terça-feira, 27 de junho de 2023
AUDIÊNCIAS DO PRESIDENTE: - ALEJANDRO BALDÉ, JOGADOR DO FC BARCELONA - ENVIADO ESPECIAL DO PRESIDENTE DE ZIMBABUÉ, SIMBARASHE MUMBERENGEGWI ...
Zelensky celebra "avanço em todas as direcções" de exército do país
© Artur Widak/NurPhoto via Getty Images
POR LUSA 27/06/23
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, saudou na segunda-feira o "avanço em todas as direções" do exército ucraniano, no âmbito da ofensiva para recuperar os territórios ocupados pela Rússia.
"Hoje [segunda-feira] os nossos guerreiros avançaram em todas as direções e este é um dia feliz. Desejo que os rapazes tenham mais dias como este", disse Zelensky durante um discurso, citado pela agência de notícias Europa Press.
"Obrigado por terem feito tudo o que estava ao vosso alcance para salvar as vidas dos nossos guerreiros (...) Foi um dia muito ocupado, um dia de muitas emoções. Tive a honra de agraciar os nossos guerreiros, de lhes agradecer pessoalmente, de lhes apertar a mão", acrescentou.
O ministro da Defesa do Reino Unido afirmou, na segunda-feira, na rede social Twitter, que a Ucrânia já recuperou 300 quilómetros quadrados na ofensiva de verão, o que é "mais território do que a Rússia capturou nas ofensivas de inverno".
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
Leia Também: Putin acusa responsáveis pela rebelião de "disparar contra os seus"
Ucrânia, Síria, Líbia, Mali… Os "pequenos homens verdes" transformaram-se no Grupo Wagner e só há uma regra: “Entrar a matar”
Por cnnportugal.iol.pt 27/06/23
Ficaram conhecidos em 2014, no Donbass. Não tinham “insígnias” e vestiam-se “de verde” e foram inicialmente chamados de “The Little Green Men”. Prigozhin lidera o grupo desde o início, mas após desafiar Moscovo o seu paradeiro é agora desconhecido. A CNN Portugal falou com dois especialistas que conhecem bem este grupo: a sua história, em que países atuam e como ganham dinheiro
Yevgeny Prigozhin era um homem de confiança de Vladimir Putin e criou um grupo de mercenários quando a Rússia precisou. “Quando ocorreu a invasão do Donbass, a Rússia não queria aparecer como invasora, então criou um grupo sem insígnia, de homens armados, vestidos de verde”, recorda Victor Ângelo, especialista na área das Relações Internacionais e ex-secretário geral adjunto da Organização das Nações Unidas (ONU), em entrevista à CNN Portugal.
Os pequenos homens verdes (The Little Green Men), como eram conhecidos em 2014/ 2015, “porque estavam todos vestidos de verde, como militares, mas não tinham qualquer tipo de insígnia” que os identificasse, fosse por país ou batalhão, explica Victor Ângelo. Este especialista recorda que, então, os russos asseguravam não ter nada a ver com o eles e que se tratava de gente do Donbass.
O Grupo Wagner alimenta-se de guerra, conflitos e é pago a peso de ouro, até com diamantes, por quem o contrata. Victor Ângelo acredita que tenham um “financiamento direto do governo russo” e que, além de dinheiro, a remuneração também possa incluir equipamento, armamento, logística e transporte.
Depois do Donbass, “a primeira grande expedição do grupo foi na Síria, quando a Rússia começou a ajudar o regime de Bashar al-Assad. Foram enviados, já como grupo Wagner, para proteger as bases militares russas na Síria, nomeadamente a base marítima e a base aérea”, conta Victor Ângelo.
“Depois, começaram a entrar na parte leste Líbia para ajudar a rebelião contra Tripoli”. E o caminho continuou. Seguiu-se o Mali, “onde devem estar cerca de dois mil homens” do Grupo Wagner. E depois, “na República Centro Africana”. Fazem também “circulação de logística, de bens e de armas, entre o leste da Líbia e os rebeldes do Sudão” e, neste momento, “estão em negociações com o governo do Burkina Faso”.
Como grupo mercenário “não seguem qualquer tipo de regra internacional em termos de respeito pelos direitos humanos, pelas regras da guerra, pelas questões humanitárias. É pura e simplesmente entrar a matar”, acrescenta o ex-secretário geral adjunto da ONU. Este é mesmo um dos motivos que leva alguns governos a contratarem os seus serviços.
“As Forças armadas russas não têm grande vontade para os integrar”
A grande maioria dos elementos do Grupo Wagner encontra-se agora na Ucrânia, mas os acontecimentos mais recentes podem fazer “desmobilizar” muitos, até porque, segundo informação interna recolhida por Victor Ângelo, estes elementos não deverão ser acolhidos pelo exército russo. “Não serão integrados, são puramente desmobilizados, porque as Forças Armadas russas não têm grande vontade para os integrar”.
E há vários motivos. “Muitos deles são antigos criminosos e as Forças armadas não querem, que ao lado dos soldados profissionais, estejam a combater antigos criminosos, porque diminui o moral das forças armadas convencionais”.
