© EUSST
Notícias ao Minuto 04/11/22
O fragmento do foguetão chinês que, esta sexta-feira, estava a reentrar na atmosfera de forma descontrolada, o que levou a restrições no espaço aéreo espanhol, já caiu, segundo confirmou o consórcio Space Surveillance and Tracking europeu (EUSST). A informação foi avançada pelo exército norte-americano, que informou que o objeto caiu no Oceano Pacífico.
A queda terá ocorrido pelas 10h01, de acordo com uma nota do EUSST a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
Por sua vez, o exército dos Estados Unidos revelou que o objeto caiu no Oceano Pacífico, segundo uma publicação na sua página da rede social Twitter.
Entretanto, as restrições impostas ao espaço aéreo espanhol, particularmente na Catalunha e nas Ilhas Balneares, já foram levantadas, de acordo com as recomendações da Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA, na sigla em inglês).
Nessa linha, o aeroporto de Barcelona suspendeu todas as partidas e chegadas durante uma hora, o que poderá afetar todos os horários do resto do dia. A suspensão do tráfego aéreo afetou ainda os aeroportos das Ilhas Balneares, Aragão, e Navarra.
Recorde-se que o foguetão CZ-5B sobrevoou, durante cerca de uma hora, o espaço aéreo espanhol, de acordo com as informações fornecidas pelos controladores aéreos daquele país, na rede social Twitter.
O objeto era o componente central do terceiro e último módulo da estação espacial chinesa Tiangong, Mengtian, que foi lançado no dia 31 de outubro, tendo sobrevoado o espaço aéreo de Grécia e de Itália. Previa-se ainda a sua passagem por Portugal e pelo Oceano Atlântico, mas desconhecia-se a localização ou momento de aterragem, segundo o El Mundo.
O mesmo meio indica que, de acordo com a EASA, a passagem do objeto espacial poderia afetar, entre as 9h03 e as 19h37 (hora de Espanha), as regiões de Santa Maria e Lisboa (Portugal), Ilhas Canárias, Madrid e Barcelona (Espanha), Marselha (França), Roma e Brindisi (Itália), Atenas (Grécia) e Nicósia (Chipre).
Em declarações ao Notícias ao Minuto, Paulo Lagarto, diretor de comunicação da NAV Portugal, empresa que controla o tráfego aéreo nacional, informou que "a ANAC [Agência Nacional de Aviação Civil] emitiu uma nota com orientações e, no seguimento dessa nota, foi reservado espaço aéreo, mas sem impacto na operação".
O organismo estava, além disso, a "monitorizar" a passagem do foguetão, ainda que as restrições não tenham mostrado "qualquer impacto".