sexta-feira, 20 de outubro de 2023

ISRAEL: "Hamas planeou isto durante anos. Planearam isto em conjunto com o Irão"

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POR LUSA   20/10/23 

O presidente do Congresso Judaico Europeu (CJE) acusou hoje o Irão de planear com o Hamas o ataque de 07 de outubro contra Israel, aproveitando as vulnerabilidades de um Governo a braços com crises internas.

Numa entrevista à agência Lusa em Lisboa, onde presidiu a uma reunião do Comité Executivo do CJE, que termina hoje, Ariel Muzicant responsabilizou o Irão pelo conflito, uma vez que está por detrás dos diferentes movimentos e organizações que considerou serem "terroristas" e "todos iguais", como o grupo Estado Islâmico (EI), Irmandade Muçulmana, Hezbollah, Jihad Islâmica e Hamas.

"Não há dúvida de que a crise em Israel foi a base para este acontecimento. As perturbações internas, os combates, as manifestações, o facto de existirem tantos problemas na Cisjordânia foram das principais razões que levaram o Hamas a fazer o que fez. Por outro lado, atribuir a culpa apenas a esse facto seria completamente errado. O Hamas planeou isto durante anos, não é algo que tenham feito na semana passada. Planearam isto em conjunto com o Irão desde 2021", afirmou.

Garantindo que o exército israelita tem capacidade para "erradicar" o Hamas, e, se tal for necessário, também o Hezbollah, Jihad Islâmica e Estado Islâmico, Muzicant admitiu, contudo, não ter uma explicação para o falhanço dos serviços secretos israelitas na previsão do ataque do grupo islamita a Israel,

"Eles não sabem. Como é que eu posso saber? Não sou um especialista em segurança de Israel. Com todo o respeito. Não sei", respondeu, quando questionado pela Lusa, sublinhando, porém, que as autoridades israelitas estão numa "luta contra o mal", contra "organizações bárbaras e não contra os palestinianos".

"E enquanto existirem tais organizações, não teremos paz, nem em Israel, nem em qualquer outro lugar. Temos o EI, temos o Hamas, temos o Hezbollah, e é tudo o mesmo tipo de organização bárbara que quer trazer de volta o Califado e quer exterminar todos os que se lhe opõem. E, já agora, querem também trazê-lo de volta a Espanha e a Portugal", sustentou.

"Uma vez que esta era uma terra muçulmana, um dos seus planos é trazer de volta o Califado a Espanha e Portugal. Basta ler o que eles estão a escrever e a dizer. Eles querem levar o Califado e a Sharia e todas as suas ideias a todo o mundo. E, definitivamente, o que querem é a completa aniquilação de Israel e do povo judeu. Não é difícil de entender. Lê-se o que dizem, o que os seus líderes têm escrito e dito. Vejam o que a Irmandade Muçulmana está a dizer, o que a Al-Qaida estava a dizer, o que o EI estava a dizer, o que o Hamas está a dizer. É tudo a mesma merda", afirmou, assumindo não se importar com o adjetivo utilizado.

Para Muzicant, que defende a solução de dois Estados independentes, mas não a qualquer custo, a solução para o problema passa pela eliminação do Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, para que os palestinianos, "todos eles próprios vítimas" deste movimento considerado terrorista por União Europeia e Estados Unidos, possam ser livres.

"Toda a Palestina, e especialmente a Faixa de Gaza, foi vítima do Hamas. Não têm vivido uma vida normal desde que o Hamas tomou o poder em 2006. Têm estado sob o cerco do Hamas e não de Israel. A fronteira só aconteceu quando o Hamas começou a aterrorizar os civis israelitas com foguetes. Entre a saída de Gaza e a tomada de poder pelo Hamas, houve um período em que a Faixa de Gaza estava aberta, em que não havia bloqueio. As pessoas gostam de se esquecer disso. Foi depois de o Hamas ter iniciado o terrorismo que Israel bloqueou a Faixa de Gaza", argumentou.

Instado pela Lusa sobre o facto de Israel continuar a construir colonatos nos territórios ocupados na Cisjordânia, Muzicant lembrou que, nos acordos de paz de Oslo, em 1993, o então líder da Organização de Libertação da Palestina (OLP), Yasser Arafat, concordou que as fronteiras entre os dois territórios seriam definidas em negociações.

"Concordaram em sentar-se, negociar as fronteiras definitivas e encontrar uma solução para a existência de dois Estados. E o que Arafat fez foi, no dia seguinte, começar a bombardear autocarros, a matar civis, a intifada, etc. Podem culpar o colonato, mas, no fim de contas, enquanto não houver uma liderança na Autoridade Palestiniana que queira a paz e aceite que existe um Estado judeu e um Estado palestiniano, não haverá paz", sustentou.

"Defendo a ideia de que os judeus e os palestinianos podem viver em qualquer lugar, mas não pode haver um Estado palestiniano sem judeus e com dois milhões e meio de palestinianos a regressar a Israel. Era isso que Arafat queria e é isso que [o Presidente da Autoridade Palestiniana] Mahmoud Abbas está a querer, e essa não é a solução de dois Estados. Isso é a destruição de Israel", defendeu Muzicant.

"Se querem destruir o Estado de Israel através da chamada solução de dois Estados, em que dois milhões e meio de palestinianos regressam a Israel, isso é a destruição do Estado de Israel e do Estado judaico por outros meios, e isso não vai acontecer. Um Estado palestiniano não pode ser unificado, não pode ser sem judeus", acrescentou.


"A Rússia e o Hamas são semelhantes. A sua essência é a mesma", garante von der Leyen

A presidente da Comissão Europeia compara as ações do Hamas à Rússia, no que toca aos ataques deliberados contra civis, que diz constituir uma "forma bárbara de combate".

Em Washington, Ursula von der Leyen reforça o apoio a Israel e esclarece que enviar ajuda humanitária para a Faixa de Gaza não é um ato contraditório.



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EMBAIXADOR ESPERANÇADO QUE A CASTANHA DE CAJU SEJA EXPORTADA PARA CHINA NO PRÓXIMO ANO

Por: Tiago Seide   O DEMOCRATA  19/10/2023 

O embaixador da República Popular da China na Guiné-Bissau, Guo Ce, espera que no próximo ano a castanha de cajú seja exportada para aquele país asiático.