Mas não só. “A segunda razão é que são pessoas sem preparação militar tradicional. Não passaram por todos os cursos e formação dos militares tradicionais. É gente que foi puramente recrutada e à qual foi dado uma arma e a quem foi dito, agora vais combater”, acrescenta.
Nos últimos “seis, sete meses” foram muitas a vezes que Yevgeny Prigozhin criticou duramente o Ministério da Defesa russo e esse discurso é passado a quem está no terreno. Se houvesse a integração destes homens no exército russo, “a partir desse momento, o ministro e o Chefe do Estado Maior General passariam a ter militares nos quais não poderiam confiar”.
O atual paradeiro de Prigozhin é desconhecido e a Bielorússia nunca poderia ser escolha para o líder do grupo Wagner, segundo Victor Ângelo. “Mais cedo, e provavelmente mais cedo do que mais tarde, acabaria por ser preso por Aleksandr Lukashenko”, próximo de Vladimir Putin, assegura.
E lembra casos recentes em que se tem verificado situações de “muita gente a cair de escadas” e “por razões que não têm comparação em termos de gravidade com aquilo que este homem fez”. Mesmo sem excluir a possibilidade de o líder do Grupo Wagner ter rumado a África, tem dúvidas, porque muitos desses países “estão muito subordinados à Rússia”. E, por isso, este especialista admite que Prigozhin procure provavelmente um dos estados do Golfo ou similar, geografias que têm, apesar de tudo, alguma independência. Independentemente do local onde se encontre, Victor Ângelo tem uma certeza: Prigozhin “está numa situação muito, muito difícil”.
“Na Ucrânia eles faziam aquilo que as tropas russas não podiam fazer, que são os crimes bárbaros”
José Manuel Anes é ex-presidente do Conselho Consultivo do OSCOT - o Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo, e o nome Wagner não lhe é nada desconhecido. Para este especialista a ligação do grupo a África é forte e deverá continuar. “Porque ali há matérias-primas”, explica. Recebem dos governos e ainda ficam matérias-primas da zona, seja “diamantes ao ouro”. Exploram minas e é assim que também garantem o financiamento do grupo. “Dinheiro não lhes falta”, afirma. Na região de África devem estar cerca de “cinco mil homens” admite.
Mas a grande maioria dos homens continua na Ucrânia. “Na Ucrânia eles faziam aquilo que as tropas russas não podiam fazer, que são os crimes bárbaros. Portanto, misturam a parte militar com saques, violações, tudo. É realmente um grupo problemático”. E não tem dúvidas que ao nível de grupos mercenários este é “atualmente” o pior de todos.
“Só o grupo Wagner conta. Não têm restrições. Não querem saber se o governo é legítimo, se é ilegítimo, se a ONU tem mandato, se não tem. Estão ali para governar a vidinha, mais nada”, acrescenta.
O futuro parece incerto, principalmente sem se saber onde está Yevgeny Prigozhin. “Ele pode estar na Bielorrússia, pode estar em África”. E para José Manuel Anes este é um destino bastante possível. “Pode ter ido para África porque, na verdade, ali ninguém importuna”.
Quanto aos milhares de homens que ainda permanecem na Ucrânia, assume que alguns poderão regressar a África. Outros talvez permaneçam onde estão, até porque se fala na possibilidade de “serem integrados nas tropas russas”. Mas esta não é uma garantia porque também existe a possibilidade de “conspirarem contra o Putin. É tudo possível. Do Wagner é tudo possível”.
O exército privado de Putin
A organização terá sido fundada por volta de 2007, na Rússia, por um ex-oficial do exército russo, Dmitriy Valeryevich Utkin, com o apoio de Yevgeny Prigozhin, um oligarca russo com laços estreitos ao Kremlin. E é por isso, que muitos tratam o Grupo Wagner como um exército privado de Vladimir Putin.
As informações sobre o ex-oficial do exército russo Dmitriy Valeryevich Utkin são escassas. Terá servido como tenente-coronel das forças especiais do GRU (Direção Central do Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia) e recebido quatro Ordens de Coragem. Nasceu a 11 de junho de 1970 em Asbest, na Rússia.
Já Yevgeny Prigozhin é conhecido como "o chef de Putin". A alcunha virá do facto de ter feito fortuna em negócios de catering na década de 90. Terá conhecido Putin em 2001, no seu restaurante de luxo em São Petersburgo, o New Island, e em pouco tempo passou a fazer parte do círculo próximo do líder russo.
Dmitriy Valeryevich Utkin será o homem responsável pelo nascimento do Grupo, que só se torna visível aos olhos do mundo em 2014, durante a Guerra civil no leste da Ucrânia, o Donbass. É nessa altura que surgem relatos de soldados ucranianos que se cruzaram com homens fardados de verde, mas sem símbolos e que falavam russo. Os tais “Pequenos Homens Verdes”.
Putin acusa responsáveis pela rebelião de "disparar contra os seus"
© Lusa
POR LUSA 27/06/23
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, acusou na segunda-feira os responsáveis pela rebelião do último fim de semana de serem traidores e disse que as suas ações só beneficiaram a Ucrânia e aliados.
