O candidato à presidência da Federação de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB), Fernando Tavares, anunciou que vai acatar a decisão da FIFA, organismo que gere o futebol mundial, que considera de ilegal o processo eleitoral da FFGB, realalizado no passado dia 08 de agosto."A decisão da FIFA é uma disposição inquestionável, indiscutível e temos que procurar meios legais para ir ao encontro das decisões do órgão que gere o futebol mundial", justificou Fernando Tavares.
Tavares foi eleito presidente do organismo naquele ato eleitoral por alguns associados e clubes filiados na FFGB, mas agora vê a FIFA justificar a nulidade do processo por causa da violação dos estatutos da instituição federativa do país.
Em reação à decisão da FIFA, esta segunda-feira, 07 de setembro, Fernando Tavares fez lembrar aos seus adversários que a intenção do organismo é no sentido encontrar melhorias para o futebol nacional nos próximos 4 anos.
Conhecido no seio dos guineenses por "Bené", o dirigente desportivo falava à Rádio Jovem no final da conferência de imprensa conjunta dos 5 candidatos à presidência da instituição, num dos restaurantes em Bissau, onde abordaram últimos acontecimentos ligados ao futebol nacional.
Na ocasião, Tavares mostrou-se disponível a participar novamente nas eleições do órgão, mas pede a Comissão Eleitoral total transparência à volta da assembleia geral para escolha do novo presidente da FFGB.
"Evidentemente, vou marcar presença na assembleia geral, mas quero salvaguardar uma situação, neste caso temos que ser transparentes uns com outros, porque na busca de agarrar o poder a Comissão Eleitoral não pode aceitar mais uma vez que o processo eleitoral seja realizado nas instalações da FFGB, uma vez que no passado o Alto Comissariado de Luta Contra Covid-19, proibiu que o ato tenha lugar naquelas instalações", referiu Tavares.
Na sua curta declaração à nossa estação emissora, Fernando Tavares acusa a Comissão Eleitoral liderada por Lino Lopes de trabalhar a reboque do Comité Executivo cessante da FFGB, devido a interesses obscuros, mas devidamente identificados pela estrutura da sua candidatura.
Embora preocupado com a situação, Bené disse que continua a acreditar nos elementos que fazem parte da Comissão Eleitoral, mas alerta a estrutura a distanciar-se das ações que podem levar o processo eleitoral chegar às instanciais judiciais.
Questionado sobre a readmissão da candidatura de Caíto Teixeira, o candidato escusou-se a comentar o assunto e mostrou-se confiante na sua eleição como novo presidente do órgão.
Seis dirigentes desportivos vão disputar a presidência da FFGB, no dia 30 de setembro do ano em curso, de acordo com informação disponível.
Tratam-se de Fernando Tavares, Benelivio Cabral Nancassa Insali, Mutaro Bari, Antônio Patrocínio, Paulo Mendonça e Caíto Teixeira.
A Comissão Eleitoral confirmou a participação de Teixeira, que chegou a manifestar intenção de apoiar a candidatura do presidente cessante da FFGB, Manuel Nascimento Lopes, que agora foi vedado pela FIFA a participar no próximo congresso eletivo.
O país vive uma situação bastante complexa no que concerne à transição de poder. A cíclica crise política reinante no país parece atingir com gravidade a federação de futebol, que está debaixo de fogo devido à polémica instalada com a realização da eleição.
Por: Alison Cabral
Rádio Jovem Bissau