Na abertura do Seminário sobre a Construção da Comunidade de Futuro Compartilhado para a Humanidade e as Três Iniciativas Globais Propostas pela China, organizado pela Embaixada da República Popular da China em Parceria com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas da Guiné-Bissau (INEP) na quarta-feira, 18 de outubro de 2023.

Guo Ce manifestou o interesse da China em cooperar com o país no domínios da segurança, sublinhando que o seminário vai aprofundar a compreensão dos participantes sobre a visão de construção da comunidade de futuro compartilhado para a humanidade e as três iniciativas globais propostas pela China.

Para Gue Ce, a referida iniciativa proposta pelo presidente XI Jinping visa contribuir com as soluções chinesas para construir um mundo melhor, por entender que a paz, a estabilidade e a riqueza espiritual são básicas do desenvolvimento da sociedade humana. 

“O mundo está a passar por mudanças sem precedentes. Com base na visão de construção da Comunidade de Futuro Compartilhado para a Humanidade, as três iniciativas globais são caminhos para resolver os principais problemas que o mundo enfrenta. A construção da Comunidade de Futuro Compartilhado para a Humanidade e as três Iniciativas Globais propostas pela China demonstram que a China sempre será um construtor da paz mundial para o desenvolvimento global e defensor da ordem internacional” disse o diplomata Chinês. 

Presidindo ao ato, o Ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica, Braima Sanhá, afirma que a globalização pressupõe políticas comuns na busca da paz, no desenvolvimento, na segurança mundial, no combate ao terrorismo e ao crime organizado.

“O atual cenário mundial preocupa e constitui um desafio para qualquer cidadão do mundo e leva-nos a pensar em soluções para eventual saída que não fujam das iniciativas globais propostas pela China. Um mundo globalizado virado para a humanidade seria o ideal para inverter oatual cenário mundial de conflitos entre as nações”, insistiu o governante, reafirmando “a cooperação histórica” entre a Guiné-Bissau e a República Popular da China, que remonta desde os anos 60 até à data presente.

“Os nossos profundos agradecimentos às autoridades políticas, administrativas e académicas deste grande e fraterno país que é a República Popular da China que, hoje como ontem, sempre estiveram ao lado da Guiné-Bissau”, disse, lembrando o apoio que a China tem prestado à área social, nomeadamente a educação e a saúde, com destaque para a assistência ao Programa de Alimentação Escolar, que, através do PAM e da CRS, tem garantido uma refeição quente às crianças no país. 

AMNISTIA INTERNACIONAL: Clima? "Fracasso dos governos pode ser a maior violação de direitos"

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POR LUSA   19/10/23 

A organização não governamental (ONG) Amnistia Internacional preveniu hoje que "o fracasso dos governos em atuar sobre as alterações climáticas pode ser a maior violação intergeracional dos direitos humanos na história".

Em comunicado extenso, a ONG de defesa dos direitos humanos alertou para a tendência crescente de gravidade e frequência de eventos extremos, como cheias e incêndios, devido ao intensificar das alterações climáticas.

Por outro lado, acentuou, "o impacto das alterações climáticas tende a atingir desproporcionalmente a população mais vulnerável, perpetuando e agravando situações de pobreza já existentes".

Em 2023, recordou, "o aquecimento global provocou ondas de calor extremas, incêndios, degelo de glaciares e consequente subida do nível médio das águas do mar. (...) períodos de precipitação intensa que submergiram enormes regiões de vários países, inundando cidades inteiras e originando deslizamento de terras. Em todas estas situações, os direitos humanos das comunidades atingidas foram lesados, obrigando à necessidade de migração ou provocando a morte em casos mais extremos".

Perante estas consequências e pessoas afetadas, a Amnistia Internacional considera "necessário refletir sobre a responsabilidade dos Estados e das empresas na prevenção e mitigação dos efeitos das alterações climáticas.

É com neste contexto que a ONG alertou que "o fracasso dos governos em atuar sobre as alterações climáticas pode ser a maior violação intergeracional dos direitos humanos na história".

Nas palavras de Pedro A. Neto, diretor executivo da Amnistia Internacional -- Portugal, "as alterações climáticas são uma crise de direitos humanos sem precedentes. Interligam-se diretamente à vida e ao futuro das populações e os seus efeitos nocivos são globalmente visíveis, com o crescimento de situações de escassez alimentar, destruição de habitações, deslocações forçadas e mesmo a morte, pelo que o seu impacto limita severamente o usufruto dos direitos económicos, sociais e culturais. Com o agravamento das alterações climáticas e uma periodicidade cada vez maior de fenómenos extremados, a escassez de recursos culminará também numa verdadeira crise de direitos civis e políticos (...)".

De forma prospetiva, o documento identifica "riscos futuros".

No caso da Europa antecipa-se que o impacto climático vai ser "ainda mais percetível nos ecossistemas, nos setores económicos e na saúde das populações".

Quanto a Portugal, o país vai estar propenso "a enfrentar ondas de calor mais extremas, que significam um risco acrescido de secas, incêndios e mortes, a perda de biodiversidade, a diminuição dos caudais fluviais, uma maior necessidade de água para a agricultura, dificuldades crescentes na criação de gado, efeitos adversos em vários setores económicos, uma necessidade progressiva de energia para refrigeração e dificuldades na produção da mesma".

Por fim, a Amnistia Internacional relembra que "o custo humano da degradação do planeta é vasto e envolve fome, privação de habitação, desemprego, deslocações forçadas, aparecimento de novos conflitos e morte".

Depois de antecipar um aumento destas deslocações forçadas, a Amnistia Internacional relembrou a inexistência de uma definição legal para os possíveis "refugiados climáticos" que, não estando contemplados como refugiados ao abrigo da Convenção das Nações Unidas sobre Refugiados, enfrentam problemáticas de segurança e prestação de asilo acrescidos.



quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Cabo Verde defende que português já devia ser língua de trabalho na ONU

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POR LUSA   19/10/23 

O primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, defendeu hoje que o português já devia ser língua de trabalho nas Nações Unidas, considerando que se trata de "um grande desafio" que todos os países lusófonos devem vencer.

Em declarações à agência Lusa à margem da sessão de abertura do XI Encontro de Escritores de Língua Portuguesa, na cidade da Praia, capital cabo-verdiana, o chefe do Governo considerou que "é o tempo de fazer com que os custos de implementação não sejam um obstáculo à língua portuguesa na comunidade das Nações".

"Eu creio que um dia chegaremos lá porque as justificações têm sido sempre financeiras, económicas, mas há de se ultrapassar", disse, admitindo que se trata de "um grande debate e um grande desafio".