Num discurso de cerca de cinco minutos, transmitido pela televisão russa perto da meia-noite (22h00 em Lisboa), Putin acusou os responsáveis da revolta de tentarem forçar os mercenários do Grupo Wagner a "disparar contra os seus", numa referência aos soldados do exército russo.
Sem se referir ao líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, o chefe de Estado russo disse que "os inimigos da Rússia" esperavam que a rebelião armada dividisse e enfraquecesse o país, "mas eles calcularam mal".
Apesar de terem surgido, em vídeos publicados nas redes sociais, sinais de apoio da população à revolta, Putin garantiu que a Rússia permanece unida e elogiou os mercenários por terem evitado o "derramamento de sangue".
Horas antes, o Presidente russo tinha-se dirigido diretamente aos mercenários do Grupo Wagner, oferecendo-lhes a possibilidade de assinarem um contrato com o exército e de "regressarem às suas famílias e entes queridos" ou de "partirem para a Bielorrússia".
Putin teve ainda uma "reunião de trabalho" com responsáveis pela segurança do Estado, aos quais agradeceu o trabalho realizado durante a rebelião do Grupo Wagner.
O Presidente dos EUA, Joe Biden, garantiu na segunda-feira que o seu país e a NATO não tiveram qualquer envolvimento na rebelião na Rússia pelas forças mercenárias do Grupo Wagner.
Biden confirmou que realizou uma videochamada com aliados no fim de semana e que todos estão em sintonia na necessidade de não dar ao Presidente russo "uma desculpa para culpar o Ocidente" ou a NATO pela rebelião.
Na rebelião armada de 24 horas, liderada por Yevgeny Prigozhin, os mercenários tomaram a cidade de Rostov-on-Don, no sul da Rússia, e avançaram até 200 quilómetros de Moscovo.
A rebelião terminou com um acordo mediado pelo Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, que, segundo o Kremlin, estabelece que Prigozhin fique exilado na Bielorrússia, em troca de imunidade para si e para os seus mercenários.
Yevgeny Prigozhin justificou na segunda-feira a "rebelião" do grupo com a necessidade de "salvar" a organização, rejeitando ter tentando um golpe de Estado e adiantando que 30 dos seus mercenários morreram em confrontos com militares russos.
"O objetivo da marcha era evitar a destruição do Grupo Wagner", disse Prigozhin numa mensagem áudio de 11 minutos, em que quebrou o silêncio que mantinha desde sábado, quando recuou na "marcha sobre Moscovo", sem revelar onde se encontra, embora o Kremlin tenha garantido ao líder da organização paramilitar a possibilidade de se deslocar para a Bielorrússia.
Segundo Prigozhin, o grupo Wagner "estava ameaçado de desmantelamento pelas autoridades" russas.
Kremlin luta para salvar a imagem de Putin após motim de Wagner
A Rússia viveu a mais séria ameaça ao Estado em décadas, quando o grupo mercenário Wagner se amotinou e o seu líder ameaçou invadir Moscovo e afastar o Presidente Vladimir Putin do poder. O episódio deixa dúvidas sobre o rumo das operações na Ucrânia e o futuro político de Putin.
Letónia deixa de aceitar pedidos de visto de cidadãos russos
© Reuters
POR LUSA 26/06/23
A Letónia vai deixar de aceitar pedidos de visto de cidadãos russos, independentemente do motivo, anunciou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros deste país báltico, precisando que a medida tem efeitos imediatos.
Com esta decisão, a Letónia sela totalmente as fronteiras do país para com os cidadãos russos, justificando a medida com os "acontecimentos políticos internos imprevisíveis", numa alusão à rebelião dos mercenários do Grupo Wagner.
Apesar de a medida ter efeito imediato não abrange os pedidos de visto enviados até este domingo, dia 25 de junho, que ainda se encontrem pendentes e que serão processados.
Citada pela agência Efe, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Letónia, Diana Eglite, precisou que este é o único país báltico que decidiu suspender totalmente a aceitação de pedidos de visto por cidadãos russos.
"É uma decisão soberana. Nesta fase, não nos coordenámos com os outros aliados", referiu.
A Estónia, Letónia e Lituânia restringiram o trânsito e a entrada de cidadãos russos e bielorrussos na sequência da invasão da Ucrânia, mas mantiveram algumas exceções, nomeadamente, para familiares de residentes e transportadoras.
Os mercenários do Grupo Wagner realizaram uma rebelião armada de 24 horas, liderada pelo seu líder, Yevgeny Prigozhin, no fim de semana, durante a qual tomaram a cidade de Rostov-on-Don, no sul da Rússia, e avançaram até 200 quilómetros de Moscovo.
A rebelião terminou com um acordo mediado pelo Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, que, segundo o Kremlin, estabelece que Prigozhin fique exilado na Bielorrússia, em troca de imunidade para si e para os seus mercenários.
