentar completo e diversificado durante o período de escassez (junho-setembro), quando são frequentemente forçadas a recorrer a estratégias de sobrevivência adversas para fazer face às despesas.

"Esta generosa contribuição da República da Coreia é uma tábua de salvação para muitas pessoas duramente afetadas por múltiplas crises. Será um grande apoio aos esforços do PAM para reforçar a segurança alimentar e a nutrição dos refugiados e das comunidades rurais vulneráveis da Mauritânia afetadas por choques económicos e climáticos", afirmou Patrick Teixeira, Diretor Nacional Adjunto do PAM na Mauritânia.

Numa altura em que a fome está a aumentar na Serra Leoa devido às consequências económicas da crise da Ucrânia, a par de um declínio macroeconómico mais amplo e dos impactos persistentes da pandemia de COVID-19, o donativo coreano não poderia ter chegado em melhor altura. A doação complementa os esforços do governo para responder às necessidades alimentares e nutricionais de 106 700 alunos em 494 escolas primárias em todo o país.

"Gostaria de estender as minhas sinceras felicitações e o meu mais profundo apreço à República da Coreia pelo seu compromisso inabalável com os esforços humanitários e pela sua dedicação em fazer uma diferença positiva na vida dos necessitados", disse Yvonne Forsen, Directora Nacional e Representante do PAM na Serra Leoa. "Este ato de generosidade mostra o espírito de cooperação internacional e compaixão que está no centro da missão do Programa Alimentar Mundial."

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O PAM é a maior organização humanitária do mundo, salvando vidas em emergências e utilizando a assistência alimentar para construir um caminho para a paz, estabilidade e prosperidade para as pessoas que estão a recuperar de conflitos, catástrofes e do impacto das alterações climáticas.

Para mais informações, contactar (endereço eletrónico: firstname.lastname@wfp.org):
Djaounsede Madjiangar, PAM/Dakar. Tel. +221 77 639 42 71
Francis Boima, PAM/Freetown, Tel. +232 76 750 587 587
Kadidiata Ngaide, PAM/Nouakchott, Tel. +222 48 88 71 27
Charlotte Alves, PAM/Bissau, Tel. +245 95 546 22 27


Arroz doado pela Republica da Coreia antes do inicio de descarregamento. Crédito: PAM/Charlotte Alves
Responsável pela cadeia de abastecimento, Tcherno Seidi, dentro do barco a supervisionar o processo de descarregamento. Crédito: PAM/Isabel Nunes Correia

Momento de descarregamento. Crédito: PAM/Isabel Nunes Correia Armazém do PAM. Crédito: PAM/Charlotte Alves
Isabel Nunes Correia
Communication Associate
World Food Programme, Guinea-Bissau Country Office
Praça Titina Sila CP 622  Bissau (Guiné-Bissau)
T +245 95 5341657/+245 96 6123076
isabel.nunescorreia@wfp.org


Presidente de Associação dos motoristas CCPTR em conferência de imprensa

Radio Voz Do Povo

Mali: A Rússia acusou hoje a Ucrânia de abrir uma "segunda frente" em África, apoiando "grupos terroristas", alguns dias depois de mercenários russos do grupo Wagner e do exército maliano terem sofrido pesadas perdas no norte do Mali.

© Maksim Konstantinov/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
Por Lusa  07/08/24
 
Rússia acusa Ucrânia de "abrir frente" em África com ataque a Wagner
A Rússia acusou hoje a Ucrânia de abrir uma "segunda frente" em África, apoiando "grupos terroristas", alguns dias depois de mercenários russos do grupo Wagner e do exército maliano terem sofrido pesadas perdas no norte do Mali.


"Incapaz de derrotar a Rússia no campo de batalha, o regime criminoso de (Volodymyr) Zelensky decidiu abrir uma 'segunda frente' em África e está a apoiar grupos terroristas em Estados amigos de Moscovo no continente", afirmou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, citada pela agência de notícias russa Ria Novosti.

Os seus comentários surgem mais de uma semana após um ataque no Mali em que dezenas de combatentes do grupo Wagner e soldados malianos foram mortos, segundo a agência France-Presse (AFP), que reporta às informações transmitidas por separatistas e terroristas.

Os analistas concordam que esta derrota é a mais pesada que o grupo Wagner sofreu numa única batalha em África.

Após estes acontecimentos sem precedentes, um oficial dos serviços secretos militares ucranianos, Andriï Youssov, insinuou que Kiev tinha fornecido informações aos rebeldes para que estes pudessem levar a cabo o seu ataque.

Estas afirmações provocaram a ira das autoridades malianas, que acusaram Youssov de ter "confessado o envolvimento da Ucrânia num ataque cobarde, traiçoeiro e bárbaro", criticando Kiev por "apoiar o terrorismo internacional".