Ulisses Correia e Silva lembrou o repto que foi lançado no discurso do Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, na Assembleia-geral da ONU, em setembro último, referindo que é uma ambição justa porque "há milhões de falantes com muita diversidade".

Questionado sobre o papel da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) neste objetivo, o primeiro-ministro de Cabo Verde considerou que, como representante dos diferentes países lusófonos, a organização "também deve fazer esta luta conjunta".

Na sessão de abertura do encontro de escritores, que tem como tema nesta edição "A língua portuguesa, expressão de liberdade, democracia e desenvolvimento municipal", o presidente do Instituto Internacional de Língua Portuguesa (IILP), João Neves, referiu que a criação literária contribui para que o português "ganhe significado".

O responsável considerou que "a literatura contribui para a formação humana" porque a sua ligação à língua promove "a formação de cidadãos críticos", permitindo assim "um exercício de cidadania mais plena".

Discursando também na sessão de abertura do evento, o secretário-geral da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA), Vítor Ramalho, justificou a realização dos últimos encontros em Cabo Verde pelo seu património cultural e elogiou a "determinação terrível" dos cabo-verdianos "para ser o que são".

Após a sessão de abertura, foi feita uma homenagem ao escritor cabo-verdiano David Hopffer Almada.

Durante o evento foram ainda apresentados os vencedores da 8.ª edição do Prémio de Revelação Literária UCCLA-CMLisboa - Novos Talentos, Novas Obras em Língua Portuguesa, atribuído 'ex aequo' a André Bazzoni Bueno (Brasil) e a Leonel Barbosa (Portugal).

A XI edição dos Encontros de Escritores de Língua Portuguesa, que termina na sexta-feira, conta com uma homenagem a Amílcar Cabral, que liderou as independências da Guiné-Bissau e Cabo Verde.

Nesta edição será debatida a "atualidade do pensamento" de Cabral, no âmbito dos 100 anos do seu nascimento, que se assinalam em 2024, e, na sexta-feira, o presidente da Fundação Amílcar Cabral, o ex-chefe de Estado cabo-verdiano Pedro Pires, fará uma intervenção sobre o legado do líder histórico.

Os Encontros de Escritores de Língua Portuguesa foram iniciados pela UCCLA em 2010, para a valorização da cultura, a difusão e promoção das literaturas dos países lusófonos e a troca de experiências entre escritores.

Na XI edição, participam os escritores Jacques dos Santos (Angola), António Baptista, Fátima Fernandes, Felisberto Vieira, José António dos Reis, José Maria Semedo, Lúcia Cardoso, Madalena Neves, Odair Varela, Vera Duarte e Vlademiro Furtado (Cabo Verde), Amadú Dafé (Guiné-Bissau), Sheila Khan (Moçambique) José Pedro Castanheira, José Pires Laranjeira e Leonel Barbosa (Portugal), Olinda Beja (São Tomé e Príncipe) e Pedro Casteleiro (Galiza).

Os encontros contarão com a presença do Presidente cabo-verdiano, José Maria Neves, no encerramento.

A UCCLA organiza os encontros juntamente com a Câmara Municipal da Praia, com o apoio da Academia Cabo-verdiana de Letras e da Sociedade Cabo-Verdiana de Autores e da SPA - Sociedade Portuguesa de Autores.

*** A Lusa viajou para a Praia a convite da UCCLA ***


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Falta de energia eléctrica causa danos em vários aparelhos cirúrgicos no Hospital de Cumura


Radio TV Bantaba

Governo de Israel pede a militares para se prepararem para entrada em Gaza

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POR LUSA   19/10/23 

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse hoje às tropas terrestres para estarem prontas para entrar na Faixa de Gaza, embora não tenha dito quando a invasão começará.

Numa reunião com soldados de infantaria israelitas, na fronteira de Gaza, Yoav Gallant instou as forças militares a "organizarem-se e ficarem prontas" para uma ordem de entrada.

Israel concentrou dezenas de milhares de soldados ao longo da fronteira após um ataque perpetrado por militantes do grupo islamita Hamas, em 07 de outubro, que fez cerca de 1.400 vítimas, sobretudo civis.

Na preparação de uma incursão terrestre, ataques aéreos israelitas atingiram hoje locais em toda a Faixa de Gaza, incluindo partes do sul que Israel tinha declarado como zonas seguras, aumentando o medo entre mais de dois milhões de palestinianos.

Com as autoridades ainda a trabalhar na logística para a entrega de ajuda vinda do Egito para Gaza, hospitais sobrecarregados tentaram fazer render os suprimentos médicos e o combustível para geradores a diesel, a fim de manter o equipamento a funcionar.

Médicos em enfermarias escuras costuravam feridas à luz de telemóveis e um médico do maior hospital em Gaza relatou que os funcionários usavam vinagre da loja da esquina para tratar feridas infetadas.

O consentimento de Israel para que o Egito permitisse a entrada de alimentos, água e medicamentos proporcionou a primeira possibilidade para uma abertura no seu isolamento do território.

Muitos dos 2,3 milhões de residentes de Gaza têm apenas uma refeição por dia e bebem água suja.

Israel não declarou o combustível como item permitido na ajuda humanitária, mas um alto funcionário da segurança egípcia disse que o seu Governo estava a negociar a entrada de combustível para hospitais.

O Ministério da Saúde de Gaza apelou aos postos de gasolina para que dessem todo o combustível que restasse aos hospitais e a agência da ONU para refugiados palestinianos, UNRWA, doou algum do combustível restantes para esses hospitais, segundo a porta-voz Juliette Touma.

Pelo menos 80 civis feridos e 12 mortos foram levados para os hospitais na manhã de hoje, depois de testemunhas terem relatado que um ataque atingiu um prédio residencial em Khan Younis.

O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, disse que 3.785 pessoas foram mortas em Gaza desde o início da guerra, a maioria delas mulheres, crianças e idosos.

Quase 12.500 outras pessoas ficaram feridas e acredita-se que outras 1.300 pessoas estejam enterradas sob os escombros, disseram as autoridades de saúde.



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PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA SUSPENSO DE FUNÇÕES

 
Notabanca, 19.10.2023

Ministro da Defesa Nacional Nicolau dos Santos, encoraja as Forças Armadas dos Estados Membros da CPLP, para estarem na altura de dar respostas aos desafios na Manutencão da Paz e Segurança das Populações.