Leia Também: Intitulado “Se a guerra chegar”, o manual de 20 páginas aborda, por exemplo, os preparativos para uma emergência, os sistemas de alerta da Suécia e explica que toda a população residente - entre os 16 e os 70 anos de idade - tem a obrigação de contribuir para a defesa total do país
segunda-feira, 26 de junho de 2023
Prigozhin e Lukashenko tiveram conversa que "faria qualquer mãe chorar"
© Getty Images
Notícias ao Minuto 26/06/23
Vadim Gigin, um propagandista da Bielorrússia, partilhou com meios pró-Kremlin algumas informações sobre esse telefonema, dizendo que a conversa entre os dois foi "muito difícil",
Parece que uma chamada "máscula" do presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, pode ter contribuído para o fim do motim na Rússia, no fim de semana.
A agência de notícias estatal bielorrussa Belta, noticia que Vladimir Putin telefonou a Lukashenko na manhã de sábado, quando a situação se complicou. Assim, Lukashenko terá falado com Prighozin. Segundo informações citadas pela Sky News, o líder do grupo mercenário não estaria a atender telefonemas, mas atendeu o presidente bielorrusso.
Vadim Gigin, um propagandista da Bielorrússia, partilhou com meios pró-Kremlin algumas informações sobre esse telefonema, dizendo que a conversa entre os dois foi "muito difícil",
"Começaram imediatamente a gritar coisas vulgares que fariam qualquer mãe chorar. A conversa foi dura e, como me disseram, muito máscula", revelou.
Sendo Gigin um propagandista a favor do governo de Lukashenko, seria de esperar que desse destaque ao papel do governante, mas o próprio Prigozhin disse, na sua primeira declaração após a rebelião, que Lukashenko "estendeu a mão e se ofereceu para encontrar soluções para o trabalho futuro do Grupo Wagner na jurisdição legal".
Leia Também: Rebelião do grupo Wagner mostra risco para países africanos, dizem EUA
Bielorrússia começa a construir acampamentos para o grupo Wagner
© ShutterStock
POR LUSA 26/06/23
Acampamentos para mercenários do Grupo Wagner começaram a ser construídos na região bielorrussa de Mogilov, a cerca de 200 quilómetros da fronteira com a Ucrânia, informou hoje o portal de investigação Verstka.
De acordo com este portal noticioso independente russo, vários acampamentos estão já a ser instalados, um dos quais perto da cidade de Asipovichy, com uma área de 24 mil metros quadrados, com capacidade para oito mil camas.
Os mercenários do Grupo Wagner realizaram uma rebelião armada de 24 horas, liderada pelo seu líder, Yevgeny Prigozhin, no fim de semana, durante a qual tomaram a cidade de Rostov-on-Don, no sul da Rússia, e avançaram até 200 quilómetros de Moscovo.
A rebelião terminou com um acordo mediado pelo Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, que, segundo o Kremlin, estabelece que Prigozhin fique exiado na Bielorrússia, em troca de imunidade para si e para os seus mercenários.
Os mercenários que não participaram diretamente no motim poderão assinar contratos com o Ministério da Defesa da Rússia.
Segundo a investigação do portal Verstka, a informação de que os mercenários seriam enviados para a Bielorrússia também foi confirmada por familiares de membros do Grupo Wagner.
EUA "não tiveram nada a ver com" rebelião na Rússia, diz Biden
© Reuters
Notícias ao Minuto 26/06/23
Esta tarde, Sergei Lavrov, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, veio a público sugerir que poderia ter existido um envolvimento do Ocidente.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deixou claro, esta segunda-feira, "que [os EUA] não estiveram envolvidos” no ato de rebelião do Grupo Wagner.
"Deixamos claro que não estivemos envolvidos. Não tivemos nada a ver com isso. Isso fazia parte de uma luta dentro do sistema russo", disse, na primeira declaração após o motim.
Recorde-se que, esta tarde, Sergei Lavrov, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, veio a público sugerir que poderia ter existido um envolvimento do Ocidente.
“Independentemente do que aconteça na Rússia, os EUA vão continuar a apoiar a Ucrânia”, frisou ainda Joe Biden.
No sábado, o chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, suspendeu as movimentações da rebelião na Rússia contra o comando militar, menos de 24 horas depois de ter ocupado Rostov, cidade-chave no sul do país para guerra na Ucrânia.
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, qualificou de rebelião a ação do grupo, afirmando tratar-se de uma "ameaça mortal" ao Estado russo e uma traição, garantindo que não iria permitir o início de uma "guerra civil".
Ao fim do dia de sábado, em que foi notícia o avanço de forças da Wagner até cerca de 200 quilómetros de Moscovo, Prigozhin anunciou ter negociado um acordo com o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.
Antes, o chefe do grupo paramilitar acusou o Exército russo de atacar acampamentos dos seus mercenários, causando "um número muito grande de vítimas", acusações que expõem profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na Ucrânia.
Presidente Julius Maada Bio à frente nas eleições na Serra Leoa
© Reuters
POR LUSA 26/06/23
O Presidente em exercício Julius Maada Bio lidera as eleições presidenciais na Serra Leoa com 55,86%, após a contagem de 60% dos votos, de acordo com os números parciais fornecidos hoje pela comissão eleitoral.
Se a tendência se mantiver, Bio será reeleito para um segundo mandato, uma vez que um candidato é eleito à primeira volta se obtiver mais de 55% dos votos.