Na sequência desta situação, o Mali anunciou no domingo o corte de relações diplomáticas com Kiev, seguido na terça-feira pelo Níger, o outro país a aproximar-se da Rússia após a chegada ao poder de regimes militares hostis aos países ocidentais.

Kiev lamentou a decisão "precipitada" de Bamako, afirmando que "adere incondicionalmente às normas do direito internacional" e "rejeita firmemente as acusações do Governo de transição do Mali".

Em 2022, a junta do Mali rompeu a sua aliança de longa data com a França e os seus parceiros europeus para se virar militar e politicamente para a Rússia.

No contexto do seu ataque à Ucrânia, lançado em fevereiro de 2022, a Rússia intensificou os seus esforços diplomáticos em África para competir com o Ocidente em países que têm sido tradicionalmente seus aliados.

Leia Também: Governador insta russos a doar sangue "face à situação" na fronteira 


O Tribunal Constitucional da Tailândia decidiu hoje dissolver o partido pró-democracia Move Forward, sob a acusação de tentar desestabilizar a monarquia, e banir da atividade política o seu líder Pita Limjaroenrat por dez anos.

© Lusa
Por Lusa  07/08/24
 TC da Tailândia decide dissolver partido da oposição e banir líder
O Tribunal Constitucional da Tailândia decidiu hoje dissolver o partido pró-democracia Move Forward, sob a acusação de tentar desestabilizar a monarquia, e banir da atividade política o seu líder Pita Limjaroenrat por dez anos.


"O Tribunal Constitucional votou por unanimidade a dissolução do (partido) Move Forward e a interdição por dez anos dos membros da comissão executiva que exerceram funções entre 25 de março de 2021 e 31 de janeiro de 2024 (...)", incluindo Pita Limjaroenrat, declarou o juiz Punya Udchachon.

Depois de ter vencido as eleições gerais do ano passado, o partido Move Forward não conseguiu formar governo porque os membros do Senado, na altura um órgão conservador nomeado pelos militares, se recusaram a apoiar o seu candidato a primeiro-ministro.

O Move Forward passou então a liderar a oposição.

A Comissão Eleitoral apresentou uma petição contra o partido progressista depois de o Tribunal Constitucional ter decidido, em janeiro, que este devia deixar de defender alterações à lei, conhecida como artigo 112º, que protege a monarquia de críticas com penas que podem ir até 15 anos de prisão por cada infração.

Nas alegações apresentadas junto das instâncias judiciais tailandesas, o partido argumentou que o Tribunal Constitucional não tem jurisdição para se pronunciar e que a petição apresentada pela Comissão Eleitoral não seguiu os trâmites por não ter proporcionado uma oportunidade de defesa antes de o caso ser apresentado à justiça.

O tribunal garantiu ser competente e que a sua decisão anterior, a de janeiro, era prova suficiente para a Comissão Eleitoral apresentar o caso sem ter de ouvir mais provas do partido.

À luz da sentença agora conhecida ainda não é claro o destino dos restantes deputados não executivos, mas Pita já tinha declarado à agência noticiosa Associated Press que o partido assegurará uma "transição suave para uma nova casa", ou seja, um novo partido.

Os deputados de um partido político dissolvido podem manter os seus lugares no parlamento se mudarem para um novo partido no prazo de 60 dias.

Esta ação judicial é uma das muitas que têm suscitado críticas generalizadas e que são vistas como parte de um ataque de vários anos ao movimento progressista do país por parte das forças conservadoras que tentam manter o seu controlo sobre o poder.

Leia Também: O cidadão polaco que agrediu em junho a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, foi condenado hoje a quatro meses de prisão e à expulsão do país por um tribunal de primeira instância de Copenhaga 


PARLAMENTO GUNEENSE ESCLARECE SOBRE CASO DOMINGOS SIMÕES PEREIRA

 




Por  notabanca.blogspot.com

Forças Armadas da Ucrânia prendem grupo de soldados russos em Sudzha

Por Agência Lusa,  07/08/2024
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uma outra mensagem publicada na madrugada desta quarta-feira, o DeepState explicou que não oferecerá mais informações sobre a incursão ucraniana em território russo

As Forças Armadas ucranianas fizeram prisioneiro um grupo de soldados russos no distrito de Sudzha, na região russa de Kursk, fronteira com a Ucrânia, durante uma incursão com unidades mecanizadas, descreve esta quarta-feira um canal local.

“As Forças Armadas estão a levar um grupo de ‘katsaps’ [nome depreciativo usado na Ucrânia para identificar russos] para o território da Ucrânia”, lê-se num relatório publicado no canal de análise militar DeepState, um canal Telegram que acompanha diariamente o curso da guerra.