 Radio TV Bantaba

Exército ucraniano cruza o rio Dnieper e espera mais ajuda ocidental

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POR LUSA   19/10/23 

O Exército ucraniano atravessou o rio Dnieper e entrou na parte ocupada da região de Kherson, onde terá libertado pelo menos uma cidade, enquanto aguarda a chegada de mais mísseis e aviões F-16.

De acordo com o Estado-Maior General das Forças Armadas ucranianas, o Exército ameaça romper as defesas russas em Kherson, com desembarques na margem esquerda do rio Dnieper e tentativas de se estabelecer nestas posições.

No seu relatório de hoje, o Estado-Maior anuncia a libertação da cidade de Pischanivka, salientando que a aviação russa a tinha bombardeado.

O Instituto para o Estudo da Guerra (ISW) confirmou, com base em imagens geolocalizadas, os avanços ucranianos a norte de Pischanivka e da vizinha Poima, ambas a cerca de três quilómetros a leste do Dnieper.

No entanto, o governador imposto por Moscovo em Kherson, Vladimir Saldo, insiste que "as tentativas do inimigo de se firmar na margem esquerda não tiveram sucesso", acrescentando, na rede social Telegram, que as forças ucranianas se retiraram após terem sofrido graves perdas.

Em agosto, a Ucrânia tinha feito várias tentativas de cruzar o rio Dnieper, tendo mesmo conseguido hastear a bandeira do país perto da ponte Antonivka.

O ISW refere que, por sua vez, as forças russas fizeram "avanços confirmados" por imagens geolocalizadas numa rodovia ao sul da cidade de Avdivka.

Na semana passada, a Rússia lançara uma forte ofensiva para cercar e tomar esta cidade, que em 2021 tinha uma população estimada em 31.000 habitantes, mas que agora pouco ultrapassa os 1.600.

Até agora, a Ucrânia nunca perdeu o controlo de Avdivka e transformou a localidade num dos seus principais bastiões na região de Donetsk na luta contra as forças russas.

Esta ofensiva, segundo a Ucrânia, já custou a vida a milhares de soldados russos.

O chefe da administração militar da cidade, Vitali Barabash, disse à televisão ucraniana que a situação em Avdivka "é realmente muito difícil", o que impede a entrega de ajuda humanitária aos civis.

Entretanto, a ajuda do Ocidente é uma outra frente da guerra, com o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a falar hoje aos norte-americanos num discurso televisionado onde irá explicar o pedido que fará ao Congresso para reforçar a ajuda à Ucrânia.

Em Kiev, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Dmitro Kuleba, mostrou-se otimista sobre a ajuda ocidental e anunciou a chegada de novos mísseis ATACMS e dos esperados caças F-16.

"Já temos à nossa disposição todos os tipos de armas que queríamos. Agora trata-se de aumentar a sua quantidade, alcance e modificação", disse o chefe da diplomacia ucraniana, numa entrevista televisiva.

Kuleba observou que a entrega dos ATACMS, utilizados no início desta semana pela primeira vez na guerra ucraniana, foi concluída graças a um acordo entre Biden e o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, durante a recente visita deste último à Casa Branca.

Além disso, o ministro ucraniano garantiu que, durante o primeiro semestre de 2024 a Ucrânia receberá os F-16, "assim que os pilotos concluírem a sua preparação" e as pistas de aterragem destes caças estiverem prontas.


O PRESIDENTE PRESIDE O CONSELHO DE MINISTROS

O Conselho de Ministros reuniu-se esta quinta-feira, 19 de outubro de 2023, na Sessão Ordinária, sob a presidência do Chefe de Estado, General Umaro Sissoco Embalo.

 Presidência da República da Guiné-Bissau

"Restabelecimento da energia elétrica é temporário"_afirmou esta quinta-feira (19.10) o Ministro da Energia e, revela ainda que o Contrato assinado com a empresa Turka KARPOWER é difícil de cumprir.


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Ministro do Comércio abre a Consulta Nacional Inclusiva sobre os Direitos Humanos na Guiné-Bissau. A organização conjunta do Ministério de Justiça e das Nações Unidas insere se no quadro dos 75 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

 Radio Voz Do Povo 

 PR Embalo preside neste momento pela primeira vez o Conselho de Ministros da décima primeira legislatura no Palácio da República.

Radio Voz Do Povo 

Reações à contraofensiva israelita ameaçam relações com União Africana

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POR LUSA    19/10/23 

A forma como a UE e o Ocidente reagirem à contraofensiva israelita em Gaza depois do ataque do Hamas no dia 07 ameaçam "comprometer as relações entre a Europa e a União Africana", consideram analistas contactados pela Lusa.

"Se a União Europeia (UE) continuar a apoiar Israel, independentemente da situação, criará uma espécie de ferrugem, aumentando as tensões já existentes com a União Africana (UA) -- que tem uma posição forte [sobre a questão de apoio à causa palestiniana]", afirmou em declarações à Lusa a analista do International Crisis Group (ICG), Liesl Louw-Vaudran, conselheira sénior da organização para as questões relacionadas com a UA.

"Espero que isto não influencie as relações fortes entre a UA e a UE", afirmou, acrescentando que, no processo de tomada de decisões relativas à invasão da Ucrânia pela Rússia, "isto foi claro, porque nem todos os países africanos apoiaram a posição europeia".

Se, no caso da guerra na Ucrânia, o continente se dividiu sensivelmente pela metade, no caso do conflito no Médio Oriente, "é diferente", disse ainda Louw-Voudran, apontando os factos de, não só Israel não ser um país europeu, como o de que "a situação está a evoluir muito rapidamente e muitas pessoas sentem que os direitos dos civis em Gaza estão a ser violados".

A forma como a situação no terreno evoluir determinará também uma maior clarificação sobre os alinhamentos no continente de apoio ou rejeição a cada um dos lados no conflito, ainda que, à partida, como sublinha a analista do Crisis Group, a UA e a grande maioria dos seus 55 estados membros "sempre apoiaram muito claramente a Autoridade Palestiniana de Mahmoud Abbas, e a solução de dois Estados".

"Em todas as cimeiras da UA, nos últimos anos, Mahmoud Abbas foi convidado a falar à organização. Nenhum outro chefe de Estado estrangeiro teve esse privilégio", sublinhou Louw-Voudran.