Com 1.067.666 votos, Bio está à frente de Samura Kamara, que recebeu 793.751 votos (41,53%), de acordo com os números fornecidos por Mohamed Kenewui Konneh, o presidente da comissão eleitoral.
Kenewui Konneh acrescentou que os resultados definitivos seriam anunciados dentro de 48 horas.
Cerca de 3,4 milhões de pessoas foram convocadas no sábado para escolher entre 13 candidatos para a eleição presidencial, um escrutínio com a aparência de uma desforra de 2018 entre Bio, um militar reformado de 59 anos que procura um segundo mandato, e Kamura, um tecnocrata de 72 anos e líder do Congresso de Todo o Povo (APC).
Em 2018, Bio, o candidato do Partido do Povo da Serra Leoa (SLPP), venceu a segunda volta com 51,8% dos votos.
Este ano, Bio defendeu a educação e os direitos das mulheres. Afirmou ser a favor da agricultura e da redução da dependência do seu país das importações de alimentos.
Kamara, que foi ministro das Finanças e depois dos Negócios Estrangeiros, antes de Bio assumir o cargo em 2018, disse que queria restaurar a confiança nas instituições económicas do país e atrair investidores estrangeiros.
No domingo à noite, as forças de segurança dispersaram violentamente os opositores na sede do partido APC em Freetown, apesar de as eleições terem decorrido de forma geralmente calma.
Segundo o porta-voz do APC, uma mulher foi morta durante os distúrbios. O seu filho de 25 anos, Ibrahim Conteh, reconheceu o corpo da sua mãe na morgue, disse, exigindo justiça. A polícia não confirmou a morte.
Leia Também: ONU pede realização de "eleições pacíficas" na Serra Leoa
Cabo Verde quer modernizar Registos para melhorar classificação
© Lusa
POR LUSA 26/06/23
Ministra da Justiça de Cabo Verde, Joana Rosa, apontou hoje a aposta na modernização dos Registos, Notariado e Identificação (RNI) e na prestação de serviços aos cidadãos para melhorar a classificação do país nos 'rankings' internacionais.
"Nós estamos a apostar na modernização do setor da Justiça, porque entendemos que é a via para, primeiro, melhorarmos a performance do país do ponto de vista do 'ranking' internacional sobre a modernização. Mas, segundo, também o essencial, é a prestação de serviços aos cidadãos, um serviço mais desmaterializado, um serviço mais rápido e fazer com que os cidadãos possam utilizar as várias ferramentas que vamos colocar à sua disposição, como por exemplo, serviços 'online'", afirmou a governante.
A ministra falava, na Praia, à margem de uma feira sobre os Registos, Notariado e Identificação, denominada de "RNI mais perto de si", com o objetivo de levar ao público o conhecimento da modernização dos registos e notariado desde a nascença até a morte de pessoas, empresas e de sociedades sem fins lucrativos.
"Nós estamos a levar para conhecimento das pessoas a importância do cartão nacional de identificação [CNI], os dados visíveis e os que poderão ser consultados pela via de um leitor de dados em relação àquilo que é a vida, ou então aquilo que é o cidadão em concreto", apontou.
Joana Rosa garantiu também que o país está a "apostar muito" na informatização nos serviços de registo civil, para que se tenha dados atualizados, agrupamentos e todos os atos de vida civil e assegurou que brevemente vai ser lançado o Portal da Justiça com várias inovações, como certidões 'online' de alguns atos notariais.
"Esses atos, como o nascimento, o casamento, o divórcio e tantos outros, são objeto de registo e nós estamos a criar condições para a informatização de todo esse setor. Com a entrada em funcionamento do Portal da Justiça, vamos poder prestar muitos serviços 'online'. As pessoas vão poder solicitar, entrar e pedir procurações 'online' e fazer o pagamento também 'online'", indicou Joana Rosa.
A governante afirmou que os projetos são para aproximar os serviços e as populações, contribuindo assim para a melhoria do ambiente de negócio e para a atração de investimento externo.
Um dos serviços que vai ser apresentado na feira é o registo à nascença, em que as crianças passarão a ter logo o seu CNI.
"Isso também com importância, porque o cartão servirá com os dados da criança para que os pais possam utilizar esses dados e fazer com que a criança não só tenha aquilo que é o registo de personalidade, que é o registo à nascença, mas também os seus dados integrados dentro do próprio cartão", explicou a ministra.
Em abril a Lusa noticiou que o CNI de Cabo Verde, que há mais de cinco anos substituiu os bilhetes de identidade do período colonial, já garante a identificação de 368.510 cabo-verdianos, para uma população residente de cerca de 490 mil pessoas -, 92% em território nacional e 8% na diáspora, dos quais cerca de 20.000 só no primeiro trimestre deste ano.
O CNI, documento de identificação também com características eletrónicas, integra o projeto do Sistema Nacional de Identificação e Autenticação Civil (SNIAC) e foi lançado em janeiro de 2018, com a sua emissão em Portugal.