O mesmo canal também relatou a destruição de dois tanques russos Ka-52, um camião militar russo e um grupo de infantaria russa que estava numa ponte na área.

A Ucrânia não confirmou oficialmente a operação.

O DeepState também informou que houve um ataque aéreo ucraniano no referido distrito de Kursk, e a destruição, pelas tropas russas que defendiam a região, de um veículo blindado de combate ucraniano.

Numa outra mensagem publicada na madrugada desta quarta-feira, o DeepState explicou que não oferecerá mais informações sobre a incursão ucraniana em território russo para não comprometer a segurança das tropas de Kiev que executam a operação.

terça-feira, 6 de agosto de 2024

Pelo menos 90 manifestantes detidos na Nigéria com bandeiras russas

Por Lusa 06/08/24 

A polícia nigeriana afirmou, hoje, ter detido mais de 90 manifestantes que exibiam bandeiras russas, numa altura em que o país entra no sexto dia de protestos provocados pelas dificuldades económicas do país.

Oporta-voz da polícia, Olumuyiwa Adejobi, disse hoje à agência de notícias francesa AFP que mais de 90 manifestantes "foram detidos com bandeiras russas".

Num comunicado publicado nas redes sociais, o porta-voz do serviço de informações internas da Nigéria (DSS) disse que o DSS tinha "detido alguns alfaiates no Estado de Kano responsáveis pelo fabrico das bandeiras russas distribuídas na região", e que estava a conduzir uma investigação.

Milhares de pessoas têm-se reunido na Nigéria desde quinta-feira para protestar contra a subida dos preços e a má governação, numa altura em que o país mais populoso de África atravessa a sua pior crise económica desde há uma geração.

Segundo a agência espanhola EFE um total de 873 pessoas foram presas até agora, segundo as autoridades.

A mobilização diminuiu nos dias que se seguiram à repressão policial, mas centenas de manifestantes ainda saíram às ruas na segunda-feira nos estados do norte, nomeadamente Kaduna, Katsina e Kano, bem como no estado de Plateau, no centro do país.

Jornalistas da AFP e testemunhas viram alguns manifestantes a agitar bandeiras russas, um gesto fortemente condenado pelo chefe do exército nigeriano.

O Norte da Nigéria tem laços culturais, religiosos e socioeconómicos estreitos com os países vizinhos da região do Sahel, que assistiram recentemente a uma série de golpes de Estado liderados por militares aliados da Rússia.

"Os indivíduos que treinam outros para transportar bandeiras russas na Nigéria, a soberania da Nigéria, estão a atravessar a linha vermelha e não o aceitaremos", avisou o Chefe do Estado-Maior do Exército, general Christopher Musa, num briefing em Abuja, na segunda-feira.

Por seu lado, a embaixada russa na Nigéria negou qualquer envolvimento no caso. "O Governo da Federação Russa e os funcionários russos não estão envolvidos nestas atividades e não as coordenam de forma alguma", declarou a embaixada, num comunicado publicado no seu sítio da Internet.

"As intenções de alguns manifestantes de agitar bandeiras russas são escolhas pessoais e não refletem de forma alguma a posição oficial ou a política do Governo russo nesta matéria", acrescentou.

Na semana passada, a ONG Amnistia Internacional acusou a polícia de ter matado pelo menos 13 manifestantes no primeiro dia de protestos, enquanto a polícia nigeriana afirmou que sete pessoas tinham morrido, negando qualquer responsabilidade.

Num discurso transmitido pela televisão no domingo, o Presidente Bola Ahmed Tinubu apelou ao fim das manifestações e ao "fim do derramamento de sangue", mas os organizadores dos protestos prometeram continuar a mobilização.

O custo de vida na Nigéria tem aumentado desde que o Presidente chegou ao poder, em maio de 2023, com a inflação a atingir um máximo histórico de 33,95% em junho passado.

Esta situação fez subir os preços de produtos básicos como o arroz, o milho e o inhame, tornando-se incomportáveis para muitos nigerianos.

Todas as medidas de Tinubu - como a distribuição gratuita de cereais e o aumento do salário mínimo - não conseguiram atenuar o impacto na população de medidas como a supressão do subsídio aos combustíveis.

A Nigéria é o país mais populoso de África (mais de 213 milhões de pessoas) e também um dos seus principais produtores de petróleo, bem como uma das maiores economias do continente.

No entanto, quatro em cada dez nigerianos vivem abaixo do limiar da pobreza, de acordo com o Banco Mundial.

A inflação é uma das causas da grave crise de desnutrição nos estados do norte do país, que levou a um "aumento sem precedentes de admissões de crianças gravemente desnutridas" com complicações potencialmente fatais, segundo os Médicos Sem Fronteiras (MSF), em junho passado.