Esse apoio especial da UA à causa palestiniana foi expresso pela tomada de posição do presidente da comissão da organização pan-africana, Moussa Faki Mahamat, logo no dia 07, associando o ataque do Hamas à "negação dos direitos fundamentais do povo palestiniano, em particular de um Estado independente e soberano", apontando-a como "a principal causa da atual tensão israelo-palestiniana".

"Não sei até que ponto ele [Faki Mahamat] tinha realmente um mandato para fazer [aquela declaração]", disse a analista, mas esta "sempre foi uma posição da UA, que afirma que a causa principal do problema é a negação dos direitos dos palestinianos".

Peter Fabricius, consultor do "think tank" sul-africano Institute for Security Studies (ISS) em Pretória, prevê também que "a forma como o conflito se desenrolar, se Israel invadir Gaza e causar um número ainda maior de vítimas palestinianas, poderá ter impacto" no alinhamento dos Estados africanos em eventuais tomadas de posição no seio das instituições multilaterais.

Israel tem, nos últimos anos, protagonizado feitos diplomáticos expressivos tanto no continente africano como no chamado mundo árabe, sobretudo desde os Acordos de Abraão, assinados com os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein em setembro de 2020.

No continente africano, Chade, Marrocos e Sudão representam igualmente grandes vitórias recentes para Telavive, reconhecida hoje como a capital de um estado por 46 países africanos e onde quase três dezenas têm instaladas representações diplomáticas.

Mas "as relações diplomáticas não significam necessariamente apoio político mútuo", sublinhou Fabricius, e, dependendo de como a guerra evoluir, "as pessoas tomam as suas próprias posições sobre estas questões".

Por exemplo, segundo Fabricius, "a África do Sul tem relações diplomáticas com Israel, mas há anos a sua embaixada em Telavive foi retirada como forma de protesto contra a ocupação da Palestina por Israel".

Pretória e Argel foram também as principais opositoras ao estatuto de observador diplomático na UA oferecido por Mahamat em fevereiro de 2021 a Israel e assumem-se como as suas vozes mais críticas em África.

A África do Sul pós-apartheid tem-se mantido como apoiante firme da causa palestiniana no continente nas últimas quatro décadas. Nelson Mandela comparou a luta dos palestinianos e a ocupação israelita com a dos negros sul-africanos contra o domínio branco e afirmou como "incompleta" a liberdade dos sul-africanos "sem a liberdade dos palestinianos". O Congresso Nacional Africano mantém-se fiel a este mantra e foi através do partido no poder que Pretória considerou "a nova conflagração" como "consequência da continuação da ocupação ilegal e da colonização da Palestina".

Os governos africanos herdeiros dos movimentos de libertação africanos, na sua generalidade, mas em particular os 16 estados-membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC, na sigla em inglês, de que fazem parte Angola e Moçambique), afinam pelo diapasão tocado por Mandela relativamente à questão palestiniana.

Entre estes, os membros lusófonos da SADC "estão a tentar equilibrar os seus interesses económicos e estratégicos, pondo de lado o conflito israelo-árabe, e estão muito enredados em tentar ser neutros e não parecer demasiado próximos de um lado em detrimento do outro", considerou David O. Monda, professor de ciências políticas na City University em Nova Iorque.

"Mas penso que o sentimento mais alargado em Maputo e em Luanda será de simpatia pelos palestinianos, simplesmente devido à relação historicamente próxima entre estas administrações e o movimento de libertação palestiniano", acrescentou o investigador queniano.

Maputo não tomou posição até agora sobre o ataque do Hamas e a contraofensiva israelita em Gaza, mas Luanda não teve como "escolher o silêncio", na expressão de Monda, até porque foi provocada pelo embaixador israelita em Luanda, que lamentou a não-condenação expressa do ataque do Hamas na posição assumida pela SADC no passado dia 10, assinada pelo Presidente João Lourenço, na qualidade de líder em exercício da organização.

O chefe da diplomacia angolana, Téte António, chamou o embaixador israelita ao Ministério, acabando por dizer a Shimon Solomon que, não apenas Luanda "condena todo e qualquer tipo de ato violento que venha a perigar a paz e estabilidade da região", como a "solução para o conflito passa, necessariamente, pelo cumprimento das resoluções das Nações Unidas sobre a existência de dois Estados coabitando pacificamente".

No seu discurso sobre o estado da nação, segunda-feira, João Lourenço, embora tenha considerado que Israel tem direito a defender-se e proteger a vida dos seus cidadãos, frisou "que esse mesmo direito tem igualmente o povo palestino, que vive há décadas uma situação de contínua ocupação e anexação de partes do seu território, situação inaceitável em pleno século XXI".



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Rússia denuncia política militar dos EUA, Coreia do Sul e Japão

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POR LUSA    19/10/23 

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo denunciou hoje "a perigosa" política militar dos Estados Unidos e dos aliados japoneses e sul-coreanos em relação à Coreia do Norte, após conversações em Pyongyang com dirigentes norte-coreanos.

"Tal como os nossos amigos norte-coreanos, estamos seriamente preocupados com a intensificação das atividades militares dos Estados Unidos, do Japão e da Coreia do Sul na região e com a política de Washington (...). Opomo-nos a esta linha não construtiva e perigosa", declarou Serguei Lavrov à imprensa.

Os norte-americanos estão "a deslocar infraestruturas estratégicas para a região, incluindo elementos nucleares", afirmou, sem pormenorizar.

"Opomo-nos a esta linha não construtiva e perigosa", acrescentou.

Em visita oficial à Coreia do Norte desde quarta-feira, Lavrov afirmou que Moscovo, Pequim e Pyongyang "procuram propor alternativas construtivas à escalada das tensões" na região.

"Somos a favor do estabelecimento de um processo de negociação regular sobre questões de segurança na península coreana, sem condições prévias", disse aos jornalistas.

Esta visita à Coreia do Norte surge num momento de aproximação entre Moscovo e Pyongyang, num contexto de conflito na Ucrânia, com os Estados Unidos a temerem que a Rússia procure obter armas para uma ofensiva junto do vizinho norte-coreano.

Em setembro, o Presidente russo, Vladimir Putin, recebeu o líder norte-coreano, Kim Jong-un no Extremo Oriente russo para uma cimeira com grande pompa, mas, na altura, o Kremlin garantiu não ter assinado qualquer acordo na ocasião.

De acordo com o Kremlin, as conversações de Lavrov esta semana deverão lançar as bases para uma futura visita de Putin à Coreia do Norte.

"Os contactos entre as duas capitais vão continuar", frisou o chefe da diplomacia russa.