Prigozhin quebra o silêncio, após dois dias sem dar sinais de vida: "Ninguém do Grupo Wagner aceitou assinar qualquer contrato"
“Não marchámos para depor a liderança russa. (…) Não demonstrámos hostilidade, mas fomos atingidos por mísseis e helicópteros. Foi este o gatilho. (…) O objetivo da marcha era evitar a destruição do grupo Wagner. Estava condenado a desaparecer a 1 de julho”, disse.
"Ninguém aceitou assinar um contrato com o Ministério da Defesa, pois todos conhecem muito bem a situação atual e sabem, pela sua experiência durante a operação militar especial, que isso levará a uma perda total da capacidade de combate", disse.
Comunicação Social - “Redes sociais têm grandes efeitos no comportamento dos cidadãos guineenses”,diz Humberto Monteiro
Bissau, 26 Jun 23 (ANG) – O Conselheiro do ministro da Comunicação Social, Humberto Monteiro, disse que as redes sociais têm grandes efeitos no comportamento de cidadãos guineenses.
Humberto Monteiro que falava na cerimônia de abertura do Lançamento do projeto de Avaliação da Panorama dos media e de Workshop de formação sob o tema (A Lei de acesso à informação na Guiné-Bissau),em representação do ministro da área, Fernando Mendonça lembrou que durante a disputa das eleições legislativas todos acompanharam a forma como as redes sociais intervieram.
“A Guiné-Bissau é um país de rumores e muitas das vezes elas são usados de forma perniciosa para provocar instabilidade, desordem e paz social”, frisou.
Monteiro disse que os promotores do workshop vão apoiar os média e seus profissionais que trabalham dia-à-dia, e que têm um papel indispensável na manutenção da paz e tranquilidade no país.
Lamentou a não participação da sua instituição na elaboração deese prejeto, apesar de terem quadros e peritos no domínio da comunicação social que podiam dar contribuições valiosas para elaboração do índice do Desenvolvimento dos Média na Guiné-Bissau(IDM).
Referiu que as leis existentes nesta área carecem de atualização desde 2011, pelo que devem ser atualizadas para poderem se enquadrar no atual panorama democrático que agora se desenha.
O representante do ministro da Comunicação Social guineense solicitou ao Fundo das Nações Unidas para a Educação Ciência e Cultura(UNESCO) para ajudar a comunicação social a trabalhar na regularização da implicação das redes sociais na vida dos cidadãos, porque não são controladas e não existe legislação que as regulamente.
Por sua vez, em nome do Director Regional da Comunicação e Informação para África Ocidental da UNESCO, o Conselheiro Regional de Comunicação e Informação, Michel Knmoe disse que o projeto visa apoiar o desenvolvimento do sector porque desempenha um papel “extremante importante” no reforço da democracia, boa governação e do Estado de Direito.
Kenmoe acrescentou que, para melhor acompanhar os representantes dos Média, há necessidade de fazer um estudo para compreender o engajamento dos media na Guiné-Bissau e diz ser o que vão apresentar durante a formação, com a finalidade de encorajar mais os profissionais neste processo.
Disse esperar que a conclusão desse estudo seja uma cartografia e imagem real da Guiné-Bissau, e que o relatório contenha recomendações pertinentes que trarão mais vália para o setor.
O Workshop tem como objetivo reforçar o desenvolvimento, a liberdade e a sustentabilidade dos meios de comunicação social no país através da realização de uma avaliação profunda do panorama dos media, utilizando os indicadores do desenvolvimento dos media da UNESCO , e assim apoiar o processo de reformas da comunicação social que está em curso na Guiné-Bissau.
A formação é ministrada pela UNESCO, FNUAP, PNUD e financiada pela Fundo das Nações Unidas para Paz, devendo abranger 25 beneficiários entre os profissionais da comunicação social, sinditcatos, associações, Conselho Nacional da Comunicação Social e a Sociedede Civil.
PR Umaro Sissoco Embalo nomeia o ex-PR José Mário Vaz como membro do Conselho do Estado
Chefe do Estado General Umaro Sissoco Embalo nomeou esta segunda-feira (26.06) através do decreto presidencial n⁰ 38/2023 o antigo Presidente da República José Mário Vaz como membro do Conselho do Estado.
NASA vai simular como é viver em Marte com ajuda de quatro voluntários... Quatro pessoas ficarão em isolamento durante um período de 378 dias.
© Shutterstock
Notícias ao Minuto 26/06/23
Um grupo de quatro voluntários acabam de entrar num ambiente simulado de Marte onde viverão durante o próximo ano durante 378 dias, ajudando a NASA a perceber a que tipo de condições estarão sujeitos os primeiros colonos do ‘Planeta Vermelho’.
Os voluntários - Alyssa Shannon, Ross Brockwell, Kelly Haston e Nathan Jones - ficarão em instalações dedicadas no Johnson Space Center da NASA no estado do Texas, EUA. Durante o período em que ficarão instalados, serão observados por investigadores.
“Vão simular a missão a Marte para ajudar a perceber a saúde e desenvolvimento em relação às limitações de recursos, isolamento e confinamento de Marte”, explicou a NASA num ‘tweet’ onde mostra o início da experiência.