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A posição oficial da Rússia sobre a guerra entre Israel e o Hamas: um dilema para os media

 Com um histórico de apoio ao Hamas, mas de cautelosas relações amistosas com Israel, a Rússia viu-se com algumas escolhas difíceis a serem feitas devido ao ataque do grupo palestiniano ao Estado judeu e à resposta de Israel.

A sua retórica até agora sugere que Moscovo está à procura de um meio-termo, ao mesmo tempo que procura formas de transformar a guerra em vantagem diplomática.

©Voaportugues.com

𝗝𝗢𝗩𝗘𝗠 𝗚𝗨𝗜𝗡𝗘𝗘𝗡𝗦𝗘 𝗢𝗥𝗚𝗔𝗡𝗜𝗭𝗔 𝗘𝗠 𝗕𝗜𝗦𝗦𝗔𝗨 𝗨𝗠 𝗠𝗜𝗡𝗜-𝗖𝗨𝗥𝗦𝗢 𝗦𝗢𝗕𝗥𝗘 𝗘𝗦𝗧𝗨𝗗𝗢𝗦 𝗗𝗘 𝗚É𝗡𝗘𝗥𝗢

Em colaboração com o Centro de estudo e pesquisa sobre mulher e género na Guiné-Bissau (CEPEMG-GB), a jovem Iadira António Impanta promove em Bissau um minicurso de "introdução aos estudos de género", visado ao público em geral e aos profissionais  que intervêm, direta ou indiretamente nas áreas de direitos humanos no país.

Doutorada em Antropologia Social, Iadira Impanta explicou que a iniciativa visa essencialmente apresentar/discutir  forma sucinta as produções intelectuais africanas sobre género, numa perspectiva africana.

© Rádio Jovem Bissau

Ú𝗠𝗔𝗥𝗢 𝗦𝗜𝗦𝗦𝗢𝗖Ó 𝗘𝗠𝗕𝗔𝗟Ó 𝗣𝗥𝗘𝗦𝗜𝗗𝗘 𝗣𝗘𝗟𝗔 𝗣𝗥𝗜𝗠𝗘𝗜𝗥𝗔 𝗩𝗘𝗭 𝗢 𝗖𝗢𝗡𝗖𝗘𝗟𝗛𝗢 𝗗𝗘 𝗠𝗜𝗡𝗜𝗦𝗧𝗥𝗢𝗦 𝗗𝗢 𝗚𝗢𝗩𝗘𝗥𝗡𝗢 𝗗𝗘 𝗚𝗘𝗥𝗔𝗟𝗗𝗢 𝗠𝗔𝗥𝗧𝗜𝗡𝗦

Por Rádio Jovem Bissau

Desde entrada em funções do executivo sob liderança do Geraldo Martins, o chefe de Estado reúne pela primeira vez no palácio presidencial, o elenco governamental para analisar juntos a situação de governação do país.

Segundo agenda do Presidente da República para esta quinta-feira (19.10.23), partilhada pelo seu gabinete de Comunicação, a reunião magna semanal do executivo terá lugar no palácio presidencial no período da manhã.

Ministério do Interior responde a controvérsias sobre casos policiais e falecimento de Jovem

Por: Geraldo C  ©Radio TV Bantaba  Outubro 18, 2023 

Segurança: Numa nota de imprensa a que a TV BANTABA teve acesso, o Ministério do Interior disse ter tomado conhecimento ontem, dia 17 de outubro de 2023, do falecimento de um jovem que se identifica com o nome de Abdul Carimo Sani, através do seu pai. Segundo as informações por ele fornecidas, a origem da morte do filho deve-se a uma agressão policial ocorrida no dia 30 de setembro último.

Nesta conformidade, o Ministério do Interior lamenta o facto e, em nome da Ministra do Interior e da Direção do Ministério, endereça as mais sentidas condolências à família do malogrado.

Ainda relativamente a este triste acontecimento, o Ministério do Interior recebeu uma carta aberta da Liga Guineense dos Direitos Humanos, cuja versão sem assinatura já circulava nas redes sociais. Nessa carta, esta Organização dos Direitos Humanos acusa o Ministério do Interior de um silêncio ensurdecedor e inquietante passividade por parte da responsável máxima da instituição, Ministra do Interior, perante este e ainda outro caso da operação policial que decorreu no dia 4 de outubro corrente.

O Ministério do Interior lamenta o tratamento que se pretende dar a este assunto e tranquiliza a opinião pública nacional de que está a cumprir com suas atribuições, respeitando um dos princípios basilares da justiça que consiste no sigilo enquanto o processo segue os seus trâmites normais no fórum apropriado.

Na nota, o Ministério do Interior assegura a opinião pública de que os referidos casos já se encontravam sob a alçada da Polícia Judiciária, que está a realizar suas investigações antes mesmo da receção da referida carta aberta.

O Ministério do Interior, assegura que enquanto instituição pública, sempre terá suas portas abertas para atender a todos os interessados nos assuntos sob a sua responsabilidade, respeitando os parâmetros legalmente estabelecidos.

O ministério termina a sua nota, sendo a instituição que tem por missão de garantir a ordem pública, tranquilidade e segurança dos cidadãos guineenses em todo o território nacional, no que tange a todos os seus direitos fundamentais, está e estará sempre no primeiro plano do Ministério do Interior.

//RTB

quarta-feira, 18 de outubro de 2023

ONU pede a países da África Central que garantam acesso à informação

© Reuters

POR LUSA   18/10/23 

O sistema das Nações Unidas em São Tomé e Príncipe pediu hoje aos Estados da África Central que garantam a proteção jurídica do direito de acesso à informação para promover a transparência e construir uma sociedade mais aberta, informada e justa.

Segundo o coordenador residente do sistema das Nações Unidas em São Tomé e Príncipe, Eric Overvest, "apenas 135 países adotaram leis específicas sobre o direito de acesso à informação, dos quais 27 são países africanos e apenas um é da África Central, nomeadamente Angola.

Além de Angola, fazem parte da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) Burundi, Camarões, República Centro-Africana, Tchad, Congo, Guiné Equatorial, Gabão, Ruanda, São Tomé e Príncipe e República Democrática do Congo.

"Recomendamos vivamente aos Governos da Região da África Central que se empenhem na proteção jurídica do acesso universal à informação como uma perspetiva fiável para melhorar os processos democráticos e fortalecer as instituições", disse Eric Overvest.

O representante da ONU falava na abertura de uma formação aos jornalistas, sociedade civil e representantes de instituições públicas sobre o direito de acesso à informação.

"O acesso universal à informação é um dos principais compromissos no mandato da Unesco, porque ao mesmo tempo que encoraja o livre acesso às fontes, insiste igualmente na disseminação de informação fiável para salvar vidas", disse Eric Overvest.

O coordenador residente da ONU referiu que "num mundo cada vez mais globalizado" se exige "acesso maior e mais livre ao conhecimento para melhor construir sistemas e dados abertos para reduzir as desigualdades, promover a inovação, contribuir para o desenvolvimento sustentável, criar e reforçar a resiliência das pessoas às adversidades, como as alterações climáticas, a desigualdade de género e o desemprego jovem".

O represente das Nações Unidas enfatizou "a importância da vontade política na promoção desse direito fundamental", considerando que "quando os líderes governamentais e as partes interessadas comprometem-se com a transparência e o acesso à informação estão a construir uma sociedade mais aberta, informada e justa".

Eric Overst sublinhou ainda que através desta lei pode-se "garantir que as informações essenciais sejam divulgadas de forma transparente promovendo a responsabilidade e fortalecendo as instituições democráticas".

Na abertura da formação que vai decorrer até sexta-feira, o ministro da Presidência do Conselho de Ministros e Assuntos Parlamentares são-tomense, que tutela a comunicação social, sublinhou a importância da formação como um dos objetivos essenciais do Governo.

"Quando nós falamos de garantir o acesso à informação, quando nós temos isso como direito é uma forma de nós protegermos o cidadão contra qualquer forma de descriminação, porque um cidadão bem informado, conhece os seus direitos e pode reclama-los", disse Gareth Guadalupe.

No entanto, o ministro sublinhou que com o direito de acesso à informação deve ser garantido "com o direito do cidadão ser protegido contra a desinformação e a manipulação da informação", a privacidade, os dados pessoais e as "crianças contra o acesso à informações nocivas".

O acesso às informações públicas tem sido uma das preocupações da rede da sociedade civil são-tomense o que levou a elaboração de um anteprojeto de lei de acesso aos documentos e informações administrativas entregue ao parlamento em 2018, mas até ao omento não foi analisada pelos deputados.



Leia Também: Gabão. ONU quer apoiar transição de regresso à ordem constitucional

INTELIGÊNCIA EUROPEIA: Explosão em hospital de Gaza causou "dezenas" de mortos e não centenas

© Getty Images/Anadolu Agency

POR LUSA    18/10/23 

A explosão num hospital de Gaza, cuja responsabilidade resultou numa troca de acusações entre israelitas e movimentos armados palestinianos, causou "algumas dezenas de mortos" e não centenas, adiantou hoje à agência France-Presse fonte de um serviço de inteligência europeu.

"Não há 200 nem mesmo 500 mortos, mas sim algumas dezenas, provavelmente entre 10 e 50", referiu esta fonte que falou à AFP sob condição de anonimato.

O mesmo responsável de um serviço de inteligência europeu também acredita que "Israel provavelmente não fez isso [o ataque]", segundo as "pistas sérias" de inteligência disponíveis nesta agência.

Já hoje, o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo movimento islamita Hamas, referiu que a explosão causou pelo menos 471 mortos.

Israel atribuiu a explosão a um ataque fracassado de foguetes da organização palestiniana Jihad Islâmica, que negou a responsabilidade.

"O edifício não foi destruído", acrescentou esta fonte europeia.

E "o hospital provavelmente já tinha sido evacuado anteriormente, como todo um conjunto de hospitais localizados no norte de Gaza", depois da imposição nesse sentido feita dias antes pelo Exército israelita.

A mesma fonte realçou ainda que "não há provas que apoiem" a presença de centenas de pessoas no estacionamento do hospital onde ocorreu o bombardeamento.

Os Estados Unidos invocaram hoje os seus próprios serviços de inteligência para apoiar, inclusive através do seu Presidente Joe Biden, em visita a Israel, que o Estado judeu não é o culpado.

"Continuamos a recolher informações, mas a nossa posição hoje, baseada na análise de imagens aéreas, comunicações intercetadas e informações de acesso aberto, é que Israel não é responsável pela explosão que ocorreu no hospital de Gaza", destacou Adrienne Watson, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, através da rede social X (antigo Twitter).

Também o Exército israelita insistiu hoje que o edifício do hospital não ficou sequer destruído e que terá havido apenas uma pequena explosão no parque de estacionamento adjacente causada por um foguete da Jihad Islâmica, eventualmente por um erro.

A explosão no hospital ocorreu no momento em que Israel tem bombardeado incansavelmente Gaza, desde o sangrento ataque surpresa de 07 de outubro do Hamas, que matou 1.400 pessoas em Israel, a maioria delas civis.

A resposta israelita causou pelo menos 3.478 mortos no superpovoado território palestiniano, a maioria civis, segundo as autoridades locais.



Leia Também: Bombardeamentos israelitas em Gaza fazem pelo menos 40 mortos

O Ministro da Educação Nacional, Braima Sanhá, recebeu esta tarde a visita dos 18 quadros recém formados proveniente da República da Rússia.

 


 Radio Voz Do Povo

Israel autoriza entrada de ajuda humanitária em Gaza a partir do Egito

© Lusa

POR LUSA  18/10/23 

O Governo de Israel vai autorizar a entrada pelo Egito de quantidades limitadas de ajuda humanitária na Faixa de Gaza cercada, indicou hoje o gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

Segundo a mesma fonte, a decisão foi aprovada devido a um pedido do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em visita a Israel.

Num comunicado, o executivo israelita indicou que "não irá impedir" o fornecimento de alimentos, água e medicamentos, desde que esses bens não cheguem ao movimento islamita palestiniano Hamas, que a 07 de outubro lançou um ataque a Israel que fez mais de 1.400 mortos, desencadeando uma forte retaliação israelita e um cerco à Faixa de Gaza. A nota não refere o combustível, que está a escassear.

Não ficou claro quando é que a ajuda começará a entrar na Faixa de Gaza pela passagem egípcia de Rafah, que tem uma capacidade limitada e, segundo o Egito, foi danificada pelos ataques aéreos israelitas.

Israel, que controla a maioria dos postos de entrada em Gaza, diz que não permitirá o encaminhamento através do seu território de ajuda humanitária àquele enclave palestiniano pobre desde 2007 controlado pelo Hamas, grupo classificado como organização terrorista por Estados Unidos, União Europeia e Israel.