Recordar que a NASA espera enviar a primeira tripulação a Marte somente no final da próxima década, pelo que o objetivo é avaliar e ter em mente todas as variáveis antes do lançamento.
“A partir de agora os alimentos, as janelas e as escadas são ameaças à existência de Prigozhin”
O comentador da CNN Portugal Tiago André Lopes afirma que existe um "excesso de narrativa no Ocidente sobre a fragilidade de Putin", algo que se baseia, diz, na falsa ideia de que, num regime autoritário, "não existem outras elites".
Cnnportugal.iol.pt
Fentanil e outras. ONU alerta para disseminação de drogas sintéticas no mundo
Fentanyl nos EUA (AP Photo/Jae C. Hong)
Por cnnportugal.iol.pt, 25/06/23
Autoridades alertam para a necessidade de se intensificar a luta contra os traficantes
A "produção barata, rápida e fácil" de drogas sintéticas transformou profundamente muitos mercados em todo o mundo, alertou a ONU no domingo, apontando para "consequências desastrosas".
O fentanil, um opióide sintético 50 vezes mais potente do que a heroína, "mudou radicalmente o consumo de opióides na América do Norte", escreveu o Escritório das Nações Unidas para as Drogas e o Crime (UNODC, na sigla em inglês), num comunicado que acompanha a publicação do seu relatório anual.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, assinalou que os consumidores de droga são "duplamente vitimizados", marcando o Dia Internacional Contra o Abuso e Tráfico Ilícito de Drogas.
Em 2021, a maioria das mortes por overdose nesta região foi atribuída a opióides. E é provável que a produção dessas substâncias venha a aumentar ainda mais, de acordo com a organização sediada em Viena, capital da Áustria.
A UNODC alertou ainda para o impacto da guerra na Ucrânia, com "alguns indícios de que poderia desencadear uma expansão do tráfico de drogas sintéticas, dada a experiência existente e os grandes mercados que se desenvolvem na área".
A ONU refere também a situação no Afeganistão, onde o declínio esperado do cultivo da papoila do ópio, proibido pelo regime talibã, poderá levar a uma mudança para o fabrico de metanfetaminas.
O país é já um dos principais produtores deste estimulante viciante, que continua a ser a "principal droga sintética fabricada ilegalmente no mundo".
"Temos de intensificar a luta contra os traficantes que exploram conflitos e crises mundiais para expandir a produção de drogas, em particular substâncias sintéticas", disse a diretora executiva do UNODC, Ghada Waly, citada no comunicado de imprensa.
O relatório alerta também para as consequências ambientais da economia das drogas.
Na bacia amazónica, o cultivo da planta da coca, com uma "oferta crescente" e "redes cada vez mais ágeis", está a "agravar atividades criminosas" como a desflorestação ilegal e o tráfico de espécies selvagens.
Em todo o mundo, "mais de 296 milhões de pessoas consumiram drogas em 2021, um aumento de 23% em 10 anos", sendo que a canábis continua a ser, de longe, a droga mais consumida, de acordo com as Nações Unidas.
Ainda mais preocupante, nota a organização internacional, é o facto de o número de pessoas que sofrem de perturbações relacionadas com a droga ter aumentado 45% durante o mesmo período. No entanto, apenas uma em cada cinco destas pessoas está a receber tratamento.
Leia Também: Três trabalhadores da ONU detidos em Israel por tráfico de cocaína
SERGEI SHOIGU: Ministro da Defesa em primeira aparição pública após rebelião de Wagner
© Getty Images
POR LUSA 26/06/23
A televisão estatal russa transmitiu hoje imagens do ministro da Defesa, Sergei Shoigu, a inspecionar as forças russas na Ucrânia, naquela que é a primeira aparição pública após a rebelião suspensa do grupo paramilitar Wagner.
De acordo com imagens transmitidas pelo canal de televisão Rossiya 24, Shoigu, alvo de duras críticas por parte do líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, deslocou-se a um posto de comando das forças russas na Ucrânia e "reuniu-se com os líderes" de uma das unidades.
Durante a visita, o responsável "constatou uma elevada eficiência na identificação e destruição de equipamento militar e pontos de posicionamento inimigos nas áreas táticas da zona de responsabilidade" da unidade, declarou, em comunicado publicado na plataforma Telegram, o Ministério da Defesa russo, que também divulgou um vídeo.
"Shoigu prestou especial atenção à organização de um apoio abrangente às tropas envolvidas na operação militar especial e à criação de condições para o destacamento seguro de pessoal", continuou o ministério
O departamento governamental apontou ainda que o ministro ouviu uma exposição do comandante do grupo, o coronel general Yevgeny Nikiforov, "sobre a situação atual, a natureza das ações do inimigo e o desempenho das missões de combate das tropas russas nas principais direções táticas", bem como sobre os regimentos de reserva recentemente formados.
Embora não se saiba a data exata da visita de Shoigu, este não aparecia em público desde sexta-feira, quando informou o Presidente russo, Vladimir Putin, numa reunião do conselho de segurança, sobre a evolução da guerra.
Durante a rebelião organizada pelo líder do grupo Wagner, o ministro manteve-se em silêncio.
Yevgeny Prigozhin justificou a revolta armada com a falta de liderança de Shoigu e do chefe do Estado-Maior, Valeri Gerasimov, na Ucrânia, acusando-os de serem culpados pela morte de cerca de "100 mil soldados russos".
Prigozhin suspendeu no sábado as movimentações da rebelião na Rússia contra o comando militar, menos de 24 horas depois de ter ocupado Rostov, cidade-chave no sul do país para guerra na Ucrânia.
Antes da suspensão, o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, qualificou de rebelião a ação do grupo, afirmando tratar-se de uma "ameaça mortal" ao Estado russo e uma traição.
Prigozhin acusara antes o Exército russo de atacar acampamentos dos seus mercenários, causando "um número muito grande de vítimas", acusações negadas pelo Ministério da Defesa da Rússia.
As acusações de Prigozhin expõem profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na Ucrânia.
Ao fim do dia, Prigozhin anunciou ter negociado um acordo com o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.
Leia Também: "Agressão russa está gradualmente a regressar ao seu porto de origem"
domingo, 25 de junho de 2023
PR visita às obras de estrada do centro da cidade e às obras do N’batonha!
Retirada das tropas da Ucrânia é "a melhor escolha" para o Kremlin
© Thomas Lohnes/Getty Images
POR LUSA 25/06/23
Kyiv e Washington concordaram hoje que a "retirada das tropas da Ucrânia é a melhor escolha para o Kremlin", depois da rebelião do grupo paramilitar Wagner na Rússia, considerando as autoridades russas "fracas".
A informação foi adiantada na rede social Twitter pelo ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, após ter conversado com o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin.
"Conversámos sobre os eventos recentes na Rússia. Concordámos que as autoridades russas são fracas e que a retirada das tropas russas da Ucrânia é a melhor escolha para o Kremlin. A Rússia estaria melhor se tratasse dos seus próprios problemas", escreveu Reznikov.
O ministro da Defesa da Ucrânia acrescentou foram também discutidos a contraofensiva do Exército norte-americano e os próximos passos no robustecimento das Forças Armadas ucranianas.
"As coisas estão a caminhar na direção certa. A Ucrânia vai vencer", sublinhou.
O chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, suspendeu no sábado as movimentações da rebelião na Rússia contra o comando militar, menos de 24 horas depois de ter ocupado Rostov, cidade-chave no sul do país para guerra na Ucrânia.
Antes da suspensão, o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, qualificou de rebelião a ação do grupo, afirmando tratar-se de uma "ameaça mortal" ao Estado russo e uma traição, enquanto Prigozshin acusou o Exército russo de atacar acampamentos dos mercenários, causando "um número muito grande de vítimas", acusações que expõem profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na Ucrânia.
Ao fim do dia, Prigozhin anunciou ter negociado um acordo com o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.
Leia Também: Futuro do Grupo Wagner? "Não está decidido, mas não é preciso proibi-lo"
Leia Também: Kyiv critica Israel por ter uma "clara posição pró-russa"
Os combatentes chechenos da unidade Akhmat, enviados no sábado à região russa de Rostov para reprimir a rebelião dos mercenários do grupo Wagner, já regressaram à frente ucraniana, declarou hoje o comandante checheno Apti Alaudinov.
© Mikhail Metzel/Sputnik/AFP via Getty Images
POR LUSA 25/06/23
Unidades militares chechenas regressaram à frente ucraniana
Os combatentes chechenos da unidade Akhmat, enviados no sábado à região russa de Rostov para reprimir a rebelião dos mercenários do grupo Wagner, já regressaram à frente ucraniana, declarou hoje o comandante checheno Apti Alaudinov.
"Neste momento, as unidades Akhmat estão a regressar gradualmente à área da operação militar especial, para continuar as suas missões de libertação de Marinka", em Donetsk, disse o comandante à agência de notícias russa TASS.
Alaudinov afirmou que parte da unidade de Akhmat permaneceu na frente de batalha na Ucrânia e que foram enviados para Rostov "apenas aqueles que poderiam ser substituídos por outras unidades".
Anteriormente, o líder checheno, Ramzan Kadyrov, tinha declarado na rede social Telegram que os combatentes da unidade Akhmat estacionados na região de Rostov "esperavam a ordem para cumprir a missão confiada", mas que "a situação tinha sido resolvida sem confronto direto".
O chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, suspendeu no sábado as movimentações da rebelião na Rússia contra o comando militar, menos de 24 horas depois de ter ocupado Rostov, cidade-chave no sul do país para guerra na Ucrânia.
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, qualificou, no sábado, de rebelião a ação do grupo, afirmando tratar-se de uma "ameaça mortal" ao Estado russo e uma traição, garantindo que não vai deixar acontecer uma "guerra civil".
No final do dia de sábado, em que foi notícia o avanço de forças da Wagner até cerca de 200 quilómetros de Moscovo, Prigozhin anunciou ter negociado um acordo com o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.
Antes, o chefe do grupo paramilitar acusou o Exército russo de atacar acampamentos dos seus mercenários, causando "um número muito grande de vítimas", acusações que expõem profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na Ucrânia.