O Governo israelita exigiu também que a Cruz Vermelha internacional seja autorizada a visitar os israelitas sequestrados mantidos reféns em Gaza.


Leia Também: Necessários 100 camiões por dia de ajuda humanitária a Gaza, revela ONU

Entrevisata com Les Mes Monteiro tudu sobre a corte de energia na cidade de Bissau.


 Radio Voz Do Povo

Líder da oposição do Senegal retoma greve de fome

© Getty Images

POR LUSA    18/10/23 

O líder da oposição do Senegal, Ousmane Sonko, anunciou hoje que vai retomar a sua greve de fome "em solidariedade com as mulheres patriotas que foram presas injustamente pelas suas ideias políticas no país".

Ousmane Sonko, fundador do partido Patriotas Africanos do Senegal para o Trabalho, a Ética e a Fraternidade (Pastef), agradeceu, na sua página do Facebook, o apoio que tem recebido dos seus apoiantes desde que foi preso e insistiu na necessidade de continuar a resistir através dos meios que a sua situação lhe permite, razão pela qual vai retomar a greve de fome, pouco mais de um mês depois da última. 

Sonko está há vários meses a efetuar esta prática e, como consequência, já teve agravamentos de saúde.

O líder da oposição anunciou que decidiu recomeçar a greve de fome para marcar a sua "solidariedade com as corajosas irmãs patriotas injustamente presas por exprimirem as suas opiniões políticas", muitas delas ainda hoje.

Sonko denunciou ainda que estas estão "privadas de qualquer contacto com os seus entes queridos".

Através da sua comunicação frisou, ainda, que a sua detenção foi arbitrária, com o objetivo de o impedir de se candidatar às eleições presidenciais, previstas para 25 de fevereiro de 2024, na nação que faz fronteira com a Guiné-Bissau. 

Os advogados de Sonko apresentaram queixas ao Tribunal de Justiça da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e do Supremo Tribunal, numa tentativa de restaurar os direitos políticos do partido na perspetiva das próximas eleições presidenciais.

Sonko foi detido pela última vez no início de agosto, na sequência de uma disputa com um grupo de polícias que o filmava enquanto estava em prisão domiciliária em Dacar, mas também por ter incitado à insurreição ao apelar aos protestos populares numa mensagem publicada nas redes sociais.


CONTRATO DE FORNECIMENTO DE LUZ ENTRE EX-GOVERNO E KARPOWER

 


Por notabanca.blogspot.com

Rocket que atingiu hospital foi lançado por "grupo de terroristas dentro de Gaza", diz Biden

Joe Biden lembra que o Hamas não representa o povo palestiniano e que o grupo está a usar os civis como escudo humano

CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR AO VÍDEO

Por cnnportugal.iol.pt

GUINÉ-BISSAU: Bissau diz estar a pagar dívida, empresa quer mais garantias

© Lusa

POR LUSA    18/10/23 

O Governo da Guiné-Bissau pagou 6,6 milhões de dólares da dívida que levou ao corte de eletricidade, mas a empresa exige mais garantias para restabelecer o fornecimento, disse hoje o ministro da Energia, Issuf Baldé.

O governante falava à imprensa no segundo dia em que a capital do país está sem eletricidade depois da empresa Karpower, dona do barco que produz a energia, ter cortado o fornecimento, às 00:30 de terça-feira, por falta de pagamento.

Em causa está uma dívida de 17 milhões de dólares (15,8 milhões de euros) com a qual o atual Governo, em funções desde agosto, diz ter sido confrontado e que tem estado a negociar, tendo chegado a acordo com a empresa para liquidar 10 milhões de dólares (9,5 milhões de euros).

Depois de feito o acordo, segundo o ministro da Energia, a proprietária do barco exigiu "o pagamento imediato" dos 10 milhões de dólares e o Governo guineense tem estado a negociar com os bancos para juntar o montante em causa.

"Não é fácil arranjar 10 milhões de dólares de um dia para o outro num país como a Guiné-Bissau", referiu.

O ministro afiançou que o Governo pagou até ao dia de ontem (terça-feira) "6,6 milhões de dólares (6,27 milhões de euros)" e falta pagar "3,4 milhões de dólares (3,23 milhões de euros)".

Ainda assim, a empresa exige, segundo disse, uma carta com um plano de pagamento dos 3,4 milhões de dólares e respetivas garantias bancárias para restabelecer a distribuição de energia à população de Bissau.

O ministro indicou que, logo que toda a documentação esteja pronta, a empresa promete retomar o fornecimento de energia, o que pode acontecer ainda hoje.

Apesar de ocorrerem interrupções frequentes no fornecimento de energia de algumas horas, este é o primeiro corte do género desde que Bissau e os arreadores passaram a ser abastecidos pelo barco da empresa turca Karpower, em 2018.

Os geradores, que anteriormente eram a única fonte de energia, têm sido a solução de alguns nos últimos dois dias, mas a maior parte da população está sem energia elétrica.

O primeiro esclarecimento sobre o apagão foi dado, poucas horas depois do início, pela empresa pública Eletricidade e Águas da Guiné-Bissau (EAGB), que gere estes serviços básicos.

Na terça-feira, o ministro das Finanças, Suleimane Seide, reuniu-se com os responsáveis pela empresa turca Karpower, que produz a energia no barco, mas a reunião terminou sem uma data para a população voltar a ter luz.

Na conferência de imprensa de hoje, o ministro da Energia indicou que a retoma do fornecimento está dependente de a empresa entender que tem as garantias necessárias para reaver o remanescente da dívida.

O Governo da Guiné-Bissau anunciou, a 15 de setembro, que tinha negociado um plano de pagamento da dívida de eletricidade e evitado o corte, depois de a empresa ter ameaçado interromper o fornecimento, que agora se concretizou.

O atual executivo atribui a fatura em dívida ao Governo anterior e, concretamente, a uma adenda ao contrato inicial com a Karpower, que quase duplica a quantidade de energia fornecida a Bissau, de 17 megawatts para 30 megawatts mensais.

Segundo alega, o gasto "nunca ultrapassa os 22 [megawatts] mensais", o que significa que o país "está a pagar cerca de oito [megawatts] todos os meses, que é faturado e não é consumido".

O novo Governo quer a "renegociação do contrato" e disse já ter transmitido esta condição à empresa fornecedora de energia.



Leia Também: Bissau sem luz por falta de pagamento à única fonte de energia